quinta-feira, 4 de junho de 2009

DEUSIMAR BARBOSA

QUEM É O PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.” (Dn 12.3)

“... se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7)


INTRODUÇÃO

A maior responsabilidade e privilégio de um homem e uma mulher aqui na terra é ensinar a Palavra de Deus. Disto, trata-se indubitavelmente do professor de Escola Dominical. Esta tarefa é a mais sublime e gloriosa que o professor de EDB possa exercer. Essa responsabilidade exige do professor dedicação, amor, coragem, fé e determinação.

Neste estudo, baseado à luz da Bíblia, procuraremos responder de forma sábia, o que é o professor de Escola Dominical?

I – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM DESPENSEIRO DOS MISTÉRIOS DE DEUS (1 Co 4.1-5)

A palavra despenseiro aqui significa mordomo ou administrador. O despenseiro em relação aos escravos, um supervisor, em relação ao Senhor, um servo; em relação aos bens, um mordomo ou administrador dos bens. E estes bens são os mistérios, ou seja, a Palavra de Deus.

Procuramos ilustrar o professor da EBD como “despenseiro” da família de Deus, situados entre o chefe da família e especialmente encarregados de alimentar a família. Um despenseiro tinha total responsabilidade pela família e devia explicações apenas ao proprietário, que podia tomar decisões finais sozinho.

O que requeria do despenseiro era ser fiel, uma característica imanente e louvável diante de Deus e dos homens. O despenseiro deveria ser fiel em fazer para a família exatamente o que lhe tinha sido confiado. Assim, o professor da EBD não deve expor nada além e nada menos do que toda a vontade de Deus.

Como despenseiros, somos encarregados para manejar a mensagem de salvação, não como alguém que tem o domínio da situação, porém de quem é responsável perante o Senhor.

O professor da EBD deve servir ao Senhor com:

(1) fidelidade, ou seja, lealdade ao Mestre;

(2) fidedignidade, isto é, fidelidade e dignidade diante de Deus e dos homens. Somos chamados não para ser servidos, mas para servirmos (Mc 10.45);

(3) confiabilidade;

(4) integridade.

Os professores da EBD que ministram a Palavra de Deus não são fontes da verdade, porém são canais da Palavra da verdade.

Pelo que tudo que nós fazemos, seremos julgados. Apresentemos quatro maneiros de julgamento conforme os versículos 3 e 4 do capítulo 4 de 1 Coríntios.

(1) Julgados por vós – isto é, pelos amigos pode ter de nós um conceito exagerado;

(2) algum juízo humano – isto é, pelo mundo. O mundo pode julgar-nos mal;

(3) a mim mesmo – isto é, por ele mesmo. Podemos errar para melhor ou para pior em nosso próprio juízo, mas o senhor conhece perfeitamente, e somente Ele pensa o que tem valor real;

(4) pelo Senhor – isto é, quando o Senhor voltar cada um receberá de Deus o louvor que merece.

O despenseiro fiel deve fazer o trabalho do Senhor com uma consciência limpa diante dos homens e de Deus, e que o juízo definitivo fica por conta do Senhor. Não somos justificados, não em relação à salvação, entretanto ao trabalho do Senhor.

Paulo deixa bem claro que não é o momento para julgarmos os outros. Agora, o hoje, é o momento de concentrarmos todo nosso esforço para servimos ao Senhor, “até que o Senhor venha”, isto é, que todos os salvos comparecerão perante o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), e que nada ficará encoberto. O Senhor considera importante tudo o que fazemos e dizemos. Naquele Dia manifestará os desígnios dos corações (Rm 2.16; Hb 4.12, 13), e cada um receberá do Senhor o louvor (1 Co 15.58), ou seja, seremos recompensados com o tesouro eterno (Hb 6.10).

II – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM EVANGELISTA (At 8.5-40)

Ou seja, o professor da EBD é um verdadeiro ganhador de almas para Cristo. O centro do ensino do professor da EBD deve ser pautado na bendita Pessoa de Cristo (At 8.5), pois Ele é o centro das Escrituras. O plano da salvação estende de Gênesis ao Apocalipse abordando diretamente Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador.

Fazendo isto, o professor da EBD atrairá os seus ouvintes à atenção para a Palavra de Deus (At 8.6). Os resultados serão os sinais nas vidas as pessoas, e causará grande alegria (At 8.7, 8). Aqui devemos aprender que o professor da EBD precisa entender que o ensino da Palavra de Deus pode estender as massas.

O outro resultado do ensino da Palavra pelo professor da EBD será a crença de seus ouvintes (At 8.12), tanto por parte do professor como em Cristo. E crerão pessoas que você nunca imaginaria que se converteria a Cristo (At 8.13).

Os professores da EBD devem ensinar a Palavra de Deus cheio do Espírito Santo para que os alunos recebam a Palavra (At 8.14). E ensinar a doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo (At 8.15; 17), e também ensinar a doutrina do batismo em águas (At 8.16).

O professor da EBD deve saber que quando estiver ensinando a Palavra, ele está testificando, falando e anunciando o Evangelho (At 8.25).

Em Atos 8.5-25, aprendemos que o professor da EBD pode ensinar as Escrituras às massas. Enquanto, Atos 8.26-40, o professor pode ensinar a Palavra de Deus para uma pessoa. Para essa premissa o professor da EBD deve ser guiado pelo Espírito (At 8.29). Sendo guiado pelo Espírito, será motivado a paixão pelas almas (At 8.30). Sendo guiado pelo Espírito, terá a sabedoria divina para esclarecer as Escrituras aos seus alunos que não tem compreensão da Bíblia (At 8.30). O professor da EBD deve agir com sabedoria para criar aptidões espirituais acerca da Palavra aos seus alunos (At 8.31).

Mais uma vez, o professor deve saber que o âmago do ensino da Palavra deve ser Cristo, quando estiver ensinando pessoalmente uma pessoa (At 8.35). Esclarecendo as Escrituras ao ouvinte terá grande efeito na vida da pessoa como a crença em Cristo, torna-se membro do corpo de Cristo pelo batismo em águas, sairá alegre e feito um discípulo de Cristo, para fazer outros discípulos (At 8.32-40).

III – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM MESTRE (Tg 3.1)

Mestre aqui significa literalmente professores. Para os judeus ensinar era uma grande aptidão. Muitos hebreus que se convertiam a Cristo desejavam ser professor. O apóstolo Tiago aqui neste texto ensina que a responsabilidade dos mestres é grandíssima porque suas palavras e seu exemplo influem diretamente a vida moral e espiritual das pessoas. O professor da EBD é totalmente responsável por ensinar, pois influencia aqueles quem ensinam.

Tiago diz ainda que o juízo será mais severo para aqueles que ensinam as Sagradas Escrituras. No rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal explica: “Aqui estão incluídos os pastores, dirigentes da igreja, missionários, pregadores da Palavra ou qualquer pessoa que ensine a congregação. O professor precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que aqueles que ensinam as Sagradas Escrituras. No juízo, os mestres cristãos serão julgados com mais rigor e mais exigência do que os homens crentes”.

IV – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM LÍDER

O professor da EBD deve saber que é o líder de sua classe, e para isto precisa conhecer que é vocacionado, chamado e habilitado por Deus para esta sublime tarefa no ensino da Palavra de Deus. E também para coordenar, orientar de forma espontânea, e com influência determinante dentro de sua classe com o objetivo de que seus alunos possam alcançar o alvo almejado.

O professor da EBD é um líder e não um chefe. Um chefe pode ser produto de uma faculdade, porém um líder é formado pela dotação do próprio Deus (Hb 5.4).

A pergunta é: o que é o professor-líder? É aquele que tem a capacidade de influenciar os seus alunos no sentido de, com ele, atingirem os objetivos desejados.

Confirmando, o chefe manda, enquanto o líder comanda. O chefe age sobre o grupo. O líder faz coisas com as pessoas.

O professor da EBD como líder de sua classe deve saber planejar. O planejamento é essencial na vida dos alunos que pretendem chegar a um alvo. Não se deve dar início a um projeto sem que haja um planejamento executado (Leia Êx 18.19, 20, 21, 23; Nm 1; Js 6).

O professor da EBD precisa saber integrar, ou seja, tornar inteiro, completar, ajuntar (leia Gn 2.18-24; 1 Co 3.1-6).

Após isto, deve conduzir como avaliar seu aluno e também fazer de si uma auto-avaliação (Leia Jó 1.8). O líder deve saber estabelecer metas. De nada adianta ser um bom teórico. Deve partir para a prática. A Escola Dominical é dinâmica e exige do professor como líder que não pode parar. Se o professor não traçar os seus objetivos e não definir, os seus alunos se acomodam e o próprio professor não terá força da cobrança daquilo que deve ser alcançado para poder liderar o avanço com graça divina (Leia Js 14.11, 12).

O professor da EBD deve dar exemplo em tudo. Outras qualidades indispensáveis na vida do professor da EBD são:

(1) vocação;

(2) Don específico;

(3) dependente de Deus (1 Sm 17.37);

(4) coragem e fé;

(5) ser fiel;

(6) ferroso;

(7) perseverante;

(8) determinado a grandes conquistas;

(9) ser humilde;

(10) ser ungido pelo Espírito Santo

(11) cheio de fé;

(12) ter sabedoria divina;

(13) ser agradável;

(14) ser bem temperado (Cl 4.6);

(15) sentir prazer no que faz.

O professor da EBD como líder é aquele que vê o que Deus deseja que veja. Ouve o que Deus lhe fala. Sente o que Deus sente. Sabe com clareza o plano e propósito de Deus para a vida dos seus alunos. Sentir o que seus alunos sentem.

O professor deve deixar ser dominado pelo Espírito Santo. Um líder eficiente e próspero é aquele que é liderado pelo Espírito Santo.

O professor não deve trabalhar sozinho. Deve trabalhar em equipe com seus alunos e os outros professores, e para isto tem que adestrar, organizar, estabelecer alvos e na certeza verá os resultados.

O professor da EBD é um servo-líder. “Davi se colocou na posição de servo. E assim foi honrado por Deus, pois não buscou a glória para si. Servos não constroem altares para serem reconhecidos, como fez Saul (1 Sm 15.12). Há pessoas que deixam de servir quando ocupam uma posição privilegiada, e se esquecem de que Deus há de cobrar-lhes o que disseram enquanto ocupavam funções de liderança”. – Alexandre Coelho.

Desejamos que o professor da EBD seja um servo bom e fiel (Mt 25.21). Um bom líder é aquele que tem sido antes um bom servo tanto de Cristo quanto dos homens e da sua Igreja. Quem nunca foi um bom servo também dificilmente e provavelmente nunca vai ser um bom líder. Um bom líder é aquele que está sempre servindo aos outros antes de nós mesmos. Lembre-se que devemos aprender com o Grande Servo por Excelência – o Senhor Jesus Cristo (Fp 2.5-8).

O professor da EBD precisa mais do que nunca se atualizar. Um bom professor-líder é aquele que se atualiza sempre, tanto na área espiritual como também na secular. O professor deve ter a visão do conhecimento vertical e horizontal, ou seja, o conhecimento de Deus e dos homens. Leia a Bíblia sistematicamente, bons livros, revistas e jornais (tantos evangélicos como seculares).

O professor da EBD precisa orar por si, pelos seus alunos e por aqueles que serão no futuro seus alunos (Leia Jo 17).

Interesse por seus alunos. Coloque seus alunos em primeiro lugar. O professor-líder precisa se identificar com seus alunos para motivá-los e conseguir um melhor desempenho individual e coletivo.

Seja um motivador de seus alunos. Coloque-se junto com seus alunos e não acima deles, glorifique a Deus dentro do seu estilo de líder-professor, e não a si mesmo pelo seu feito. Isto é muito perigoso!

Jesus continua sendo o maior exemplo por excelência de Líder-Mestre para o professor da EBD e sua liderança formou eficientes alunos tanto que em cerca de um século a Igreja marcou presença em praticamente todo o mundo da época. Jesus ensinava com sua própria vida. Vivia o que ensinava, e ensinava o que vivia. Isto era a pura marca de sua autoridade como Mestre-Líder (Mt 7.29).

Os traços da liderança de Cristo na multiplicação (Mt 14.14-20) é uma grande lição, para quem almeja a liderança cristã. O professor da EBD como líder deve ter:

a) Visão v. 14;

b) Amor v. 14;

c) Visão de líder com diferença dos demais vv. 15, 16;

d) Mostre solução v. 17;

e) Ter decisão iniciativa v. 18. Dividiu sobre a erva assentados. Pegou alimento, abençoou e partir. Distribuiu e todos ficaram satisfeitos. O professor como líder eficiente e graça divina trará sucesso no resultado.

Cuidado, não seja arrogante, prepotente, as características desta doença são:

(a) Altivez;

(b) Soberba;

(c) Insolência;

(e) Atrevimento.

Isto tem matado tanta gente. A recomendação do Mestre é que seja humilde (Mt 11.29). Cuidado em confiar em si mesmo. Confie no Senhor.

O professor da EBD precisa treinar seus alunos. Moisés treinou Josué; Elias treinou Eliseu, Jesus a seus discípulos e Paulo a Timóteo.

O professor de Escola Dominical como líder pode exercer o ministério de:

· Sacerdote – aquele que intercede pelos seus alunos (ouve os alunos e fala a Deus);

· Profeta – aquele que prevê o futuro (ouve de Deus e fala a seus alunos);

· Juiz/rei – aquele que trabalha para Deus entre os alunos (o que lidera o homem para Deus). Este é o dominador de situações.

O professor-líder é um multiplicador de talentos.

V – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É OBREIRO DA CASA DO SENHOR (2 Tm 2.15)

Há três características básicas aqui no texto. Vejamos:

(1) “Procura apresentar-te a Deus aprovado”. Aqui a palavra procura no grego é spoudason que significa literalmente apressar-se, ser diligente, dirigir-se às pressas, ser zeloso. O professor da EBD como obreiro do Senhor precisa dedicar e aplicar no estudo para adquirir conhecimento da Palavra. Tudo o que fazemos deve ser como para Deus e não aos homens (Cl 3.23). O professor deve esforçar ao máximo para apresentar a Deus aprovado.

(2) “... aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar”. O professor da EBD é um obreiro a serviço do ensino da Palavra na Casa do Senhor. O professor da EBD é preciso ser aprovado no:

a) Testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5);

b) Na vida familiar (Sl 128.1);

c) Na vida social (Mt 5.16);

d) Na igreja (Ec 5.1, 2).

(3) “... que maneja bem a palavra da verdade”. Aqui a palavra maneja significar saber dividir como um profissional que utiliza a sua fé ferramenta de trabalho. O professor da EBD precisa saber que existe muitas divisões nas Escrituras como dois Testamentos – AT e NT; três povos – judeus, gentios e igreja (1 Co 10.32); duas vinda de Jesus (Hb 9.28); duas etapas da Segunda Vinda de Cristo (1 Ts 4.16, 17; Ap 1.7); duas ressurreições (Jo 5.29; Ap 20.6); várias etapas da Primeira Ressurreição (1 Co 15.23; Ap 20.4, 5); sete julgamentos; sete dispensações; oito alianças etc. É preciso que o professor saiba manejar a Palavra da Verdade.

A palavra maneja no grego é orthotomeo que significa cortar reto, fazer um corte reto, endireitar, cortar direito ou cortar em linha reta. Para isto observe algumas ilustrações:

(a) como um pai de família que tem de cortar um pão e dar a cada um dos filhos a parte que lhe confere. Para tal, o pai precisa saber usar a faca de corte para usá-la de forma justa.

(b) como habilidade do guerreiro antigo que usava a espada com arma de ataque e defesa. Paulo ilustra, em uma linguagem metafórica como a espada do Espírito, a Palavra de Deus. Isto significa que o Espírito Santo vale-se daquela parte da Bíblia que está entesourada em nossos corações. Na antiguidade o guerreiro usava a espada. O professo como obreiro precisa aprender a usar a espada do Espírito – a Palavra de Deus. O ato de manejar bem a Palavra da Verdade implica na capacitação para ensinar de forma correta, fiel à interpretação bíblica, sem pervertê-la distorcê-la ou divorciá-la. Um professor da EBD ou qualquer outro que não sabe manejar corretamente a Palavra da Verdade acaba cometendo desvios doutrinários (2 Tm 2.18), e causará grandes transtornos a obra do Senhor.

(c) como o pedreiro que constrói a parede em linha reta.

(d) como o carpinteiro que risca a obra em linha reta.

(e) como o agricultor que ara a terra em linhas retas.

Jamais o professor negligente e apressado saberá interpretar a Palavra de Deus. Daí Paulo dizer: “Procura apresentar-te a Deus...”.

Para ter este manejo, é preciso que o professor tenha certas cuidados:

· Seja um leitor persistente e estudioso das Escrituras (1 Tm 4.13);

· Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b);

· Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13);

· Procure conhecer várias versões da Bíblia Sagrada, principalmente as bíblias de estudo;

· Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas;

· Seja um leitor de revistas, jornais e periódicos (evangélicos e seculares);

· Procure estudar as línguas originais da Bíblia (hebraico e grego);

· Faça um curso teológico (Leia 1 Ts 5.21).

VI – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM APOLOGISTA DA FÉ CRISTÃ (Fp 1.16; Tt 19; 1 Pe 3.16; Jd 3)

O professor da EBD é um defensor da Palavra de Deus. Paulo traz uma linguagem metafórica em Efésios 6.13-18, para as nossas armas defensivas e ofensivas. As armas de defesa são:

(1) cinturão para o uso da verdade;

(2) Couraça da justiça;

(3) escudo;

(4) capacete;

As armas de ataque são:

(1) sapato, tanto para a defesa como para o ataque;

(2) espada.

A oração por si e pelos os outros, ou seja, pelos alunos. É uma arma poderosa. A rainha da Inglaterra disse: “Não tenho medo dos mísseis norte-americano, mas de ver um cristão ajoelhado orando”.

O apóstolo Paulo, Pedro e Judas nos ensina como defender a fé:

(a) “defesa do evangelho”. Isto fala que devemos defendermos a bandeira do genuíno evangelho, pois o evangelho trata-se da Pessoa de Cristo. Aqui a apologética cristã está ligada a evangelização. Pois quem evangeliza está defendendo o evangelho de forma ordenado racional e sistemático.

(b) “Para convencer os contradizentes”. O professor que ensina a Palavra requer que tenha habilidade para refutar os erros de interpretação e as heresias. O professor da EBD deve conhecer as doutrinas da Bíblia, a falsa ciência, as falsas religiões, as seitas e heresias e inovações e modismos doutrinários de nossos dias.

(c) Em 1 Pedro 3.15 fala de que o crente ou o professor deve viver uma vida santa em todo o vosso ser. E estar sempre preparado para responder com mansidão e temor. Exige que o professor seja preparado e habilitado, tendo graça e conhecimento (2 Pe 3.18), para dar a resposta da Bíblia de forma convincente de maneira segura com autoridade. Aqui temos que notar duas qualidades indispensáveis para o professor-apologista: mansidão e temor. Para refutar e ensinar tem que ser de maneira branda, assim estava estimulando aos ouvintes a agir ou pensar de forma apropriada. E temor fala de que devemos conhecer as Escrituras e a vontade de Deus para que possamos evangelizar e ensinar corretamente a Palavra de Deus, na certeza, ganharemos muitas vidas para Cristo.

“A qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. Pessoas duvidosas acerca da Palavra de Deus são presas fáceis e vulneráveis para o Diabo e as seitas. A razão da esperança em Cristo, ou seja, da nossa salvação em Cristo.

(d) “a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”. A palavra fé aqui significa literalmente que o genuíno evangelho é pregado por Cristo e seus apóstolos. A palavra batalhar aqui do grego é pagonizomdi, trás a idéia de que a luta do cristão fiel, deve ser travada na defesa da genuína fé cristã. Batalhar significa literalmente contender estar sob muita pressão ou travar uma luta. O professor da EBD deve mais do que nunca fazer a defesa das Escrituras Sagradas e da fé cristã. Mesmo que ainda custem as nossas vidas. O professor-apologista deve negar a si mesmo para o crescimento sadio de seus alunos.

O professor-apologista deve batalhar pela fé cristã tomando posições segura contra os que negam as Escrituras fazendo desvios doutrinários da Palavra de Deus.

VII – O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL É UM TEÓLOGO

O professor da EBD como teólogo é aquele que tem um profundo amor e dedicação a Deus e a Sua obra. A sua fonte deve ser a Bíblia Sagrada. A sua relação não somente está ligado a Deus, mas também deve estar relacionado com os seus alunos e os homens. O papel do professor-teólogo é conduzir os setes alunos ao conhecimento espiritual e experimental de Deus (Os 6.3), e não superficial de Deus. Pois nada adiantaria para o crescimento da vida cristã dos alunos. Lembre-se que a dupla missão do teólogo é:

(1) Convencer os incrédulos;

(2) e ensinar para transformar vidas.

CONCLUSÃO

Diante de todas estas qualidades aos professores da EBD, estes são responsáveis pelo que ensina, pela Palavra de Deus e pelos seus alunos. O professor da EBD como despenseiro é um administrador; como evangelista é um proclamador do evangelho; como mestre é um exemplo para os outros. Como líder é o servo de Deus e dos homens; como obreiro é responsável por si e por seus alunos; como apologista é um defensor da Palavra de Deus, da fé e do evangelho e como teólogo é conduzir os seus ouvintes ao conhecimento e uma profunda relação espiritual com Deus.

BIBLIOGRAFIA

Fica aqui meu reconhecimento a cada referência que usei para a construção desta apostila. E procuramos dividir em três categorias distintas como:

A – BÍBLIA DE ESTUDO

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, Rio de Janeiro – RJ.

Bíblia de Estudo Plenitude. Sociedade Bíblica do Brasil, 1995, Barueri – SP.

Bíblia Explicada. Mc NAIR, S. E. CPAD, 1ª Ed., 2006, Rio de Janeiro – RJ.

Bíblia Vida Nova. Edições Vida Nova, 1. ed., 1998, São Paulo – SP.

Bíblia Anotada. Editora Mundo Cristão, 1994, São Paulo – SP.

Bíblia de Estudo de Genebra. Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, Barueri – SP.

B – LITERATURAS

ARRINGTON, Frech L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblia Pentecostal. 4. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

___________________. Guia do Leitor da Bíblia. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

VINE, W. E. (et al) Dicionário Vine. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

C – PERIÓDICOS

CABRAL, Elienai. Classe de Obreiros. In: Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 8, nº 31, jul-ago-set. 2007, pp. 30-32.

COELHO, Alexandre. Liderança segundo o coração de Deus. In: Revista Manual do Obreiro. Rio e Janeiro: CPAD, Ano 30, nº 41, 2º trimestre de 2008, pp. 50-56.

COSTA, José Wellington Bezerra da. Ministro e Líder de Ministros. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 25, Nº 22, abr-mai-jun. 2003, pp. 18-22.

LIMA, Elinaldo Renovato de. Liderança no século 21. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 30, Nº 41, 2º trimestre de 2008, pp. 44-49.

__________________. A formação e o papel do professor da EBD. In: Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 8, nº 32, out-nov-dez. 2007, pp. 6-9.

MESQUITA, Antonio. Liderança Eclesiástica – parte 4: As dimensões da liderança. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 27, nº 28, out-nov-dez. 2004, pp. 78-83.

________________. Liderança Eclesiástica – parte 3: Jesus – exemplo por excelência. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 26, Nº 27, jul-ago-set. 2004, pp. 78-83.

SILVA, Vagner Josino da. Neemias, um líder. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 30, nº 41, 2 Trimestre de 2008, pp. 58-62.

WALKER, Randall. Teologia do servo-líder. In: Revista Manual do Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 30, Nº 41, 2º trimestre de 2008, pp. 32-39.

ZIBORDI, Ciro Sanches. Erros que os professor devem evitar. In. Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 9, nº 35, jul-ago-set. 2008, pp. 6-9.

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