segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pecado e Salvação

PECADO, A TRANSGRESSÃO DA LEI DIVINA
Deusimar Barbosa
Texto básico: 1 Jo 3.4

INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada declara que o pecado é um fato incontestável. O pecado é um vírus que atingiu toda a raça Humana. É uma chaga universal. É um tormento coletivo.
O pecado é uma realidade que leva o homem a prática do mal e como conseqüência gera opressão, a luta, a guerra, o sofrimento e pro fim a morte.
Somente Cristo pode libertar o homem de seus funestos efeitos.
Ao estudarmos a doutrina do pecado na Bíblia ajuda-nos a compreendermos melhor a doutrina Bíblica do homem, da salvação e do sacrifício expiatório de Cristo no Calvário.
Para um melhor vislumbre da doutrina bíblica do pecado estudaremos: a origem, natureza e conseqüência.

I - O QUE É O PECADO

(1) É errar o alvo (Is 30.21). É o desvio de rumo como o arqueiro que atira suas flechas e erra o alvo. O homem que despreza a Palavra de Deus, ele trilha a senda da rebelião, errando assim o alvo que lhe propusera o Criador: servi-Lo na beleza de sua santidade; (2) É a transgressão deliberada e voluntária das leis estabelecidas por Deus (1 Jo 3.4). Infringir, violar, quebrar a lei, passar dos limites. Todo e qualquer mandamento divino deve ser obedecido, pois desobedecê-lo significa transgredi-Lo. (3) É iniqüidade. Toda iniqüidade é uma ofensa, e uma injustiça contra Deus (1 Jo 3.4; 5.17; Is 61.8). (4) É impiedade (Rm 1.18; 2 Tm 2.16). Impiedade é o mesmo que falta de reverência. (5) É a falta de integridade. É alguém que se desvia do seu caminho original – erra o caminho. (6) É uma revolta, uma insubordinação à autoridade legítima de Deus, ou rompimento de um pacto ou aliança. (7) É a fuga culposa da lei. (8) É desobediência a Palavra de Deus (Gn 3.1-21; Rm 5.12, 19; Ef 2.2; Tt 1.6.3.3). (9) É dúvida (Rm 14.23). Duvidar da Palavra de Deus constitui-se pecado, assim como, rejeitar o Salvador e negar suas promessas (cf. Jo 16.9). (10) É dívida (Mt 6.12). (11) É queda (Sl 56.13). (12) É imundícia ou contaminação (Is 6.5). (13) É injustiça (Rm 6.13). (14) É derrota. (15) É profanação (16) É malícia.

II – QUAL A ORIGEM DO PECADO

1 - Quem é a fonte do mal. Deus é o Criador de todas as coisas. Entretanto não é responsável pela manifestação do pecado (J[ó 34.10; Dt 32.4). Constitui-se um atentado e blasfêmia contra Deus atribui-lhe a autoria do pecado. Na verdade, o pecado é um ato livre das criaturas angelicais e humanas dotadas de livre-arbítrio por Deus, uma vez que elas são seres morais, dotadas da capacidade de perceber e escolher o certo e o errado (Dt 30.19). O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida.

2 - A origem do pecado no universo na esfera espiritual no mundo angelical. Segundo o pastor Elienai Cabral: “O pecado originou-se nas regiões celestiais quando o diabo, querubim que servia na presença de Deus, encheu-se de arrogância e desejou usurpar o Trono do Criador (Is 14.13, 14). Por sua livre vontade escolheu o caminho do pecado, o que motivou sua destituição das suas funções celestiais, condenação, e execração eterna”.

2.1 - A queda de Lúcifer resultou de sua própria escolha. Deus estabeleceu a sua soberana vontade para ser obedecida e apreciada por seus anjos. Entretanto, a vontade divina não seria obedecida por força, mas livremente. É por esse princípio bíblico que podemos entender a causa da queda de Lúcifer. A Escritura de Isaias 14 é tipológica. A profecia fala do rei Nabucodonosor, um outro rei ilustrado à semelhança de Thubal, rei de Tiro. O que precedeu a queda de Lúcifer foi a sua ilusão e engano acerca do seu próprio poder nas hostes angelicais. Imaginando-se superior a todos os demais anjos criados, pretendeu tomar o lugar do Criador. Cinco, afirmativas descritas em Isaías 14.13 revelam as pretensões de Lúcifer:

2.1.1 - “Eu subirei ao céu”– uma tentativa de estar acima de toda a criação e do próprio deus Altíssimo.

2.1.2 - “Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu Trono” - uma outra tentativa de estar, também acima de todos os demais anjos criados.

2.1.3 - “No monte da congregação me assentarei” – O monte da congregação refere-se ao lugar do trono de Deus onde ele queria assentar-se.

2.1.4 - “Subirei acima das mais altas nuvens“ – mais uma vez, Lúcifer revela sua intenção presunçosa de superioridade.

2.1.5 - “Serei semelhante ao altíssimo” – Aqui estava a mais grave das pretensões de Lúcifer. Ele queria colocar-se em posição unilateral em relação ao Criador.

2.2 - A queda de Lúcifer foi inevitável e conseqüente. Sua avidez irrefreada de querer ser igual a Deus, aguçou o interesse de grande número de anjos que resolveu acompanhá-lo. Por esse ato pecaminoso contra o seu Criador, Lúcifer foi destituído de suas funções celestiais e condenado a execração eterna. Mas ele continua como instigador do pecado no mundo (Rm 7.14).

3 - A origem do pecado na raça humana na esfera terrestre. O pecado de Adão afetou mais do que ele próprio (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21, 22). Esta transgressão de Adão é chamado de pecado original. Esse pecado do primeiro homem, Adão, passou a fazer parte da natureza humana. O pecado de Adão fê-lo culpado, e sua culpa foi automaticamente imputada a toda a sua descendência (Rm 5.12-19; Ef 2.3; 1 Co 15.22).

4 - O tentador, a tentação e a queda do homem. A doutrina da queda do homem é precedida pela tentação, ou seja, por sua provação. A tentação dominada, conduziu à queda fatal e a ruína integral da raça humana.

4.1 - Satanás, o agente tentador (Jo 8.44; 10.10). O agente tentador, isto é, seu instrumento na tentação foi à serpente (Gn 3.1; 2 Co 11.3; Ap 12.9; 20.2). Satanás usou três vias na tentação para instigar em nossos pais ao pecado: a concupiscência dos olhos, concupiscência da carne e soberba da vida (1 Jo 2.16). Eva vendo que o fruto da árvore era bom para comer - concupiscência da carne; agradável aos olhos – concupiscência dos olhos; e desejável para dor entendimento – soberba da vida, o tomou o comeu e ainda ofereceu ao seu marido (Gn 3.6). A tentação não é pecado, mas ceder à tentação torna se pecado, pois é transgressão da Lei divina. O texto de Genesis 3.6 fala do desejo de alimentar (Mt 4.4), o desejo de possuir o que é belo (Mt 4.8, 9) e o desejo de ser sábio e importante. Ressaltamos que a tentação não é pecado. Ela conduz ao pecado quando a pessoa é atraída e enganada por sua própria concupiscência (Tg 1.14).

III – AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO

O pecado teve suas várias conseqüências, vejamos:

1 - As conseqüências do pecado no homem (Gn 3.17-19). Aqui as conseqüências do pecado do homem é de três dimensões interior, exterior e social.

1.1 - Na dimensão interior. O pecado afetou a vida interior do homem – a vida psíquica e espiritual como na alma e espírito.

1.2 - Na dimensão exterior. O pecado afetou a vida física, ou seja, o corpo.

1.3 - Na dimensão social. Deus colocou o homem no Éden para que o lavrasse, o homem não pode considerar o trabalho como se fora uma maldição. Mesmo antes do pecado o trabalho era uma bênção de Deus (Gn 2.15). Devido ao pecado, porém, torna-se-lhe-ia ao trabalho mui penoso (Gn 3.17-19).

1.4 - Todos somos herdeiros da corrupção moral e espiritual de Adão. Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. (Rm 5.12, 17).

1.5 - E conseqüentemente o pecado de Adão gerou a morte física, espiritual e eterna. (Gn 2.17; Ef 2.1; Rm 6.23; Ap 21.8).

2 - A conseqüência do pecado na mulher. Por causa de sua desobediência, a mulher muito sofreria em sua mais sublime missão: dar à luz filhos (Gn 3.16). Em conseqüência do pecado as dores de parto na mulher aumentaram.

3 - A conseqüência do pecado na terra como bem na natureza (Gn 3.17; Rm 8.20-22).

4 - A conseqüência do pecado levou o homem a separar da comunhão com Deus (Gn 3.23; Is 59.2).

5 - Outras conseqüências do pecado – nudez, vergonha, medo, discórdia e expulsão (Gn 3.7-10,12, 13, 22-24).

IV – O PECADO É UNIVERSAL COMO TAMBÉM A GRAÇA SALVADORA EM CRISTO JESUS É UNIVERSAL

1 - Os gentios. O apóstolo dos gentios enfoca a universalidade do pecado no mundo greco-romano, garantindo que a mais brilhante civilização da história era, na verdade, uma abominação contra o Todo-Poderoso (Rm 1.23-27).

2 - Os Judeus. O apóstolo Paulo fala da apostasia do povo Judeu, mostrando estarem eles tão comprometidos com o pecado quanto os gentios (Rm 2.17-23).

3 - Todos pecaram (Rm 3.23). Não há nação, por mais adiantada, ou por mais atrasada, que não possua uma clara noção do pecado. O pecado atingiu a grandes e pequenos, sábios e ignorantes, brancos e negros, ricos e pobres, da criança ao idoso etc., todos pecaram.

4 - A graça salvadora em Cristo é também universal (Rm 5.18, 20; Tt 2.11).

V - Como é o Homem Escravizado Pelo Pecado

1 - Não glorifica a Deus (Rm 1.21). O pecado faz com que o homem recuse de glorificar a Deus. Tal homem faz de si o ser próprio Deus (Gn 3.5; Ez 28.2). O homem sem Deus exalta e cultua o seu próprio ego (o eu). Ele só pensa em si e tudo faz por atender as suas próprias concupiscências. É egoísta e resulta na oposição consciente e aberta contra o próprio Deus. O egoísmo humano é sinônimo de rebeldia. É uma atitude semelhante à de Satanás (Ez 28.2, 15-18). Todo pecado procede do egoísmo como meu bem-estar, minha reputação, o que eu quero, meu direito, meu poder, eu, minha, meu...

2 - Não dá graças a Deus (Rm 1.21). Ser grato a Deus é reconhecer que tudo provém dEle (Tg 1.17; Sl 34.1). É uma atitude de confiança nAquele que nos supre todas as necessidades (Sl 103). Quando não damos graças a Deus, depreciamos e rejeitamos a providencia de Deus em nossa vida. Paulo disse: “Em tudo daí graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5.18).

3 - Rejeita a sabedoria (Rm 1.22). Não há verdadeira sabedoria fora de Deus (Sl 111.10; Pv 2.6). A filosofia deste mundo leva a perversão moral (Cl 2.8). Quem rejeita a Deus está longe dEle e vive em trevas com a mente escravizada pelo pecado sem qualquer vislumbre de luz (Jo 3.19, 20). Desprezar a Deus e a sua Lei é coisa de néscio (Sl 14.1). Pois os valores espirituais procedentes de Deus, acham-se fora da percepção meramente humana; não há qualquer esperança no homem natural apropriar-se da verdade divina (Sl 14.2, 3; Rm 3.11-18).

IV – QUAL É O REMÉDIO PARA O PECADO

Somente em Deus pode a criatura humana encontrar uma solução para o doloroso problema do pecado.

1 - O sacrifício de Cristo no Calvário. Apesar do império do pecado, curvar-se ele ante o sacrifício do Calvário. O antídoto eficaz contra o pecado é o sangue de Cristo derramado na cruz do Calvário (Hb 9.26; 10.12).

2 - A misericórdia de Deus. Esta é a chance principal conforme se expressou Davi (Sl 51.1). As misericórdias divinas são infinitas (Lm 3.22). E ser renova a cada dia (Lm 3.23).

3 - A lavagem espiritual (Sl 51.2a, 7b). Esta é a lavagem da recuperação de que fala o apóstolo Paulo (Tt 3.5). É nascer do Espírito Santo, de que falou Jesus (Jo 3.3, 5).

4 - A purificação pelo sangue do Cordeiro (Jo 1.29). Sem derramamento de sangue não há remissão (perdão) de pecados (Hb 9.22). Todo pecado necessita ser purificado (Sl 51.2b, 7). O preço do resgate do pecador é o sangue de Cristo (1 Pe 1.18, 19). Ver ainda 1 Jo 1.7.

5 - Confissão, abandono e perdão (Pv 28.13; 1 Jo 1.9 e Sl 51). Deus não reforma o homem. Ele o transforma. O homem perdoado e salvo tem um novo coração e anda em novidade de vida (Rm 6.4; 2 Co 5.17). O perdão do pecado deve vir acompanhado de reconhecimento que é pecador, e fazer a verdadeira confissão e em seguida o abandono do pecado.


CONCLUSÃO

O pecado terá fim quando o diabo for lançado no lago de fogo (Ap 20.10). O diabo é a essência de todo pecado. Findando este, o pecado será banido de uma vez por toda. Aleluia! Glória a Deus!


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Lições Bíblicas - As Verdades Centrais da Fé Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2006.

CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas – Doutrinas Bíblicas: edificando sobre o fundamento de Cristo e dos apóstolos. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2001.

_____________. Lições Bíblicas – Anjos: uma perspectiva bíblica e atual. Rio de Janeiro: CPAD, 1º trimestre de 1997.

_____________. Lições Bíblicas – Gênesis: o princípio de todas as coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 1995.

LIRA, Eliezer. Lições Bíblicas – Salvação e justificação: os pilares da vida cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1 Trimestre de 2006.

GOMES, Geziel Nunes. Lições Bíblicas – Maturidade Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 1985.

_____________________. Lições Bíblicas – Maturidade Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 3º Trimestre de 1986.


A SALVAÇÃO, O MAIOR MILAGRE DIVINO NA
REDENÇÃO DA HUMANIDADE
Texto bíblico básico

“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, por isso que Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”.
2 Tessalonicenses 2.13

INTRODUÇÃO

A salvação é o maior milagre de Deus para a vida da humanidade sucumbida no pecado. A salvação fala-nos a respeito do plano divino para restauração do pecador e livrá-lo da condenação eterna. Jesus Cristo é o único caminho para a salvação do perdido (Jo 14.6; At 4.12).
A salvação é o maior bem precioso divino que os homens podem receber pela fé em Cristo. Ela é a principal experiência espiritual na vida do crente em Cristo. O tema central da Bíblia Sagrada é a doutrina da salvação em Cristo, o nosso Redentor. Os cristãos da atualidade devem conhecer a salvação e aprofundar-se bem nela e comunicar o plano da salvação aqueles que ainda não entregaram as suas vidas a Cristo para que venham ao pleno conhecimento da verdade e sejam salvos do pecado, da morte e do inferno.
O plano da salvação é o eterno projeto de Deus em resgatar os pobres pecadores da condenação eterna.
Neste estudo doutrinário, observaremos o que as Escrituras ensina sobre a doutrina da salvação. Tema este que vai de Gênesis ao Apocalipse.

I - O QUE É A SALVAÇÃO

A palavra salvação vem do hebraico Yeshû’ãh (גאולה), que significa “salvação, “livramento”. Esta palavra aparece 78 vezes referindo os atos de Deus em ajudar (Gn 49.18). O termo é usado como referência à salvação de Deus (Dt 32.15; 1 Sm 12.1).
O significa “livras” do pecado está em Ezequiel 37.23. O substantivo teshû’ãh significa “salvação”, “libertação”, “vitória” (Jz 15.18; 1 Sm 11.13; 2 Sm 19.2; Is 45.17). Aparece cerca de 34 vezes. O substantivo yesha significa aquilo que Deus fará em benefício do homem (2 Sm 22.3), ou aquilo que foi feito por Ele para o homem (2 Sm 22.36), ocorre 36 vezes. O substantivo môshã’ôt significa “atos salvadores” (Sl 68.20).
Do grego sõteria denota “libertação, preservação, salvação”. É o livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que aceitam as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e fé no Senhor Jesus, somente em quem será obtido (At 4.12), e sob confissão dEle como Senhor (Rm 10.10). É a atual experiência do poder do Deus em livrar da escravidão do pecado (Fp 2.12; 1 Pe 1.9).
A salvação é um ato da soberania e vontade divina que mediante Jesus Cristo fez a reconciliação do homem com Deus (2 Co 5.18,19). É uma demonstração do imenso amor de Deus em prol do homem condenado a morte pelo pecado (Rm 3.10,11,23). É um ato da infinita misericórdia divina, pois é oferecida graciosamente através da fé (Ef2.8,9).
A salvação é a libertação do pecado, da morte e do Diabo. É o livramento do poder do pecado, da morte e do Diabo. A salvação mediante a Pessoa do Salvador, restitui o velho homem afastado de Deus à plena comunhão com Deus. A salvação é inclusiva e não seletiva, pois Deus contempla a toda a humanidade caída no pecado (Rm 3.23; 5.12,17,18). A salvação abrange todos os atos e processos redentores em Cristo, como a justificação pela fé em Cristo (Rm 5.1), a redenção - resgate em Cristo (Ef 1.7), a graça - favor imerecido (Ef2.8), propiciação dos pecados (Rm 3.25), imputação, perdão, adoção, santificação e glorificação no futuro.
1) É a libertação de um perigo iminente.
2) É o livramento do poder da morte eterna e da maldição do pecado (Hb 2.14).
3) É a contemplação divina a toda humanidade, visto que todos pecaram, precisam encarecidamente serem resgatados por Jesus Cristo (Rm 5.12, 17, 18; Gl 4.4, 5; Is 43.27).

II - POR QUE NECESSITAMOS DA SALVAÇÃO

Porque todos estão no maligno (1 Jo 5.19). Porque o pecado está em todos os homens (Rm 3.23; 5.12; SI51.4). Porque o efeito do pecado é imediato na vida do pecador. Porque as conseqüências do pecado são espirituais (Mt 6.14,15; SI 32.1; 1 Tm 2.14). A salvação procede de Deus e não do homem, pois o homem está caído em pecado e só Deus pode restaurar-lo desta terrível situação. O homem está enfermo espiritual (Is 1.6). Todos estão debaixo da maldição do pecado (Rm 3.11-18).
Porque a humanidade está corrompida pelo pecado (Gn 6.5, 11,12). Porque o pecado conduz o homem a morte física, espiritual e persistindo no pecado leva a morte eterna (Rm 6.23; Tg 1.15). Porque o homem vive com o sentimento do medo (Gn 3.8-10). Por que todos pecaram (Rm 3.23; Sl 5.15; At 28.29, 30), porque o pecado lançou toda raça humana na desgraça (1 Jo 5.19; Ez 18.4), por causa das conseqüências do pecado; a terra amaldiçoada – desequilíbrio ambiental (fauna e flora) (Gn 3.17, 18; Rm 8.22), morte física, espiritual e eterna (Gn 3.19; Ex 12.7; Ef 2.1; Ap 20.6, 14), doenças e enfermidades (Gn 3.16-19) e separação de Deus (Is 59.2).

III - PORQUE FOI PROVIDENCIADA A SALVAÇÃO

1) Por causa do pecador do homem (Rm 3.11-18; 3.23).
2) Por causa da graça de Deus (Tt 2.11).

IV - A TRINDADE E A SALVAÇÃO
Deus Pai e Deus Filho elege, predestina e chama o homem (Ef 1.4,5,18;Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10).Entretanto, cabe ao homem responder de acordo com seu livre- arbítrio a vocação divina para a sua própria salvação como : recebendo( Jo 1.12), crendo (Jo 3.18), indo ao encontro do Salvador (Jo 6.37), invocando (Rm 10.13). O pecador precisa converter, arrepender de seus pecados e crê no Filho de Deus - o Salvador.
O Deus Espírito Santo, a sua obra inicial é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). A salvação foi concebida por Deus Pai, consumada por Deus Filho e oferecida ao cristão através do Deus Espírito Santo.

V - OS TRÊS ASPECTOS OU PROCESSO DA SALVAÇÃO

O primeiro aspecto da salvação é a santificação - esta implica que o crente deve viver separado do pecado, do mal, do mundo e dedicar a Deus e ao serviço cristão (Lv 20.26; Êx 19.5,6).
O segundo aspecto da salvação é a justificação - esta tem caráter exterior, ou seja: é o ato de transformação ou mudança de estado do pecador perante o tribunal divino, operado por Deus (Rm 3.25; 5.9; Ef 2.13; 1 Pe 1.4,5; Rm 8.30; 5.18).
O terceiro aspecto da salvação é a regeneração – esta é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria uma nova natureza interior no homem como novo nascimento (Jo 3.3), nova criatura (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.1), renovação (Tt 3.5; CI3.10) e ressurreição espiritual (Ef 2.5,6).


VI - A TRINDADE NA OBRA DA SALVAÇÃO
1) Deus Pai planejou a salvação (Ef 1.4, 5, 18; 2.8-10; Rm 8.28-30).
2) Deus Filho executou a salvação (Fp 2.15, 16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10; Jo 19.30).
3) Deus Espírito Santo opera a salvação na vida do pecador (Jo 16.8-11).

VII - A AÇÃO DA SALVAÇÃO
1) Deus-Pai e Deus-Filho, elege, predestina e chama o pecador (Ef 1.4, 5, 18; 2.8-410; Rm 8.28-30; Fp 2.15, 16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10).
2) O homem é necessário que converta, arrepende dos pecados e crer em Cristo (Is 45.22; 1 Ts 1.9; Is 55.7; Lc 15.18, 20, 21; Sl 51.3, 4; Lc 15.28; Sl 51.8; 2 Co 7.10; Sl 51.9-12; Pv 28.13; At 16.31; Jo 1.12; 3.16; 6.37; Rm 10.13).
3) O Espírito Santo é quem convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).

VIII - O TRÍPLICE TEMPO DA SALVAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS
1) No passado a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11).
2) No presente estamos salvos, vamos sendo salvos. É um ato, um processo em andamento na qual somos educados na Palavra de Deus (Tt 2.12). A salvação no presente como um ato fala que fomos perdoados, justificados, reconciliados, adotados, santificados, regenerados, etc.
Também a salvação no presente é um processo que está em andamento pois esse processo salvivico está em desenvolvimento na vida do cristão conforme o caráter de Cristo (Gl 5.122, 23; Rm 6.19, 22; 1 Co 3.1; 2 Co 7.1; 1 Ts 4.3, 4, 7; 2 Ts 2.13; Hb 5.11; 10.14; 12.14; 1 Pe 1.2; 2.2).
3) No futuro aguardamos a bendita esperança da nossa salvação como consumação na Segunda Vinda de Cristo (Tt 2.13; 1 Pe 1.5; Hb 2.5; 4.9-11; 9.28; 10.36-38; 11.16; 1 Jo 3.2). A salvação no futuro que seremos salvos da ira futura, ou seja, da Grande Tribulação (1 Ts 1.10).
Disse o pastor Zacarias de Aguiar Severa: “A salvação aplicada na experiência do individuo, desde o seu príncipio até a sua consumação no além, apresenta três aspectos. Nesta perspectiva, a salvação pode ser considerada como um ato, um processo em andamento, e uma consumação. Desta forma, o cristão é alguém que está salvo, vai sendo salvo e será salvo no futuro (...) a salvação se realiza por um ato, um processo de desenvolvimento e uma consumação.
A salvação no presente é como possessão, e no futuro, como herança espiritual. Assim ponderou o dr. Russel P. Shedd sobre os três tempos da salvação: “Quanto ao passado o homem pode ser salvo das PENALIDADES de seu pecado (Rm 5.9); quanto ao presente, salvo do PODER do pecado (Rm 5.10; 1 Co 1.18); no futuro, liberto da própria PRESENÇA do pecado (Rm 13.15; Hb 9.28)”.

IX - OS SÍMBOLOS DA SALVAÇÃO (Is 59.17; 2 Sm 22.36; Is 12.3; 61.10; Sl 95.1; Dt 32.4, 15, 18)

Símbolo representa verdades fundamentais à realidade espiritual. Símbolo é algo concreto ou visível que representa ou sugere o invisível. Por exemplo, na Bíblia, o Leão é o símbolo de força e realeza, a água simboliza a Palavra de Deus, o fogo, vento, e o óleo simbolizam o Espírito Santo. O que constitui um símbolo bíblico é a semelhança existente símbolo bíblico é a semelhança existente entre ele e a coisa por ele representada. Vejamos os símbolos da salvação:
1) A salvação como capacete (Is 59.17; Ef 6.17). O capacete era parte integrante da armadura do soldado antigo (1 Sm 17.5; 2 Cr 26.14). A cabeça é uma parte do corpo humano muito importante, e por isso, precisa de cuidado. No trânsito, menores riscos de vidas são para os que usam capacetes. O capacete fala da proteção. Somos esperança a ter por capacete a convocados a ter por capacete a esperança de salvação (1 Ts 5.8). A salvação é pessoal (1 Sm 17.38, 39). A salvação é uma arma de defesa (Ef 6.17).
2) A salvação como escudo (1 Sm 22.36; Ef 6.16). Nas Sagradas Escrituras a palavra escudo aparece 68 vezes. Existe pelo menos dois tipos de escudo na Bíblia Sagrada; primeiro, o escudo pequeno, redondo ou oval (1 Sm 17.7, 41; 1 Rs 10.16; Pv 6.11; 2 Cr 9.15). O escudo tem sua dupla função, a saber:
a) Defende. O escudo sempre se destacou como notável arma de defesa. O soldado, ao manejar o escudo, podia livrar-se das fechas e dos dardos inflamados (cheio de fogo) do inimigo. Assim, nós devemos defender a nossa fé (1 Pe 3.15; Fp 1.16; Jd 3).
b) Proteger. O escudo sempre se destinou à proteção do corpo do soldado em combate. Antes de ir ao combate o soldado passava uma boa parte do tempo se aperfeiçoando no adestramento do uso das armas. Ele era levando a praticar exercícios com o escudo manejando-o de um lado para o outro a fim de se tornar hábil no uso dos mesmos. O escudo servia para proteger o lado do coração do soldado.
3) A salvação como fontes (Is 12.3; Jo 4.14; Ap 21.16). A fonte da salvação é inesgotável para os sedentos espirituais. Se na vida material uma fonte de água é tão importante e até mesmo imprescindível muito mais o será a fonte de salvação para a vida espiritual da humanidade. A Bíblia nos apresenta a salvação como uma variedade de fontes, pois os seus efeitos são abundantes, gloriosos e multiformes. Vejamos:
a) Salvação como fonte de alegria (Sl 51.12);
b) Salvação como fonte de vida (Jo 5.24; 10.10; 11.25; 14.6).
c) Salvação como fonte de paz (Is 48.22; Rm 15.33; 16.20; Sl 29.11; Ef 2.17; Cl 1.20; Rm 3.17; Jo 14.27);
d) Salvação como fonte de vitória. A vitória que emerge de nossa salvação se origina na vitória de Cristo. A vitória de Jesus Cristo foi provida primeiramente para nós e em seguida se concretizou em nós.

4) A salvação como vestes (Is 61.10; Sl 132.16; 149.4; 2 Cr 6.41). O pecador está desnudo diante do Senhor (Gn 3.10). Sua nudez é total, ou seja, é física, social, moral, ética e espiritual (cf. Êx 3.6; Is 47.3; Ap 3.17, 18; 16.15).
5) A salvação como rocha (Sl 95.1; Dt 32.4, 15, 18, 30; Ef 2.20, 21; 1 Sm 2.2; Rm 9.33; 1 Pe 2.6, 7; Sl 40.2). Jesus Cristo é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada. A rocha fala de segurança da nossa salvação. Isto significa que a nossa salvação não se corrompe, “salvação” oferecida por muitos homens com a morte, e juntamente com eles aquilo que tentaram eternizar. Porém, Cristo é a rocha eterna, inabalável.
6) A salvação como cálice (Sl 116.13). A salvação é algo que pode ser desfrutado, algo transbordante que preenche todos os vazios, todas as necessidades espirituais do homem.
7) A salvação como muros (Is 26.1; 60.18). Os muros falam de proteção. Na antiguidade, quando os meios de defesas eram poucos, usualmente ao se construir uma cidade, a mesma era cercada com uma forte muralha que servia de proteção, de amparo, de defesa contra ladrões ou ataques de inimigos que por ventura se aproximassem. Assim o cristo em Cristo está protegido pela muralha da salvação.
8) A salvação como âncora (1 Jo 5.11-13; Tt 1.2; 3.7; Jo 6.47, 68). Isto fala de firmeza, segurança, convicção da salvação do crente em Cristo. Estamos fazendo uma grande viajem ao mar desta vida, e o nosso porto seguro é a eternidade. O piloto ou capitão deste navio é Jesus Cristo, o Nosso Senhor. E a âncora representa nossa salvação. A âncora ancorada representa que estamos seguro da nossa salvação em Cristo. Se sairmos do navio, ou e da direção do capitão Jesus Cristo não poderemos ser salvos (At 27.31).
A Bíblia apresenta quatro tipos de âncoras do crente em Cristo (At 27.29). Vejamos:
a) A âncora da oração (Jr 33.3; Jo 14.13, 14; 16.23; 1 Jo 3.22; 5.14, 15);
b) A âncora da fé (1 Tm 1.19; 2 Tm 1.12; 4.7; Jd 3; Hb 11.1);
c) A âncora da esperança (Hb 6.18, 19; Tt 2.13; Sl 33.18, 19; 40.1; 146.3, 5; Jr 17.7; Rm 5.3-5; 8.24, 25; 14.13; Sl 22.4; 1 Pe 1.3; Cl 1.27; 1 Tm 1.1; Sl 119.49, 74, 81, 114, 147; 130.5; Rm 15.4; Sl 33.16, 17; 147.10, 11; Sl 20.7; Mt 6.19-21; Lc 12.13-21; 1 Tm 6.17; Sl 42.1-5; 71.1-5; 13, 14; Jr 17.17; Rm 8.18-25; Sl 16.9, 10; 2 Pe 3.13; 2 Co 5.1-5; o 14.2; 1 Ts 4.13-18; Fp 3.20, 21; 1 Jo 3.2, 3; 1 Pe 3.15).
d) A âncora da salvação (1 Jo 5.11-13; Tt 1.2; 3.7; Jo 6.47, 68).

X - AS RIQUEZAS DA SALVAÇÃO

1) Grande mudança espiritual (2 Co 5.17).
2) Ressurreição espiritual (Ef 2.1, 6).
3) Libertação das trevas (At 26.18).
4) Aproximação de Deus (Ef 2.13; 2 Pe 1.4).

XI - AS BÊNÇÃOS DA SALVAÇÃO

1) A ousada confiança (Hb 10.19-22).
2) O mistério revelado (1 Pe 1.5).

XII - OS EFEITOS DA SALVAÇÃO

1) Livre da pena do pecado (Lc 7.15; 1 Co 1.18; Ef 2.5-8).
2) Livre dos costumes e do domínio do pecado (Rm 6.14; Fp 1.19).
3) No futuro seremos salvos do corpo do pecado (Rm 13.11; 1 Jo 3.2; Fp 3.21).

CONCLUSÃO

A âncora do crente é a certeza da sua Salvação em Cristo Jesus. Meu querido leitor aceite a Cristo pela fé na obra expiatória do Filho de Deus realizado e consumado na Cruz do Calvário para nossa redenção e remissão de nossos pecados. Aceitar à Cristo como Salvador é para a sua salvação, e aceitá-lo como Senhor é para uma entrega total de sua vida dedicado a Ele e que Cristo será a partir de então o senhorio de sua vida, e que você será seu servo.
O plano da salvação teve início com Deus na eternidade anunciada no Éden após a queda do homem (Gn 3.15), efetuada por Cristo no Calvário (Jo 19.30) e operada pelo Espírito Santo (Jo 16.8- 11).
Senhor que permaneçamos fiéis na Palavra, conservando a nossa salvação até aquele Dia perfeito em que alcançaremos a perfeição e a glorificação - a salvação futura, ou seja, a salvação completa em Cristo Jesus (Rm 8.23; Lc 21.28; Ef 1.14; 2 Co 5.2,4,5; 1 Jo 3.2; Ef 4.30).


REFERÊNCIA

Este artigo foi extraído do livro ainda não editado de:
BARBOSA, Deusimar. Manancial das Doutrinas Bíblicas. Edição do Autor. Lago da Pedra – MA, 2009.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DEUSIMAR BARBOSA

MANUAL DO

CONSELHO DE DOUTRINA

E APOLOGÉTICA DA

IGREJA EVANGÉLICA

ASSEMBLÉIA DE DEUS

EM LAGO DA PEDRA

Em defesa da genuína

ortodoxia bíblica pentecostal

DEUSIMAR BARBOSA

MANUAL DO

CONSELHO DE DOUTRINA

E APOLOGÉTICA DA

IGREJA EVANGÉLICA

ASSEMBLÉIA DE DEUS

EM LAGO DA PEDRA

Lago da Pedra – MA

2008

COLABORADORES

Presidente da Igreja Evangélica Assembléia

de Deus em Lago da Pedra

Raimundo Francisco dos Santos

Vice-Presidente da Igreja Evangélica Assembléia

de Deus em Lago da Pedra

Francisco de Assis Gonçalves de Araújo

Presidente do Conselho de Doutrina e

Apologética da Igreja Evangélica Assembléia de

Deus em Lago da Pedra

Magno de Jesus Santos Serra

Vice-Presidente do Conselho de Doutrina

Apologética da Igreja Evangélica Assembléia de

Deus em Lago da Pedra

Daniel Brasil da Silva

Secretário de Conselho de Doutrina e

Apologética da Igreja Evangélica Assembléia de

Deus em Lago da Pedra

Deusimar Barbosa

Membros do Conselho de Doutrina e

Apologética da Igreja Evangélica Assembléia de

Deus em Lago da Pedra

Nemésio Rodrigues Viana

Raimundo de Lima

Francisco Cardoso da Silva

João Batista Rocha Sardinha


“... sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (Fp 1.16).

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).

“... estai sempre preparados para responder com mansidão e temos a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).

“... tive por necessidade escrever-vos e exorta-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v. 3).

DEDICATÓRIA

À Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Lago da Pedra, Maranhão.

Aos obreiros do Senhor que trabalharam incansavelmente na causa santa do Mestre para e expansão do Reino de Deus na terra.

Aos membros do Conselho de Doutrina e Apologética da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Lago da Pedra: O presidente do Conselho, Pastor Magno de Jesus Santos Serra, Presbítero Raimundo de Lima, e Francisco Cardoso da Silva, os Diáconos Nemésio Rodrigues Viana, Deusimar Barbosa, Daniel Brasil da Silva e João Batista, pois Deus escolheu, chamou e vocacionou-os estes “varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria aos quais constituamos sobre este importante negócio” (At 6.3).


AGRADECIMENTOS

Ao Deus Trino Todo-Poderoso, Criador, Sustentador, Governador, Preservador, Soberano e Eterno por ter chamado e vocacionado homens para esta sublime tarefa.

Ao pastor Raimundo Francisco dos Santos, presidente da Igreja evangélica assembléia de Deus em Lago da Pedra, Maranhão, pelo o apoio na criação do Conselho de Doutrina e Apologética.

Ao pastor Francisco de Assis Gonçalves de Araújo, vice-presidente da igreja evangélica assembléia de Deus em Lago da Pedra, que não mediu esforços em suas considerações, pois a sua intervenção fora de grande relevância.

Ao diácono João Batista Rocha Sardinha, Secretário de Missões da Assembléia de Deus em Lago da Pedra, responsável pela a iniciativa na criação do Conselho de Doutrina e Apologética.

A irmã Clemilda Sousa Lima, Secretária da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Lago da Pedra, pelo trabalho oneroso na digitação deste manual.


PREFÁCIO

Afirmo que este material é um verdadeiro manual de doutrina bíblicas e apologética cristã. E este manual foi escrito para alertar e defender a fé cristã e primar pela a ortodoxia bíblica pentecostal.

A igreja está de parabéns, pois este manual dinâmico e enriquecido e aprofundado, mas ao mesmo tempo claro, objetivo e simples trata de um tema relevante para o povo de Deus.

O professor Deusimar Barbosa foi feliz em nos presentear esta belíssima obra de grande importância para os obreiros e o rebanho do Senhor no manejo correto das Escrituras, sem transigir e negociar a Palavra de Deus.

Este livro – Manual de Doutrina e Apologética – divide-se em três partes: a primeira parte aborda sobre aos obreiros do Senhor; a segunda parte aborda as doutrinas bíblicas e; a terceira parte aborda apologética cristã.

O estudo oneroso contido neste manual tem uma consistência para a Igreja de Cristo que se encaixa com equilíbrio estrutural de seu argumento embasado na Bíblia Sagrada. O ponto central de seu conteúdo é o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e da defesa da fé cristã que uma vez foi dada aos santos (At 4.12; 8.5; Jd v. 3).

Em Cristo

Pr. Raimundo Francisco dos Santos

Presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Lago da Pedra-MA.

Membro da Comissão de Assessoramento da CEADMA.

Membro da CGADB.


APRESENTAÇÃO


UMA PALAVRA COM O PRESIDENTE DO CONSELHO

A Igreja é o Corpo de Cristo, a respeito do qual Ele declarou: “as portas do inferno não prevaleceram contra ela. assegurando-lhe poder para pisar serpentes e escorpiões e toda força do inimigo, e nada lhe faria mal algum” (Mt 16.18; Lc 10.19). Desde o surgimento da Igreja pós-Calvário multidões converteram-se ao santo evangelho. De lá para cá, os autênticos cristãos, não se contaminaram com o mundo ou falsos ensinamentos, que resultam em corrupção moral e aberração doutrinária. Esses que assim fizeram formam o conjunto dos salvos, cujos nomes estão escritos no livro da vida (Fp 4.3; Ap 3.4, 5).

Já há tempos Salomão alertou: “não havendo profecia (Palavra) o povo se corrompe; mas o que guarda a Lei, esse é bem-aventurado” (Pv 29.18). Encontramos nesse texto uma antevisão da necessidade de obedecerem aos genuínos ensinamentos divinos. O que identifica e da autenticidade a uma Igreja fundamentada em Cristo, é sua linha de aceitação do legado da Igreja primitiva, como está escrito: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Heresias são distorções motivadas pelo diabo, que usa dissidentes para deturpar a Igreja de Cristo, contestando as doutrinas genuinamente bíblicas, gerando conflitos, fanatismo, divisões e até dúvidas nos fies, e isso na é uma novidade hodierna, segundo a Bíblia tais práticas escreveu já ocorriam nos primórdios do cristianismo. O apóstolo Pedro escreveu: “mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, os quais introduziram encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguiram as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade” (2 Pe 2.1, 2). A cada período de tempo surgem as mentes criativas daqueles que aderem aos férteis e diabólicos distúrbios que produzem as heresias e causam estragos, por vezes irreparáveis, principalmente nas igrejas cujos responsáveis são imaturos ou mal orientados, sem o necessário discernimento para distinguir as fontes doutrinárias.

Quaisquer ensinos ou prática de caráter espiritual numa igreja que não externem glorificação a Cristo e não estejam confirmados pelas escrituras incomodam os corações dos crentes que estão atentos ao que citou Paulo: “rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Desviai-vos deles”. As contaminações no passado foram combatidas vigorosamente pelos apóstolos do Senhor, com o ensino e exortações contra os que negavam a divindade de Cristo e sua ressurreição; os que impunham o conhecimento científico em detrimento do poder de Deus; os que eram doutrinadores domiciliares, que conforme criam, induziam os crentes a contestarem seus lideres e se ausentarem de suas igrejas.

Tais heresias do passado nos convencem que o espírito que atua hoje é o mesmo de sempre, pois, os falsos ensinadores hodiernos não agem longe ou a deriva das igrejas, porém, nelas se infiltram, com o objetivo de deturpar e desviar os santos, razão porque devemos estar sempre atentos e combativos, como Timóteo foi advertido: “O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios... Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque fazendo isto, te salvarás, santo a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.1, 16).

Pr. Magno de Jesus Santos Serra

Presidente do Conselho de Doutrina e Apologética

da Igreja Evangélica Assembléia de Deus

em Lago da Pedra-MA


SUMÁRIO

Dedicatória ....................................................................................................................... 00

Agradecimentos ............................................................................................................... 00

Prefácio............................................................................................................................... 00

Apresentação .................................................................................................................... 00

Uma palavra com o Presidente do Conselho ......................................................... 00

Introdução ........................................................................................................................ 00

1. Nosso Credo ............................................................................................................... 00

2. Nossa submissão ........................................................................................................ 00

3. Nossa regra de Fé ...................................................................................................... 00

4. Nossa justificativa ...................................................................................................... 00

5. Nosso objetivo ............................................................................................................ 00

6. Nossa missão ............................................................................................................... 00

7. Nossa batalha .............................................................................................................. 00

8. O que é ......................................................................................................................... 00

Conclusão ......................................................................................................................... 00

Referências bibliográficas ............................................................................................ 00

Sugestão de leitura ......................................................................................................... 00


INTRODUÇÃO

No ano de 2006, o irmão João Batista teve a idéia brilhante de que se levantasse em nosso ministério local da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra, o Conselho de Doutrina e Apologética, o mesmo se dirigiu ao pastor-presidente Raimundo Francisco dos Santos, tendo o sentimento na preservação da ortodoxia doutrinária nos púlpitos de nossa igreja e também até mesmo do rebanho de Deus, em que estamos vivendo os últimos dias e estão aparecendo às heterodoxias doutrinárias infiltrando sorrateiramente dentro do rebanho, foi que urgentemente tomássemos uma decisão definitiva segundo o plano divino de criarmos o Conselho.

No dia 1º de junho de 2008 em uma reunião do ministério local, sendo esta presidida pelo reverendo e pastor-presidente Raimundo Francisco dos Santos sentiu que aquele dia foi marcado no kairós de Deus, ou seja, no tempo de Deus, mo tempo certo em que se levantasse o Conselho como disse o sábio Salomão: ”Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3.1, NVI).

Foi que no dia 21 de julho de 2008, veio a confirmação divina em uma reunião ministerial e depois na assembléia geral – no culto de doutrina, foram apresentados os membros do Conselho por unanimidade ante os obreiros e a igreja local, para então assim, dar-nos prosseguimento na grande tarefa em que o Senhor nos confiou.

O objetivo primordial deste pequeno manual do Conselho de Doutrina e Apologético é de esclarecer trabalho do Conselho no bom desenvolvimento da Obra de Deus, da sublime tarefa da Evangelização, do manejo correto das Sagradas Escrituras, da vigilância e conservação doutrinária e acima de tudo na saúde moral, ética e espiritual do rebanho do Senhor, para que a Noiva do Cordeiro esteja ardentemente preparada para o Arrebatamento.

Fraternalmente em Cristo,

Conselho de Doutrina e Apologético da

Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Lago da

Pedra – MA.


Capítulo 1

NOSSO CREDO

“Cremos

1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29).

2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17).

3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos, em sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurar a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos céus (Jo 3.3-8).

6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidas gratuitamente de Deus pela Fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7. No batismo bíblico por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo. (Hb 9.14 e 1 Pe 1.15).

9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).

11. Na segunda vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, entes da Grande Tribulação; segunda – visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16,19; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).

12. Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus atos feitos em favor da causa de Cristo na terra (2 Co 5.10).

13. No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).

14. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).”

Observação: o nosso credo é publicado periodicamente no jornal a “Folha Assembleiana” em Lago da Pedra, e no jornal “Mensageiro da Paz” órgão oficial das Assembléias de Deus no Brasil, publicado periodicamente pela CPAD.


Capítulo 2

NOSSA SUBMISSÃO

Para o bom andamento e desenvolvimento da Obra de Deus precisamos estar com amor submisso ao dono da obra e àquele a quem Ele constituiu para está à frente da sua obra. Para isto o Conselho de Doutrina e Apologético está submisso a:

1. Deus (Leia At 5.29)

Devemos estar em todo o momento em obediência a Deus para que possamos ter êxito em sua obra e achar-se fiel.

“Submetei-vos, portanto, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus e Ele aproximar-se-á de vós. Lavai as mãos, pecadores, e purificai os vossos corações, ó gente de alma dividida. Reconhecei a vossa miséria, lamentai-vos e chorai; que o vosso riso se converta em pranto e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará.” (Tiago 4.7-10).

É quando deixamos de aproximar-nos de Deus e de submeter-nos a ele que nos aproximamos e nos submetemos àquilo que não é de Deus.

2. Ao pastor-presidente (Leia Hb 13.17; Rm 16.19)

O Conselho estará à disposição em obediência a qualquer tarefa no que diz respeito de sua natureza ao pastor-presidente, cabendo este a liderar singularmente para qualquer evento de natureza doutrinária e apologética cristã. Quaisquer fatos passarão pelo Conselho e será levado para o pastor-presidente para ser avaliado segundo a Palavra de Deus.


Capítulo 3

NOSSA REGRA DE FÉ

A Bíblia é a nossa regra de fé infalível, inerrante, irrefutável e inspirada Palavra de Deus. São as Escrituras Sagradas o manual de doutrina e apologético. O que vier a ser criado no meio do arraial dos santos como nome de congregações, nome de vocais, corais, bandas, campanhas evangelísticas, temas de festas, aniversários de vocais, corais etc., congresso, confraternização, seminários, encontros, peças teatrais, coreografias etc., pregadores, cantores, ensinadores, compositores de hinos e literatura cristã, deve rigorosamente passar pelo crivo da Palavra de Deus.

A Bíblia é nossa única regra de fé e prática. O que significa isso? Significa que tudo o que eu creio, toda a minha ideologia, tudo o que vou fazer ou dizer, se baseia naquilo que a Bíblia ensina. Significa que nenhuma outra autoridade, além da Bíblia, pode servir de base para a minha fé e para a minha vida cristã. Significa, como Paulo diz aos Gálatas, que qualquer um que proclamar outro evangelho que não seja o da Bíblia deve ser maldito (Gálatas 1.6-9). Jamais poderemos dar ouvido a qualquer tipo de inspiração, mesmo que tenha uma roupagem piedosa ou religiosa.

Com isto não estamos dizendo que a Bíblia tem resposta para todas as questões humanas. Ela não é algum tipo de manual do escoteiro ou panacéia para todos os males do mundo. Em muitas áreas do conhecimento humano, a ciência tem avançado de tal forma que novas perguntas e novos questionamentos têm surgido que a Bíblia sequer menciona ou trata. O que podemos afirmar é que, até hoje, nenhuma ciência, história ou conhecimento humano tem encontrado ou provado alguma inverdade no texto bíblico.

O que podemos afirmar é que a Bíblia responde às questões fundamentais do ser humano: como se relacionar com Deus; como obter a salvação; como conviver com os outros seres humanos. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática justamente nas questões de fé e vida cristã.

“A Bíblia é a única base para a fé salvadora. A maior necessidade do homem é achar o caminho que conduz à salvação do pecado. Esta é a maior desgraça da humanidade, pois tem conseqüências funestas, levando o homem à perdição eterna. A Bíblia, o livro de Deus, é o guia infalível a uma fé salvadora (Romanos 10.17; 1 Tessalonicenses 2.13; 2 Pedro 1.20-21). Uma palavra simplesmente humana não serve de base para a nossa fé. A Palavra de Deus, porém, é perfeita como diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita... o testemunho do Senhor é fiel... o mandamento do Senhor é puro' (Salmo 19.7-8).”

1. A Bíblia é infalível

Não há nenhuma razão pela qual a Bíblia, um livro escrito por seres humanos falíveis, não possa ser infalível. Afinal de contas, mesmos seres humanos falíveis podem fazer coisas certas algumas vezes, e em especial se forem supervisionados por Alguém que é infalível.

Os cristãos não afirmam que os homens que escreveram os livros da Bíblia estavam sempre certos em tudo que disseram ou fizeram. Nós simplesmente acreditamos que a Bíblia está certa quando ela afirma que Deus guiou estes homens em sua tarefa de escrever as Escrituras de modo que o resultado é um livro infalível. O apóstolo Pedro indubitavelmente disse muitas coisas erradas durante sua vida, mas Deus não permitiu que ele cometesse nenhum erro quando ele escreveu suas duas epístolas.

2. A Bíblia é inerrante

Inerrância bíblica é a doutrina segundo a qual, em sua formulação clássica, a Bíblia não possui erros de espécie alguma, incluindo suas partes históricas e científicas. A inerrância distingui-se da doutrina da Infalibilidade bíblica a qual assegura que a Bíblia é inerrante quando se fala de assuntos de fé e de sua prática e não em relação à história e ciência.

3. A Bíblia é irrefutável

A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, ela é infalível em seus escritos, que se cumprem literalmente no mundo e só não observa isso quem não quer. Aquele que não crê na Bíblia não crê na existência de Deus, pois ela é a prova segura da existência do Criador Onipotente. Se Deus não existe a Bíblia não tem valor algum, logo Davi, Salomão, Poncio Pilatos, e mesmo o imperador romano Cezar, que dominava o mundo na época de Jesus também não existiram, assim como Babilônia, Etiópia, reino da Pérsia e outros paises cujos nomes estão inseridos na Bíblia seriam lendas.

O profeta Isaias diz no capitulo (54:17) o seguinte: “Disse o Senhor: Toda ferramenta preparada contra ti, não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti, em juízo a condenaras”.Um primitivo reformador, disse a respeito da fé cristã o seguinte: “A Bíblia é uma bigorna que tem gasto muitos martelos”. (Agora digo eu, continuará a gastar os martelos das irreverências, das incredulidades).

4. A Bíblia é inspirada

2 Timóteo 3:16 contém a afirmação clássica de que a Bíblia foi produzida por Deus e não por homens:

Toda Escritura é inspirada por Deus, e é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça.

Ryrie explica o conceito de inspiração: “A supervisão divina sobre os autores humanos de modo que, usando suas personalidades individuais, eles compuseram e registraram sem erro a revelação de Deus ao homem nas palavras dos autógrafos originais.” (Charles Ryrie, A Survey of Bible Doctrine. Chicago: Moody Press, 1927, p. 38)

Nós não sabemos exatamente como Deus trabalhou para cumprir o seu propósito de nos prover com uma Bíblia totalmente acurada. Mas 2 Pedro 1:21 nos fornece algum esclarecimento:

Nenhuma profecia jamais foi dada por vontade humana, mas homens santos, movidos pelo Espírito Santo, falaram de Deus.

A palavra "movidos" que aparece neste versículo é também usada em Atos 27:15 para descrever a grande tempestade que tirou o navio em que o apóstolo Paulo se encontrava de seu curso no Mediterrâneo. As pessoas no navio podiam passar o tempo como desejassem, seja trabalhando ou se lamentando, mas a tempestade é que determinaria seu destino final. Similarmente, Deus guiou os escritores bíblicos para produzir exatamente a mensagem que ele desejava.

Digno de ser escolhido é um bom tema com base bíblico, sendo assim teremos com certeza o êxito na evangelização dos perdidos. Leia At 17.23.


Capítulo 4

NOSSA JUSTIFICATIVA

Por haver uma grande necessidade no zelo doutrinário da Palavra de Deus no meio da Igreja é que o Conselho veio a preencher esta lacuna com muita avidez e elucidação mediante a Bíblia Sagrada.

Em meio a tantas doutrinas estranhas e que por sua vez acabam a conduzir os enganados para um céu errado. O veneno não só deixa seqüelas, mas que também mata.

Para isto não podemos olvidar desta tarefa!

Por nossos púlpitos estão repleto de heresias trazidas até mesmo pelos nossos, mediante os cantores com ritmos musicais distorcidos, letra sem melodia e poesia inspirada, os pregadores com seus erros doutrinários que devem ser evitados.

Devemos fazer uma teologia saudável e bíblica tomando cuidado com os apelos da mídia e do mundo. Contudo, quero também mostrar minha satisfação pelo comentário que o Moisés fez. Devemos tomar cuidado para não nos transformarmos em fariseus e escribas. Esses homens observavam as Escrituras, mas se privavam do poder de Deus. Não conseguiram aceitar o Messias prometido por meio das profecias do Antigo Testamento. Jesus veio de Nazaré. Mas a tradição dizia que nada de bom vinha de Nazaré. Jesus fazia milagres. Só quem vinha em nome de Deus poderia realizar tais obras, porém, os doutores da Lei resistiam a essa verdade. Devemos tomar cuidado com exageros, mas também devemos estar sensíveis à ação do Espírito Santo (o vento sopra aonde quer) e entender que para Deus nada é impossível. Deus opera milagres e maravilhas porque Ele é Deus. Só não devemos fazer dessas coisas a prioridade do Evangelho deixando de lado a sã doutrina da Palavra de DEUS e transformar o Evangelho em um show para que as platéias se animem. Devemos observar a Palavra e rejeitar aquilo que a própria Palavra rejeita. Uma das coisas que Jesus ensinou é que para Deus nada é impossível e que grandes sinais seguiriam aos que cressem.


Capítulo 5

NOSSO OBJETIVO

Apresentamos aqui dois objetivos imprescindíveis do Conselho, a saber:

1. Objetivo Geral

Combater as heresias externas, assim estaremos evangelizando os perdidos e os contradizentes (Tt 1.9).

Não temos a intenção de ofender ninguém, até porque estaríamos em desobediência ao segundo mandamento ensinado por Jesus, que diz: “Amai ao próximo como a si mesmo”, além de considerarmos que poderíamos cometer injustiças ao tratarmos de assuntos de tão grande relevância com parcialidade ou de forma ofensiva, desonrando o nosso chamado e o próprio Senhor nosso Deus.

O primeiro objetivo do nosso trabalho é fazer que grande parte dos nossos irmãos e obreiros adquira sólido conhecimento das principais ferramentas da apologética, para que possam assimilar bem as fundamentais doutrinas bíblicas do cristianismo em detrimento das terríveis heresias que brotam nos nossos dias. São mais de dez mil grupos sectários lançando sementes de perdição, lançando mão de todos os recursos possíveis da mídia — televisão, rádio, jornais, revistas, pessoas, etc. — para atingir e minar a fé dos cristãos genuínos que crêem na salvação e no sacrifício de Cristo.

O nosso segundo objetivo é fazer que, por meio da Defesa da Fé, nossos irmãos e obreiros tenham conhecimento da atual situação da sociedade e da Igreja em que vivemos, analisando, de forma resumida, as condições de cada um em seus diversos aspectos: moral, ético, teológico, doutrinário e, principalmente, apologético. Assim, fornecemos, não somente aos simples irmãos, mas também a todos aqueles que se interessam por missões transculturais, uma visão real do campo missionário. E tudo isso sem entrar no mérito de que a igreja está de fato fazendo ou não missões.

É preciso que fique bem claro que Defesa da Fé não foi concebida com o objetivo de abordar assuntos internos da igreja, e nem poderia ser, uma vez que não representamos nenhuma denominação especificamente. E muito mais somos a Igreja – o Corpo de Cristo, e somos responsáveis pela nossa vida espiritual e tenhamos compromisso com a obra de Deus.

2. Objetivo Específico

Combater as heresias internas, aquelas que estão adentrando no meio do rebanho com inovações e modismo doutrinários e até mesmo com a maldita e falsa teologia da prosperidade que destoa a ortodoxia bíblica.

Defender o rebanho de lobos cruéis (Leia At 20.29). Estes lobos são os falsos mestres, falsos profetas e falsos obreiros “fraudulentos” (Leia 2 Pe 2.12; Mt 7.15; 2 Co 11.13) Os chamados mercadores da palavra de Deus que não passa de mercantilistas exploradores das ovelhas que querem somente saber do que ela produz: lã, leite e carne.


Capítulo 6

NOSSA MISSÃO

Vejamos as atribuições da sublime missão do Conselho de Doutrina e Apologética:

1. Combater contra as heresias externas e internas, inovações e modismo doutrinários.

Heresias no grego, é hairesis que tem sentido de “escola” de pensamento, “doutrina” ou “religião”. Do verbo rego é haireó, de onde origina o substantivo já citado e que significa escolher. Em 1 Co 11.19, o termo “heresias” tem o sentido de divisão, dissensão. Na ARA o termo é traduzido por partido. Na NVI é traduzido por facção. Em Gl 5.20, a palavra tem o sentido traduzido por dissensão.

Heresias tem o sentido de erro e desvio doutrinário no campo teológico. E este sentido aparece quaisquer erros e desvios doutrinários. As heresias que devem ser refutados são: reencarnação, as Testemunhas de Jeová, a mariolatria, a maçonaria, adventismo do Sétimo Dia, Congregação Cristão no Brasil e a principais seitas orientais que estão sendo divulgadas através da s mídias (TV, rádio, internet, etc.).

As heresias ferem os pontos centrais da fé cristão, ou seja, as principais doutrinas da Bíblia Sagrada como: Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo, Trindade, o homem, pecado, a Salvação, os anjos, a Igreja, as última coisas e as Sagradas Escrituras.

O grave erro da heresia é o desvio doutrinário, isto é, negar a Divindade. A doutrina de Deus é inviolável. Negar a Deus é trazes sobre si, repentina destruição eterna.

As heresias causam divisões e até mesmo a morte espiritual do rebanho do Senhor.

Modismos

A Igreja está vivendo ante a um câncer espiritual de modismo doutrinário que constitui um grande desafio para o rebanho do Senhor nestes últimos dias, pois os modismos contrariam os princípios doutrinários das Escrituras Sagradas. Diante disso o cristão deve mais do que nunca perserverá na sã doutrina.

Mas afinal, o que é modismo? É aquilo que é passageiro, o que está na moda, parece com os ritmos mundanos, tendo, portanto, caráter transitório. Este mundo pós-moderno está cheio de modismo, mas de está sempre cheia do Espírito Santo para vencer os desafios e preparada para o Arrebatamento.

O rebanho do Senhor não precisa viver de modismo, porém precisa ser alimentado pelos campos verdejantes que é a verdadeira Palavra de Deus (S23.2). Os modismos vêm e passam, mas a Palavra de Deus permanece para sempre (Lc 21.33; Jo 6.268; 17.17; Fp 2.16).

Os modismos doutrinários refletem a respeito dos desvios doutrinários de nossos dias como, por exemplo: a regressão psicológica, o cristianismo judaizante, a teologia da prosperidade, o triunfalismo, a superstição religiosa e a quebra de maldição.

Inovações

Inovações são os atos ou efeitos de inovações, introduzir novidade em algo.

As novações abrangem três áreas: a doutrinária, a ministerial e a litúrgica.

1. Inovações doutrinárias. A tentativa do restauracionismo da inovação teológica que procura adaptar, aos dias atuais, os ensinos, ritos e costumes do antigo concerto entre Deus e Israel. Vejamos os principais ensinos das inovações doutrinárias de nossos dias: a guarda do sábado, o ritual da circuncisão, a festa de Israel, o evangelho da prosperidade material, o cristão é “um Deus”, “pobreza é maldição” e confissão positiva.

2. Inovações ministeriais. Trata-se do ministério modernizado, introduzindo inovações contrários aos princípios das Escrituras Sagradas. Tentam adequar o evangelho à cultura secular. E as vezes misturam o sagrado com o profano.

3. Inovações litúrgicas. Trata-se do “evangelho do entretenimento” que é canal, que exalta o homem e não a Deus. A glória ao homem e não a Deus. Prega-se o evangelho, mas sem as suas exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de Cristo.

Nos púlpitos desta liturgia não existem a doutrina da salvação, arrependimento, batismo no Espírito Santo, evangelização, santidade, cura divina e a segunda vinda de Jesus. Não passa de liturgia formalística.

Empregam-se mais com o tempo em louvor, do que mais tempo na exposição da Palavra de Deus. A verdadeira liturgia neotestamentária foi o que o apóstolo S. Paulo doutrinou aos crentes em coríntios (1 Co 14.26), aos colossenses (Cl 3.16) e aos efésios (Ef 5.18-21).

Os elementos do culto cristão do Novo Testamento são: doutrina, revelação, línguas estranhas e interpretação, salmos, hinos, cânticos espirituais e ações de graças.

Mas afinal o que é liturgia? É o elemento que compõem o culto cristão. E estes elementos que compõem o culto cristão por sua ordem são cinco componentes: os hinos, a leitura bíblica, a contribuição e a pregação ou ensino da Palavra de Deus.

Estes artigos trarão esclarecimento àqueles que confundem a fé ortodoxa cristã com as heresias, modismos e inovações doutrinárias. Lembremo-nos no que disse o apóstolo Paulo: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Tm 4.3, 4).

2. A preservação da pura ortodoxia bíblica

Levando em consideração que a Bíblia afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a salvação pela fé em Cristo Jesus (1 Tm 3.16), devemos ter o cuidado de nós mesmos e dessa tão abençoada doutrina, para preservarmos a nossa salvação e de quem nos ouve.

Ortodoxia para ser ortodoxia, tem de estar de acordo com o doutrina bíblica, pois é nela que encontramos o verdadeiro conhecimento de Deus, de Cristo e do Espírito Santo.

Na Bíblia encontramos doutrinas como: doutrina pura (Jó 11.4), boa doutrina (Pv 4.2), sã doutrina (1 Tm 1.10),doutrina dos fariseus (Mt 16.12), etc

Teremos nesta aula, mais uma oportunidade de refletir sobre a importância da doutrina bíblica para a vida abundante da igreja. As Escrituras dão um enfoque especial à doutrina como, na verdade é, a substancia da fé. Vamos para o primeiro ponto.

1º Ortodoxia Doutrinária da Igreja

1º Subponto – Cristo Está Edificando a Sua Igreja. Cristo está edificando a sua Igreja, com o fundamento dos apóstolos e profetas, certo, e que fundamento é este? “Que Ele, Jesus, é a principal pedra da esquina”, portanto, Cristo está edificando a sua igreja em si mesmo e cumprindo o que a Pedro disse; “edificarei a minha Igreja”, o uso do futuro “edificarei” dá idéia de uma igreja ainda para acontecer, que começou no dia de Pentecostes (At 2), se estendeu até hoje e será edificada até a volta de Cristo.

O autor faz uma referencia aos profetas, e em Éf 2.20 (Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular), no AT os profetas eram aqueles que recebiam revelação direta de Deus para comunicar aos homens, mas os profetas acabaram no AT e a igreja só passou a ser edificada com Cristo (opinião pessoal; passou a ser edificada na ressurreição de Cristo e oficialmente em Pentecostes), então de que profeta refere-se o autor? Segundo ele, aqueles que tinham o dom da profecia, Éf 4.11 diz; “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para PROFETAS, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”, portanto, trata-se do dom de profecias dado pelo Espírito Santo para edificação da Igreja.

2º Subponto – Os Edificadores Desse Edifício. Tratando da igreja como um edifício, concordamos que Cristo é a principal pedra, mas se Ele é principal, então existem outras, isto é, nós. Conforme 1 Pe 2.4-8 “... também vós mesmos, como pedras que vivem...”, nós somos cooperadores de acordo com 1 Co 3.9a “porque de Deus somos cooperadores” certo? “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Éf 4.11,12).

2º A Igreja é Guardiã da Sã Doutrina. Em 1 Tm 3.15 diz; “para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte (outras traduções firmeza), da verdade”. Que verdade é esta?

Em Jo 17.17 Jesus nos diz que a Palavra de Deus é a verdade; “santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade”. Portanto a Palavra de Deus é a verdade e João 1.14 diz: “E o verbo (palavra) se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. O significado de verbo no dicionário é “palavra”. Então Cristo é a Palavra de Deus em pessoa (personificação).

A igreja como coluna e baluarte dessa verdade, é fiel a ela, pois tem a missão de vivê-la e representá-la.

1º Subponto – O Significado de Coluna e Firmeza da Verdade. A Igreja deve ser o fundamento da verdade do evangelho, deve sustentar e preservar esta verdade revelada por Cristo e pelos apóstolos.

Foi entregue esta verdade a ela para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como “a Palavra da vida” (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17), e demonstrar seu poder no Espírito Santo (Mc 16.15-20).

Esta parte “para que saibas como convém andar na casa de Deus” em Ec 5.1 diz: “guarda o teu pé...”, estes versículos nos dá a mensagem de que devemos estar com reverência na casa de Deus, e não com desrespeito. É necessário preparar-se espiritualmente antes de entrar na casa de Deus para está em condições de ouvir a voz de Deus e obedecê-la.

2º Subponto – A Verdade no Contexto de 1 Tm 3.15. Estamos vivendo tempos trabalhosos, onde a cada dia surgem novas filosofias heréticas. Estas somente poderão ser combatidas caso a Igreja se mantenha fiel e dedicada ao estudo da doutrina bíblica, com esse estudo podemos defender e manter Palavra de Deus.

3º A Preservação da Ortodoxia Doutrinaria pela Igreja

1º O Perigo das Infiltrações Heréticas na Igreja. a) Aparentam misericórdia. Eles pastoreiam a igreja de Deus com abominável cobiça, contra a vontade de Deus (1 Pe 5.3), pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem (1 Tm 1.7), são homens que pensam apenas em si mesmos, divulgando as heresias, porem a igreja que estiver fiel ao conjunto de princípios que, tem como base as Escrituras, isto é, a Doutrina Bíblica, poderá defender-se desses lobos. b) Então essa fé, se não for vivida nem ensinada, poderá abrir espaço para heresias. Abrir e ler 2 Pe 1.1: “Fé igualmente preciosa”, a idéia é que Pedro escreveu aqueles que tiveram fé igual a nossa (os apóstolos), por causa da imparcialidade (justiça) das bênçãos de Cristo. c)Tratando-se dos Gálatas, eles estavam deixando a graça e voltando a lei. Em nossos dias muitos procuram um “complemento” como se preciso fosse, para o evangelho, ou um “evangelho” fácil, que lhes agrada, abandonado o verdadeiro evangelho. Como nos mostra 1 Co 11.4; “Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais”, e quando falamos ninguém acredita!

2º Fatos Danosos que Facilitam o Surgimento de Heresias e Outros Males Semelhantes. a) Imaturidade Espiritual; São os novos convertidos que é necessário termos um cuidado todo especial, pois eles absorvem tudo o que ouvem. Tem também os que seguem a emoção, que só são avivados em tempos de festas, e costumam gritar quando ouvem alguma pregação emocionalista. b) Subversão (revolta contra) Espiritual; Essa revolta espiritual acontece com alguns novos convertidos e crentes carnais, que não mais se alegram ao ouvir o ensino bíblico, mas que buscam novas idéias, buscam novidades, ainda que falsas, e desvirtuam o texto bíblico para adaptá-lo as suas vontades.

A Igreja somente poderá manter-se pura e ataviada para se encontrar com Jesus se preservar a ortodoxia bíblica doutrinaria.

3. Consultar nomes de congregações, vocais, corais, etc...;

4. Consultar temas de festas, aniversários de grupos musicais (vocais e corais), congressos, conferencias, seminários, encontros, etc...;

5. Consultar peças teatrais e coreografias;

6. Consultar pregadores, ensinadores e cantores;

7. Consultar compositores de hinos e literaturas cristãs;

8. Promover seminários doutrinários e apologéticos cristã;

9. Escrever o livro sobre a História da Assembléia de Deus em Lago da Pedra - MA;

10. Publicar artigos doutrinários e apologéticos no jornal “Folha Assembleiana” periodicamente pelos membros do Conselho de Doutrina e Apologética.

Cabe ainda frisar que é preciso mais do que nunca apresentar-vos segundo o pastor e apologista Esequias Soares; “uma defesa com argumentos e fundamentação bíblica, respondendo às objeções contra a fé cristã”.

A nossa missão está focada em dois pilares do cristianismo bíblico, são eles: o kerygma (pregação, proclamação) do genuíno Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e didaskalo (ensino) da Palavra de Deus (Leia Mc 16.15; Mt 28.19, 20).


Capítulo 7

NOSSA BATALHA

O nosso combate espiritual abarca duplo espaço no contexto apologético quantos as heresias. Segundo o apologista cristã Esequias Soares são as heresias externas e internas. É o que veremos conforme a posição do Pastor Esequias Soares. Vejamos:

1. As heresias externas

Aqui nós faremos os apontamentos segundo a nossa realidade que está ao nosso redor: as seitas, movimentos secretos e a falsa religião.

a) Seitas pseudocristãs: Testemunhas de Jeová, Adventista do Sétimo Dia e Congregação Cristã do Brasil.

b) Religiões ocultistas: Espíritas Kadecistas, Legião da Boa Vontade, Umbanda, Quimbanda, Candomblé e Nova Era.

c) Movimento secreto: Maçonaria.

d) Religiões orientais: Harekrishna, Seicho-no-iê e Igreja Messiânica Mundial.

e) A falsa religião: Catolicismo Romano.

2. As heresias internas

Essas são as mais danosas a fé cristão. Os cuidados a serem observados são:

a) Movimentos unicistas: Voz da Verdade (do Conjunto musical do mesmo nome), e está em nosso meio mediante suas músicas ocultistas.

b) Confissão Positiva, G -12, Neopentecostalismo, a Teologia da properidade, inovações e modismos doutrinários. Estas são as mais perigosas, pois estão dentro de nossas igrejas infiltrando de forma fácil e inebriante com “ventos de doutrinas” no meio do povo de Deus.


Capítulo 8

O QUE É...

Sintetizaremos o conceito para as palavras doutrina e apologética, pois merecem a nossa atenção.

1. Doutrina

Segundo o pastor e mestre Antônio Gilberto é o: “... Ensino normativo, terminante, como regra de fé e prática. É coisa séria. É falar altamente influente para o bem e o mal. A sã doutrina é uma benção para o crente e para a Igreja”.

E para o pastor e teólogo Claudinor de Andrade: “[Do lat. doctrina, do verbo dócio, ensinar, instruir, educar] Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente”.

2. Apologética Cristã

Segundo o pastor Esequias Soares: “é uma disciplina que tem por objeto a defesa, é a ciência que procura apresentar as provas e fundamentos das coisas ou de determinado sistema de crenças. O termo vem do substantivo grego apologia, literalmente defesa, cuja idéia é defender, responder, dar a razão de, justificar, persuadir, trata-se de um discurso de defesa, tanto de pessoas como de coisas”.

E ainda afirma de forma contundente: “A Apologética Cristã é a defesa de fé cristã diante dos ataques dos ateus e críticos, da pretensa ciência, pois a verdadeira Ciência não contradiz a Bíblia, o mesmo diga-se da História, da Filosofia, da Ética, das outras religiões e teologias. Ela apresenta a resposta a todo sistema anticristão”.

3. Três perguntas que merecem respostas

Diante dos fatos no contexto teológico e apologético cristã, surgem três perguntas e que merecem respostas. Vejamos:

a) O que é – é a defesa doutrinária, do Evangelho, da razão da salvação e da fé cristã.

b) Por que – estamos ante as ameaças das proliferações das seitas, heresias, a falsa religião, a falsa ciência, a infiltração fácil das inovações e modismo doutrinários dentro das igrejas.

c) Para que – para defendermos a fé, “a batalhar pela fé de uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd v. 3).


CONCLUSÃO

A Igreja de Cristo está vivendo constantemente na batalha espiritual. O Diabo sempre procura meios para destruir o povo de Deus mediante a sedução das falsas doutrinas e práticas que tiram o lugar do Senhorio de Cristo. Por esta razão estejamos atentos quando um movimento estranho na igreja vier porventura a subtrair a sã doutrina. Pois os falsos mestres e profetas se apresentam com persuasão e discursos aparentemente convincente. Mas na realidade pela revelação bíblica trata-se de doutrinas de demônios ou de homens. E estes não estão embasados na Palavra de Deus.

Que possamos combater todas as sutilezas das heresias internas e externas. E a arma para este combate para apagar as táticas do Diabo é a espada do Espírito - a Palavra de Deus (Ef 6.17; Hb 4.12).

Portanto, que o Senhor nos abençoe e ajude-nos e estejamos sempre inabaláveis na Palavra de Deus para “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v. 3) . Amém!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 7 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

Cremos. Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 74, nº 1.430, jul. 2004.p.2.

GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. 17 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

SOARES, Esequias. A apologética e o combate às heresias internas e externas. Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 78, nº 1.478, Jul. 2008. p. 21.

Preservando a Doutrina a Missão Conservadora da Igreja. Disponível em: . Acesso em: 24/11/2008 às 11:37.

Zelo Pela Sã Doutrina. Disponível em: http://www.lideranca.org>. Acesso em: 25/11/2008 às 10:34.


SUGESTÃO DE LEITURA

Sugerimos que os Obreiros adquirem e estudem os seguintes livros:

Seitas e Heresias – um sinal dos tempos de Raimundo F. Oliveira, CPAD.

Manual de Apologética Cristã de Esequias Soares, CPAD.

Heresias e Modismo de Esequias Soares, CPAD.

O que está por traz do G-12 de Paulo César Lima, CPAD

Quebra de Maldição de Paulo César Lima, CPAD.

Respostas às Seitas de Norman Geisler e Ron Rhodes, CPAD.

Em Defesa da Fé Cristã de Dave Hunt, CPAD.

Apologia da Fé Cristã de Abraão de Almeida, CPAD.

Enciclopédia de Apologética, Editora Vida.

O Evangelho que Paulo jamais pregaria de Ciro Shances Zibordi, CPAD.

Erros que os pregadores devem evitar de Ciro Shances Zibordi, CPAD.

Mais erros que os pregadores devem evitar de Ciro Shances Zibordi, CPAD.

Manual da Defesa da Fé, Editora Central Gospel.

Sedução das Novas Teologias de Silas Daniel, CPAD.

O Cristianismo segundo a Bíblia de Ron Rhodes, CPAD.

Defendendo a sua Fé de R. C. Sproul, CPAD.

Cristianismo em Crise de Hank Hanegraaff, CPAD.

Guia de Seitas e Religiões de Bruce Bickel e Stan Jantz, CPAD.

Sábado a Lei e a Graça de Abraão de Almeida, CPAD.

Bíblia de Estudo Apologética, Editora ICP.

Bíblia de Estudo do Evangelista

Fé Cristã e Pós-modernidade de Geremias do Couto, CPAD.

Perigos da Pós-modernidade de Elinaldo Renovato, CPAD

O Cristão na cultura de hoje de Charles Colson e Nancy Pearcey, CPAD.

Verdade Absoluta de Nancy Pearcey, CPAD.

Panorama do Pensamento Cristã de N. D. Palmer, CPAD.

E agora como viveremos? De Charles Colson e Nancy Pearcey, CPAD.

Cristo entre outros deuses de Erwin E. Lutzer, CPAD.

Esboço de Teologia Sistemática de A. B. Langston, JUERP.

Teologia Sistemática de Stanley M. Horton, CPAD.

Doutrinas Bíblicas de Stanley M. Horton e Willian Menzies, CPAD.

Teologia Sistemática de Eurico Bergstén, CPAD.

Teologia Sistemática Pentecostal de vários autores, CPAD.

As Verdades Centrais da Fé Cristã de Claudionor de Andrade, CPAD.

Teologia Sistemática de Charles Finey, CPAD.

Dicionário Teológico de Claudionor de Andrade, CPAD.

Teologia Contemporânea de Abraão de Andrade, CPAD.

Batismo no Espírito Santo e com Fogo de Anthony D. Palma, CPAD.

As Doutrinas Bíblicas Pentecostal de Antonio Gilberto, CPAD.

O Fruto do Espírito de Antonio Gilberto, CPAD.

Manual Prático de Teologia de Eduardo Joiner, Editora Central Gospel.

Teologia Sistemática Exaustiva de Wayne Gruden, Edições Vida Nova.

Introdução à Teologia Sistemática de Erickson J. Millard, Edições Vida Nova.

Sua Igreja está preparada? De Zacharias e Ron Rhodes , CPAD.

A Bíblia através dos séculos de Antonio Gilberto, CPAD.

Manual da Escola Dominical de Antonio Gilberto, CPAD.

Manual da Fé Cristã, Editora Betânia.

Manual de Escatologia de J. Dwhit Pentecost, Editora Vida.

Examine as Evidências de Ralph O. Mancaster, CPAD.

Teologia Sistemática de A. H. Strong, ABP.

Conhecendo as doutrinas da Bíblia de Myer Pearman, Vida.

O Progresso da Apostasia de Raimundo F. Oliveira, Hosana.

As Grandes Doutrinas da Bíblia de Raimundo F. Oliveira, CPAD.

Teologia Sistemática de Louis Berkhof.

Teologia Sistemática de W. S. Shaffer.

Teologia Sistemática de Charles Hoodge.

Teologia Elementar de Bankhofre, Imprensa Batista Regular.

Manual de Doutrinas Bíblicas, P. C. Nelson, Editora Vida.

Manual de Teologia Sistemática de Zacarias Aguiar Severa, Editora A.D. Santos.

Estudando as Doutrinas da Bíblia de Bruce Milne, Editora ABU.

Revista Manual do Obreiro, CPAD.

Revista Resposta Fiel, CPAD.

Nos domínios do Espírito de Estevam Ângelo de Souza, CPAD.