terça-feira, 22 de dezembro de 2009


HISTÓRIA DA IGREJA 1


DEUSIMAR BARBOSA


1 INTRODUÇÃO

A História da Igreja 1 vai desde a ascensão de Cristo, 30 d.C. até a queda de Constantinopla em 1453 d.C. Partiremos o presente estudo voltado para os quatorze séculos da história da igreja de Cristo, passo a passo que teremos de percorrer fazendo um exame seguro desses primeiros períodos da História da Igreja 1.
O topo culminante que assinala o ponto de partida da igreja de Cristo é o Monte das Oliveiras, não muito distante do muro oriental de Jerusalém. Ali, cerca do ano 30 a.D. Jesus Cristo, que havia ressurgido dentre os mortos, ministrou seus últimos ensinamentos aos discípulos e logo depois ascendeu ao céu, ao trono celestial.
Um pequeno grupo de judeus crentes no seu Senhor, elevado como Messias-Rei de Israel, esperou algum tempo em Jerusalém, sem considerar, inicialmente, a existência de uma igreja fora dos limites do judaísmo. Contudo, alargaram gradualmente seus conceitos e ministério, até que sua visão alcançou o mundo inteiro, para ser levado aos pés de Cristo. Sob a direção de Pedro, Paulo e seus sucessores imediatos, a igreja foi estabelecida no espaço de tempo de duas gerações, em quase todos os países, desde o Eufrates até ao Tibre, desde o Mar Negro até ao Nilo. O primeiro período terminou com a morte de João, o último dos doze apóstolos, que ocorreu, conforme se crê, cerca do ano 100 a.D. Consideremos, pois, essa época – “O Período da Era Apostólica”.
Durante o período que se seguiu à Era Apostólica, e que durou mais de duzentos anos, a igreja esteve sob a espada da perseguição. Portanto, durante todo o segundo século, todo o terceiro e parte do quarto, o império mais poderoso da terra exerceu todo o seu poder e influência para destruir aquilo a que chamavam “superstição cristã”. Durante sete gerações, um nobre exército de centenas de milhares de mártires conquistou a coroa sob os rigores da espada, das feras na arena e nas ardentes fogueiras. Contudo, em meio à incessante perseguição, os seguidores de Cristo aumentaram em número, até alcançar quase metade do Império Romano. Finalmente, um imperador cristão subiu ao trono e por meio de um decreto conteve a onda de mortes.
Evidentemente, os cristãos que durante tanto tempo estiveram oprimidos, de forma rápida e inesperada, por assim dizer, passaram da prisão para o trono. A igreja perseguida passou a ser a igreja imperial. A Cruz tomou o lugar da águia como símbolo da bandeira da nação e o Cristianismo converteu-se em religião do Império Romano. Uma capital cristã, Constantinopla, ergueu-se e ocupou o lugar de Roma. Contudo, Roma, ao aceitar o Cristianismo, começou a ganhar prestígio como capital da igreja. O Império Romano Ocidental foi derrotado pelas hordas de bárbaros, porém estes foram conquistados pela igreja, e fundaram na Europa nações cristãs, em lugar de nações pagãs.
Com a queda do Império Romano Ocidental iniciou-se o período de mil anos, conhecido como Idade Média. No início, a Europa era um caos, um continente de tribos sem governo e sem leis de nenhum poder central. Mas, gradativamente, foram-se organizando em reinos. Naquela época, o bispo de Roma esforçava-se não só para dominar a igreja, mas também para dominar o mundo. A religião e o império de Maomé conquistaram
Todos os países do Cristianismo primitivo. Encontramos, então, o Sacro Império Romano e seus inimigos. Observamos, também, o movimento romântico das Cruzadas no vão esforço para conquistar a Terra Santa que estava em poder dos muçulmanos. A Europa despertava com a promessa de uma próxima reforma, na nova era. Assim como a História Antiga termina com a queda de Roma, a História Medieval termina com a queda de Constantinopla.

2 A IGREJA PRIMITIVA (30-100 a.D.)

A pessoa de Jesus Cristo, o Nazareno, tornou-se inicialmente conhecida na Judéia, um território sob o domínio do Império Romano.
O que no início era um fato apenas local, mais tarde tornou-se mundial. Isto porque, como no dizer do apóstolo Paulo, “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher” (Gl 4.4). Entendendo a “plenitude dos tempos” como no momento mais apropriado para a primeira vinda de Cristo.
A língua grega havia se tornado o idioma da cultura e do comércio, devido às conquistas dos gregos cerca de três séculos antes de Cristo. Quando Cristo veio, os povos eram bilíngües, falavam sua própria língua e o grego. Isso ajudou a espalhar o evangelho.

2.1 Cristo marcou a história

Os Evangelhos mostram a vida e o ministério de Jesus, durante o qual o Senhor preparou seus discípulos para anunciarem as boas novas da salvação. Segundo Damião (2003, p. 377): Os Evangelhos, que são a principal fonte de dados sobre a vida de Jesus, não podem ser entendidos como uma biografia no sentido comum do termo, pois cada um dos quatro evangelistas evidenciou propósitos específicos com seus livros, procurando proclamar através deles o Cristo como Senhor e Salvador, o perfeito unigênito Filho de Deus. Jesus instruiu os doze apóstolos e os demais discípulos sobre como deveriam viver. Eles deveriam dedicar-se a Deus e compartilhar as bênçãos divinas com outras pessoas em todos os lugares (At 1.8).
Após a ressurreição, Jesus foi visto “por mais de quinhentos irmãos de uma só vez” (1 Co 15.3-6). Quando subiu aos céus (ascensão), Jesus havia deixado um grupo organizado de crentes. Eles aguardavam seu regresso e, enquanto isso, teriam de pregar a fé em Cristo e o arrependimento dos pecados.
Os cristãos como viriam a ser conhecidos mais tarde, contariam com o poder dado por Cristo para fazerem milagres e curarem enfermos, entre outras bênçãos da fé (Mc 16.17,18).
Na primeira comemoração do Pentecostes, após a ascensão do Senhor, alguns discípulos estavam orando e o Espírito Santo se manifestou de forma maravilhosa (At 2.1-4). A partir desse momento, os discípulos sentiram-se mais capacitados a pregar o evangelho de Cristo. Estava formada a primeira igreja, em Jerusalém.

2.2 Como a primitiva igreja cristã cresceu

As primeiras conversões em Jerusalém foram em número impressionante (At 2.41; 5.14,16; 6.7). Durante alguns anos, os cristãos não saíram de Jerusalém para pregar. Após a perseguição que seguiu-se ao apedrejamento de Estêvão, os discípulos fugiram para o restante da Judéia, para Samaria e para a Fenícia (Líbano), Chipre (ilha do Mar Mediterrâneo) e Antioquia da Síria (At 8.1; 11.20).
Os discípulos que se dispersaram, por causa da perseguição, para Antioquia da Síria, deram origem a uma nova igreja. Os crentes, ensinados por Barnabé e por Paulo, começaram a obra missionária enviando esses dois pregadores a Chipre. Em Antioquia é que os discípulos de Jesus foram chamados, pela primeira vez, de cristãos (At 11.26).
Entre os anos 60 e 70 o imperador romano, Nero, iniciou uma perseguição aos cristãos de Roma. Outras perseguições em outras regiões aconteceram, ora contra os judeus, ora contra os cristãos, pois eram confundidos com os judeus ou como amigos deles.
Por volta do ano 100, o cristianismo crescia apesar das perseguições. Por outro lado, algumas idéias erradas tinham começado a ser comuns. As idéias mais perigosas para o cristianismo daquela época eram o ebionismo (queria conservar o cristianismo no judaísmo) e o gnosticismo (dizia que o conhecimento da salvação era para algumas pessoas especiais providas de sabedoria).

2.3 Contribuições importantes para a formação do cristianismo

a) Judeus (religião)– Apesar de falarem o aramaico, a língua dos judeus não era mais que um idioma falado na periferia. Mas eles contribuíram muitíssimo para o início do cristianismo, conforme Nichols (1954, p. 9):

Os judeus, como se tem dito com muito acerto, prepararam o ‘Berço do Cristianismo’, fizeram os preparativos para o seu nascimento e o alimentaram na sua primeira infância. Prepararam antecipadamente a vida religiosa em que foram instruídos o Senhor Jesus mesmo e todos os cristãos primitivos, inclusive os apóstolos e os primeiros missionários. Em parte alguma do mundo, ao surgir o Cristianismo, havia uma vida religiosa tão pura e tão forte como a existente entre os melhores representantes da religião judaica, cujos característicos essenciais eram dois: a mais alta concepção de Deus entre os homens, como resultado do ensino do V. Testamento; e o mais alto ideal de vida moral que se conhecia resultante dessa sublime concepção de Deus.

Os judeus criam na vinda do Messias (em grego, Cristo), prometido por Deus como guia e libertador de Israel. A ética judaica ensinava que o pecado era uma violação da vontade de Deus. Os judeus forneceram o cânon (coleção de livros sagrados) do Antigo Testamento (Rm 3.2). Isto ajudou a fundamentar a fé dos primeiros cristãos. Também criam os judeus que a história tem um significado e que, no fim, Deus irá triunfar sobre a falha da humanidade. Finalmente, outra importante contribuição histórica dos judeus foi a sinagoga. Durante o tempo em que o povo de Judá foi levado para a Babilônia como escravos (séculos VI a. C.), os judeus desenvolveram uma alternativa para conservar sua religião, língua e costumes. Essa alternativa era a sinagoga, isto é, uma congregação que substituía parte dos serviços religiosos do templo que ficara em Jerusalém. As sinagogas se tornaram muito importantes para a vida comunitária do povo judeu mesmo depois de voltarem à sua terra. Foi nelas, muitas vezes, que os cristãos pregaram o evangelho aos judeus e prosélitos (gente de outros povos convertida ao judaísmo). Leia Atos 13.14,15; 19.8.
b) Gregos (cultura) – Vimos que a língua grega foi muito útil na formação do cânon (conjunto de livros inspirados por Deus) do Novo Testamento. Os povos que viviam em torno do Mar Mediterrâneo (sul da Europa e Grécia, norte da África, a Palestina e a Ásia que hoje chamamos de Turquia) estavam familiarizados com o grego koinê, e que segundo Nichols (1954, p. 8,9):

Era esta a língua universal do mundo greco-romano, usada para todos os fins no intercâmbio popular. Quem quer que o falasse seria entendido em toda parte, especialmente nos grandes centros onde o Cristianismo foi primeiramente implantado. Os primeiros missionários, como por exemplo Paulo, fizeram quase todas as suas pregações nesta língua e nela foram escritos os livros que vieram a construir o nosso Novo Testamento. De modo que a religião universal encontrou para sua propaganda e conhecimento, entre todos os homens, uma língua universal; e esse auxílio inestimável foi, por Deus, providenciado por intermédio do povo grego.

Mas a cultura grega também influenciava o pensamento (filosofia) e as religiões daquele tempo.
c) Romanos (política) – Roma concretizou a unidade política com leis que deveriam ser obedecidas em todas as partes do império. Essa forma de ver o mundo ajudou os cristãos a entenderem a idéia de um reino celestial. As conquistas do exército romano ilustravam a conquista do mundo para Cristo. Diversos movimentos militares e comerciais desenvolveram cidades, as quais foram ligadas por estradas e por embarcações, deslocando cristãos em suas atividades profissionais ou missionárias como afirma Nichols (1954, p.6,7):
Com o seu império, os romanos se tornaram os mais úteis instrumentos de Deus no prepara do mundo para o advento do Cristianismo. Esse império, que incluía grande parte do gênero humano, foi uma lição objetiva que provava ser a humanidade uma só. Por muitas eras, governos separados formaram grupamentos humanos que se sentiam diferentes e isolados de todos os outros grupos; mas, com o Império Romano, os povos se unificaram, no sentido em que todos os governos tinham sido derrubados e um poder único dominava em toda a parte. O Cristianismo é uma religião de caráter universal, não conhecendo distinções de raça, apelando para os homens simplesmente como homens, tornando todos UM em Cristo. Para tal religião a preparação mais valiosa foi a unificação de todos os povos sob o poder político de Roma.
A administração romana, sábia, forte e vigilante, tornou fáceis e seguras as viagens e comunicações entre as diferentes partes do mundo. Os piratas, que estorvavam a navegação, foram varridos dos mares. Por terra, as esplêndidas estradas romanas davam acesso a todas as partes do império. Essas estradas notáveis realizaram naquela civilização o mesmo papel das nossas estradas de rodagem e estradas de assaltos. De modo que as viagens e o intercâmbio comercial tiveram extraordinário incremento. É provável que durante os primeiros tempos do Cristianismo o povo se locomovia de uma cidade para outra ou de um país para outro, muito mais do que em qualquer outra época, exceto depois da Idade Média. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava esse estado de coisas para a implantação do Cristianismo. Teria sido impossível ao apóstolo Paulo realizar sua carreira missionária sem essa liberdade e facilidade de trânsito possibilitadas pelo império romano. Contribuíram muitíssimo para o progresso do Cristianismo nos seus primeiros anos, as portas abertas que encontrou através de todo o mundo civilizado, as quais facilitaram o livre intercâmbio entre os países onde as novas idéias deveriam ser pregadas e encorajaram os movimentos dos primeiros missionários.

3 A IGREJA ANTIGA (100-476 a. D.)

3.1 O Cristianismo se expande

Enquanto o Evangelho era anunciado, crescia o número de cristãos. Houve crescimento numérico, mas o crescimento também foi espiritual. Porque as igrejas, ou parte delas, mantiveram a missão de anunciar o Evangelho e de cultivar as coisas espirituais legadas por Jesus. Assim asseverou Oliveira (1996, p. 23):

Entre o ano 100 d. C. e o reinado de Constantino, o Cristianismo alcançou considerável progresso. É certo que nem tudo nos tem sido dado conhecer a respeito do assunto, principalmente por ter sido esse período em que a Igreja sofreu grande perseguição. Além do mais, boa parte da expansão do Cristianismo durante esse período, teve lugar não só através da obra de missionários dedicados exclusivamente à tarefa da evangelização, como também através de testemunhos de comerciantes, soldados e escravos que por uma ou outra razão viajavam pelas mais diferentes regiões do Império.
O Cristianismo chegava a cada província de maneira humilde e obscura, mas logo crescia, tornava-se forte, e acabava por se impor como um organismo vivo em todos os seguimentos da vastidão do Império. Em 313 d. C., o Cristianismo já era religião dominante na Ásia, região muito importante do mundo de então, como também na Trácia e na longínqua Armenia. A Igreja se constituíra uma influência civilizadora muito poderosa em Antioquia da Síria, na costa da Grécia e Macedônia, nas ilhas gregas, no norte do Egito, na província da África, na Itália, no sul de Gália e na Espanha.

3.2 Crescimento espiritual

Na igreja primitiva (Séc. I), os domingos tinham dois cultos. Não tinham templos, pois reuniam-se em casas, em sinagogas em qualquer lugar público permitido. De manhã recebiam o ensino bíblico, cantavam hinos e prometiam viver corretamente. À noite celebravam a ceia do Senhor. Entre os dois cultos, realizavam o agape, ou festa do amor, com uma refeição comunitária. Assim disse Hurlbut (1993, p.42,43):

“A Ceia do Senhor era observada universalmente. A Ceia, no início, era celebrada no lar, assim como a páscoa, da qual se originou. Entretanto, nas igrejas gentílicas apareceu o costume de celebrar-se uma reunião da igreja como se fosse uma ceia qualquer, para a qual cada membro levava a própria provisão. O apóstolo Paulo repreendeu a igreja em Corinto pelo abuso que esse costume havia causado. No fim do século a Ceia do Senhor era celebrada onde os cristãos se reuniam, porém(talvez, por causa da perseguição), não em reuniões públicas. Somente os membros da igreja eram admitidos nas reuniões em que celebravam a Ceia, que era considerada como um ‘mistério’. O reconhecimento do domingo da ressurreição como aniversário da ressurreição de Cristo fora sancionado e aumentava dia a dia; contudo, nessa época ainda não era de guarda universal.”

Havia muita atenção para a ação social em benefício dos mais necessitados.No culto, lia-se uma passagem bíblica, o presidente aconselhava a congregação, havia orações e cânticos. A autoridade na igreja era encabeçada pelo bispo ou presbítero presidente. Ele cuidava principalmente do ensino e dos atos religiosos, ajudado pelos diáconos durante os cultos e na ação social.
A simplicidade dos primeiros crentes foi sendo modificado aos poucos. No segundo século, a ceia do Senhor já era feita pela manhã, a liturgia (ordem do culto) ficou mais formal e o agape não era mais realizado. Era comum chamar os bispos de “pai”. Na realização do culto, liam-se as “memórias dos apóstolos” ou “escritos dos profetas”, o presidente fazia uma pregação, a congregação orava em pé e fazia-se uma coleta para ajudar aos mais necessitados
Mesmo que as igrejas não tenham convivido com a prática da escravidão, sua atitude era de pregar a igualdade entre as pessoas. Nas atividades sociais e culturais, aconselhavam o não envolvimento com festas, jogos e espetáculo que não glorificassem a Deus. Especialmente, não toleravam que seus membros se misturassem aos cultos pagãos.

3.3 Crescimento da organização

Com a ameaça da perseguição e das doutrinas falsas, as igrejas começaram a achar que precisavam de bispos fortes. Surgiu aí a figura do bispo monárquico, que era considerado superior aos demais pastores (presbíteros). Em pouco tempo, a Igreja aceitou que os bispos das igrejas mais importantes que os outros bispos.
A partir daí, aceitaram-se as idéias de escritores cristãos, como Cipriano e Inácio, sobre a sucessão apostólica (quem podia ordenar alguém ao pastorado desde o tempo dos apóstolos) e sobre a totalidade dos cristãos formar uma só igreja universal, daí o título “católica”. Para serem práticos, as igrejas do século III reconheciam cinco bispos mais importantes (metropolitanos): das igrejas de Roma, Éfeso, Antioquia, Alexandria e Constantinopla. Como a situação política e econômica fez que algumas dessas cidades perdessem sua importância, apenas os bispos de Roma e Constantinopla continuaram no páreo pelo primeiro lugar da liderança.
A “politicagem” entre as igrejas começou na época em que as perseguições terminaram. Depois de ser ajudado pelos cristãos a tomar o poder de Roma, o imperador Constantino deu-lhes de presente o Edito de Milão (ano 313). Esse documento dizia que os cristãos tinham liberdade para praticarem a sua religião. Porém, Constantino tinha interesses políticos e, por isso, prestigiava os cristãos e envolvia os bispos em suas decisões, que segundo Knight e Anglin (1999, p. 54):

A administração do estado e dos negócios civis foi reunida com o governo da igreja e podia-se presenciar o espetáculo extraordinário de um imperador romano presidir os concílios da igreja e tomar parte nos debates.
Em geral os cristãos não se ressentiam desta intrusão, pelo contrário consideravam-na como um auspicioso e feliz presságio, e em lugar de censurar o imperador pelo seu intrometimento, receberam-no como bispo dos bispos. O povo de Deus aceitou a proteção de um estado semipagão, e o cristianismo sofreu a maior degradação possível com a proteção de um potentado do mundo.

O Cristianismo não precisava mais se esconder e, então, tinha até ajuda oficial para construir templos caros.

3.4 Os cristãos e os imperadores

A partir de 313, já estava nitidamente formada a idéia de uma só igreja, a católica romana. Constantino e Licínio governaram Roma com uma política de benefícios à Igreja Cristã, mas o paganismo (religiões de mistério) continuava. O imperador e seus descendentes mantiveram essa política, devolvendo propriedades da Igreja, dando-lhe ajudas materiais, enquanto o paganismo diminuía. Mas foi só em 380 que Teodósio I tornou o cristianismo a religião oficial de Roma. Após o curto governo de Juliano, que desejava retornar ao paganismo, os imperadores voltaram a favorecer a Igreja.
Essa atitude do estado fez com que a Igreja se tornasse sua aliada e os governantes sentiam-se à vontade para interferir nos assuntos espirituais. As autoridades da Igreja também ganharam, aos poucos, maior poder e influência na política.
Mas o Império Romano se dividiu e os diferentes imperadores tinham muitos conflitos de interesses. A cultura romana começou perder sua força porque não havia uma liderança eficiente e os valores que sustentava o império foram caindo aos poucos.

3.5 A Igreja e os bárbaros

O enorme território, com povos tão diferentes, e a perda da vontade de conquistar deixaram o Império Romano mais aberto às invasões dos bárbaros. Eram povos que se transferiram de regiões distantes na Ásia e atravessaram a Europa, apossando-se de terras do império. Os territórios romanos foram invadidos em 378 pelos godos. Daí até o século V, houve invasões de vários grupos. O chefe bárbaro Odroaco tomou o governo de Roma (476), enquanto Teodorico dominava a Itália.
A aproximação dos bárbaros com os cristãos permitiu a evangelização daqueles povos, que segundo Cairns (s/d, p. 103): “A grandeza da civilização que a Europa ocidental criou não foi tanto devida à invasão dos vigorosos bárbaros mas á bem-sucedida conversão destes bárbaros ao cristianismo por obra da Igreja.” Já que os bárbaros derrotaram os romanos, restava a liderança do “papa” (bispo de Roma). Com o papa se relacionando com os novos governantes, cresceu a confiança do povo romano no chefe religioso. Além de líder da Igreja, o papa ganhou também funções de líder político, competindo com os verdadeiros reis. Mais tarde, essas funções colocaram os papas contra os reis e imperadores.

3.6 A sobrevivência do cristianismo

Após a morte de João, o último apóstolo a falecer, e de terem eles terminado sua tarefa de liderar os cristãos e fixar as bases de seu crescimento (século I), as igrejas continuavam a crescer e a se multiplicar. Como vimos antes, o cristianismo crescia, mesmo enfrentando perseguições do estado e as heresias (desvio dos ensinamentos). Vamos ver então como respondia a esses desafios.

3.7 O desafio herético

Heresia significa “desviar-se de um caminho principal”. As heresias que começaram no primeiro século foram o ebionismo (heresia legalista) e o gnosticismo (heresia filosófica).
Lá vimos que o ebionismo era ensinado por judeus cristãos que desejavam que os cristãos cumprissem a lei de Moises – a antiga aliança – para garantir a salvação. Porém, eles deixaram de ser influentes a partir da destruição total de Jerusalém pelos romanos em 135.
O gnosticismo teve força até fins do século II e ensinava que o conhecimento é a chave da salvação. Havia muita discussão sobre que escritos eram bons e inspirados por Deus e os heréticos aceitavam apenas as passagens que lhes interessavam, mas rejeitavam basicamente todos os escritos que ensinavam que a salvação é obtida pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo, sem interferência do homem.
Essas seitas heréticas desafiavam os cristãos a definirem logo que livros reconheciam como autorizados por Deus.
As Igrejas conviveram também com exageros de natureza teológica. O montanismo ensinava dependência extrema do Espírito Santo (Montano era o intérprete do Espírito), o fim de toda forma de organização, o rigor religioso e a criação de um reino celestial na Frígia.
O monarquianismo dinâmico (Paulo de Samosata, séc. III) exagerava no ensino de um Deus único que entrara no corpo do homem chamado Jesus, negando a Trindade divina. O monarquianismo modalista ensinava três diferentes manifestações de Deus em momento diferentes da histórica (o Pai, o Filho e o Espírito Santo).
Também houve controvérsia entre o cristianismo do oriente e do ocidente sobre a data correta da Páscoa, que só se resolveu no concílio de Nicéia (325). O donatismo foi uma controvérsia entre Donato e Felix, acusado de ser um traidor durante a perseguição sob Diocleciano. Um sínodo reunido em Roma pôs fim à polêmica.
Esse foi um período em que o cristianismo produziu muitos escritos importantes, destinados a tratar de diversos assuntos. Houve aquele que ficaram conhecidos como “Pais da Igreja” que se dedicaram a escrever para a edificação: Inácio, Policarpo, Clemente de Roma, Papias e outros (cerca de 95 e 150 d.C.). Aristides, Justino, Taciano, Atenágoras, Tertuliano e Teófilo (120 a 220) explanaram sobre a defesa do cristianismo. Eles são conhecidos como apologistas. Aqueles que escreveram para rebater doutrinas foram chamados de Polemistas: os práticos Irineu, Tertuliano, Cipriano; os alegóricos de Alexandria (Egito) Panteno, Clemente de Alexandria e Orígenes (180 a 250). Os Expositores da Bíblia (325 a 460) foram Jerônimo, Ambrósio, Agostinho, Atanásio, Basílio, Crisóstomo e Teodoro.
Os escritos desses mestres foram cartas, livros de conteúdo apocalíptico e catequético (de ensino religioso). Um dos mais famosos e descoberto apenas no último século é a Didaquê (Ensino dos doze apóstolos) do século II.

3.8 As perseguições

Todas as religiões que aceitassem o culto ao imperador de Roma eram aceitas sem restrições pelas autoridades do império. No entanto, eram proibidas as sociedades secretas e qualquer culto competisse com a lealdade total ao imperador. Para os romanos, não havia problemas se uma religião tinha só um ou muitos deuses, desde que reconhecesse a divindade dos governantes do Estado romano.
Os cristãos, embora fossem ordeiros e pacíficos, passaram a ser considerados ateus (porque não criam nos diversos deus populares), a ser impedidos de professarem abertamente sua fé a serem perseguidos como uma ameaça ao Estado. Como os cristãos não participavam de certas festas e costumes populares, muitos não aceitavam serem soldados, tomavam a ceia do Senhor a portas fechadas (daí serem visto como “antropófagos”, pois “comiam” a carne e “bebiam” o sangue de um “tal Cristo”). Por viverem neste estilo de vida, a população desinformada era antipática a eles.
Mas as perseguições podiam ter diferentes motivações: Nero perseguiu os cristãos por motivos pessoais (meados do século I), Domiciano perseguiu judeus e atingiu os cristãos (95d.C.); cristãos foram perseguidos na Bitínia, depois em Esmirna e Roma (século II) por causas locais. Depois de 250, o imperador Décio aumentou a perseguição para todas as áreas do império.
Bastava alguém acusar uma pessoa de ser cristã e o acusado teria de escolher entre sua fidelidade a Cristo ou ao imperador. Os que resistissem, podiam sofrer penas mais leves ou mais pesadas de acordo com o julgamento local. Houve cristãos que resistiram até a morte, até mesmo diante de ameaças de seres devorados por feras, serem queimados vivos ou torturados de modos. Apesar disso, o cristianismo crescia, pois o testemunho e a fé animavam os crentes e impressionavam às pessoas que os observavam.
Como vimos antes, o fim das perseguições ocorreu oficialmente em 313 com o Edito de Milão, quando o imperador Constantino viu a importância do apoio cristão ao seu governo. E foi usando um emblema cristão pintado em escudos que ele conseguiu a simpatia dos soldados convertidos e da população cristã pobre de Roma à entrada de suas tropas na capital do império. Seu governo favoreceu a igreja e ele passou a usar o título de “bispo dos bispos” e ao mesmo tempo o de “pontifex maximus” (sacerdote-chefe do culto pagão).


4 A IGREJA MEDIEVAL (476-1453 a. D.)

4.1 Os cristãos na Idade Média

Como vimos nas partes anteriores, o cristianismo seguiu um duro caminho desde seu início, em Jerusalém. Por mais de um século, atravessou as perseguições do Estado. Para eliminar doutrinas falsas e prevenir sua fé, definiu o conjunto dos livros sagrados (cânon). As divergências foram resolvidas através das decisões dos concílios. O bispo de Roma (papa) deixou de ser um simples pastor de almas e passou a ser um simples pastor de almas e passou a ser um governante religioso que, cada vez mais, aumentava o seu poder político.
Não tratamos ainda aqui, do monasticimo, mas vale a pena falarmos sobre ele. Foi um movimento para alguns cristãos sinceros buscarem maior espiritualidade do lado de fora da igreja de sua época, insatisfeitos que estavam com a “badalação” dos ricos e das pessoas importantes que invadiam os templos. Por isso, esses cristão foram isolar-se no deserto, em cavernas ou em mosteiros.



4.2 O império da Igreja Católica

Em 476 Roma deixou de ser o centro do poder imperial. No século II o imperador Constantino transferira a capital para Constantinopla (Bizâncio), deixando atrás a velha capital num vazio de poder que só o papa foi capaz de preencher. Após os bárbaros terem assumido o poder de fato na parte ocidental do império, o papa exercia grande influencia sobre os novos dominadores.
A transferência do poder para o oriente não foi muito duradoura, pois o imperador tinha limitações que o impediam de comandar toda a vastidão do antigo império. Logo o monarca sentiria a pressão das tropas do islã (movimento iniciado na Arábia por Maomé), cercando a capital bizantina.
Os reinos bárbaros que se formaram na Europa controlava a vida política e econômica. Na prática, eram independentes do imperador. Quem os influenciava diretamente era a Igreja Romana, através da manipulação feita pelo papa. Pense: O sacerdote local tinha total contato com a população e podia influenciar a consciência das massas. O sacerdote era um “agente” religioso a serviço de Roma, leal aos bispos e ao papa. Com o passar do tempo, os reis foram ambicionado esse poder. Estamos falando da união da Igreja e do Estado, como partes de um mesmo esquema. Não se discutia se essa união era boa ou não, porque a grande questão era quem iria controlar o poder religioso.
De outro lado, a Igreja Romana se omitia no ensino da Bíblia ao povo. Poucos sabiam ler e por estarem em contato com os bárbaros, aprenderam suas crendices e superstições.
Enquanto isso, em Bizâncio, os rivais do papa romano (o patriarcado da Igreja oriental e o imperador) estavam cercados pelos seguidores do “profeta” Maomé. E foi por causa da ausência do poder oficial em Roma que o papa teve oportunidade no ano 800 para fazer uma aliança lucrativa com o chefe do reino mais forte da época, Carlos Magno, rei dos francos.

4.3 O santo império

A aliança entre o papado e os chefes teutônicos criou o Santo Império Romano Germânico. Por um lado, os novos imperadores reconheciam a autoridade espiritual do papa e seguiriam a fé cristã. O novo império deveria também proteger a Igreja contra possíveis hereges e invasores de suas propriedades. A igreja ficava responsável pela formação do caráter e consciência dos súditos (pessoas governadas) através de seus sacerdotes.
Esse sistema era baseado em dois poderes: O poder temporal (do imperador e dos reis) e o poder espiritual ou religioso (do papa e dos bispos). Houve momentos em que não se sabia ao certo quem controlava e até onde ia o poder de um ou de outro. Muitas vezes, essa dúvida criava desentendimentos que se transformaram em batalhas, traições, assassinatos etc.

4.4 A Igreja Católica se divide

Na Europa começou a adotar-se uma nova prática para controle político e econômico dos territórios. Chamava-se feudalismo e estava baseado na divisão da terra por herança e pela hierarquia social. Esta era uma maneira de dividir as diferentes classes de pessoas pelo seu nascimento. Assim, por exemplo, o filho de um homem do campo não tinha os mesmos direitos que um nobre. A Igreja também adotou essa forma de pensar e o clero (conjunto dos sacerdotes) passou a ser uma organização acima das classes mais pobres, ficando mais próxima da nobreza.
Enquanto a Igreja do ocidente (Roma) se tornava feudal, a Igreja do oriente ou bizantina (Constantinopla) mantinha o que lhe restava após as invasões do islã. O patriarca, rival do papal, enfraquecia. Assim, o papa facilmente seria reconhecido como “bispo universal”. Ele agia dessa forma sem pedir licença. O resultado foi que as relações entre os dois ramos do cristianismo se romperam oficialmente (1054).
Essa primeira parte da Idade Média ajudou a “temperar” os relacionamento entre a igreja e o estado. Nos reinos feudais da Europa, a maioria das pessoas vivia nos campos (pastores e lavradores), em volta do castelo. Aos poucos, surgiram cidades e organizações comerciais que os reis quiseram controlar. Daí surgiram as nações-Estado (França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, etc.). Cerca de quatro séculos mais tarde, esses países desejavam libertada do poder excessivo da Igreja.
Veja só: A Igreja lucrava com a manipulação da consciência das pessoas. Ela possuía terras, riquezas, tropas, controlava reis e imperadores. Isso era possível porque não havia cultura, nem se conhecia a Bíblia. O clero ficava distante do povo e não queria saber das pessoas.



4.5 Os “super-papas” e as tentativas de reforma

Você já sabe que a Igreja Romana medieval era a igreja dos “super-papas”. Já vimos como poder político e as riquezas haviam “encantado” o clero de Roma. A Igreja tornou-se muito poderosa, mas havia abandonado a simplicidade da fé cristã.
Nesse período (Idade Média) e em outros momentos, houve reações pacíficas daqueles que desejavam a Igreja voltada para a Bíblia. Havia desejo de restaurar a oração e a humanidade. Para os nacionalistas, principalmente governantes descontentes com o poder eclesiástico havia vontade de tirar da Igreja o direito aos impostos papais, para que o dinheiro permanecesse em seus países de origem.
Tentativas de reforma começaram a surgir. É o caso dos místicos da abadia de Cluny (França). Os monges (sacerdotes que viviam em isolamento) de Cluny iniciaram um movimento conhecido como misticismo, em busca de um cristianismo mais humilde e espiritualizado. Esse movimento influenciou muitas pessoas e gerou outros movimentos semelhantes.

4.6 Início do fim dos “super-papas”

Quem chegou mais alto entre os “super-papas’ foram Gregório VII e Inocêncio III. Os dois viveram no século X e eram tão poderosos que humilharam os chefes temporais mais fortes daquele tempo.
O papado da Igreja, sem saber, aproveitava as últimas décadas de seu “super-poder”. Enquanto isso, os mulçumanos do Islã dominavam o norte da África e avançavam sobre a Europa em várias frentes. Conhecidos como mouros na Penínsulas Ibérica (Portugal e Espanha), os seguidores de Maomé ficaram na Espanha por seis séculos (entre os séculos VII e XIII).
Esse convívio forçado produziu uma troca intelectual intensa. Os árabes levaram da Grécia para a Espanha a filosofia de Aristóteles que Tomás de Aquino usou na teologia católica. Os conhecimentos árabes de astronomia, filosofia, música, arquitetura etc, influenciaram muito os europeus.
Mas as questões centrais do islamismo eram a agressividade de seu avanço inicial, a negação de Cristo como Filho de Deus, sua aversão ao Antigo Testamento e a mudança dos locais de adoração. Islã é um termo árabe que significa “submissão” e os muçulmanos quiseram submeter os povos á sua fé. Na visão islâmica, Cristo foi um profeta de Alá (Deus), em igualdade com Abraão. Maomé é considerado o maior e amis importante profeta. O local onde Alá deve ser adotado é Meca, na Arábia Saudita. Os islamitas seguiam ensinos do Corão (AL Conhoram), seu livro sagrado.
O avanço mulçumano teve sucesso principalmente por causa do despreparado dos cristãos. Sem cultura e desconhecendo a fé bíblica, eles se apegavam á religião formal. Depois do trauma da invasão, muitos cristãos nominais aceitaram converter-se ao islamismo. A troca da confissão religiosa foi somente na forma, mas não em essência.

4.7 A guerra e o roubo em nome da religião

As conquistas militares dos árabes sobre a Europa foram uma série ameaça à Igreja. Diversos territórios ficaram definitivamente sob controle muçulmano. Diante disso, a Igreja uniu-se aos governantes para combater o islã que tina como alvo reconquistar Jerusalém e a Terra Santa (Palestina).
Durante três séculos, os papas convocaram expedições para a “guerra santa”. Essas expedições foram chamadas de Cruzadas e a maioria delas perdeu os objetivos originais. Muitos servos pessoas pobres se juntaram a fanáticos religiosos nas cruzadas porque viam a oportunidade de serem livres ou enriquecer. Os nobres que comandavam esses exércitos despreparados desejavam mais prestigio, poder e riquezas. Alguns que voltaram à Europa como cavaleiros, participavam de torneios para ganhar prêmios e fama. Tornaram-se símbolos da cavalaria romântica como defensores da igreja e dos valores da nobreza.
Diversos papas desse período usaram sua influencia e a força dos cruzados em benefícios de sua política. Um desses benefícios foi livrar a Igreja oriental dos mulçumanos para que ela finalmente obedecesse ao papa romano.
As cruzadas eram instrumentos de política usado por governantes e religiosos com interesses além daqueles que eram declarados – poder de dominar e explorar. A religião era a desculpa usada para encobrir muitos interesses comerciais. Como exemplo desses interesses, temos a formação de grandes empresas de navegação no mar Mediterrâneo, apropriar-se de territórios, criar mercados importadores, abrir caminhos mais baratos para os centros produtores de especiarias etc. Através dessas guerras, tesouros seculares de povos antigos foram roubados.
Como se conseguia manipular as massas? Dizendo que quem ajudasse a reconquistar a Terra Santa receberia muitas bênçãos de Deus, como o perdão dos pecados, o livramento das chamas do inferno e outras coisas. Criou-se a histeria coletiva para motivar o interesse.
Muitas pessoas foram usadas em nome da fé, inclusive crianças. E, ao invés do cristianismo converter os mulçumanos ao evangelho, criou mais ódio por causa das atrocidades praticadas por soldados “cristãos”.

4.8 Avaliação do período

Esse clima de guerra, junto com os jogos dos papas romanos, não evitava que as bases do papado se corrompessem. O catolicismo precisava de reforma urgente, mas a Igreja oficial recusava qualquer possibilidade de mudança.
Nesse período, houve algumas iniciativas de reforma religiosa, Jerônimo Savonarola (Itália), João Wycliff (Inglaterra), João Huss (Boêmia, atual Romênia) se destacaram. Mas o caminho estava se abrindo para uma reforma mais ampla e inevitável.








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REFERÊNCIAS

CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, s/d.

DAMIÃO, Valdemir. História das Religiões. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

HURBUT, JesseLyman. História da Igreja Cristã. Deerfield, Florida: Editora Vida, 1993.

KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W. História do Cristianismo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1954.

OLIVIERA, Raimundo F. História da Igreja: dos primórdios à atualidade. 2. ed. Campinas – SP: EETAD, 1996.






quarta-feira, 15 de julho de 2009

A DOUTRINA DA SALVAÇÃO

Tt 2.11

Uma das mais gloriosas doutrinas da Bíblia Sagrada é a doutrina da Salvação, pois esta é um plano divino para salvar a humanidade caída no pecado. O plano salvífico tem sua origem na eternidade. Este tema é abordado desde Gêneses ao Apocalipse.

1 - O QUE É A SALVAÇÃO

É uma obra divina de amplo sentido, que abrange todos os atos e processos redentores em Cristo, a saber: graça, eleição, predestinação, chamamento, adoção, reconciliação, redenção, propiciação, imputação, perdão, justificação, regeneração, santificação e glorificação. A salvação é o resultado da redenção efetuada por Cristo, e meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Portanto, a salvação é o livramento do Diabo, da morte, da condenação eterna, do pecado e do inferno.

2 - A TRINDADE E A OBRA DA SALVAÇÃO NO HOMEM

A Bíblia atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: Deus elege, predestina e chama (Ef 1.4,5,18; 2.8-10; Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10). No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste: recebendo-o (Jo 1.12), crendo (Jo 3.16), indo ao encontro dEle (Jo 6.37), invocando-o (Rm 10.13). A obra inicial do Espírito Santo, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16. 8-11). Portanto, há um completo envolvimento da Trindade e do homem na salvação, o Deus Filho executou a salvação no Calvário e o Deus Espírito Santo opera a obra da salvação no homem.
A salvação procede de Deus e não do homem. Foi concebido por Deus Pai, consumada por Jesus Cristo o Filho de Deus, e oferecida ao crente por intermédio do Espírito Santo. O homem não teve participação alguma no plano de salvação. Resta-lhe apenas aceitar o Dom de Deus – a Salvação.
Portanto, a Trindade na obra da salvação do homem, é que o Pai e o Filho elege, predestina e chama, por sua vez cabe o homem converter e arrepender de seus pecados e crer em Cristo. O Espírito Santo convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

3 - A CHAMADA DIVINA PARA A SALVAÇÃO, O LIVRE-ARBÍTRIO DO HOMEM E A SOBERANIA DE DEUS

Deus, em sua soberania, oferece graciosamente a salvação para todos os homens que, de acordo com o seu livre-arbítrio, podem aceitar ou recusar este convite.
No AT, Deus chama os homens para a salvação (Ez 18.30-32). Atualmente, o chamamento de Deus é a razão pela qual a nossa vida cristã tem início (Rm 8.30; 9.24; 2Tm 1.9). É verdade que invocamos a Deus para nos salvar (Rm 10.10-13), mas a nossa aceitação é uma resposta ao seu chamado (2 Ts 2.14; 1 Pe 5.10; 2 Pe 1.3).
A chamada divina é universal, ou seja, é para todos. O termo “chamada” em Efésios 1.18 é traduzido por vocação ou chamamento. Quando aplicado à provisão da salvação por Deus, diz respeito ao gracioso ato divino pelo qual Ele chama os pecadores para a salvação em Cristo, a fim de que sejam santos (Rm 8.29,30; 11.5.; Gl 1.6,15).
A chamada divina ocorre através da proclamação do Evangelho (Jo 1.10,11; At 13.46; 17.30; 1Co 1.9,18,24; 2Ts 1.8-10; 2.14). Segundo a Bíblia, é da vontade de Deus que todos os homens sejam salvos, ou seja, que todos atendam ao chamado de Deus para a salvação (At 17.30; 1 Tm 2.3,4; 2 Pe 3.9 cf. Mt 9.13). É uma vocação que opera para a salvação, fundamentada na escolha do homem (At 13.46-48).
A vocação divina para a salvação do homem é uma obra da qual a Trindade participa: é atribuída ao Pai (1Co 1.9; 1Ts 2-12; 1Pe 5.10) ao Filho (Mt 11.28; Lc 5.32; Jo 7.37) e ao Espírito Santo (Jo 14.16,17,26; 16.8-11; Jo 15.26; At 5.31,32).
Fomos chamados por Deus para a salvação para sermos de Cristo (Rm 1.6; 1Co 1.9); para a santificação (Rm 1.7; 1Pe 1.15; 1Ts 4.7; Hb 12.14b; Ef 1.4); para a liberdade (Gl 5.1,13); para a paz (1Co 7.15; Lc 7.50; 8.48; Rm 5.1); para o sofrimento (Rm 8.17,18) e para a glória (Rm 8.30).
O papel do Espírito Santo é convencer o mundo do pecado (Jo 16.8-10). Embora a oportunidade de salvação seja para todos, uns se arrependem de seus pecados e aceitam a misericórdia de Deus em Cristo (At 2.37). Outros, no entanto, admitem a culpa, mas não estão dispostos a confessá-la tornando-se mais resistentes (Jo 1.10,11; At 13.46; 17.32; 2 Ts 1.8-10; Hb 3.7,8).
O Espírito Santo também convence o mundo da justiça, mostrando que a cruz não representou o fim da trajetória de Cristo que, ressurecto, acha-se, agora, à direita de Deus, por Ele, todo homem pode viver como justo neste mundo (Fp 1.10,11;2.15; Tt 1.8). O mesmo Espírito também convence o mundo do juízo vindouro, pois os que rejeitam a Cristo serão condenados, assim como o Diabo que já se encontra julgado (Mt 25.41; Jo 16.11).
A Bíblia nos apresenta a soberania de Deus em Jó 42. Aqui a soberania de Deus excede qualquer vontade humana; mediante esta soberania, Ele nos concede o livre-arbítrio. O Deus soberano, criador de todas as coisas e regente supremo de todo o universo, decidiu dar-nos a capacidade de escolher entre a natureza santa e a pecaminosa.
No próprio Éden, Deus concede a liberdade para o homem escolher entre o certo e o errado, entre a vida e a morte, entre a natureza divina e a natureza carnal (Gn 3.1-13; Dt 30.19).
O livre-arbítrio concedido por Deus não foi anulado pelos efeitos do pecado. Nós, os que decidimos por uma vida santa, estamos tanto sob a soberana de Deus quanto debaixo do livre-arbítrio concedido por Ele (Ap 3.20).

4 - A SALVAÇÃO É UNIVERSAL E INDIVIDUAL

A salvação é para todos, individualmente. O NT apresenta a realização da nossa salvação como algo efetuado por Deus de forma pessoal e singular (Ler Jo 3.16; 6-37; Rm 10.13; Jo 15.5).
Pedro afirma que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Isto afasta toda e qualquer possibilidade de a eleição ser fatalista, segundo a qual seria inútil tentar mudar o quadro da nossa vida futura.
Nossa decisão pessoal de crer, ou não crer em Cristo, tem conseqüências eternas em nossa vida (Mc 16.16). Os que não aceitam a Jesus como seu Salvador são os únicos responsáveis pelos seus atos, visto ser a vontade de Deus que todos os homens se salvem (2Tm 2.3,4). O evangelho é um presente de Deus para todas as pessoas, cabe a cada uma delas aceitá-lo ou não.

5 - O LADO DIVINO E HUMANO DA SALVAÇÃO

A salvação do lado divino, Deus revela esse glorioso plano mediante a sua graça o favor imerecido que Ele oferece gratuitamente ao homem para que este conheça, aceite e usufrua de imediato das benções da salvação em Cristo (Ef 2.8,9). A graça de Deus tem por objetivo salvar o homem da condenação do pecado, restringir a ação deste, levando o ser humano a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A graça é operada através da fé (Ef 2.8).
Eleição, predestinação e vocação, sendo que eleição e predestinação parte da ação divina, enquanto a vocação em conjunto parte de Deus e do homem. Eleição significa selecionar para si, escolher (Ef 1.4; Tg 2.5; 1 Pe 1.2; 2.9). Eleição não quer dizer que Deus escolheu uns para a salvação e outros para a perdição. Mas que a salvação do homem não depende do que este é ou faz, porém da vontade e misericórdia de Deus (Ef 1.4,5; Cl 2.12; 1 Ts 1.4; 2 Ts 2.13). O Pai ama e convida todos à salvação. Ele não elege uns para a salvação e outros para a perdição (2 Pe 3.9 cf. Jo 3.16; Rm 11.32; 1 Tm 2.3,4). Portanto, a eleição, entendida em conjunto com a vocação e a predestinação, é a ação divina, através do qual, mediante Jesus Cristo, o homem é eleito à salvação. Em razão de sua aceitação a Cristo, ele passa a usufruir das bênçãos decorrentes da salvação. Textos como: Fp 2.15,16; 3.12-16; Cl 1.22,23; 1 Tm 1.18,19; 4.9,10,16; 2 Tm 2.10-13; demonstram que a eleição é uma ação divina, na qual o homem é convocado a obedecer, aceitando a Cristo como seu Salvador e Senhor de sua vida (1 Pe 1.2).
O lado divino da salvação ainda nos apresenta os três aspectos da salvação: justificação, regeneração e santificação. A justificação é o ato divino declarar justo o pecador que pela fé aceita Cristo por seu Salvador (Rm 5.1,13). É Deus declarar o pecador livre de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas. As bênçãos da justificação são: remissão dos pecados (At 13.38,39), restauração da graça de Deus (Rm 3.24), imputação da justiça de Cristo (Rm 3.24-28; 1 Co 1.30), um novo relacionamento com a Lei (At 13.39), um novo relacionamento com Deus (Rm 5.1,9), uma nova concepção sobre a própria culpa (Rm 8.33) e uma nova perspectiva quanto ao futuro (Tt 3.7).
A regeneração em Tito 3.5 refere-se à renovação espiritual do indivíduo. Significa ser gerado novamente, receber nova vida, reconstruir, restaurar, reviver. É a obra fundamental e instantânea de Deus que concede gratuitamente ao pecador uma nova vida espiritual mediante os méritos de Cristo. É a natureza divina operando no crente por intermédio da ação do Espírito Santo (2 Pe 1.1-5). Por que a necessidade da regeneração? Porque é necessário para se entrar no céu (Jo 3.3), para se resistir ao pecado (1 Jo 3.9) e para se ter uma vida de retidão ( 1 Jo 2.29). A regeneração é novo nascimento (Jo 3.3), nova criação (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.10), renovação (Tt 3.5; Cl 3.10) e ressurreição espiritual (Ef 2.5,6).
A santificação significa tornar-se santo, consagrar-se, renovar-se, separar-se do mundo para pertencer a Deus, ter comunhão com Ele e servi-Lo com alegria. A regeneração é um ato instantâneo, enquanto a santificação é um processo, mediante o qual o homem, continuamente, torna-se, pela ação do Espírito Santo, mais parecido com Deus (Pv 4.18; Fp 3.12-14; 2 Co 3.18). O propósito da santificação é levar o homem a identificar-se com o seu Criador (Lv 19.2; Gl 2.19) e constranger o homem a dedicar-se ao serviço de Deus (Êx 19.6). Os meios da santificação do qual Deus opera é mediante a Palavra de Deus (Jo 17.17), o sangue de Cristo (Hb 13.12), o Espírito Santo (2 Ts 2.13) e a fé em Deus (At 26.18).
A adoção (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5) é o ato pelo qual Deus recebe, como filho, alguém que, legal e espiritualmente, não desfruta do direito de tê-lo como Pai. A partir desse momento, passa esse alguém, mediante o sacrifício de Cristo no Calvário, a desfrutar de todos os privilégios que Deus preparou àqueles que aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador.
Somos adotados por Deus e os privilégios da adoção é que o cristão é considerado como filho do Pai Celeste (1 Jo 3.2), como irmão de Cristo (Hb 2.11), como herdeiro dos céus (Rm 8.17). De igual modo, é libertado do medo (Rm 8.15) e desfruta da segurança e certeza de vida eterna (Gl 4.5,6).
O lado humano da salvação são a convenção, arrependimento e fé. Cabe ao homem converter e arrepender-se de seus pecados (Lc 15.18; At 2.38; 3.19) e crê em Cristo (At 16.31; Jo 1.12; 3.16; 5.24).
O convite gracioso de Deus para a salvação é independente dos méritos pessoais do homem. É da vontade de Deus que, sem exceção todos os homens se salvem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Lições Bíblicas – As Verdades Centrais da Fé Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2006.
CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas – Doutrinas Bíblicas: edificando sobre o fundamento de Cristo e dos Apóstolos. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2001.
LIRA, Eliezer de. Lições Bíblicas – Salvação e Justificação: os pilares da vida cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2006.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Deusimar Barbosa














MANANCIAL DAS DOUTRINAS BÍBLICAS



Fortalecendo e edificando a nossa fé sobre o fundamento dos apóstolos e de Cristo


Deusimar Barbosa














MANANCIAL DAS DOUTRINAS BÍBLICAS







Lago da Pedra – MA
2009



DEDICATÓRIA

À minha amada esposa, Francidalva de Sousa, presente de Deus em minha vida.
Aos superintendentes e professores de Escola Dominical.
Aos seminaristas, alunos e professores de Faculdades Teológicas. 

AGRADECIMENTOS

Ao Deus Trino Todo – poderoso.
Ao Pr. Presidente da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra – Ma, Raimundo Francisco dos Santos; um dos mais conceituados lidere das Assembléias de Deus no Estado do Maranhão e na história da liderança pentecostal da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra.
Ao Pr. Vice – presidente da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra – Ma, Francisco de Assis Gonçalves; pelo o apoio e confiança que tem mim dado.
Ao Pr. Auxiliar da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra – Ma, Magno de Jesus.
Ao irmão Otoniel Gomes pela sugestão bíblica e teológica, pois a sua intervenção fora de grande importância.
Ao irmão Ozeias Sousa Silva (filho do saudoso Pr. Emidio de Sousa Silva), pela contribuição e realização desta obra.

SUMÁRIO

Dedicatória 3
Agradecimentos 4
Introdução 5
PRIMEIRA PARTE
CAPÍTULO 1
A Importância da doutrina bíblica para a Igreja de Cristo 6
SEGUNDA PARTE
CAPÍTULO 2
A Doutrina das Escrituras Sagradas (I) – Estudo Prático da Bíblia 113
CAPÍTULO 3
A Doutrina das Escrituras Sagradas (II) – Estudo Teórico da Bíblia 113
CAPÍTULO 4
Análise e Síntese do Antigo e Novo Testamento 129
TERCEIRA PARTE – Prática Doutrinária
CAPÍTULO 5
A Doutrina do Louvor 130
CAPÍTULO 6
A Doutrina da Oração 130
CAPÍTULO 7
A Doutrina do Jejum 130
QUARTA PARTE
CAPÍTULO 8
A Doutrina de Deus 130
CAPÍTULO 9
A Doutrina de Cristo 134
CAPÍTULO 10
A Doutrina do Espírito Santo 162
CAPÍTULO 11
A Doutrina do fruto do Espírito Santo 178
CAPÍTULO 12
A Doutrina do Batismo no Espírito Santo 190
CAPÍTULO 13
A Doutrina dos Dons 202
CAPÍTULO 14
A Doutrina da Trindade 209
QUINTA PARTE
CAPITULO 15
A Doutrina da Criação 00
CAPITULO 16
A Doutrina dos Anjos 00
CAPITULO 17
A Doutrina de Satanás 00
CAPITULO 18
A Doutrina dos Demônios 00
SEXTA PARTE
CAPITULO 19
A Doutrina do Homem 00
CAPITULO 20
A Doutrina do Pecado 00
CAPITULO 21
A Doutrina da Salvação 00
CAPITULO 22
A Doutrina da Graça de Deus 00
CAPITULO 23
A Doutrina da Eleição 00
CAPITULO 24
A Doutrina da Predestinação 00
CAPITULO 25
A Doutrina do Chamamento 00
CAPITULO 26
A Doutrina do Livre-Arbítrio 00
CAPITULO 27
A Doutrina da Redenção 00
CAPITULO 28
A Doutrina da Adoção 00
CAPITULO 29
A Doutrina da Expiação 00
CAPITULO 30
A Doutrina da Justificação 00
CAPITULO 31
A Doutrina da Regeneração 00
CAPITULO 32
A Doutrina da Santificação 00
CAPITULO 33
A Doutrina da Propiciação 00
CAPITULO 34
A Doutrina da Substituição 00
CAPITULO 35
A Doutrina do Perdão 00
CAPITULO 36
A Doutrina Reconciliação 00
CAPITULO 37
A Doutrina da Fé 00
CAPITULO 38
A Doutrina do Arrependimento 00
CAPITULO 39
A Doutrina da Conversão 00
CAPITULO 40
A Doutrina da Convicção da Salvação 00
CAPITULO 41
A Doutrina da Segurança da Salvação 00
CAPITULO 42
A Doutrina da Glorificação 00
SÉTIMA PARTE
CAPITULO 43
A Doutrina da Cura Divina 00
OITAVA PARTE
CAPITULO 44
A Doutrina da Igreja 00
CAPITULO 45
A Doutrina do Batismo nas águas 00
CAPITULO 46
A Doutrina da Santa Ceia 00
CAPITULO 47
A Doutrina dos Dízimos e Ofertas 00
NONA PARTE
CAPITULO 48
A Doutrina das Ultimas Coisas 00
Referência Bibliográfica 00




INTRODUÇÃO
DOUTRINA CRISTÃ NA PERSPECTIVA
BÍBLICO-TEOLÓGICO E PENTECOSTAL


No presente livro, apresentamos as doutrinas da Bíblia Sagrada de forma esboçada com uma linguagem nítida e objetiva para a compreensão do leitor.
É um livro de estudo sistemático, teórico e prático da Bíblia o qual colocamos em suas mãos para lhe auxiliar nos estudos e pesquisa diária, pois traz um dos métodos eficazes no conhecimento das doutrinas das Sagradas Escrituras.
Meu grande desejo é que o leitor venha a enriquecer no conhecimento doutrinário da Bíblia Sagrada, e que cresça no conhecimento e na graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
Estudaremos uma grande gama das doutrinas das Escrituras como a Doutrina das Escrituras, a Doutrina de Deus, a Doutrina de Cristo, a Doutrina do Espírito Santo, a Doutrina da Trindade, a Doutrina dos Anjos, a Doutrina do Homem, a Doutrina do Pecado, a Doutrina da Salvação, a Doutrina da Igreja, a Doutrina das Últimas Coisas e entre outras.

I - CONTRIBUIÇÃO DOS TEÓLOGOS PENTECOSTAIS NA SISTEMATIZAÇÃO DAS DOUTRINAS BÍBLICAS

Os teólogos pentecostais na igreja pentecostal brasileira foram os grandes contribuintes na sistematização das doutrinas bíblicas, e estes não ficaram somente no passado, mas que Deus levantou neste dias atuais homens comprometidos com a Palavra de Deus.

1. Teólogos pentecostais do passado. Como por exemplo Myer Pearman, José Menezes, Samuel Nistron, N. Lawrence Olson, Orlando S. Boyer, Eurico Bergstén, João de Oliveira, Alcebíades Pereira Vasconcelos, Estevam Ângelo de Souza, Armando Chaves Cohen, Emílio Conde, João Pereira de Andrade e Silva, J. P. Kolenda e Valdir Nunes Bícego.
2. Teólogos pentecostais do presente. Como por exemplo Stanley M. Horton, Anotnio Gilberto, Claudionor Corrêa de Andrade, Elienai Cabral, Esequias Soares, Geremias do Couto, elinalda Renovato, Severino Pedro da Silva, Abraão de Almeida, José Apolônio, José Pimentel de Carvalho, Wagner Gaby e Ciro Shances Zibordi.

II – TEÓLOGOS E SUAS OBRAS

As obras teológicas de grandes teólogos como a Teologia Sistemática, História das Doutrinas Cristãs e Manual de Doutrina Cristã de Louis Berkhof; Teologia Sistemática Exaustiva e Manual de Teologia Sistemática de Weny Grudem; Introdução à Teologia Sistemática de Millard J. Erickson; Sumo Teológica de Tomás de Aquino; Teologia Elementar de E. H. Bancroff; Teologia Sistemática de Eurico Bergstén; Teologia Sistemática de Charles Finney; As Insitutas ou tratado da Religião Cristã de João Calvino; Teologia Sistemática de Lewis Sperry Chafer; Encicoplédia de Bíblia, Teologia e Filosofia de R. N. Champlin; Fundamentos da Teologia Pentecostal de P. Duffield e Van Cleave; Introdução à Teologia Cristã de Wiley Culbertson; Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã de Walter A. Elwell; Verdades Pentecostais de Antonio Gilberto; Teologia Sistemática de Charles Hodge; Teologia Contemporânea de Abraão de Almeida; Teologia Contemporânea de William E. Horden; Doutrinas Bíblicas – uma Perspectiva Pentecostal de Stanley M. Horton e William W. Menzies; Teologia Sistemática de Stanley M. Horton; Doutrina Centrais da Fé Cristã de J. N. D. Kelly; Sumário da Doutrina Cristã de Edward W. Koehler; As Verdades Centrais da Fé Cristã; Dicioário Teológico de Claudionor Corrêa de Andrade; Esboço de Teologia Sistemática de A. B. Langston; Teologia Sistemática, História e Filosofia de Alister E. McGranth; As Grandes Doutrinas da Bíblia de Raimundo Ferreira de Oliveira; Teologia Concisa J. I. Packer; Conhecendo as Doutrinas da Bíblia de Myer Peraman; Estudando as Doutrinas da Bíblia de Bruce Milne; Manual de Teologia Sistemática de Zacarias de Aguiar Severa; Teologia Sistemática de Augustus H. Strong; Dicionário Teológico Beacon de Richard S. Taylor; Palestras em Teologia Sistemática Pentecostal de vários autores entre eles Antonio Gilberto editor geral, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Esequias Soares, Ciro Shances Zibordi, Geremias do Couto, Elinaldo Renoverto, Severino Pedro da Silva e Wagner Gaby; Doutrinas Bíblicas de P. C. Nelson; Manual de Doutrinas Bíblicas de xxxxxxxxx; Manual de Teologia de John L. Dagg; Teologia Cristã em Quadros de H. Wayne House.

III – DOUTRINA, DOGMA E RELIGIÃO

1. Doutrina. Doutrina ou bem como quiser chamar Teologia. Doutrina é um conjunto ordenado de ensino ou instrução didático, teórico e prático. E que cada crente é bom saber das verdades fundamentais da fé cristã, tendo como compendio básico e único as Escrituras Sagradas. A teologia é a rainha das ciências, pois esta trata-se do conhecimento de Deus e das suas relações para com o homem. A teologia como ciência profunda fala de tudo quanto ela se relaciona com Deus e com os seus grandes propósitos. A definição mais simples, clara e objetiva da teologia é o conhecimento de Deus, e este conhecimento é de suma importância para o povo de Deus (Dn 11.32; Os 6.3) e a falta deste conhecimento leva a morte espiritual (Os 4.6). Só conhecemos a Deus em parte (1 Co 13.9). O apóstolo do gentios afirmou que Deus é insondável e inescrutável (Rm 11.33-36). O nosso conhecimento dEle é limitado. Deus é infinito e nós seres humanos somos finitos. Se conhecêssemos Deus, não seria Ele Deus, o Todo-Poderoso, Criador, Eterno, Soberano, etc.
A teologia possibilita o cristão ao conhecimento de Deus, enquanto a Doutrina dirige a prática doutrinária das Escrituras. A doutrina cristã é a revelação e a fonte da verdade que se encontra unicamente na Bíblia Sagrada.
2. Dogma. O dogma segundo Myer Pearman “é a declaração do homem cerca da verdade quando apresentada em um credo”. O dogma é um decreto, uma decisão tomada. Sobre isto, o pastor Claudionor de Andrade escreveu: “... Declaração emitida por uma entidade eclesiástica acerca de um principio de fé. No caso da Igreja Cristã, todos os dogmas têm de ter por base as Sagradas Escrituras. Caso contrário: Não é dogma: é tradição e até heresia”. Não há como discordar do pastor Claudionor de Andrade, dogmas fundamentadas em homens não passa de dogmas humanos, falíveis, tradições humanas e estes por sua vez causam danos terríveis e heresias em distorções absurdas da Palavra de Deus. A palavra dogma vem do grego dogmatikós (xxxx) que significa literalmente que se funda em princípios; relativo a uma doutrina. Dogma é toda doutrina que professa a capacidade do homem de atingir a certeza absoluta. É “toda a atitude de conhecimento que consiste em acreditar estar de posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer.” – Immanuel Kant. O dogma é uma atitude que consiste em afirmar algo de modo categórico, decisivo e intrasigente, sem provas daquilo que se afirma. Isto do ponto de vista filosófico.
Os dogmáticos sem base bíblica possui uma forma de pensar a bel prazer que pode ser esboçada como um conjunto de verdades. Sobre isto ou aquilo. Essas verdades são conhecidas pelo indivíduo dogmático e não exigem justificação racional e nem tampouco estão sujeitas à crítica racional. Para eles todas devem aceitá-las como tais e quem não aceitar incorre em erro e não deve ser tolerado. Estes dogmáticos defendem a existência de verdades absolutas e indiscutíveis. Dessa forma, a adesão incondicional a princípios tidos como irrefutáveis, bem como a imposição de doutrinas não comprovadas de modo algum, são traços característicos daqueles que aderem ao dogma.
A pessoa dogmática leva a atingir uma certeza e nela permanece. O que devemos permanecer é na Palavra de Deus, e não em dogmas meramente humanos que conduz a heresia.
3. Religião. Esta palavra vem do latim religare que literalmente significa ligar o homem com Deus por uma determinada relação. A religião é a prática naquilo em que o individuo crer. Por natureza o homem é um ser religioso. O cristianismo bíblico é a verdadeira religião da prática (cf. Jo 13.15, 17; Tg 1.26, 27). A única vez em que a palavra religião aparece na Bíblia é na epístola universal de Tiago 1.26, 27. Em que o apóstolo Tiago registra três características fundamentais do cristianismo como sendo a religião da prática, a saber:
a) “... visitar os órfãos e as...”.
b) “... viúvas nas suas aflições...”.
c) “... e guardar-se incontaminado do mundo”.

IV – O TEÓLOGO E ATEÓLOGO

1. O teólogo. O teólogo é aquele que é “especialista nas coisas de Deus. Aquele que, tendo como base as Sagradas Escrituras, pensa, estuda e escreve de maneira ordenada e lógica, acerca das verdades referentes a Deus e ao seu relacionamento com o homem.” – Claudionor de Andrade. O verdadeiro teólogo é aquele que maneja vem a Palavra da verdade – as Escrituras (2 Tm 2.15), que tem um profundo e dedicação a Deus e a Sua obra.
2. O ateólogo. O prefixo no grego da palavra ateólogo “a” subtende-se que significa não, ou seja, que não é teólogo, o que se opõe, que é contra a verdadeira teologia bíblica e ortodoxa. O ateólogo significa o não-teólogo. Estes teólogos que dizem ser teólogo ou pretensos teólogos. Mas na verdade são verdadeiros ateólogos liberais. Estes ateólogos afirmam que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas contêm a Palavra de Deus. Eles não aceita, a Bíblia como a Suprema Palavra de Deus. Não aceitam o nascimento virginal de Jesus Cristo, nem seus milagres e nem mesmo a Sua ressurreição.
Entre esses ateólogos liberais destacamos:
a) Friedrich Daniel Ernst Schleiermachen (1768-1834). Ele era um teólogo ou ateólogo alemão que afirmava que não existem religiões falsas e nem verdadeiras. Todas elas com maior ou menor grau de eficiência que tem como objetivo ligar o homem finito com Deus infinito. A melhor delas é o cristianismo. Aqui tem as raízes do relativismo e liberalismo teológico.
b) Karl Barth (1886-1968). Ele foi um teólogo ou ateólogo suíço. Foi considerado um dos maiores “teólogos” do século XX. Para Barth a Bíblia não é a Palavra de Deus. A Bíblia refuta (ver Jo 17.17).
c) Paul Tillich (1886-1965). Era teólogo ou ateólogo alemão. As suas idéias são considerado meio termo entre o liberalismo teológico e o neomodernismo. Para ele Deus não existe. Não é o Deus da Bíblia. Deus não é um ser. Mas um poder de ser. O fundamento de todo ser. Porém, não objetivo e nem sobrenatural. Para ele Deus não é Deus do teísmo da Bíblia. Não é um ser por si mesmo. É “a existência própria”. Para ele pasmem a existência do Jesus histórico é dúbia, o Deus da Bíblia é um Deus falso.
d) Rudolf Bultmann (1884-1976). Para ele a Bíblia está cheia de mitos. Daí suas idéias serem denominadas teologia dos mitos. Segundo esta teologia pode se crer em Jesus como Salvador sem ter que crer em Seu nascimento virginal, em sua ressurreição, e sua segundo vinda. Para ele Deus não se revela milagrosamente no tempo e no espaço. O homem moderno pensa de modo cientifico em categorias rigorosamente causais. Gazle e Nietzche interpretando Bulmann disseram que a Bíblia em si mesmo não é revelação alguma. É apenas uma expressão primitiva e mitológica mediante a qual Deus revela pessoalmente desde que demitizar de maneira correta.
e) Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955). Ele foi um sacerdote Jesuíta francês, doutor em geologia. Foi um defensor do modernismo teológico. Para ele o evangelho deve modernizar-se adaptando-se aos conhecimentos científicos. Chardin é o teólogo ou ateólogo católico que mais influenciou aceitação da teoria da evolução teísta segundo a qual tudo surgiu da matéria inanimada que evoluiu com a direção de Deus. A Bíblia refuta (ver Gn capítulo 1).
f) Emil Brunner (1889-1966), teólogo ou ateólogo suíço negava a Bíblia Sagrada como inspirada e inerrante Palavra de Deus. Chegou a dizer que a Bíblia é “papa de papel” pois esse achava que os protestantes adorava com muita autoridade comparando o Papa, o líder do catolicismo romano. Para ele a Bíblia é e não é a Palavra de Deus. Aquela é apenas o veículo para outra, ou uma palavra sobre a Palavra. Por isso ela não é base da fé cristã, e sim o seu meio. Por intermédio dela o homem torna-se contemporâneo com a Palavra.
g) Gordon Kaufman, este teólogo americano ou ateólogo ensinava que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas contêm a Palavra de Deus. Este chegou a afirmar da limitação das escrituras Sagradas como “literatura gloriosa”. Pregava que o Livro Santo era mais uma literatura como as demais.
h) Joham David Michalis (1717-1791). Foi pretenso teólogo protestante alemão, ou porque não dizer ateólogo alemão, pois negava a inspiração literal das Sagradas Escrituras. A Bíblia refuta (ver 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20, 21).
i) David Friedrich Strauss (1808-1874). Foi teólogo alemão ou ateólogo que maior influência exerceu no século XIX sobre os não escolásticos. Em uma de suas obras Fé Cristã – Seu Desenvolvimento Histórico e seu Conflito com a Ciência Moderna de 1841, acabou negando completamente as Escrituras Sagradas.

V - AS FUNÇÕES DO TEÓLOGO

1. Conduzir a igreja ao conhecimento da doutrina bíblica. O apóstolo Paulo foi um grande teólogo da Igreja Cristã, instruiu os santos no caminho doutrinário das Escrituras. Em suas trezes cartas que fazem parte de um terço do Novo Testamento, estão registradas as doutrinas fundamentais da fé cristã para a orientação dos santos em seus dias e que estas doutrinas continuam vivas em nossos dias. Entre as doutrinas bíblicas sistematizadas por Paulo acha-se: a doutrina da salvação na epístola aos Romanos, Efésios; a doutrina dos dons espirituais em Romanos e 1 Coríntios; a ressurreição em 1 Coríntios 15; a segunda vinda de Cristo em 1 Tessalonicenses 4.13-18; a doutrina do pecado, do homem, de Cristo, do Espírito Santo,da Igreja, das últimas coisas, etc. Todas elas escritas por revelação de Deus a Paulo no uso da instrução dos santos a terem um conhecimento das doutrinas bíblicas, para terem uma vida de santidade, temor e obediência aos princípios divinos. Aqueles que ensinam a doutrina cristã que se mostre fervor ardente no ensino da Palavra de Deus para a edificação da igreja. Paulo era deste tipo de teólogo fervoroso comprometido com a verdade divina (cf. At 20.7, 8, 11, 27-32).
2. Defender a fé cristã. O teólogo é um defensor da fé cristã, ou seja, ao mesmo tempo este é um apologistas da fé com foi Jesus (Mt 23), Pedro (1 Pe 3.15), Paulo (Fp 1.16) e Judas (Jd 3). A arma para defendermos a fé é a Palavra de Deus (Ef 6.17; Hb 4.12) e na Bíblia contêm as doutrinas da fé cristã e por esta razão precisamos estudarmos com afinco ao estudo onerado e sistemático da doutrina bíblica. Não somente o teólogo deve ser preparado para defender sua fé, mas também os crentes devem estar preparados para defender a fé cristã (1 Pe 3.15; Jd 3).
3. Evangelizar os perdidos. O teólogo é um evangelista, pois na proporção que este ensina as doutrinas bíblicas da Palavra de Deus está comunicando as verdades universais, absoluta e eternas da Bíblia Sagrada aos perdidos pecadores. O que se deve como maior ênfase ser enfatizado pelo teólogo aos pecadores é o plano da salvação aos homens, pois é uma doutrina como central da Bíblia que está de Gênesis ao Apocalipse.
Na primeira geração de teólogos da Igreja Cristã, o nosso Senhor Jesus Cristo comissionou os seus apóstolos a evangelização em sua quadriforme missão: ir, fazer, batizar e ensinar (Mt 28.19, 20). Aqui está de forma clara o ensino da doutrina bíblica na evangelização dos perdidos, é como enfatizou o pastor e teólogo Claudionor de Andrade: “A evangelização pressupõe, essencialmente a presença da doutrina bíblica”. E o mesmo continua a ponderar com suas sábias palavras na função do teólogo: “Sua tarefa é erigir em sistema o que logrou compreender da ciência de Deus, visando a edificação dos fiéis e a conversão dos incrédulos“.

VI – A FONTE DO TEÓLOGO

1. As Sagradas Escrituras. A fonte de todos os crentes é a infalível inerrante, irrefutável e inspirada Palavra de Deus. A teologia, o teólogo deve acima de tudo basear-se nas Santas Escrituras, pelo contrário não passará de tradições, costumes e heresias humanas. Sendo a Bíblia Sagrada a fonte inesgotável do teólogo, deve deste manejar bem a Palavra da verdade, ou seja, fazer um corte reto, interpretar corretamente sem se enveredar por caminhos errados ferindo os principio hermenêuticos da Palavra (cf. 2 Tm 2.15).
A Palavra de Deus é a norma de ética, moral e espiritual para os crentes em todos os tempos e em todos os lugares (2 Tm 3.14-17).
É na Bíblia a fonte das doutrinas cristãs como a doutrina de Deus, a doutrina de Cristo, a doutrina do Espírito Santo, a doutrina da Trindade, a doutrina da criação, a doutrina dos anjos, a doutrina do homem, a doutrina do pecado, a doutrina da salvação, a doutrina da Igreja, a doutrina das últimas coisas, e ainda aonde está registrada o código de ético para todos os homens, os preceitos para reger as nações.
A Bíblia é a fonte da pregação e ensino normativo para a igreja e o mundo. O obreiro deve alimentar o rebanho com campos verdejantes e águas tranqüilas que representa a Palavra de Deus (cf. Sl 23.2).




























PRIMEIRA PARTE






CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
BIBLICA PARA A IGREJA DE CRISTO
Texto bíblico básico

“Tem cuidado de te mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto te salvaras, tanto a te mesmo como aos que te ouvem”.
I Tm 4.16

INTRODUÇÃO

O crente precisa aprender da doutrina bíblica para ter uma vida espiritual matura, equilibrada, disciplinada e correta, e este aprendizado só é possível porque existe a doutrina bíblica.
As Escrituras Sagradas é a pura revelação categórica de Deus para a humanidade pecadora. A sua revelação na Bíblia Sagrada contem ensinos preciosos e indispensáveis para que o homem tenha um encontro com Deus e tenha a vida eterna.
A verdadeira doutrina é aquela que provém da Bíblia – a palavra de Deus. É na Bíblia que se encontra o ensino de Deus para o Homem, a salvação, o Cristo Redentor e Salvador e a vida eterna. Não podemos confundir - mos a doutrina bíblica com mitos, imaginações, filosofias, invenções e criações humanas, mesmo as que transcorrem de costumes e culturas.

I. O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA

1. A palavra doutrina vem do hebraico “legach” que significa “ensino, instrução”. É traduzida por ensino em outras versões bíblicas (TB, NTLH, NVI).
2. Do grego é “didaché” significa” ensinamento”, aquilo que é ensinado. (Mt. 7-28; Tt. 1-9; Ap.2-14, 15,24), o ato de ensino, instrução (Mc. 4-2; Rm. 16-17). “Didaskalia” significa “aquilo que é ensinado”, “doutrina, ensino, instrução”(Mt. 15-9; Mc. 7-7; Ef. 4-14; Cl. 2-22; I Tm. 1-10; 4-1,6; 6-1,3; II Tm.4-3; Tt.1-9; 2-1,10; Rm.12-7; 15-4; I Tm. 4-13,16; 5-17; II Tm. 3-10,16; Tt. 2-7). O termo didaché é usado apenas duas vezes nas epistolas pastorais (II Tm. 4-2; Tt. 1-9), enquanto o termo didaskalia é empregado 15 vezes. Os dois termos são usados nos sentidos ativos e passivos, ou seja, o ato de ensinar e o que é ensinado. A voz passiva é predominante em didaché, e a voz ativa, em didaskalia. O primeiro coloca em relevo a autoridade, o ultimo, o ato. A parte do apostolo Paulo, os outros escritores só usam o termo didaché, excerto em Mt. 15-9 e Mc. 7-7, que usa didaskalia.
3. Do latim é doctrina, do verbo docio, que significa “ensinar, instruir, educar”. Portanto a palavra doutrina é o “conjunto coerente de idéias fundamentais a serem transmitidas, ensinadas”. Ressalto que doutrina do latim doctrina, significa “ensino, instrução dada ou recebida, arte, ciência, doutrina, teoria, método”.
4. É um ensinamento, uma instrução que alguém dá a outrem. Aliás, a palavra “doctrina” do latim é derivada de “docere”, que significa literalmente ensinar. Portanto, fica evidente que doutrina é um ensinamento, um ensino, uma instrução que alguém sabe – o sábio ou doutor dá a alguém que não sabe – o aprendiz.
5. Quando falamos de doutrina bíblica estamos falando do ensino das Sagradas Escrituras. A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus e, portanto, o ensino das Sagradas Letras, nada mais é que o puro ensino da Bíblia, o ensino da palavra de Deus, o ensino de Deus ao homem, acerca da salvação do homem, de Jesus Cristo, o Senhor e Salvador, do Espírito Santo, o consolador, da Criação dos céus e da terra, do pecado, da origem, queda, restauração e destino final do homem, missão e destino da Igreja e do porvir. Portanto, doutrina é o ensino que Deus concede ao homem a partir da sua poderosíssima palavra da revelação de Deus à humanidade caída em pecado, que está enserída nas Sagradas Escrituras.
6. É um conjunto de princípios que, tendo como base as Sagradas Escrituras, orienta o nosso relacionamento com Deus, com a Igreja e com os nossos semelhantes.
7. É o conjunto de ensino e crenças que constituem o cânon de fé e prática do Cristão.
8. Doutrina é coisa prática, visto que desperta o coração. – Andrew Bonar.
9. “Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente.”-
Claudionor de Andrade.
O Pr. Antonio Gilberto foi bastante incisivo: “Doutrina significa literalmente ensino normativo, terminante, como regra de fé e prática”. É coisa séria.
É fator altamente influente para o bem e o mal. A “sã doutrina é uma bênção para o crente e para a Igreja, mas a falsa – corrompe, contamina, ilude e destrói”.

II. A PALAVRA DOUTRINA NA BÍBLIA

1. No Antigo Testamento
a) A palavra doutrina é encontrada pela primeira vez na Bíblia por Moisés. “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho; como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva” (Dt 32.2). Aqui a palavra doutrina no hebraico é leqah cujo significado é “ensino”, “instrução”.
Aqui no texto sagrado percebemos:
• O contexto poético;
• Quem ensina é Moisés;
• Quem recebe o ensino é o povo de Israel;
• O ensino vem do alto, vem do céu, vem de Deus;
• O ensino representava para o povo de Israel a fonte de vida e de renovação;
• A linguagem simbólica – a doutrina como a chuva, significa que a doutrina vem do alto, do céu, de Deus, pois tem origem divina e não humana.
O texto supracitado diz: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho” (Dt. 32.2a). A chuva é comparada aqui com o chuvisco sobre a erva e o orvalho como gotas dàgua sobre a relva. Percebemos que pela manhã cedo, o orvalho que cai e mantem molhadas as plantas, ervas, relva e a terra, mantendo as bem verdes, dando-lhes vitalidade, vigor, exuberância, isto é pura beleza, e a terra fértil molhada para dá o seu fruto no tempo certo. Aqui os resultados serão maravilhosos, os campos ficarão verdes, pela manhã, tendo aquele frescor que sentimos encontrados em uma área verde e fértil pela manhã, que faz muito bem a saúde, tudo isto é o resultado da doutrina como a chuva e a palavra como o orvalho.
b) Na segunda vez a palavra doutrina é encontrada em Jó 11.4: “Pois dizes: A minha doutrina é pura, e sou limpo aos teus olhos”. A doutrina é pura e santa, pois esta vem do Deus Santo. Aqui a palavra doutrina no hebraico é leqah o mesmo significado anterior.
c) Pelo sábio Salomão. “Porque vos dou boa doutrina: não deixei o meu ensino”. (Pv 4.2). Ler ainda Pv 1.8; 13.14; 16.23. Em Provérbios 1.8 na ARA - Versão Almeida Revista e Atualizada é “ensino”, já na ARC - Almeida Revista e Corrigida é “doutrina”. “A “palavra no hebraico é “muwcar”, que na ARA é traduzida por” instrução”, e na ARC por “ensinamento”. A palavra da idéia de uma orientação básica, de um ensino feito com fundamentação em repreensão e castigo, próprio da autoridade paterna.
Em Provérbios 4.2; 16.23 é “leqah”. Já “em Provérbios 13.14 a palavra doutrina é utilizada para traduzir “Torah”, que é traduzido por “ lei” que significa “ instrução, ensino”. Trazendo a luz da palavra “a doutrina do sábio” é fonte de vida para se desviar dos laços da morte. É bom lembrar que a doutrina do sábio não é particularmente dele, a doutrina é do Senhor nosso Deus – principio e fonte da sabedoria (Ver Pv 1.7; 9.10; Cl 2.3; Sl 111.10). Portanto, fica claro e evidente que a “ doutrina do sábio” não é outra se não a infalível, inerrante e inspirada Palavra de Deus e somente a Palavra tem a autoridade, e é capaz de conceder origem à vida e desviar-nos dos laços da morte. A doutrina bíblica, portanto, “ é o próprio fator criador da vida espiritual e da sua manutenção até o fim”.
d) Pelo profeta Isaias. “E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina”. (Is 29.24 – ARC). Aqui a palavra doutrina no hebraico é “leqah”. Aqui devemos aprendermos dois princípios básicos para a vida cristã: uma vida de santificação e temor a Deus, para a real compreensão da doutrina bíblica. A pergunta é: como compreender a doutrina bíblica?A resposta é: afaste-se do pecado, submeta ao senhorio de Deus e prima-se por uma vida de estreita comunhão com o Senhor.
É lamentável dizer-vos que existem muitos crentes hoje que não dão a mínima importância aos cultos de doutrina, a escola dominical, fogem porque não dão o real valor, o resultado é uma vida cristã vulnerável aos ataques de seitas e heresias, ao diabo, e “levados em roda por todo vento de doutrina” (Ef 4.14). Isto prova mais do que nunca que estes não estão prontificando a se santificar no Senhor.
Sobre a doutrina ainda diz o profeta Isaias: “Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra o juízo; e as ilhas aguardarão a sua doutrina”. (Is 42.4 – ARC).
2. No Novo Testamento
a) Pelo Senhor Jesus Cristo. “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina.” (Mt 7.28). Aqui demonstra que o ensino de Cristo era diferente, tinha autoridade, pois Cristo ensinava o que vivia. Cristo foi e sempre será o Mestre por excelência. Ler ainda Mateus 11.29b; marcos 1.27; 4.2; 11.18; Lucas 4.32; João 7.16,17; 18.19.
b) Pelos apóstolos. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...” (At. 2,42). Aqui está o grande segredo do crescimento sadio da Igreja. Ler ainda Atos 2.41; 5.28; 6.2,4; 13.12; 17.19.
c) Pelo apóstolo Paulo em suas epístolas (Rm 6.17; 1Co 14.6,26; Ef 6.4; 1Tm 1.3,10; 4.6,16; 5.17; 6.1, 3-5; 2Tm 4.2,3; Tt 2.1,7, 10).
d) Pelo o autor anônimo da epístola aos Hebreus. “Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.” (Hb 6. 1,2 – ARC).
e) Pelo apóstolo João. “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai, como o Filho.” (2 Jo v.9 – ARA).

III. A GRANDE IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA PARA A VIDA DO CRENTE

1. A doutrina bíblica é a fonte de vida espiritual do crente. Só haverá vida na Igreja, enquanto houver a doutrina, desaparecendo-a a Igreja morre.
2. A doutrina bíblica é a base para o crescimento espiritual do crente. A sobrevivência e o desenvolvimento espiritual do crente estão inteiramente vinculados à doutrina bíblica (Ver At. 2.42).
3. A doutrina bíblica é o alicerce da vida espiritual do crente (Mt 7. 24,25). O crente que não se fundamenta nos princípios da doutrina cristã é comparado ao “homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” (Mt 7.26,27). Sem o fundamento da doutrina o crente não pode crescer (Hb 6.1; Ef 2.20).
4. A doutrina bíblica é um guia para dirigir a vida do crente. A doutrina bíblica é o guia de comportamento do crente, o critério de ação do crente, a única regra em matéria de fé e pratica do crente. O crente não pode ser guiado e orientado por preceitos humanos, sim pelo ensino do Senhor.
5. A doutrina bíblica concede autoridade moral e espiritual ao crente (ver Mt 7.29). Devemos seguir o exemplo do mestre dos mestres – Jesus Cristo, o mestre por excelência, vivia o que ensina, e ensinava o que vivia, e não como os fariseus (Mt16. 12; 23.2,3).

IV. DIFERENTES FORMAS DE DOUTRINA

Na bíblia há diferentes formas de doutrinas, que é classificada como:
1. A doutrina pura (Jô 11.4). É santa.
2. A boa doutrina (Pv 4.2). É prosperidade para vida física e espiritual.
3. A doutrina do sábio (Pv. 13.14). São conselhos sábios para a vida cristã vitoriosa e prospera.
4. A doutrina dos fariseus (Mt16. 12). É perigosa e mal
5. A doutrina de Deus (Tt 2.1,10). É santa, sublime, gloriosa e reta.
6. A doutrina de homens (Mt15-9; Cl2. 22; Tt1. 14)falsa, enganosa, perniciosa e deletéria.
7. A doutrina de demônios (1Tm 4.1). É perigosa, falsa, maléfica, diabólica, perniciosa e deletéria, errôneo e enganoso.
8. A doutrina de cristo (Hb 6.1; 2Jo v.9). Referem-se o conjunto de todos os ensinos de cristo no Neotestamento, como também o seu santo ministério terreno, paixão, morte, ressurreição, exaltação e glorificação.
9. A doutrina do senhor (At13. 12).
10. A doutrina dos apóstolos (At2. 42). Refere-se que cristo confiou aos seus apóstolos a sua doutrina para serem ensinadas.
11. A sã doutrina (1Tm 1.10). É saúde espiritual para a igreja.
12. A doutrina de balaão (Ap2. 14). É danosa para a igreja.
13. A doutrina dos nicolaítas (Ap2. 16). O crente que não tem zelo, e não prima pela verdade da doutrina da palavra de deus corre o grande perigo da apostasia (ver 1Tm 4.1; 2Tm4. 3,4; Hb 6.1,2).

V. A DIFERENCIA ENTRE A DOUTRINA E COSTUME

1. A doutrina é de Deus, enquanto costume é tradição de homens.
2. A doutrina é universal; enquanto costume é local, varia de acordo com a região grupo social ou um, lugar.
3. A doutrina é universal; enquanto costumes é local, varia de acordo com a região, grupo social ou um lugar.
4. A doutrina é eterna, pois é a palavra de deus, enquanto os costumes são temporários, pois vem de tradições humanas, pois se trata de um mortal.
5. A doutrina é bíblica e espiritual, enquanto o costume pode vim de um seguimento religioso.
6. A doutrina surgiu de deus para os homens, enquanto o costume surgiu de deus para o homem, enquanto o costume surgiu do homem para o homem .
7. A doutrina é uma regra áurea de fé e pratica do crente, enquanto o costume é uma pratica uma atitude uma ação puramente humana.
8. A doutrina é obra de deus, enquanto o costume é obra do homem.
9. A doutrina é divina e infinita, enquanto o costume é obra do homem.
10. A doutrina está submetida a eternidade e a universalidade enquanto o costume esta submetido ao tempo e ao espaço
11. A doutrina é boa. O costume não é mal em si, mas o mal esta em invalidar a palavra de Deus por causa dos costumes, e das tradições (ver Mt 15.1-9).
12. A doutrina revela o conhecimento de Deus, de sua palavra, enquanto o costume revela o conhecimento humano, a cultura do homem.
Deveremos seguiremos primeira a doutrina, depois o nosso modo de viver . O nosso modo de viver deve ser de acordo com a doutrina cristã e não de acordo com os costumes e tradições do lugar onde se encontramos (ver Tm 3.10; Tm 2.1). Deveremos também ser exemplo em tudo, incluindo os bons costumes, ter um comportamento de incorrupçao, de santidade e sinceridade na doutrina ( ver Tt 2.7).
O Pr.Antonio Gilberto disse: “A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram doutrina bíblica”.

VI. A EFICÁSIA DA DOUTRINA BIBLICA

1. O crente vence as fortes tentações da carne, do mundo e do diabo (Mt. 4.1-11; Rm. 7,8; Tg. 1.14-16; 1 Jo. 2.15-17; Tg. 4.4,7; 1 Jo. 5.4).
2. O crente tem uma vida vitoriosa (Rm. 8.31-39; 1 Co. 15.57; 1 Jo. 5.4).
3. Prepara o crente para a comunicação do evangelho (Mt28. 19,20; Mc16, 15).
4. Prepara o crente para a defesa do evangelho e de sua fé (Fp1. 7,16; 1 Pd3. 15; Jdv. 3).
5. Prepara o crente para o arrebatamento (1Co15. 51-53; 1 Ts4. 13-18).

VII. QUAL O PROPÓSITO DA DOUTRINA BIBLICA

1. Para o crente ter o profundo conhecimento de Deus. (Os. 6.3).
2. Para o crente ser aperfeiçoado ético, moral e espiritualmente (2Tm3. 17).
3. A salvação do crente em si e dos outros (1Tm4. 16).
4. Para o crente se santificar (Jo. 17.17).
5. Para o crente ser sábio para a salvação em Cristo (2Tm3. 15).
6. Para o crente ter um bom testemunho da igreja e com os de fora (1Tm3. 7; At.6.3). Diante do glorioso testemunho e da boa reputação a vida do crente brilhará para resplandecer diante do mundo (Pv. 4.18; Dn12. 3; Mt5. 16; 1 Pd 2.12).

VIII. A ONDE DEVE SER MINISTRADA A DOUTRINA BIBLICA.

1. Na igreja no culto de doutrina (At.2.42).
2. No culto de santa ceia (1Co 11.23-31).
3. Na escola bíblica dominical (Ne 8.1-8,9).
4. No culto domestico (Dt 7.6; 11.18; 2 Tm 1.5; 3.14,15).
5. Em seminários bíblicos. Trabalho de natureza como este é útil para os obreiros, professores e seminaristas para o enriquecimento do conhecimento bíblico.
6. Em faculdade de teologia. É a onde aprendemos a primar pelas verdades teológicas da bíblia sagrada. Oxalá se todos os crentes, obreiros, professores, superintendentes de escolas dominicais e missionários dessem o grande valor ao estudo teológico, estaríamos muito na frente.
7. Em estudos bíblicos. Na freqüência dos estudos bíblicos promovidos pela igreja seja em qualquer natureza e área no trabalho do Senhor devemos participarmos efetivamente para a aquisição da cultura bíblica. Certa vez disse o Pr. Estevam Ângelo de Souza: ”aprende com que sabe muito e também com que sabe pouco”.

IX. COMO ESTÁ CLASSIFICADA A DOUTRINA BIBLICA

A classificação bíblica é comparada como um edifício, vejamos como se classifica o edifício teológico:
1. A TEOLOGIA EXEGÉTICA. Compreende as línguas originais da bíblia. O hebraico no antigo testamento e o grego no novo testamento. A palavra exegese significa expor, aplicar, comentar, sacar e extrair, as verdades da bíblia. A explicação parte da bíblia para o leitor e não do leitor para a bíblia, ao inverso disso se torna eisegese – o leitor é que explica a bíblia e não a bíblia para o leitor. A exegese é especial e prática, lida com o sentido literal do texto.
2. A TEOLOGIA HISTÓRICA. Compreende o desenvolvimento histórico e a história a igreja. É de grande importância o crente conhecer a história da igreja.
3. A TEOLOGIA BIBLICA. Compreende a teologia do antigo e do novo testamento, como: a doutrina de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, da Trindade, da criação, da expiação, dos Anjos, do Homem, do pecado, da salvação, da igreja e das últimas coisas.
4. A TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Compreende a doutrina das escrituras, a doutrina de Deus, a doutrina de Cristo, a doutrina do Espírito Santo a doutrina dos anjos, a doutrina do homem, a doutrina do pecado, a doutrina da salvação, a doutrina da igreja e a doutrina das últimas coisas. Esta teologia é definidamente sistematizada, para um conhecimento sistemático das doutrinas.
5. A TEOLOGIA PRATICA. Compreende a prática do ministério cristã, a ética cristã, a ética pastoral, ou seja, a prática da teologia pastoral e a homilética a pregação bíblica e o ensino bíblico.

X. SISTEMATIZANDO A DOUTRINA BIBLICA.

1. BIBLIOLOGIA – É o estudo das escrituras, sua origem, canonicidade, autoridade, unidade, inerrância, infalibilidade e inspiração.
2. TEOLOGIA – É o estudo ordenado e sistemático do Deus Criador e Supremo Ser e de seu relacionamento com suas criaturas.
3. CRISTOLOGIA – É o estudo do nascimento, vida, ministério, obra, paixão, morte, ressurreição e glorificação de Cristo.
4. PNEUMATOLOGIA, PNEMAGIOLOGIA OU PARACLETOLOGIA – É o estudo do Espírito Santo e sua divindade e personalidade.
5. ANGELOLOGIA – É o estudo dos anjos seu oficio e agentes ministradores de Deus. E também pode ser incluído os anjos maus. Vale ressaltar o estudo de satanologia e demologia supracitado na obra em apreço.
6. ANTROPOLOGIA – É o estudo da origem, queda, restauração e destino final do homem.
7. HAMARTIOLOGIA – É o estudo da origem, conseqüência, natureza e universalidade do pecado.
8. SOTEROLOGIA – É o estudo da salvação, o plano divino para a redenção humana.
9. ECLESIOLOGIA – É o estudo da origem, fundamento, natureza, missão e o futuro glorioso da igreja.
10. ESCATOLOGIA – É o estudo das últimas coisas como os sinais da vinda de Cristo, a segunda vinda de Cristo, o arrebatamento da igreja, o tribunal de Cristo, as bordas do cordeiro, a grande tribulação, o anticristo, o armagedom, a volta triunfal de Cristo, o milênio, o juízo final e o novo céu e nova terra, a nova Jerusalém e o perfeito Estado Eterno.

XI. A FONTE DA DOUTRINA

1. As escrituras sagradas. A única norma verdadeira do crente, do obreiro e da igreja é a bíblia sagrada (1Tm 2.15; 2Tm 3.16,17).

XII. O PERIGO DOS MODISMOS DOUTRINÁRIOS

O modismo é a imitação do mundo, a moda do mundo copiada pela as igrejas neopentecostais e até mesmo pela a igreja Assembléia de Deus.
O apostolo Paulo escrevendo para Timóteo alertou: Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.
Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrario, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando - se às fabulas. (2Tm 2.18; 4.3,4). O modismo teológico é a falsa doutrina que desvia a verdade das doutrinas da palavra de Deus, que se torna antibiblica.
Vejamos os modismos doutrinários que estão dentro das igrejas neopentecostais e até mesma na igreja Assembléia de Deus:
1. Nos hinos cristãos. A letra da musica cristã perdeu a sua identidade bíblica e espiritual, a inspiração divina. Os ritmos são de forró, rock, fank, balance axé, samba, hip-hop, sertanejo, regge e muitos outros. Até a melodia é idêntica com a do mundo. É bem verdade que nem podemos chamar isto de hino, e sim de musica mudana que deixa de ser música sacra. Os livros, revistas, lições e jornais passam por uma rigorosa consultoria doutrinária e teológica, o que também deveria ocorrer com os compositores, cds, dvds com suas músicas.
2. Cultão em vez de culto.
3. Show em vez de culto. Os neopentecostais transformaram o culto em “show da fé”.
4. Entretenimento em vez de adoração. É o evangelho do entretenimento que é carnal e sem vida e sem Deus. A adoração e espiritual. O evangelho do entretenimento busca a gloria dos homens. Existe até quem canta melhor, quem prega melhor, quem ensina melhor, isto é a marca do evangelho do entretenimento.
5. Expectadores em vez de adoradores. A onde cantores e mestres arrancam aplausos para satisfazerem seus ego. Não tem nenhum compromisso com a palavra de Deus. O púlpito lugar sagrado virou em palco de animação e os adoradores em meros expectadores.
6. Amarrar o inimigo, “Ta amarrado” em vez de expulsar Satanás e seus demônios (Mt 12.29; Mc 3.27; 16.17; Lc 11.17-21). Jesus expulsou satanás e os demônios pelo poder do Espírito de Deus e pelo o dedo de Deus (Mt 12.28; Lc 11.20). Jesus Cristo concedeu poder aos seus discípulos para expulsar satanás e seus demônios em seu nome (Mc 16.17). Até o arcanjo Miguel expulsou o diabo pelo o nome do Senhor (Jd.v.9). Brincam com o diabo e os demônios usando palavras como: queimar, pisar na cabeça de satanás e seus demônios. Dialogo com os demônios no momento quando colocam as mãos sobre os endemoninhados, confrontam com satanás ao chamar a frente. Jesus ordenou aos discípulos a expulsar os demônios em seu nome, e não dialogar, chamar e confrontar (Mc 16.17). Estes são o que Jesus falou em Mt 7.22,23.
7. Cair no Espírito, em vez de levantar os abatidos. (Sl 145.14).
8. Riso no Espírito, em vez de poder e alegria no Espírito Santo. Os pregadores em suas reuniões repetem em suas pregações palavras como estas:
a) Não tente usar sua mente para entender isto.
b) Não ore agora.
c) Beba! Receba! Receba um pouco mais!
Existe até pregadores e conferencistas Assembleiano pregando: Receba! Receba! Receba! E acaba não recebendo.
9. Dança no Espírito em vez de Santa reverencia no culto. O Pr. Antonio Gilberto é bastante claro: Nem no antigo testamento nem no novo testamento encontramos tal ensino. A dança em Israel, mencionada na bíblia, fazia parte da cultura do povo e era patriótica. Consistia em ficar pulando e saltitando ritmicamente em volta de se mesmo ou de outras pessoas. Às vezes, os Israelitas ficavam de mãos dadas, mas sempre homens e mulheres separadamente. Miriã dançou uma vez pelo prodígio divino da travessia do mar vermelho a seco, quando Israel saiu do Egito. Em Lc15. 25, numa parábola, o pai do pródigo é mencionado dançando de alegria por reaver o filho perdido. O corinho que diz “eu danço como Davi” não tem razão de ser, porque Davi dançou patrioticamente (2 Sm 6.14-16), e os adeptos da dança hoje querem dançar no culto. Davi dançou na rua, no desfile do translado da Arca da aliança (2Sm 6.16; 1 Cr 15.29).
10. Batismo no Espírito Santo sem a manifestação de línguas em vez do batismo no Espírito Santo com a evidencia física e inicial em falar em línguas (At 2.1-4; 10.44-47; 19.1-7). O falso batismo no Espírito Santo é propagado pelos neopentecostais e o povo da renovação católica carismática.
11. Nova Unção, em vez de unção do santo (1 Jo 2.20-27). Existem pregadores e cantores Assembleiano além dos neopentecostais pregando e cantando em suas mensagens e canções: receba a nova unção e nova unção.
12. Os adeptos que pregam e ensinam à cura interior e maldição hereditária que são distorção doutrinarias e antibiblicas. Para refutarmos estes desvios doutrinários examinai os textos de deuteronômio 21.23, Nm23. 23; Is 54.17; Sl 121.7; 91.10; Jr20. 11; Jo. 8.36; Gl3. 13; 2 Co 5.17; 10.4,5; Rm 5.9; Sl 91.1-16.
13. As falsas teologias da prosperidade, evangelhos da prosperidade ou movimento da fé. É a “palavra da fé”. Ensinam que quando um cristão está sofrendo, provações, tribulações, pobreza e doença é porque está em pecado, não tem fé é infiel, porque não abre a mão de suas finanças para Deus. Medem a fé do crente diacordo com o tamanho da oferta. Pregam que o crente jamais deve sofrer adoecer e, ficar pobre. Ensinam que a pobreza é maldição. Não é maldição, para refutar examinai os textos de Mt 19.23; Pv 30.9; Mt 26.11; Mc 14.7; Dt 15.11; Jo. 12.8; 1 Tm 6.6-10; 18.19 e Tg2. 5.
A verdadeira teologia da prosperidade é o maior bem espiritual que o homem pode receber: a salvação de sua vida, depois são as conseqüentes bênçãos da salvação como batismo no Espírito Santo, fruto do Espírito, dons espirituais em sua vida e o nome escrito no livro da vida e do cordeiro e a herança eterna co cristo (Rm 8.17; Ef 1.3; Ap 13.8; 1 Co 12.1-11; Gl5. 22,23; Rm12. 6-8; At 2.39; Mc 10.30). Em segundo plano fica a prosperidade material (Gn 13.5; Jo. 1.3; Dt 28.1-14; Sl 37.5; Pv 30.7-9). Os teólogos da teologia da prosperidade ensinam que o crente deve determinar exigir e mandar um prazo para receber uma casa nova, um carro zero quilometro, exija que aconteça. E ainda ensinam que para receber à cura é só afirmar determinando que não aceita a doença em sua vida. Para refutar ler: Lc22. 42; 2 Co 12.7-9; Mt 6.10; Fp 4.10-13.
Os principais teólogos da teologia da prosperidade bem como seus escritores, pregadores, mestres, articulistas e conferencistas internacionais que propagam as suas falsas doutrinas até na TV são: Benny hinn, kenneth E. Hagin, Paul Tillic, T.L. Osborn, R.R. Soares, Edi Macedo e outros.
Os teólogos liberais da teologia da prosperidade alegam que o crente não tem um deus dentro de se, mas ele mesmo é um deus.
Os teólogos liberais usam a televisão para propagarem suas falsas doutrinas, e algo preocupante é que os crentes Assembleiano estão sendo enganados através de suas distorções doutrinarias pelas revistas, livros, CDs e Dvds.
14. Levam mais tempo com musicas na igreja do que com a pregação e ensino da palavra de Deus. Não há mais oração e a exposição da palavra nos cultos. São gastos mais tempo com louvor nos cultos em vez de ser mais tempo no culto com a boa ministração da palavra de Deus.

XIII. O QUE A DOUTRINA BIBLICA PRODUZ

1. O genuíno avivamento na igreja (Nm8. 1-9; 2 Cr 7.14, At 5.1-16, Hb 3.2).
2. O crescimento sadio da igreja (At 2.41-47; 4.31-37; 5.14).
3. Cristão maturo, disciplinados e espirituais.
PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A DOUTRINA BÍBLICA

Porque ela nos firma (Ef 4.14); porque ela ajudará a nos salvar do alimento teológico envenenado (1 Tm 4.13-16); Porque ela nos ajudará a refletirmos a imagem de Deus (2 Tm 2.5); porque ela nos ajudará a nos equiparmos (2 Tm 3.13-17; Ef 6.10-17); Porque ela ajuda a entendermos a história de Israel (1 Co 1-5); porque ela ajuda a entendermos a restauração de Israel (Rm 11.26); porque ela nos ajuda a entendermos os dons espirituais (1 Co 12.1); porque ela nos ajuda a entendermos a Segunda Vinda de Cristo (1 Ts 4.13-17); porque ela nos ajuda a entendermos as ressurreições (Is 26.19; Dn 12.1; Jo 5.28, 29; Ap 20.1-6) e porque ela nos ajuda a entendermos a destruição desta terra (2 Pe 3.8, 10).

XIV. CREDO DAS ASSEMBÉIAS DE DEUS

DECLARAÇÃO DE VERDADES FUNDAMENTAIS APROVADAS
PELO CONCÍLIO GERAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS
NOS ESTADOS UNIDOS, DE 02 A 07 DE OUTUBRO DE 1916.

A declaração de verdades fundamentais não tem por intuito servir de credo à igreja, nem de base à comunhão dos fiéis. Ela visa tão somente a unidade no ministério (isto é, para que todos digamos uma mesma coisa, 1 Co1.10; At 2. 42). A fraseologia empregada nesta declaração, embora não seja inspirada, é indispensável para se manter sempre pleno o ministério cristão. Nenhuma reivindicação é aqui apresentada no sentido de que esta declaração contenha toda a verdade da bíblia, pois o seu objetivo é cobrir as nossas necessidades quanto às questões fundamentais da fé cristã.
1. As Escrituras Inspiradas
A bíblia é a inspirada palavra de Deus. Sendo a revelação de Deus ao homem, constitui-se ela na infalível regra de fé e conduta. É superior à consciência e à razão, mas não lhes é contraria (2 Tm 3.15; 1 Pe 2.2).
2. O Deus Único e Verdadeiro
O Deus Único e Verdadeiro revelou-se como o eternamente, auto-existente e auto-revelado “Eu Sou”. Revelou-se ainda como aquele que incorpora os princípios de revelação e associação como: Pai, Filho e Espírito Santo. (Dt 6.4; Mc 12.29; Is 43.10,11; Mt 28.19).
3. O homem, sua queda e redenção. O homem foi criado bom e reto; pois Deus mesmo disse: “façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Mas o homem por transgressão voluntária, caiu, e agora sua única esperança de redenção está em Jesus Cristo, o Filho de Deus (Gn 1.26-31; 3.1-7; Rm 5.12-21).
4. A Salvação Do Homem
a) Condições da Salvação
A graça de Deus, que traz salvação a todos os homens, vem através da pregação do arrependimento para com Deus e da fé para com o Senhor Jesus Cristo. O homem, pois, é salvo mediante a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, derramado sobre ele ricamente através de Jesus Cristo, nosso Salvador. E, tendo sido justificado pela graça, através da fé, torna-se ele herdeiro de Deus de acordo com a esperança da vida eterna (Rm 10.13-15; Lc 24.47; Tt 2.11; 3.5-7).
b) Evidencias da Salvação
Para o crente, a evidencia interior da salvação é o testemunho direto do Espírito (Rm 8.16). A evidencia exterior constitui-se numa vida de retidão e verdadeira santidade (Lc 1.73-75; Tt 2.12-14), na presença do fruto do Espírito (Gl 5.22) e, no amor fraternal (Jo. 13. 35; Hb 13.1; 1 Jo. 3.14).
5. A promessa do Pai. Todos os filhos de Deus têm o direito a, e deveriam ardentemente esperar e intensamente buscar, a promessa do Pai, que é o batismo no Espírito Santo e no fogo, de acordo com o mandamento de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta experiência era comum a todos os crentes na igreja Primitiva. Com o batismo no Espírito Santo, vem à dotação de poder para a vida e o serviço, a distribuição dos dons espirituais e seu uso no trabalho ministerial (Lc 24.49; At 4.8; 1 Co 12.31).
6. A plena consumação do batismo no Espírito Santo. A evidencia inicial e física do batismo no Espírito Santo e no fogo é o falar noutras línguas, conforme o Espírito de Deus conceder (At 2.4). Esta maravilhosa experiência é distinta e subseqüente a do novo nascimento (At 10.44-46; 11.14-16; 15.8,9).
7. Inteira santificação, o alvo de todos os crentes. As escrituras exortam-nos a uma vida de santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor. Pelo poder do Espírito Santo, somos capazes de obedecer ao mandamento que diz “sede santos, porque eu sou santo”. A inteira santificação é a vontade de Deus para todos os crentes, e deve ser ansiosamente buscada para que andemos em obediência à palavra de Deus (Hb 12.14; 1 Pe 1.15,16; 1 Ts 5.23,24; 1 Jo. 2.6).
8. A igreja é um organismo vivo. A igreja é um organismo vivo; é um corpo vivo. Ela é o corpo de Cristo; a habitação de Deus por meio do Espírito. Sua tarefa primordial é cumprir a grande comissão. Cada assembléia local é integral da assembléia geral e Igreja dos primogênitos inscrita nos céus (Ef 1.22,23; 2.22; Hb 12.23).
9. O ministério e o evangelismo. Um ministério divinamente chamado e biblicamente ordenado, tendo em vista a evangelização do mundo, é o mandamento do Senhor, bem como a principal preocupação da igreja (Mc 16.15-20; Ef 4. 11-13).
10. A ceia do Senhor. A ceia do Senhor, que consiste na distribuição do pão e do vinho, significa que já compartilhamos da natureza divina de Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pe 1.4). É um memorial de seus sofrimentos e de sua morte (1 Co 11.26), e uma profecia de sua segunda vinda (1 Co 11.26). A ceia do Senhor foi ordenada a todos os crentes até que ele venha.
11. Batismo nas águas. A ordenança do batismo, simbolizando o sepultamento de Cristo, deve ser observada, conforme recomenda as Escrituras, por todos quantos se arrependerem de seus pecados e aceitam a Cristo como o seu Salvador e Senhor. No batismo, tem o novo crente o corpo lavado em águas puras como símbolo da purificação efetuada em seu interior pelo sangue de Cristo. Dessa maneira, ele declara ao mundo que morreu com Cristo e também com Ele ressuscitou, para andar em novidade de vida (Mt 28.19; At 10.47,48; Rm 6.4; At 20.21; Hb 10.22).
12. Cura divina. O livramento das enfermidades é provido na expiação de Cristo, e é privilégio de todos os crentes (Is 53.4,5; Mt 8.16,17).
13. Os pontos essências da deidade.
a) Termos Explicados
Os termos trindade é pessoas, no tocante à deidade, apesar de não serem encontrados nas escrituras, são usados em harmonia com as escrituras, mediante as quais podemos reafirmar e transmitir a nossa compreensão imediata sobre a doutrina de Cristo em relação a Deus, em distinção aos muitos deuses e muitos senhores. Portanto, podemos falar com propriedade de nosso Deus, o qual é o Senhor, como uma trindade e como um Ser que subsiste em três pessoas, e, ainda assim, sermos absolutamente bíblico. (Mt 2.6; 8.16,17; At 15.15-18).
b) Distinções e Relações Dentro da Deidade.
Cristo ensinou a distinção entre as pessoas na deidade, expressada por Ele em termos específicos de relações como Pai, Filho e Espírito Santo; e também ensinou que essa distinção e relação, quanto à sua existência, é um fato eterno, mas quanto a seu modo de ser é inescrutável e incompreensível, por não haver três pessoas dentro da deidade, Lc 1.35; 1 Co 1.24; Mt 11. 25-27; 28.19; 2 Co 13.14; 1 Jo. (1.3,4).
c) Unidade do Único Ser do Pai, Filho e Espírito Santo
De acordo com o exposto, há algo no Pai que o faz ser o Pai, e não o Filho; e há algo no Filho que o faz ser o Filho, e não o Pai; e há algo no Espírito Santo que o faz ser o Espírito Santo, e não o Pai ou o Filho. Assim sendo, o Pai é o Gerador; o Filho é o gerado; e o Espírito Santo é o que procede do Pai e do Pai e do Filho. Como os três são pessoas eternamente distintas e relacionadas dentro da deidade, acham-se em estado de unidade: há um único Senhor Deus Todo poderoso, e Seu nome é um só(Jo1.18;15.26;17.11,21; Zc14.9).
d) Identidade e cooperação na Deidade
O Pai, o Filho e o Espírito Santo nunca são idêntico quanto à pessoa; nem podem ser confundidos em suas relações; e nem ser divididos no tocante à deidade; e nem ainda estar em oposição quanto a cooperação. Quanto à relação, o Filho esta no Pai e o Pai esta no Filho. O Espírito Santo vem do Pai e procede do Filho quanto a natureza, à relação, à cooperação e à autoridade. Portanto, nenhuma pessoa na deidade existe ou opera de forma separada ou independente das outras (Jo. 5.17-30).
e) O Titulo Senhor Jesus Cristo. O apelativo “Senhor Jesus Cristo” é um nome próprio. Nunca é aplicado, no Novo testamento, ao Pai ou ao Espírito Santo. Portanto, pertence exclusivamente ao Filho de Deus (Rm 1.1-3,7; 3.7; 2 Jo. 3).
f) O Senhor Jesus Cristo, Deus Conosco. O Senhor Jesus Cristo, quanto à sua natureza divina e eterna, é o único Filho gerado do Pai; mas, quanto à sua natureza humana, é o próprio Filho do homem. Portanto, Ele é reconhecido como Deus e Homem; o qual, por ser Deus e Homem é o Emanuel, o Deus Conosco (Mt 1.23; 1 Jo. 4.2-10,14; Ap 1.13-17).
g) O Titulo, Filho de Deus. “Visto que o nome “Emanuel” abarca tanto a Deus quanto ao homem, numa única pessoa nosso Senhor Jesus Cristo, segue se que o titulo “Filho de Deus” descreve sua deidade, ao passo que o “Filho do Homem” descreve sua humanidade”. Portanto, o titulo Filho de Deus pertence à ordem da eternidade, ao passo que o titulo Filho do Homem pertence à ordem temporal (Mt 1.23; 1 Jo. 3; Hb 7.3; 1.1-13).
h) Desvio da doutrina de Cristo. Por conseguinte, constitui-se num desvio à doutrina de Cristo afirmar que Jesus Cristo derivou-se do titulo “Filho de Deus”, ou de sua encarnação, ou ainda de seu relacionamento com o plano de redenção, da humanidade. Logo, negar que o Pai seja real e eterno, e que o Filho seja real e eterno, equivale a anular a distinção e a relação no ser de Deus. Ou seja: a negação do Pai e do Filho, ignorando ao mesmo tempo o fato de Cristo ter vindo a este mundo em carne (2 Jo. 9; Jo. 1.1,2-14, 18, 29,49; 8.57,58; 1 Jo. 2.22,23; 4.1-5; Hb 12.3,4).
i) Exaltação de Jesus Cristo como o Senhor. O Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo tendo por se mesmo expurgado os nossos pecados, sentou-se à mão direita da Majestade, nas alturas; e, agora, anjos e principados e poderes lhe são sujeitos. E, tendo sido feito tanto Senhor como Cristo, enviou o Espírito Santo para que nós, em seu nome, dobremos os joelhos e confessemos que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai, até que, na consumação de todas as coisas, o Filho tiver se sujeitado ao Pai para que o Pai seja tudo em todos (Hb 1.3; 1Pe 3.22; At 2.32-36; Rm 14.11; 1 Co 15.24-28).
j) Honra igual ao Pai e ao Filho. Visto que o Pai entregou todo o julgamento ao Filho, constitui-nos indizível alegria, no Espírito Santo, atribuir ao Filho todos os atributos da deidade, e tributar-lhe toda a honra e toda a glória contida em todos os nomes e títulos da deidade, excetuando os que expressam relação e servem para identificar o Pai e o Espírito Santo (ver os parágrafos b,c e d). E, assim, honraremos o Filho tanto quanto honramos o Pai ( Jo.5.22,23; 1 Pe 1.8; Ap 5.6-14; Fp 2.8,9; Ap 7.9,10; 4.8-11).

14. A Bendita Esperança. A ressurreição dos que dormiram em Cristo, e o arrebatamento dos crentes que estiverem vivos; enfim: a translação da verdadeira Igreja, constitui-se na bendita esperança de todos os crentes ( 1Ts 4.16,17; Rm 8.23; Tt 2.13).

15. A vinda iminente e o reino milenial de Jesus. A vinda pré-milenial e iminente do Senhor Jesus para recolher o seu povo a se mesmo, e julgar o mundo em retidão, bem como reinar sobre a terra por mil anos, é a expectação da verdadeira Igreja de Cristo.
16. O lago de fogo. O diabo e seus anjos, a besta e e o falso profeta, e todo aquele cujo nome não for achado no livra da vida, bem como os tímidos e os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os adúlteros e fornicários, os feiticeiros, os idólatras e todos os praticam e amam a mentira, serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre. Esta é a segunda morte.
17. Os novos céus e a nova terra. Esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2 Pe 3.13; Ap 21.22).
(Menzies, William W; Horton, Stanley M. Doutrinas Biblicas. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 279-284).
CREMOS
1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O Pai, O Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
2. Na inspiração verbal da bíblia sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter Cristão (2 Tm 3.14-17).
3. Na concepção virginal de Jesus Cristo, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34; At 1.9).
4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurar a Deus (Rm 3.23; At 3.19).
5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos céus (Jo. 3.3-8).
6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9).
7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12).
8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15).
9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidencia inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-47; 19.1-7).
10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).
11. Na segunda vinda pré-milenial de Cristo, em duas fases distindas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua igreja fiel da terra, antes da grande tribulação; segunda - visível e corporal, com sua igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos ( 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12. Que todos os cristão comparecerão ante o tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra ( 2 Co 5.10).
13. No juízo vindouro que recompensará os fieis e condenara os infiéis ( Ap 20.11-15).
14. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fieis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
(Mensageiro da Paz. Cremos. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 75, n.1.439-abril de 2005. p.2).

CONCLUSÃO

Os dois pilares do evangelho são: Ide e pregai (Mt 16.15) e Ide ensinai (Mt 28.19). Palavra estas proferidas pelo o maior pregador e mestre de todos os tempos - Jesus Cristo. Se Jesus pregou e ensinou (Mt 4.23), Ele ordenou aos seus discípulos a pregar e ensinar a sua palavra a toda a criatura.
O segredo do progresso da Igreja e a expansão do Reino de Deus é a observança, perseverança e se acha fundamentada na doutrina bíblica.

AVALIAÇÃO

1. O que é doutrina?
2. Cite algumas referencias da palavra doutrina no antigo e novo testamento.
3. Porque a doutrina bíblica é importante para o crente?
4. Dê algumas diferentes formas de doutrinas.
5. Dê a diferença entre a doutrina e costume.
6. Porque a doutrina bíblica eficaz?
7. Qual o propósito da doutrina bíblica?

















SEGUNDA PARTE






CAPÍTULO 2
A DOUTRINA DAS ESCRITURAS SAGRADAS (I)
ESTUDO PRÁTICO DA BÍBLIA
Texto bíblico básico

“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei”.
Quanto ama a tua lei! É a minha meditação todo o dia.
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos”.
Salmo 119.18,97, 105
“Buscai no livro do SENHOR e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou e o seu espírito mesmo as ajuntará.”
Isaias 34.16

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
2 Timóteo 3.14-17, ABVD


INTRODUÇÃO

O cristão consciencioso é aquele que ama o estudo da Bíblia (Salmo 119.97), procurando interpretá-la com o auxílio do Espírito e a aplicá-la corretamente à sua vida, e para o bom manejo da ferramenta divina - a Palavra de Deus (2 Timóteo 2.15).
A vida do crente só terá sentido através do estudo sistemático e observância da Bíblia Sagrada (João 5.39; Atos 17.11).
A importância da Bíblia Sagrada consiste em ser ela a bússola, a carta magna e guia divino para o homem moderno que busca cumprir com a vontade divina.

O QUE É A BÍBLIA SAGRADA

O conceito teológico mais simples: “É a revelação de Deus à humanidade.”A Bíblia é a Carta Magna para reger nações. Certa vez disse o ex-presidente dos Estados Unidos da América Geor e Washginton: "É impossível governar uma nação sem a Bíblia.”A Bíblia como a revelação divina ao homem, apresenta a Sua Autoria: DEUS (Gênesis 11), o seu tema central: JESUS CRISTO (Lucas 24.27,44) e sua interprete: o ESPÍRITO SANTO (I Coríntios 2.10).
Disse um, certo pensador cristão: "A Bíblia deve ser lida para ser sábio, deve ser crida para ser salvo, deve ser praticada para ser santo ou santificado.
1. “É uma dádiva de Deus – ‘O Senhor deu a Palavra’ (Sl 68.11). É uma revelação completa e definitivamente concluída. (...)” – Eurico Bergstén.
2. “É a revelação de Deus à humanidade. (...)” – Pr. Antônio Gilberto.
3. “É a Palavra de Deus inspirada e inerrante. (...) é a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. (...)” – Pr. Claudionor de Andrade.
4. “É o livro por excelência. Ela é: A carta Magna de toda a verdadeira liberdade; a verdadeira precussora da civilização; a moderadora das instituições e dos governos; a formadora das leis; o segredo do progresso nacional; o guia da história; o ornamento e fonte essencial da literatura; a amiga da ciência; a inspiradora dos filósofos; o compêndio da Ética; a luz da inteligência, a resposta aos desejos mais íntimos do coração humano; a alma de toda a vida cordial e religiosa; a luz que resplandece nas trevas; a inimiga da opressão; a adversária da superstição; a desarraigadora do pecado; a reveladora de tudo o que é elevado e digno; o consolo na aflição; a fortaleza na debilidade; a senda na perplexidade; o refúgio na tentação. – A. B. Langston.
5. “É o livro (o registro) da revelação especial de Deus. (...)“ – Pr. Raimundo de Oliveira.
6. “A revelação de Deus à humanidade, e nossa infalível e autorizada regra de fé e conduta (1 Ts 2.13; 2 Tm 3.15, 16; 2 pe 1.21)”. – Stanley M. Horton.
7. É a inspirada, infalível e inerrante palavra de Deus. É a pura, reta, verdade, boa, eterna, viva e eficaz Palavra de Deus (Sl 12.6; 33.4; 19.160; Is 39.8; 40.8; Hb 4.12). É o livro de Deus, a boca de Deus. A bússola divina para conduzirmos aos céus.

COMO APLICAR A BÍBLIA NA NOSSA VIDA

1. Aplique primeiramente à sua vida, para depois aplicar aos outros.
2. Aplique a Bíblia às necessidades do mundo (Is 1.5, 6; 1 Jo 5.19).

QUANDO ESTUDAR A BÍBLIA

1. De dia e de noite (Js 1.8; Sl 1.2). Aqui aprendemos preciosas lições: primeiro com Josué.
a) Não desvanecer no estudo da Bíblia v. 8a;
b) Meditação na Palavra de dia e de noite v. 8b;
c) Cumprir fielmente a Palavra v. 8b.
d) Prosperidade para o nosso caminho v. 8c.
e) E seremos prudente na condução divina da Palavra de Deus v. 8c.
Segundo salmo 1, a) Prazer e amor a sua Palavra v. 2a; b) Meditação fiel de dia e de noite na Palavra v. 2b; c) Resultado, será um cristão frutífero v. 3.
2. O dia todo (Sl 119.97). Aqui merece destaque “Oh! Quanto amor a tua lei, a minha meditação é o dia todo” (Sl 119.97 – grifomeu). Não significa que passaremos o tempo todo no estudo da Bíblia, pois devemos cuidarmos das nossas atividades familiares, profissionais etc. Temos que sabermos administrarmos o tempo (Ec 3.1). A Bíblia recomenda: “remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.16).

A ONDE ESTUDAR A BÍBLIA

1. No lar (2 Tm 3.14). O culto doméstico é ideal para o estudo sistemático da Palavra de Deus. A Bíblia gera formação moral e espiritual da família cristã e torna a família vitoriosa. A Bíblia é guia para o pai; consolo para a mãe; e educação para os filhos.
2. Na Igreja. Pois o ministro de Deu ministra a Palavra de Deus para o rebanho (Sl 23.2).
3. Na Escola Dominical. É na Escola Dominical que damos os primeiros passos da fé cristã no estudo sistemático da Bíblia. É aonde são formado o caráter moral e espiritual do crente mediante o estudo ordenado das doutrinas da Bíblia.
4. Nas faculdades teológicas que primam pela ortodoxia bíblica.
5. Em reuniões de estudos bíblicos.

SETE CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ENTENDERMOS A BÍBLIA

1. Creia na Palavra sem duvidar (Lc 24.21, 25).
2. Não só lendo, mas estudando-a por amor e prazer com fome e sede de conhecer e aprender as riquezas inigualáveis da Palavra de Deus (Pv 2.3-5; Mc 12.37; 1 Pe 2.2; Hb 10.16; Dt 6.6).
3. Cresça equilibradamente no intelecto e espiritualmente (Mc 4.33; Hb 5.13, 14; Mt 13.5, 6; 2 Pe 3.18).
4. Seja sempre cheio do Espírito Santo (1 Co 2.10; Ef 5.18; At 6.5).
5. Tenho um espírito de humildade (Tg 1.21; Mt 11.25; 1 Pe 5.5).
6. Sempre disposto para agradar a Deus (Sl 119.3; Pv 2.1, 2, 5; Jo 7.17; 13.17).
7. Participe sempre de reuniões estudos bíblicos (1 Co 3.4; 12.28). Como por exemplo: Escola Bíblica Dominical, Seminários, Conferências, Congressos, Simpósios bíblicos, cursos teológicos e missiológicos, estudos bíblicos de várias naturezas que primam pela ortodoxia bíblica.

II. QUARTOZE RAZÕES PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

1. Porque ela ilumina o caminho para Deus (Salmo 119.105,130).
2. Porque ela é alimento espiritual para o crescimento social, moral, ético e espiritual do crente (2 Timóteo 3.14-17; Jeremias 15.16; I Pedro 2.1,2).
Assim como o alimento material é para o corpo, é a.Palavra de Deus o alimento espiritual para o espírito humano.
Os alimentos universais tipificam a Palavra de Deus, tais como pão, leite, carne, mel e azeite ou óleo. Vejamos:
a) A Bíblia é o pão da vida para todos os famintos espirituais (Gênesis 18.5,6; 21.14; Marcos 6.30-34; João 6. 33,35,47-55; Mateus 4.4).
b) A Bíblia é o leite para os recém-nascidos na fé (I Pedro 2.2; I Timóteo 3.6; Hebreus 5.12; I Corintios 9.7).
c) A Bíblia é a carne para os fortes (Êxodo 12.4,5,7-9; 16.12,13; I Reis 17.3-6; Levitico 7.15,16; João 6.52-54).
d) A Bíblia é o mel desejável de todos (Êxodo 3.8,17;13.5;33.3; Juízes 14.5,6,8,9; Salmo 119.103).
e) A Bíblia é o azeite que alimenta e tempera a vida espiritual do crente (Êxodo 29.1-7; Levitico 8.12; Números 7.19; Levítico 2.1; Êxodo 30.22-29; 40.9,10; Êxodo 25.6; Levítico 24.2; I Samuel 10.1; Levitico 14.10-18; I Reis 1.39; Rute 3.3; Levitico 7.46; Isaías 1.6; Marcos 6.13; Lucas 12.35; I Reis 5.II; Ezequiel27.17; Oséias 12.1; Lucas 16.6; Apocalipse 1.13; Salmo 45.7; Isaías 61.3; Hebreus 1.9; Deuteronômio 32.13; 33.24; Jó 2.6; Joel 1.10; 2.19,24; Ageu 1.11). É o óleo para lubrificar a vida espiritual do crente.
3. Porque ela é o instrumento do Espírito Santo, ou seja, a espada do Espírito (Efésios 6. I 7).
4. Porque ela nos vivifica (Salmo 119.107).
5. Porque ela enriquece a vida do crente (Salmo 119.72; Efésios 1.17; I
Coríntios 2.10).
6. Porque ela prepara o cristão para refutar os falsos ensinos e para toda boa obra (I Pedro 3.15; 2 Timóteo 3.16,17).
7. Porque ela faz o crente aprovado (2 Timóteo 2.15).
8. Porque ela acrescenta a fé do cristão (Isaías 34.16).
9. Porque ela dá luz e entendimento ao crente simples (Salmo II9.130).
10. Porque ela revela o Deus vivo e verdadeiro (João 17.3; Daniel4.34; 6.26; Atos 14.15; I Tessalonicenses 1.9; Hebreus 9.14; 10.31; João 4.24).
11. Porque ela é o guia para a salvação João 6.68).
12. Porque ela é o meio santificador do cristão (Hebreus 12.14; I Tessalonicenses 3.13; Efésios 1.4; Filipenses 2.15; Romanos 12.1,2; I Tessalonicenses 4.3-7).
13. Porque ela é o manual do cristão (2 Timóteo 2.15).
14. Porque ela é o estatuto do crente (Salmo 119.16).

III. DEZ FORMAS DE COMO ESTUDAR A BÍBLIA

Vejamos como estudar a Bíblia Sagrada:
1. Estude a Bíblia conhecendo seu Autor: DEUS (Isaías 34.16; Jeremias 1.12; Lucas 24.45; I Corintios 2.10,12,13).
2. Estude a Bíblia todos os dias (Salmo 119.97; Deuteronômio 17.19)-
3. Estude a Bíblia de dia e de noite Gosué 1.8; Salmo 1.3; 119.62).
4. Estude a Bíblia com coração (Salmo 119.18; Efésios 1.16,17).
5. Estude a Bíblia aplicando-a a si próprio, ou seja, a sua vida Gosué 5.14b; Salmo 119.11).
6. Estude a Bíblia toda. Ou seja, estude a Palavra de Deus do livro de Gênesis ao livro de Apocalípse.
7. Estude a Bíblia conhecendo o seu real significado (Neemias 8.8).
8. Estude a Bíblia conhecendo suas doutrinas (Deuteronômio 32.2; Jó 11.4; Provérbios 4.2; I Timóteo 4.16; 2 João v.9).

Vejamos as principais doutrinas exaradas na Bíblia Sagrada:

a) A Doutrina das Escrituras (Isaías 8.20; 34.16; 2 Timóteo 3.16,17; 2 Pedro1.20,21).
b) A Doutrina de Deus (Gênesis LI; Deuteronômio 10.17; Salmo 139).
c) A Doutrina de Cristo (Mateus 16.13-16; Romanos 1.3,4; I Timóteo 3.16; 2 João v.9).
d) A Doutrina do Espírito Santo Goão capítulos 14 a 16; 2 Coríntios 3.8).
e) A Doutrina da Trindade (Gênesis 1.1-3,26; 11.7; Números 6.24-26; Isaías 6.3; 61.1; Zacarias 1.3; Mateus 3.16,17; 28.19; Lucas 4.18; 24.49; João capítulos 14 a 16; 2 Coríntios 13.13; Efésios 4.4-6; Tito 3.4-6; I João 5.7; Judas v. 20,21; Apocalípse 4.8).
f) A Doutrina da Criação (Gênesis capítulos I a 2; Neemias 9.6; Isaías 40. 22; Atos 17.24-28).
g) A Doutrina dos anjos (Neemias 9.6; Jó 38.7).
h) A Doutrina de Satanás (Ió 1.6,7; Mateus 4.1; Tiago 4.7; I Pedro 5.8).
i) A Doutrina dos Demônios (Tiago 2.19).
j) A Doutrina do Homem (Gênesis 1.26,27; 2.7; Eclesiastes 7.29; I Tessalonicenses 5.23; Hebreus 4.12; Salmo 8.5-9; Gênesis 2.18).
k) A Doutrina do Pecado (Gênesis 3.1-6; Romanos capítulos I e 2;
5.12,18,19).
l) A Doutrina da Salvação (Efésios 2.8-10; Tito 2.II; 3.4-7).
m) A Doutrina da Expiação (Hebreus capítulo 9).
n) A Doutrina das Últimas Coisas (Isaías 42.22,23; I Corintios 15.50-57; I Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 24.37-39; 25. 31-46; 2 Pedro 3.10-13; Apocalípse 20.4-7; Lucas 21. 28; Apocalípse capítulos 21 e 22).
9. Estude a Bíblia com melhor atitude. Vejamos como estudar a Bíblia com melhor atitude:
a) Estude a Bíblia com sede de conhecer o seu Autor: DEUS (Salmo 42.1,2).
b) Estude a Bíblia com amor a ela (Salmo 119.97a).
c) Estude a Bíblia com dedicação a ela (I Timóteo 4.13).
d) Estude a Bíblia com procedimento devocional. Estude a Bíblia, escolhendo um texto e em especial, um livro, ou parte de um texto (Deuteronômio 17.19).
Desenvolva o ato da meditação na Palavra de Deus a (Josué 1.8; Salmo 1.3).
Estude a Bíblia como Palavra de Deus, e não como uma obra literária qualquer (Hebreus 4.12; Provérbios 30.5; Salmo II9.II; João 6.68; 17.17).
Estude a Bíblia com o coração e em atitude devocional, e não apenas com o intelecto.
e) Estude a Bíblia com procedimento intelectual. Com observação, que responde à pergunta: Que vejo?
Com interpretação, que responde a pergunta: Que significa?
Com correlação, que responde à pergunta: como isto se relaciona com o restante daquilo que a Bíblia diz?
Com aplicação, que responde à pergunta: Que significa para mim?
f) Estude a Bíblia interpretando corretamente com auxílio do Espírito Santo (I Corintios 2.10; Atos 8.31).
g) Estude a Bíblia com procedimento mental - coração e mente (Hebreus l 10.16). Com a mente para memorizá-la e guardá-la; com o coração para amá-la.
h) Estude a Bíblia com procedimento espiritual mediante a oração (Salmo 119.18; Efésios 1.16,17), jejum (Mateus 4.1-II), mediante a fé (Hebreus 4.2) mediante o conhecimento, comunhão e amor ao Deus da Palavra João14.21,23; I João 4.7).
10. Estude a Bíblia lendo, estudando, meditando, memorizando, guardando, amando e praticando (Salmo 119.15,16; Deuteronômio 9.2-4; Salmo 73.16,17; Josué 1.8; Salmo 1.3; 119.11; Hebreus 10.16; Salmo 119.97; Tiago 1.22-25; Mateus 7.24-27; João 14.21; Salmo 119.23). Aqui são sete princípios básicos para o estudo eficaz da Palavra de Deus.

IV. SETE CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ENTENDERMOS A BÍBLIA

Vejamos as condições básicas para o bom entendimento no estudo da Bíblia Sagrada:
1. Crendo nela sem duvidar (Lucas 24.21,25).
2. Lendo e estudando-a por amor e prazer e com fome de aprender as coisa de Deus (Provérbios 2.3-5; Marcos 12.37; I Pedro 2.2; Hebreus 10.16; Deuteronômio 6.6).
3. Crescendo sempre espiritualmente (Marcos 4.33; Hebreus 5.13,14; Mateus 13.5,6).
4. Sendo cheio do Espírito Santo (I Corintios 2.10; Efésios 5.18).
5. Sendo humilde (Tiago 1.21; Mateus 11.25; I Pedra 5.5).
6. Disposição de agradar a Deus (Salmo I 19.33; Provérbios 2. I ,2,5; João
7.17; 13.17).
7. Participando de reuniões de estudos bíblicos (I Corintios 3.4; 12.28). Como por exemplo: Escola dominical, Seminários, Conferências, Congressos, Simpósios bíblicos, cursos teológicos e missiológicos, estudos bíblicos de várias naturezas, etc.

V. MATERIAIS PARA O AUXÍLIO NO ESTUDO DA BÍBLIA
O apóstolo S. Paulo, não somente estudava a Bíblia (Antigo Testamento), mas estudava outros livros para o apoio no estudo da Bíblia (2 Tm 4.13).
Vejamos os materiais para o apoio no estudo sistemático da Bíblia Sagrada:

1. Todas as legítimas versões da Bíblia.
2. Dicionário de Língua Portuguesa.
3. Dicionários Bíblicos e Teológicos.
4. Enciclopédias bíblicas e seculares.
5. Gramática da Língua Portuguesa.
6. Chave Bíblica, para resumo dos livros.
7. Concordância Bíblica, para localizar versículos.
8. Comentários Bíblicos.
9. Manuais de Doutrinas.
10. Manuais Bíblicos.
11. Atlas Bíblico.
12. Livros de Teologia Sistemática.
13. Didática Aplicada.
14. Títulos Históricos-Culturais.
15. 15.Agenda, caderno, fichário, sermonário, etc.
16. Livros de Língua Hebraica e Grego.
17. Livros de Bibliologia.
18. Livros de Evangelismo, Missões e Discipulado.
19. Livros Devocionais.
20. Livros de Família e lar cristão.
21. Livros de Ética Cristã
22. Livros de Filosofia, Sociologia e Psicologia cristã.
23. Livros de Hermenêutica, Exegese Bíblica e Homilética.
24. Livros de Apologética.
25. Livros de Tipologias.
26. Livros de Antropologia Bíblica.
27. Livros de Arqueologia Bíblica.
28. Livros de História e Geografia Bíblica.

I. O ALCANCE DO ESTUDO SISTEMÁTICO DA BÍBLIA

1. Prepara o cristão (1 Pe 3.15).
2. Faz o obreiro aprovado (2 Tm 2.15).
3. Acrescenta a fé do cristão (Is 34.16).
4. Dá luz e entendimento aos simples (Sl 119.130)..

II. POR QUE ESTUDAR A BÍBLIA

1. Porque é o manual do cristão (2 Tm 2.15; 3.14-17).
2. Por que é o alimento para nossas almas (Mt 4.4; Jr 15.16; 1 Pe 2.2).
a) Pão para os famintos (Mt 4.4).
b) Leite para o neófito e débeis na fé (1 Tm 3.6; Hb 5.12).
c) Carne para os fortes (Êx 16.12, 13.
d) Água para os sedentos (Ef 5.26).
e) Mel desejável de todos (Sl 119.103).
f) Azeite para temperar e alimente a vida espiritual (Êx 29.1-7; Lv 8.12; Nm 7.19; 1 Sm 10.1; 1 Rs 1.39).
3. Porque é o instrumento do Espírito Santo (Ef 6.17).
4. Porque enriquece a vida do crente (Sl 119.72; Ef 1.17).

III. COMO ESTUDAR A BÍBLIA

1. Estude todos os dias (Sl 119.97 b).
2. Estude sistematicamente.
3. Estude toda, de Gênesis a Apocalipse.
4. Estude conhecendo o seu real significado (Ne 8.8).
5. Estude conhecendo suas doutrinas.
6. Estude conhecendo seu Autor: Deus.
7. Estude com melhor atitude.
a) Mental
b) Espiritual
c) Estude a Bíblia como a Palavra de Deus, e não como a obra literária qualquer.
d) Estude a Bíblia com o coração e em atitude devocional, e não apenas com o intelecto (Hb 10.16).
e) Sede de conhecer o autor da Bíblia (Sl 42.1, 2).
f) Amor a Palavra de Deus (Sl 119.97a).
g) Dedicação à Palavra de Deus (1 Tm 4.13).
8. Leia, estude, memorize e medite na Palavra de Deus (Sl 119.15, 16; Dn 9.2-4; 1 Tm 4.13; Jo 5.39; At 17.11).

IV. COMO APLICAR A BÍBLIA A NOSSA VIDA

1. Aplique primeiramente à sua vida, para depois aplicar aos outros.
2. Aplique a Bíblia às necessidades do mundo (Is 1.5, 6; 1 Jo 5.19).

V. PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

1. Porque revela o único, vivo e verdadeiro Deus (Jo 17.3; Dn 4.34; 6.26; At 14.15; 1 Ts 1.9; Hb 9.14; 10.31; Jo 4.24).
2. Porque é o guia para a salvação dos pecadores (Rm 3.23; 5.1, 8-11; 6.22, 23).
3. Porque é o meio santificador do cristão (Hb 12.14).

VI. QUANDO ESTUDAR A BÍBLIA

1. De dia e de noite (Js 1.8; Sl 1.2).
2. Todo dia (Sl 119.97).

VII. A ONDE ESTUDAR A BÍBLIA

1. No lar (2 Tm 3.14).
2. Na faculdade teológica que prima pela a ortodoxia bíblica.
3. Na Escola Dominical.
4. Em reuniões de estudo bíblico.

FATORES OU REQUISITOS DE PROGRESSO NO CONHECIMENTO DAS ESCRITURAS (Pv 9.9; 1 Tm 2.4)
1. A livre operação do Espírito Santo no cristão (Lc 24.25; Jo 14.26;Jo 16.13; 1 Co 2.10, 13).
2. A espiritualidade do cristão (Sl 25.14; Mt 22.29; Mc 4.33; Jo 16.13; Hb 5.13.14; Dt 6.6).
3. A oração (Sl 119; Pv 2.3-5; Tg 1.5).
4. O ministério de ensino dos mestres bíblicos (1 Co 12.28; Ef 4.11, 12; 2 Tm 2.2).
5. Boas fontes de consulta e referência (Dn 9.2; Mt 24.15; Lc 1.3; 1 Ts 5.21; 2 Tm 4.13).
6. Bons conhecimentos do vernáculo e, se possível, de originais (Jz 12.6; Mt 27.46, 47; Mc 15.34; Jo 1.41, 42; At 8.30; 1 Co 14.9).
7. Conhecimento de Hermenêutica e Exegese (Ne 8.8; At 8.31; 18.26).

A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA
1. Para as crianças (Dt 6.7; 11.19; Pv 22.26; 2 Tm 1.5; 3.15).
2. Para os jovens (Sl 119.9, 11).
3. Para a família cristã (Dt 6.1-9).
4. Para os obreiros (2 Tm 2.15).
5. Para a igreja.

COMO ESTUDAR A BÍBLIA EM UM ANO

O plano de leitura da Bíblia em um ano deve ser de um leitor assíduo e seguir os métodos de estudos da Bíblia que frisaremos neste ano. Você pode escolher qual dos planos que deve seguir.
1. Estudo da Bíblia por capítulos em um ano. Ou seja: estude a Bíblia 3 capítulos de segunda à sexta-feira, 4 capítulos aos sábados e 5 capítulos aos domingos. É bom lembrar que o estudo deve ser de Gênesis a Apocalipse. O livro de Provérbios pode se estudar em um mês, sendo um, capítulos por dia. Se o mês é de 30 dias, estude um capítulo por dia, e no último dia estude os últimos dois capítulos (30 e 31). E se o mês é de 31 dias estude um capítulo do livro todos os dias.
2. Estude a Bíblia por livros em um ano. Ou seja 5 livros e a metade do outro em um mês. Por exemplo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio e a metade do livro de Josué.
3. Estude a Bíblia por seções em um ano. Por exemplo: o livro de Gênesis podemos dividir em duas seções; a história da criação (Gn 1-11); a história do povo hebreu (Gn 12-50). Provérbios é divido em três seções; para os jovens (1-9); para todo tipo de pessoas (10-24); e para todo tipo de liderança (25-31). O livro de Atos do apóstolos pode ser dividido em duas seções: a vida de Pedro (1-12); e a vida de Paulo (13-28).
4. Estude a Bíblia em um ano por semestral e trimestral. Por exemplo observe o quadro abaixo:
SEMESTRAL AS DIVISÕES DA BÍBLIA TRIMESTRAL
Antigo Testamento 1 – Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio) 1º Trimestre
Janeiro fevereiro e março
1º Semestre
2 – História (Josué a Ester)
3 – Poesia (Jó a Eclesiastes) 2º Trimestre abril, maio e junho
4 – Profecia (Isaías a Malaquias)
Novo Testamento 5 – Biografia (Mateus a João) 3º Trimestre julho, agosto e setembro
2º Semestre 6 – História (Atos)
7 – Epístolas (Romanos a Judas) 4º Trimestre outubro, novembro e dezembro
8 – Profecia (Apocalipse)

Só compreenderemos o Novo Testamento se estudarmos o Antigo Testamento, um completa o outro. Só compreenderemos o evangelho de João se estudarmos os evangelhos sinóticos; só compreendermos o livro de Atos se estudarmos o livro de Atos se estudarmos os quatro evangelhos; só compreenderemos as epístolas se estudarmos os evangelhos e o livro de Atos; só compreenderemos o livro de Apocalipse se estudarmos os evangelhos, o livro de Atos e as epístolas.
É preciso ficar claro ao leitor da Bíblia que o estudo da mesma deva ser oneroso e sistemático com amor, dedicação, reverência e fé.
George Müller estudou a Bíblia 200 vezes, sendo que 100 vezes estudou-a de joelhos. E nos últimos momentos de sua vida disse que se continuasse a viver mais, continuaria a estudar a Palavra de Deus.
Não se canse de estudar a Bíblia. Ganhe tempo em estudar a Bíblia. Torne o tempo precioso no estudo sistemático da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO

O cristão consciente e consciencioso é aquele que uma o estudo da Bíblia Sagrada, procurando interpretá-la e aplicá-la corretamente à sua vida.
Com estudo, e bom aproveito do maná espiritual. Deus abençoe.
Esperamos que os irmãos em Cristo, a partir deste precioso estudo biológico saibam colocar em prática o estudo da Bíblia Sagrada para o enriquecimento da vida cristã em todos os sentidos para uma vida espiritual frutífera e abençoada.
Que o Senhor derrame as Suas ricas e preciosas bênçãos. Amém.

MÉTODOS EFICAZES NO ESTUDO DA BÍBLIA SAGRADA

AVALIAÇÃO

1. Porque estudar a Bíblia?
2. Como estudar a Bíblia?
3. Como aplicar a Bíblia a nossa vida?
4. Porque devemos estudarmos a Bíblia?
5. Quando estudar a Bíblia?
6. A onde estudar a Bíblia?

CAPÍTULO 3
A DOUTRINA DAS ESCRITURAS SAGRADAS (II) – ESTUDO TEÓRICO DA BÍBLIA
Texto bíblico básico

“seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente”.
Isaías 40.8

INTRODUÇÃO

Estudaremos a partir de agora o estudo teórico da Bíblia Sagrada como bem a sua organização, história, origem, mensagem.

A REAL ORIGEM DA BÍBLIA

1. A original está no céu (Sl 119.89).
2. A cópia verdadeira está na terra (Rm 3.2; 2 Tm 3.14-16; 2 Pe 1.20, 21).
3. Deus é o autor singular da Bíblia está dentro da dimensão da eternidade, pois se trata do Deus Eterno.
Os autores humanos escreveram a Bíblia na terra, porém não se sabe quando no tocante ao princípio aqui na terra. Somente Deus o sabe. É um milagres divino. Tudo isto está dentro da presciência, onisciência e onissapiência de Deus. Na verdade a Bíblia no campo da eternidade partiu do céu, e por sua vez consolidou na terra no campo da história sagrada para a alegria, felicidade e salvação da humanidade.

A BÍBLIA, O NOSSO VERDADEIRO MANUAL DE MISSÕES (Mt 28.19, 20; Mc 16.15)

1. A Bíblia fala de missões no Antigo Testamento (Gn 1.28; 9.1; 12.1-4; Is 6.1-8; Jn caps. 1 e 3).
2. A Bíblia fala de missões no Antigo Testamento (Lc 4.16-18; Mt 4.19; 9.37, 38; 10.1-16; 28.19, 20; Mc 16.15; At 1.8; 13.1-3).
3. A Bíblia apresenta Jesus, o missionário divino – exemplo para os missionários de nossos dias (Jo 12.44-49; Mt 9.35, 36).
4. A Bíblia apresenta a primeira igreja missionária, Antioquia da Síria – exemplo para as igrejas de nossos dias (At 13.1-3).
5. A Bíblia apresenta o livro de Atos – o livro como guia e instrutivo de missões. Estude o livro de Atos em um mês, a saber: estude os capítulos 1 e 2 em quatro dias, e os 26 capítulos em 26 dias. Também você pode estudar o livro de Atos, os capítulo 1 a 12 em quinze dias, e os capítulos 13 a 28 também em quinze dias, num total de 30 dias você estudará os 28 capítulos do livro de Atos.

OS MATERIAIS PRIMITIVOS DA BÍBLIA

1. Pedra – eram tábuas de pedra (Êx 24.12; Dt 27.2).
2. Óstraco – eram cacos de cerâmica (Jó 2.8; Ez 4.1).
3. Tabletes de Argila – eram placas feitas de barro (Jr 17.13).
4. Papiro – era extraído de uma planta aquática no rio do Egito antigo (Jó 8.11; Is 18.2).
5. Couro – era pele de animais (Jr 36.23).
6. Pergaminhos – eram peles de animais cursivas (2 Tm 4.13).

A BÍBLIA, O JORNAL DE DEUS

1. No passado – o jornal de ontem. Isto já fala de seu real cumprimento da Palavra de Deus no passado. Exemplo: Ler Mateus 24.1, 2.
2. No presente – o jornal de hoje. Isto fala do cumprimento da Palavra de Deus em nossos dias. Exemplo: Ler Mateus 24.6, 7.
3. No futuro – o jornal de amanhã. Aponta o cumprimento da Palavra de Deus para o futuro. Exemplo: Ler Mateus 24.30, 31.

A BÍBLIA E A TRINDADE

1. O autor da Bíblia – é o Deus Pai.
2. O tema central ou coração da Bíblia – é o Deus Filho (Lc 24.27).
3. O Real Interprete da Bíblia – é o Deus Espírito Santo (1 Co 2.10, 12, 13).
Disse o teólogo A. B. Langston: “Deus é o nosso Pai, e a Bíblia, ancila sua, ou serva, que no-lo revela. Jesus é o Salvador, e a Bíblia, seu servo ou ministro, que nos leva a seus pés. O Espírito Santo é o Ensinador, a Bíblia é o seu compêndio”.
A Bíblia é o Deus Pai falando aos homens, é o Deus Filho que se manifestou entre os homens, é o Deus Espírito Santo interpretando e revelando a Palavra aos homens.

AS SEIS IDENTIDADES NA BÍBLIA (Sl 19.7-9)

1. A lei do Senhor (Sl 19.7).
2. O testemunho do Senhor (Sl 19.7).
3. Os preceitos do Senhor (Sl 19.8).
4. O mandamento do Senhor (Sl 19.8).
5. O termo do Senhor (Sl 19.9).
6. Os juízos do Senhor (Sl 19.9).

AS DEZ CARACTERÍSTICAS DA BÍBLIA (Sl 19.7-10)

1. A Bíblia é perfeita (Sl 19.7).
2. A Bíblia é fiel (Sl 19.7).
3. A Bíblia é reta (SL 19.8).
4. A Bíblia é pura (Sl 19.8).
5. A Bíblia é limpa (Sl 19.9).
6. A Bíblia é verdadeira (Sl 19.9).
7. A Bíblia é justa (Sl 19.9).
8. A Bíblia é a mais desejável do que o ouro (Sl 19.10).
9. A Bíblia é mais doce do que o mel (Sl 19.10).
10. A Bíblia é eterna (Is 40.8).

AS SEIS BÊNÇÃOS DA BÍBLIA (Sl 19.7-11)

1. A Bíblia refrigera a nossa alma (Sl 19.7).
2. A Bíblia dá sabedoria aos simples (Sl 19.7).
3. A Bíblia alegra o nosso coração (Sl 19.8).
4. A Bíblia ilumina os nossos olhos (Sl 19.8).
5. A Bíblia nos admoesta (Sl 19.11).
6. A Bíblia recompensa os obedientes (Sl 19.11).

A EXCELÊNCIA DA BÍBLIA (Sl 119)

Vejamos a superioridade da Bíblia Sagrada:
1. A Bíblia é superior aos outros livros.
a) As literaturas de Camões, de Shasckpear, de Carlos Drummond de Andrade etc.
b) Os livros religiosos como dos islâmicos: o alcorão. Os vedas, o livro das revelações divinas de Ellen G. White, o livro de Mórmon da Igreja Mórmon etc.
2. A Bíblia nos dá a verdadeira felicidade (Sl 119.1, 2).
3. A Bíblia firma os nossos passos (Sl 19.5, 133).
4. A Bíblia nos inspira falar dos desígnios de Deus (Sl 119.13).
5. A Bíblia é superior do que todas as riquezas (Sl 119.14).
6. A Bíblia dissipa o desprezo e a desonra (Sl 119.22, 39).
7. A Bíblia afasta-nos do caminho da falsidade (Sl 119.29).
8. A Bíblia dá entendimento mais do que outros livros (Sl 119.34).
9. A Bíblia nos guia (Sl 119.35).
10. A Bíblia desvia os nossos olhos da vaidade (Sl 119.37).
11. A Bíblia confirma a promessa divina (Sç 119.38).
12. A Bíblia nos ensina a responder com exatidão (Sl 119.42).
13. A Bíblia inspira-nos a falarmos de Deus perante as autoridades (Sl 119.46).
14. A Bíblia nos consola na angústia (Sl 119.50).
15. A Bíblia nos conforta (Sl 119.52).
16. A Bíblia inspira-nos a cantarmos cânticos e louvores a Deus (Sl 119.54).
17. A Bíblia ensina a regressar para Deus (Sl 119.59).
18. A Bíblia nos ensina o bom juízo e conhecimento (Sl 119.66).
19. A Bíblia é superior mais do que milhares de ouro ou de prata (Sl 119.72).
20. A Bíblia vivifica dando força ao fraco, ânimo ao cansado, vida ao morto, alegria ao triste (Sl 119.25, 88, 107).
21. A Bíblia é ilimitada (Sl 119.96).
22. A Bíblia faz nos mais sábios do que os tolos, nos dá mais compreensão do que os mestres, mais entendimento do que os idosos (Sl 119.98-100).
23. A Bíblia é o nosso escudo (Sl 119.114).
24. A Bíblia nos ampara (Sl 119.116).
25. A Bíblia é o manual da nossa viva esperança (Sl 119.16).
26. A Bíblia nos sustenta (Sl 119.117).
27. A Bíblia revela e esclarece (Sl 119.130).
28. A Bíblia resplandece Deus em nossa vida (Sl 119.135).
29. A Bíblia ensina os decretos divinos (Sl 119.135).
30. A Bíblia é mais pura do que outros livros (Sl 119.142).
31. A Bíblia é a própria verdade e não há mentira (Sl 119.142).
32. A Bíblia dá-nos a inteligência espiritual (Sl 119.144).
33. A Bíblia nos aproxima de Deus (Sl 119.151).
34. A Bíblia nos dá grande paz (Sl 119.165).
35. A Bíblia revela o plano salvífico (Sl 119.166, 174).

Charles H. Spurgeon analisa o Salmo 119 de acordo com as 22 letras do alfabeto hebraico, vejamos:
“Álefe. A bem-aventurança de andar no caminho da Palavra de Deus.
Bete. Essa Palavra é declarada ser a salvaguarda contra o pecado para a mocidade.
Guímel. Contém uma piedosa resolução de apegar-se à Palavra, apesar do escárnio do mundo.
Dálete expressa anelos pela consolação da Palavra de Deus para reforçar as boas resoluções.
Hê declara um ardente desejo por graças para obedecer à Palavra.
Vau expressa firme confiança e intenso regozijo na Palavra de Deus, e uma ardente desejo de vê-lo realizada.
Zaine descreveu o bendito conforto derivado da Palavra em dias maus.
Hete expressa o gozo inspirado pelo reconhecimento de que Deus é a sua porção, e por comunhão com aqueles que amam a Palavra.
Tete descreve os benditos efeitos da aflição, em afastar a alma do mundo e levá-la para mais perto de Deus.
Jode representa o exemplo da resignação e piedade dos fieis, especialmente em aflição.
Cafe é uma expressão de intenso desejo pela vinda do reino de Deus e a sujeição de todas a coisas a Ele, segundo a promessa da sua Palavra.
Lâmede declara que a Palavra de Deus é eterna, imutável, infinita na perfeição; e por isso em
Meme assevera-se que a Palavra de Deus é o único tesouro da verdadeira sabedoria, e em
Num que é o único farol nas trevas e tempestades deste mundo.
Sâmeque diz que todas a tentativas dos descrentes para destruir a fé nessa Palavra são odiosas e mortíferas, e destruirão aqueles que o fazem.
Aim contém uma oração por firmeza e integridade de coração e da mente no meio de toda a incredulidade e impiedade de um mundo sem Deus.
Pê contém a convicção de que a Palavra de Deus traz seu próprio conforto e luz àqueles que fervorosamente implorar tais bênçãos.
Tsadê diz que mesmo a alma jovem pode estar firme e forte se tem fé na pureza, verdade e justiça da lei de Deus, e, por isso
Cofe é uma fervorosa oração pela graça da fé, especialmente como está expressada em
Rexe, em tempos de aflição, desolação e perseguição, como
Chim acrescenta pelos poderosos deste mundo; e mesmo então há paz, gozo exultação para os que amam a Palavra de Deus. Por isso o salmo conclui em
Tau com uma fervorosa petição pelos dons de entendimento, ajuda e graça de Deus, para a alma que confessa a própria fraqueza e descansa nele para seu apoio”.

O QUE ELES PENSARAM SOBRE A BÍBLIA

“Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já fez ao homem. Todo o bem, da parte do salvador do mundo, nos é transmitido mediante esse livro”. (Abrão Lincoln).
“Impossível é governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia”. (George Washington).
“Este livro dá a razão da supremacia da Inglaterra” (Rainha Vitória).
“A Bíblia vale todos os outros livros que já se imprimiram”. (Patrick Henry).
“A Bíblia é âncora-mestra de nossa liberdade” (U. S. Grant).
“Este livro, Senhor, é o rochedo em que assenta a nossa república”. (Andrew Jackson).
“A leitura da Bíblia em si já é uma educação”. (Lord Tennyson).
“A Bíblia é o livro de todos os povos, de todos os séculos, e para todas as idades”. (Cesar Cantu).
“Existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior benefício que a rocha humana já experimentou”. (Immanuel Kant).
“Já li a Bíblia toda cem vezes, e sempre com maior deleite. Cada vez parece-me um livro novo”. (George Dickenbs).
“O NT é o melhor livro que já se conheceu ou se há de conhecer no mundo”. (Charles Dickens).
“As Escrituras Sagradas são as mais sublime e singular obra já produzida. Até hoje ainda não li um livro mais perfeito do que a Bíblia. Tudo nela é inigualável: estilo, graça e proposta. Sua excelência acha-se, porém, no fato de ela ser a Palavra de Deus”. (Thomas Browne).
“Tão grande é a minha veneração pela a Bíblia que, quanto mais cedo meus filhos começam a lê-la, tanto mais confiado espero que eles serão cidadãos úteis à pátria e membros respeitáveis da sociedade. Há muitos anos que adoto o costume de ler a Bíblia toda, uma vez por ano”. (John Quincy Adams).
“Livro dos livros, a Bíblia é o fundamento de uma cultura que se fez com a palavra – no princípio era o verbo – a promessa, a divina promessa da justiça, que pacifica os homens; que os incorpora na sociedade; que lhes abrem as portas da sobrevivência. Alicerce de uma civilização eminentemente moral, a Bíblia é eterno documento do espírito, mensagem de comunhão do homem com Deus”. (Pedro Calmon).
“O livro de minha alma, a Bíblia, não o encerro na biblioteca entre os livros de meus estudos. Conservo-a sempre à minha cabeceia, à mão. É dela que tiro a água para a minha sede da verdade; é dela que tiro o bálsamo para as minhas dores, nas horas de agonia. É vaso em que cresce a verdade. Nela vejo sempre a verde esperança abrindo-se na flor celestial, que é a fé. Eis o livro que é a valise com que ando em peregrinação pelo mundo”. (Coelho Neto).
“Sendo humana, ela é sujeita às leis da língua e literatura e, sendo divina, pode ser compreendida somente por homens espirituais. Os autores humanos fornecem variedade de estilo e matéria. O autor divino garante unidade de revelação e ensino. Os autores humanos se referem a Bíblia em parte. O divino, refere-se à Bíblia como um só livro”. (John Mein).
“Ainda não vi um obreiro de ministério sempre crescente, de frutos abundantes e permanentes, que não fosse um apaixonado estudante na Bíblia”. (Moody).
“Eu confesso que a majestade das Escrituras Sagradas me abisma, e a santidade do Evangelho enche o meu coração. Os livros dos filósofos com toda a sua pompa, quanto são pequenos A vista deste! Pode-se crer que um livro tão sublime e, às vezes, tão simples, seja obra dos homens?!” (Jean-Jacques Rousseau).
“Considerando a Bíblia pelo seu aspecto literário, não se compreende como intelectuais podem permancer indiferentes à grande fonte em que se abeberam os que fizeram a nossa literatura – eminentemente bíblica –, e deram maciez, tom suave, e caminho ao nosso emigo idioma. Como se pode caminho ao nosso meigo idioma. Como se pode ler Bernard, Frei Luiz e Viera, e não possuir o veio donde lhes saiu o ouro de lei – Deus?” (Erasmo Braga).
“A Bíblia é um modelo de tudo quanto é bom e belo, e, se outras razões não determinassem sua leitura, bastaria o gosto, o simples instinto literário, para levarmos a folhear, a admirar as palavras sublimes, as lavras petrificadas que brotam daquelas bocas abrasadas como crateras do Céu”. (Tobias Barreto).
“Há um livro que, desde a primeira letra até a última, é uma emancipação superior; um livro que contém toda a sabedoria divina, um livro que a sabedoria dos povos chamou de Bíblia. Espalhai evangelhos em cada aldeia: uma Bíblia em cada casa!” (Victor Hugo).
“Há apenas uma única coisa realmente inevitável: é necessário que as Escrituras se cumpram” (Carl F. Henry).
“As palavras das Escrituras devem ser consideradas palavras do Espírito Santo”. (Matten Henry).
“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor”. (J. Blanchard).
“Como filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras; destas, todos dependemos vitalmente. Quanto mais a lermos, mais íntimos seremos de se Autor. Se você realmente deseja um avivamento, começa a ler com redobrado um avivamento, começa a ler com redobrado fervor o Livro dos livros. Sem a Bíblia não pode haver avivamento”. (Claudionor de Andrade).
“O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo ou santificado”. (Antonio Gilberto);
“Arranhe a superfície das Escrituras onde quer, e você descobrirá uma fatia de vida”. (Arthur Skevinton Wood).
“O Ocidente, aliás, é tributário mais da Bíblia do que a civilização greco-romana”. (Claudionor de Andrade).
“A Bíblia é uma janela na prisão deste mundo, através da qual podemos olhar para a eternidade” (Timothy Dwigt).
“O Deus da Bíblia, e nenhum outro, pode satisfazer as necessidades humanas. Seu código moral atravessou durante séculos as chamas da controvérsia, mas não ficou nem mesmo com cheiro de queimado”. (D. J. Burrell).
“Por conseguinte, não houvesse a Bíblia, a literatura mundial seria pobre e inexpressiva; as maiores obras tiveram-na como fonte de inspiração e modelo”. (Claudionor de Andrade).
“A Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada estágio da história da redenção e que hoje cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus de que precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nele possamos confiar e a ele obedecer”. (Wayne Gruden).
“E nós? Como nos havendo diante da Bíblia Sagrada? Não podemos relegá-la a uma plano terciário: tanto na Igreja de Cristo como em nossa vida, deve ela ocupar sempre o primeiro lugar. Se assim não a consideramos, jamais n os tornaremos aptos para a vida eterna”. (Claudionor de Andrade).
“Toda Escritura é inspirada por Deus é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habitado para toda boa obra”. (2 Tm 3.16, 17 – apóstolo Paulo).
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”. (Hb 4.12 – Autor anônimo).
“Buscai no livro do SENHOR, e lede; nenhuma desta criatura falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca do SENHOR o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará”. (Isaías 30.16 – profeta Isaías).
“Dos grandes homens do mundo, mesmo contemporâneos, tenho conhecido noventa e cinco, e destes, oitenta e sete foram seguidores da Bíblia. A Bíblia assinala-se por uma peculiaridade de Origem. Uma distancia imensurável separa-a de todos os outros livros”. (W. E. Gladstone).
“A Bíblia não é um simples livro, senão uma Criatura Vivente, dota de uma força que vence a quantos se lhe opõem”. (Napoleão Bonaparte).
“Se existe algo nos meus pensamentos ou no meu estilo que se possa elogiar, devo-o aos meus pais que instilaram em mim, desde cedo, o amor pelas Escrituras. Se nos ativermos aos princípios ensinados na Bíblia, nosso Pai continuará prosperando sempre. Mas se nós e nossa posteridade negligenciarmos suas instruções e sua autoridade, ninguém poderá prever a catástrofe súbita que nos poderá sobrevir, para sepultar toda a nossa glória em profunda obscuridade”. (Daniel Webster).
“A Bíblia é a expressão mais verdadeira que, em letras do alfabeto, saiu da alma do homem, mediante a qual, como através de uma janela divinamente aberta, todos podem fitar a quietude da eternidade, e vislumbrar seu lar longínquo, há muito esquecido”. (Thomas Carlyle).
“Qualquer que seja o mérito de alguma coisa escrita por mim, deve-se tão só ao fato de que, quando eu era menino, minha mãe lia todos os dias para mim um trecho da Bíblia, e cada dia fazia-me decorar uma parte dessa leitura”. (John Ruskin).
“O grandioso velho Livro ainda permanece; e este mundo velho, quanto mais tiver suas folhas volvidas e examinadas com atenção, tanto mais apoiará e ilustrará as páginas da Palavra Sagrada”. (Charles A. Dana).
“Nas Escrituras hebraico-cristãs temos a única chave que abre para o homem o Ministério do Universo e, para esse mesmo homem, o Ministério do seu prórpio seu”. (Ferrar Fenton).
“A Bíblia tem sido a Carta Magna dos pobres e oprimidos. A raça humana não está em condições de dispensá-la”. (Thomas Huxley).
“Toda a esperança do progresso humano depende da influência sempre crescente da Bíblia”. (W. H. Seward).
“Em todas as minhas perplexidades e angústias a Bíblia nunca deixou de me fornecer luz e vigor”. (Robert E. Lee).
“É impossível escravizar mental ou socialmente um povo que lê a Bíblia. Os princípios bíblicos são os fundamentos da liberdade humana”. (Horace Greeley).
“Todas as descobertas humanas parecem ter sido feitas com o propósito único de confirmar cada vez mais fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras”. (Sir William Herschel).
“Há mais indícios seguros de autencidade na Bíblia do que em qualquer história profana” (Sir Isaac Newton).
“Continue avançado a cultura intelectual; progridam as ciências naturais sempre mais em extensão e profundidade; expande-se o espírito humano tanto quanto queira; além da elevação e da cultura moral do cristianismo, como ele resplandece nos Evangelhos, é que não irão” (Goethe).
“Nascida no Oriente e vestida de forma se de imagens orientais, a Bíblia percorre as estradas do mundo inteiro, familiarizado com os caminhos por onde vai; penetra nos países, um após outro, para em toda parte sentir-se bem, como em seu próprio ambiente. Aprendeu a falar ao coração do homem em centenas de línguas. As crianças ouvem suas histórias com admiração e prazer, e os sábios ponderam-nas como parábolas de vida. Os maus e os soberbos estremecem com os seus avisos, mas aos ouvidos dos que sofrem e dos penitentes sua voz tem timbre material. A Bíblia está entretecida nos nossos sonhos mais queridos, de sorte que o amor, a amizade, a simpatia, o devotamento, a saudade, a esperança, cingem-se com as belas vestimentas de sua linguagem preciosa. Tendo como seu esse tesouro, ninguém é pobre nem desolado. Quando a paisagem escurece, e o peregrino, trêmulo, chega ao Vale da Sombra, não teme nele entrar; empunha a vara e o cajado da escritura; diz ao amigo e companheiro – “Adeus, até breve”. Munido desse apoio, avança pela passagem solitária como que anda pelo meios de trevas em demanda da luz”. (Henry Van Dyke).
“Creio firmamente na educação universitária, tanto para homens como para mulheres; mas também creio que o conhecimento da Bíblia sem um curso universitário tem maior valor do que um curso universitário sem a Bíblia” (William Lyon Pheps).
“A Palavra de Deus é a única autoridade real que temos. Ela projeta luz sobre a natureza humana, sobre os problemas do mundo e sobre o sofrimento do homem. Além disso, revela de modo claro o caminho para Deus. A mensagem da Bíblia é a mensagem de Jesus Cristo. É a história da salvação; a história da sua e da minha redenção por Cristo; a história da vida, da paz e da eternidade. Nessa fé não depende do conhecimento humano nem do progresso científico, mas da mensagem inconfundível da Palavra de Deus. A Bíblia tem uma grande tradição e uma herança magnífica. A Bíblia é antiga, todavia é sempre nova. É o livro mais moderno no mundo atual. É nas Escrituras Sagradas que achamos as respostas às perguntas fundamentais da vida: de onde vim? Porque estou aqui? Qual o propósito da minha existência? Uma das grandes necessidades da igreja no presente é soltar às Escrituras como base da autoridade, e estudá-la em oração e na dependência do Espírito Santo. Quando lemos a Palavra de Deus, nosso coração se enche de suas palavras, e Deus fala conosco. Uma das maiores tragédias de nossos dias é que, embora a Bíblia seja um livro de fácil acesso, ela é um livro fechado para milhões – seja porque não lêem ou porque lêem sem aplicar seus ensinos às sua vida. Não pode haver maior tragédia para um homem ou uma nação do que prestar louvores a uma Bíblia que não lêem ou a um modo de viver que não seguem. A Bíblia é o maior documento ao alcance da raça humana, precisa não somente de ser aberta e lida, mas também precisamos crer nela”. (Billy Graham).
“Somos os admiradores das Escrituras Sagradas que tem atravessado de século em século, quebrando os obstáculos e derrubando as muralhas da perseguição e do paganismo, cabe-nos dizer-vos que é o Livro herói que exerce a sua função com autoridade de Deus, que jamais perderá o seu vigor, porque é eterna e não volta vazia, e foi Deus que abriu espaço para a sua entrada foi Deus que abriu espaço para a sua entrada nesta vida, como chuva para regar a terra, a fim de produzir na sua força, e só volta com o resultado para o seu Deus que o enviou. A Bíblia está nesse mundo como no acampamento do general do céu marcando o ponto de partida, têm nas suas folhas os sinais que está vencendo no combate e o seu general é o Redentor e Salvador dos homens”. (Nemésio Rodrigues Viana).
“A Escritura, é tão-somente ela, é o ponto de partida para a teologia da Igreja cristã”. (Kerry D. Mc Roberts).

BÍBLIA SAGRADA, A PALAVRA DE DEUS, A VOZ DE DEUS AOS HOMENS

“A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem, mas é sempre Deus falando!”.
(Autor Anônimo).

1. Deus falando ao homem – fala da revelação de Deus à humanidade, mediante revelações: a revelação pessoal, revelação natural; revelação geral e revelação escrita ou especial (ver Jo 5.39; At 17.11).
2. Deus falando através do homem – o homem é canal de comunicação da Palavra de Deus. Por Exemplo: o homem para falar aos outros de maneira auditível, ele usa o microfone. A Bíblia comunica as verdades de Deus como ele quer para a humanidade, mediante ao homem Ele usa para fala Sua Palavra (ver Êx 4.12).
3. Deus falando como homem – Deus é Espírito pessoa que comunica com as suas criaturas pela Sua Palavra. A Bíblia é a boca aberta de Deus comunicando as suas criaturas (Gn 3.15).
4. Deus falando a favor do homem – fala da redenção dos homens, o plano da salvação da humanidade revelada em Sua Palavra. Aqui é o lindo projeto de Deus, o desejo de Deus – a salvação do homem (At 17.30; 1 Tm 2.4).
5. É sempre Deus falando – Apesar da Bíblia ser escrita por homens movidos pelo Espírito, de ser um livro divino-humano, porém nunca é o homem que fala por si só. É seu Autor que está continuamente falando, falando e falando, e nunca o homem. Não pode ser o homem porque é infiel e mutável e pecador. Só pode ser Deus porque Ele é fiel, imutável e santo (Leia a expressão “Assim diz o Senhor...” Jr 22.1).

OITO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA BÍBLIA

A Bíblia, o Livro do Senhor para que serve? (Is 34.16). Vejamos os oito princípios básicos das Escrituras:
1. Para ser examinado (Jo 5.39).
2. Para ser crido (Jo 2.22).
3. Para ser lido (1 Tm 4.13).
4. Para ser recebido (1 Ts 2.13).
5. Para ser conferido (Is 8.20).
6. Para ser aceito (At 17.11).
7. Para ser obedecido (Js 1.8; Ed 7.10; Tg 1.22-25).
8. Para ser praticado (Mt 7.24, 25; Lc 6.47, 48; Tg 1.22, 23, 25).

TIPOS DA BÍBLIA

1. A Bíblia é Como o fogo que arde os corações (Jr 20.9; 23.29; Lc 24.32).
2. A Bíblia é como o martelo para esmiuçar pedra (Jr 23.29).
3. A Bíblia como a espada par ao ataque e defesa e corta de dois lados (Ef 6.17; Hb 4.12).
4. A Bíblia é como o mel para adoçar (Sl 19.10; 119.103).
5. A Bíblia é como o pão para o alimento da alma faminta (Dt 8.3; Mt 4.4; Jo 6.51). O pão é o alimento mais antigo do mundo, mas ao mesmo tempo o mais moderno. Assim a Bíblia Sagrada é o livro mais antigo do mundo, mas ao mesmo tempo o mais moderno livro do mundo.
6. A Bíblia é como o ouro para que haja dedicação e amor a Palavra de Deus (Sl 19.10; 119.127).
7. A Bíblia é como a água que lava (Ef 5.25-27).
8. A Bíblia é como carne que alimenta (Hb 5.12-14).
9. A Bíblia é como um espelho que reflete (Tg 1.23-25).
10. A Bíblia é como um grão que frutifica (Mt 13.18-23; Tg 1.18; 1 Pe 1.23).
11. A Bíblia é como uma lâmpada que ilumina (Sl 119.105; Pv 6.23; 2 Pe 1.19).
12. A Bíblia é como um leite para o crescimento espiritual (1 Pe 2.2).
13. A Bíblia é como a prata que purifica (Sl 12.6).

A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA

1. Para as crianças (Dt 6.7-9; 11.19-21; Sl 78.4, 5; Ef 6.4; Dt 4.9; 2 Tm 3.14, 15; Pv 22.6).
2. Para os jovens (Sl 119.9).
3. Para as autoridades. Certa vez disse o ex-presidente dos Estados Unidos George Washington: “Impossível é governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia”.
4. Para a família cristã (Dt 6.1-9).
a) É a constituição divina (Dt 6.2, 3).
b) É para ser lida para ser sábio (2 Tm 3.14, 15).
c) É para ser crida para ser salvo (2 Tm 3.14, 15).
d) É para ser obedecia para ser santificado (Dt 6.2, 3).
e) É para ser praticada para ser exemplo (Tg 1.19-27).
f) Inspira amar a Deus (Dt 6.4, 5).
g) Afeta todo o nosso ser: espírito, alma e corpo (Dt 6.6; Cl 3.16; Hb 4.12).
h) A Bíblia deve ser o tema da família cristã (Dt 6.7, 8).
i) A Bíblia adorna a nossa família (Dt 6.9).
j) A Bíblia no culto doméstico é guia para os pais cristãos (Jó 1.4, 5; 2 Tm 3.14-16), instrução para os filhos (Pv 22.6; Dt 6.7, 11, 19; 2 Tm 1.5; 3.15) e conforto para as mães (At 16.1, 2).
5. Para os obreiros (2 Tm 2.15; 4.13; 1 Tm 4.13; 2 Tm 3.15).
6. Para a Igreja. A Bíblia Sagrada é a constituição espiritual da Igreja (Sl 19.4-6, 80, 112; 2 Tm 1.13, 14; 3.16).
Vejamos a grande importância da Bíblia para a Igreja:
a) A Bíblia é o fundamento da Igreja (Ef 2.20).
b) A Bíblia enriquece a Igreja (1 Co 1.5).
c) A Bíblia é a espada da Igreja (Ef 6.17).
d) A Bíblia permanece na Igreja (1 Jo 2.4).
e) A Bíblia é guardada pela Igreja (1 Jo 2.4).
f) A Bíblia está na Igreja (Rm 10.8).
7. Para os líderes (Js 1.8).
8. Para as nações (Sl 33.12).


A BÍBLIA, O GUIA INFALÍVEL DO CRENTE (Sl 119.105)

8. A Bíblia guia a vida individual do crente (Js 1.8; Jó 5.27; Sl 119.15, 47, 78, 99, 148; 1 Tm 4.15).
a) Guia a sua vida física (Gn 1.26, 27; 1 Co 6.12-20; 1 Jo 3.4).
b) Guia a sua vida intelectual (Gn 1.28; 2.19, 20; Gl 5.16; Fp 4.8, 9).
c) Guia a sua vida sentimental (Gn 1.28; Gl 5.22, 23; Fp 2.1-5; 4.7).
9. A Bíblia guia a vida social do crente.
a) Guia a sua vida familiar (Gn 2.21-23; Ef 5.22-33; Gn 1.28; Dt 6.1-9; 11.18-21; Pv 22.6; Ef 6.1-4; Cl 3.18-21; 1 Pe 3.1-7)..
b) Guia a sua vida no trabalho (Gn 2.8, 15; 1 Ts 4.11, 12).
c) Guia a sua vida nas escolas e faculdades.
d) Guia a sua vida no mundo secular.
10. A Bíblia guia a vida moral e ética do crente (Ler Êx caps. 20-23; Lv caps. 17.27; Dt caps. 5; 6; 10; 14; 20-27; Mt caps. 5-7; Rm caps. 12-16; Tg 3.1-5, 6; 5.7-20). Leia ainda o livro de Provérbios.
11. A Bíblia guia a vida espiritual do crente.
a) Guia no amor (1 Co 13.13; 14.1).
b) Guia na fé (1 Co 13.13; Hb 11.1, 6).
c) Guia na esperança (1 Co 13.13; 1 Co 15.51, 52; 1 Ts 4.13-18; Tt 2.13; 1 Ts 1.3, 6, 7).
d) Guia na oração e jejum (Lc 11.1-4; Ef 6.17, 18; 1 Ts 5.17; Mc 13.33; Mt 4.1-11).




OS MATERIAIS EM QUE A BÍBLIA FOI ORIGINALMENTE ESCRITA

1. Papiro (Êx 2.3; Jó 8.11; Is 18.2; 2 Jo v. 12).
2. Pergaminho (2 Tm 4.13).

FORMATOS PRIMITIVOS DA BÍBLIA
1. Rolos (Lc 4.17; At 8.28, 30).
2. Códices.

O TIPO DE ESCRITA PRIMITIVA DA BÍBLIA
1. Manuscrito.
2. Uncial.
3. Crusivo

AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

1. Hebraica – A. T.
2. Aramaico – A. T. Ed. 4.8-6.18; 7.12-16; Dn 2.4b-7.28.
3. Grega – N. T.

OS ESCRITORES DA BÍBLIA

1. Autor: Deus.
2. 40 escritores.
3. Tempo: 16 séculos.

VI. A ORIGEM DO NOME “BÍBLIA”

1. “Bíblia” “biblos” Jo 21.25; 2 Tm 4.13; Ap 20.12.
2. “Biblion” Lc 4.17; Jo 20.30. Atribui-se a João Crisotmo a este vocabulário – Bíblia.

NOMES OU TÍTULOS DA BÍBLIA

1. Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21.42; Rm 1.2).
2. Livro do Senhor (Is 34.16).
3. A palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12).
4. Oráculos de Deus (Rm 3.2).

MANUSCRITOS ORIGINAIS DA BÍBLIA E CÓPIAS DE ORIGINAIS

1. História da inexistência dos manuscritos originais.
a) Os judeus enterraram os manuscritos estragados, para evitar sua mutilação, profanação e interpretação espúria.
b) Os reis idólatras e ímpios de Israel podem ter destruídos muitos manuscritos. Ver Jr 36.20-26.
c) O rei da Síria Antíoco Epifânio (175-164 a.C.), em 168 a. C., destruiu todas as cópias das Escrituras.
d) O imperador romano Deocleciano (284-305 d. C.), também destruiu as cópias das Escrituras.
2. Cópias de manuscritos originais do Mar Morto.

AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA

1. Septuaginta.
2. A vulgata.
3. A versão autorizada ou versão do rei Tiago.
4. Traduções da Bíblia até agora.

A BÍBLIA EM PORTUGUÊS

1. A versão de Almeida.
a) N. T.
b) A. T.
2. A Versão ARC.
3. A Versão ARA.
4. Antonio Pereira de Figueiredo.
5. A “Tradução Brasileira”.
6. Huberto Rhoden.
7. Matos Soares.
8. A versão da Imprensa Bíblia Brasileira.
9. Outras Versões.
10. A importância da Bíblia em português.

AS BÍBLIAS DE EDIÇÃO CATÓLICO-ROMANA

1. Os apócrifos (ver Mc 4.22b; Lc 8.17b; Cl 2.3).
a) Tobias.
b) Judite.
c) Sabedoria de Salmão.
d) Eclesiástico.
e) Baruque.
f) 1 e 2 Macabeus.
g) Ester (acréscimo ao livro de Ester).
h) Cântico dos Três Santos Filhos (Ao livro de Daniel).
i) História de Suzana.
j) Bel e o Dragão (Ao livro de Daniel).

A BÍBLIA HEBRAICA Lucas 24.44

1. Sigla – Tanach. Torah, Neviym e Kethuvym. otal: 24 livros.
a) Torah – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (5 livros).
b) Neviym – 2 partes: profetas
Profetas anteriores: Josué, Juízes, Samuel e Reis (4 livros).
Profetas posteriores: Isaías, Jeremias e Ezequiel, Oséias, Joel, e Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (4 livros).
c) Kethuvym – (Escritos) 3 partes:
Livros poéticos> Salmos, Provérbios e Jó.
Megillth “cincos rolos”: Rute, Cantares, Esclesiastes, Lamentações e Ester.
Livros Históricos: Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas (11 livros).

AS MODERNAS VERSÕES E REVISÕES DA BÍBLIA

1. Versão – é uma tradução da Bíblia feita diretamente das línguas originais. Mensagem, divina, imutável.
2. Revisão – é uma atualização do texto bíblico em vernáculo, para maior clareza do sentido da mensagem bíblia. Linguagem, muda, humana.

A UNIDADE FÍSICA DA BÍBLIA

1. 66 livros.
2. 40 escritores.
3. Tempo: 16 séculos.
4. Três continentes: de Babilônia a Roma.
5. Três línguas: hebraico, aramaico e grego.

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

1. Divisão – A. T. e N. T.
2. Composição (66.39 A. T. 27 N. T. maior Salmos Menor 3 João).
3. Divisão em capítulos (1.189; 929 A. T. 2 N. T. Sl 119. Sl 117).
4. Divisão em versículos (31.173; 23.214 A. T. 7.959 N. T. Et 8.9; Êx 20.13; Lc 20.30; Jó 3.2).
5. Classificação dos livros.
a) N. T. A. T.
• Lei Salmos – ondas com Deus
• História Prov. – andar com os homens
• Poesia Prov. – sabedoria divina.
• Profecia Ecl. – sabedoria humana
b) N. T. N. T. – Rm – Salvação vida cristã disci – 1 e 2 Co.
a) Biografia Ef. Fp eCl – vida consag.
b) História 1 e 2 Ts vinda de Jesus
c) Doutrina 1 e 2 Tm, Tt – obreiros e ministérios
d) Profecia 1 e 2 Pe provas e tribulações AP – consumação

6. A disposição dos 66 livros.

O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA – JESUS CRISTO (Lc 24.27, 44; Jo 5.39)
1. Preparação – A. T.
2. Manifestação.
3. Propagação.
4. Explanação.
5. Consumação.
6. A. T. – Jesus virá.
7. N. T. – Jesus já veio.

TÍTULOS DA BÍBLIA COMO MENSAGEM DE DEUS
1. Sagradas Escrituras (Rm 1.2; 2 Tm 3.15; Lc 24.27, 45; Jo 10.35; 2 Tm 3.16).
2. A palavra de Deus (Mc 7.13; Rm 10.17; Hb 4.12).
3. A palavra da Verdade (2 Tm 2.15).
4. A Escritura da Verdade (2 Tm 2.15).
5. O Livro do Senhor (Is 34.16).

A ORIGEM DIVINA DA BÍBLIA
1. Verdades da origem divina da Bíblia.
a) A verdade da inspiração divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21; 1 Co 2.13; Hb 1.1; Ap 22.6).
b) A verdade da perfeita unidade e harmonia da Bíblia apesar de sua diversidade.
• A diversidade de atividades dos escritores.
• A diversidade de condições ambientais.
• A diversidade de circunstâncias.
2. Deus é o único que pode ter sido o autor da Bíblia, porque:
a) Homens ímpios.
b) Homens justos e piedosos.
c) Os judeus.
d) Anjos.
3. A verdade da aprovação da Bíblia por Jesus.
a) Jesus leu-a e tomou como base de sua pregação e ensino (Lc 4.16-21; 24.27).
b) Jesus usou-a contra o Diabo (Mt 4.3-11).
c) Jesus chamou-a “A Palavra de Deus” (Mc 7.13; Jo 17.17).
d) Jesus observou-a e cumpriu-a em sua vida (Mt 3.15; 5.17; Lc 18.31; 24.44).
4. A verdade do testemunho do Espírito Santo no interior do cristão (Jo 16.8; Rm 8.16; Jo 7.7).
5. A verdade do cumprimento das profecias da Bíblia.
a) As do 1º advento do Messias (Gn 3.15; 49.10; Sl 22; Is 7.14; 53; Dn 9.24-26; Mq 5.2; Zc 9.9).
b) As referentes ao estabelecimento e esplendor da nação israelita (Is 60.9; 61.6; Jr 23.3; 30.3; 31.36; Ez 11.17; 36; 37; Am 9.14-15).
c) Ciro chamado pelo nome (Is 44.28).
d) Josias chamado pelo nome (cp. 1 Rs 13.2; com 2 Rs 23.15-18).
e) Os últimos quatro império mundiais da História (Dn caps. 2 e 7).
f) Israel – a nação líder do futuro (Is 11.10; Sf 3.19; Zc 8.20-23; Is 19.24, 25).
6. A verdade do efeito e influência da Bíblia em indivíduos e nações.

A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA (2 Tm 3.14-17; 2 Pe 1.19-21).
1. Cristo versus apóstolos.
2. Acomodação.
3. Ignorância.
4. Contradição.

TEORIAS FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
1. Natural humana.
2. Divina comum.
3. Parcial (2 Tm 3.16).
4. Ditado verbal (Lc 1.3).
5. Das idéias.

O CONCEITO CORRETO DE INSPIRAÇÃO
1. Inspiração plenária ou verbal.
2. Revelação e inspiração divina (Dn 12.8; 1 Pe 1.10, 11; Lc 1.1-4).

PROVAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
1. Por Cristo (Lc 4.16-20; 24.27, 44; Mc 7.13; Jo 14.26; 16.13, 14).
2. O testemunho do Espírito Santo no cristão.
3. O fiel cumprimento da profecia (Jr 1.12).
4. A Bíblia é sempre nova e inesgotável.

A REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

A INERRANTE E INFALÍVEL PALAVRA DE DEUS (Mt 5.17, 18; Jo 10.35)
1. A inerrância das Escrituras (Jo 17.17; 1 Rs 17.24; Sl 119.142, 151; Pv 22.21).

A INFALIBILIDADE DAS ESCRITURAS (24.35; Is 55.10, 11)
1. A Palavra de Deus é provada (Sl 18.30).
2. A Palavra de Deus é juízo eterno (Sl 119.160).
3. A Palavra de Deus é confiável (Sl 119.147).
4. A Palavra de Deus é fiel (Sl 145.13).
5. A Palavra de Deus é confirmada (Is 44.26).
6. A Palavra de Deus é por Ele vigiada (Jr 1.12).
7. A Palavra de Deus é supervisionada pelo Espírito Santo (1 Co 2.10).

AUTORIDADE DA BÍBLIA (Jr 23.39; Ez 37.3, 4; Hb 4.12)

AS BASES DA AUTORIDADE DA BÍBLIA
1. Inspirada por Deus (Tm 3.16).
2. Escrita por homens escolhidos de Deus (2 Pe 1.20, 21).
3. Crida pelos que a receberam (Jo 2.22).
4. Autenticada por Cristo (Lc 24.44; Jo 14.6; Ap 1.5; 3.14; Is 55.4; Jo 18.37).

OS ANTIGOS ATESTARAM AS ESCRITURAS SAGRADAS
1. Em relação ao povo israelista (Dt 4.2).
2. Em relação ao rei (Dt 17.18, 19).
3. Em relação aos juízes (Dt 16.18-20; 17.8-12).
4. Em relação aos levitas (Dt 31.26).
5. Em relação aos profetas (Dt 18.21, 22).

A BÍBLIA É TUDO QUANTO DIZ SER
1. É poder eterno (Sl 119.89; Is 40.8; 1 Pe 1.25).
2. É poder salvador (Rm 1.16; At 5.32; Rm 2.8; 10.16; 2 Tm 1.8; Hb 5.9; 1 Pe 4.17).
3. É poder santificador (Jo 17.17; Jr 31.3).
4. É poder restaurador (Ez caps. 36 e 37).
5. É poder revelador (Sl 119.130; Hb 4.12, 13).

A ATUALIDADE DA BÍBLIA (Is 40.8; 1 Pe 1.18-25)

A MENSAGEM ATUAL DA BÍBLIA (1 Pe 1.23-25)
1. Mensagem de salvação (Rm 1.16; Dn 12.4).
2. Mensagem de restauração (Lc 4.18, 19; Ef 1.3; 2.6).
3. Mensagem de esperança (2 Pe 3.9; Is 55.6,7; Sl 121).

O PODER ATUAL DA BÍBLIA
1. Poder destruidor (Ef 6.17; Dn 2.34, 35; 2 Ts 1.8).
2. Poder santificador (Sl 119.9).
3. Poder capacitador (At 1.8; Dn 10.10, 11).

A PERFEIÇÃO ATUAL DA BÍBLIA
1. Está completa (Ap 22.18, 19).
2. Contém a mente de Deus (2 Pe 1.21).
3. Revela o futuro (2 Pe 1.19; Dn 2.19-44; 7.1-16; Mt 25.31-41; Ap 20.10, 15).

A FIDELIDADE DA BÍBLIA (Jr 1.12; 2 Pe 1.16-21; 1 Tm 1.15)

A FIDELIDADE DA BÍBLIA NA HISTÓRIA DE ISRAEL
1. Chamada e promessas a Abraão (Gn 12.1-4; 15.13, 14; 21.1, 2; 46.1-27; Êx 12.29-36, 51).
2. Cativeiro babilônico (Is 39.6, 7; Is 6.11, 12; 11.12; Jr 25.11, 12; Ef 1.1-4).
3. Cerco e destruição de Jerusalém (Mt 23.37-39; 24.1, 2).
4. A restauração nacional de Israel (Ez 36.16-38; 37).

A FIDELIDADE DA BÍBLIA NAS PROFECIAS MESSIÂNICAS
1. O nascimento do Messias (Gn 3.15; Is 7.14; Mq 5.2; 1 Cr 17.11-15 cumprimento das profecias Lc 1.30-35; Mt 2.4-6; 22.41, 42).
2. O ministério do Messias (Dt 18.18, 19; Is 42.1; Is 35.4-6 cumprimento das profecias Jo 5.45-47; Lc 3.21, 22; 4.17-21; Mt 11.2-6).
3. O sofrimento, morte e ressurreição do Messias (Sl 41.9; Zc 11.12; Is 52.13-15; 53; Sl 22.1, 6-8, 14-18; Sl 40.6-8; Is 53.7, 8; Is 53.9; Sl 16.9, 10 cumprimento das profecias Jo 13.18, 21, 26; Mt 26.14, 15; 27.12-14; 46, 57-60; Jo 19.1-3, 23, 24, 29; Mt 28.1-7; At 25.32).

BÍBLIA – A COMPLETA PALAVRA DE DEUS

CONCLUSÃO

Só teremos um estudo proveitoso da Palavra de Deus se parfimos da premissa no estudo teórico e prático. No estudo teórico conhecemos o plano de redenção planejado, executado e consumado por Deus. No estudo prático somos levados a santificação e o plano da nossa salvação em Cristo Jesus.

AVALIAÇÃO
1. Porque a Bíblia é o nosso verdadeiro manual de missões?
2. Cite os materiais primitivos da Bíblia.
3. Comente sobre a Bíblia, o jornal de Deus.
4. Explique sobre a Bíblia e a Trindade.
5. Quais são as seis identidades na Bíblia?
6. Quais são as dez características da Bíblia?
7. Quais são as seis bênçãos da Bíblia?
8. Fale da excelência da Bíblia.
9. Cite oito princípios fundamentais da Bíblia.
10. Cite os tipos da Bíblia.
11. Porque a Bíblia, é o guia infalível do cristão?
12. Cite os materiais em que a Bíblia foi originalmente escrita.
13. Quais são os formatos primitivos da Bíblia.
14. Quais são os tipos de escrita primitiva da Bíblia.
15. Quais são as línguas originais da Bíblia.
16. Quantos escritores aproximadamente escreveram a Bíblia e em quantos séculos?
17. A quem atribui-se a origem do nome Bíblia?
18. Por quem foi traduzido a Bíblia em português?
19. Cite os sete livros apócrifos da Bíblia de edição católico-romana.
20. Como está dividida a Bíblia hebraica e quantos livros tem?
21. Faça a unidade física da Bíblia.
22. Quem é o autor, intérprete e o tema central da Bíblia?
23. Cite os títulos das Bíblia como mensagem de Deus.
24. Fale sobre a origem divina da Bíblia.
25. Fale sobre a inspiração da Bíblia.
26. Dê a diferença entre revelação e inspiração da Bíblia.
27. O que inerrante e infalível Palavra de Deus?
28. Quais são as bases da autoridade da Bíblia?
29. Quais são as três mensagens da atualidade da Bíblia?
30. Cite as provas da fidelidade da Bíblia.