quinta-feira, 4 de junho de 2009

Deusimar Barbosa







OS IMPÉRIOS GENTÍLICOS E O GOVERNO DO MESSIAS






Conhecendo à luz da Bíblia o caráter histórico, político, moral, espiritual e profético das supremacias mundiais das nações gentílicas e o glorioso Reino de Cristo.
Deusimar Barbosa







OS IMPÉRIOS GENTÍLICOS E O GOVERNO DO MESSIAS









Lago da Pedra – MA
2008
















DEDICATÓRIA

Dedico esta grande e rica obra à minha digníssima esposa Francidalva de Sousa, presente de Deus em minha vida.
À minha querida mãe Rosilda Barbosa, pelo seu grande amor, incentivo e investimento na minha formação.
A todos os obreiros do Senhor que prestam serviço na causa do Mestre.
E a todos os amantes das Escrituras Sagradas.

















AGRADECIMENTOS

Ao Deus Todo-Poderoso, Soberano e Eterno pelas suas ricas e preciosas bênçãos celestiais, na inspiração que me concedeu a construir este rico compêndio, que me chamou, salvou, capacitou e confiou-me o ministério do ensino das Sagradas Escrituras.
Aos meus ilustres pastores da Igreja Assembléia de Deus em Lago da Pedra, MA, Raimundo Francisco dos Santos, Francisco de Assis Gonçalves e Magno de Jesus, pelo incentivo, amor, motivação, companheirismo e estima que sempre me dedicaram.

















APRESENTAÇÃO

Desejo apresentar-vos esta preciosa obra sobre “Os Impérios Gentílicos e o Governo do Messias”, um palpitante tratado escatológico para estes últimos dias da Igreja aqui na terra.
É confortante para a Igreja de Cristo saber a autenticidade e a veracidade histórica e profética da Bíblia Sagrada destes impérios gentílicos que foram, e são, o plano de Deus – o tempo do fim sobre a humanidade.
É o cumprimento cabal das seletivas páginas sagrada da Bíblia sobre Israel, os gentios e a Igreja (Ver 1 Co 10.32).
Este assunto é de suma importância para os cristãos fiéis que esperam a iminente Volta do Nosso Senhor Jesus Cristo. A Bíblia já nos revela categoricamente que estamos nos “últimos dias”.
O amado leitor deve estudar com bastante denodo e cuidado os capítulos 2, 4, 5, 7, 8 e 11 do livro do profeta Daniel, e os capítulos 13, 17, 18 e 19 do livro de Apocalipse, e 2 Tessalonicenses capítulo 2. Também os livros apócrifos de 1 e 2 Macabeus, que não está no cânon sagrado, mas que servirá de importância no estudo no tema supracitado.
O leitor deve observar a expressão “tempos dos gentios” e a “plenitude dos gentios’’. Vejamos:

1. Tempos dos gentios
“E cairão ao fio de espada e para todas nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem’’(Lc 21. 24 ).
Aqui aponta para o intervalo profético de Jesus, entre a destruição da cidade de Jerusalém, em 70 d.C., pelo o general romano Tito, e a segunda vinda de Cristo, durante a qual o Evangelho é propagado ao mundo inteiro.
Aqui tem haver com o aspecto político mundial, aponta - se ao tempo em que os gentios tem domínio sobre a nação de Israel, que teve inicio com o cativeiro babilônico cerca de 612 a.C., pelo o monarca Nabucodonosor. Mas esta expressão sagrada aponta para o dia do domínio final da restauração de Israel, durante o Reino de Cristo no Milênio.

2. Plenitude dos gentios
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado’’ (Rm 11.25).
Aqui aponta para o aspecto espiritual, aparição e o domínio celestial da Igreja de Cristo triunfando contra o Diabo, e reinando o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, Jesus Cristo para o seu louvor e sua glória para sempre!
Deus rejeitou Israel por um espaço de tempo, até que o tempo de Deus os salvará dentre os gentios e venham a crer em Jesus Cristo. Então, Israel será salvo (Ver Rm 11.26).
Na primeira parte trataremos do caráter histórico, moral e político dos Impérios Gentílicos: Babilônia, Medos-persas, Grécia e Roma, conforme Daniel capítulo 2 – a imagem espantosa do sonho de Nabucodonosor.
Na segunda parte trataremos do caráter profético e espiritual das supremacias gentílicas conforme Daniel capítulo 7 – a visão dos quatros animais espantosos do profeta Daniel.
Na última e terceira parte trataremos dos últimos governos escatológicos: o governo do Anticristo, e por último o Reino glorioso de Cristo por mil anos na terra, conforme Daniel capítulos 2, 7, 8 e 11; 2 Tessalonicenses capítulo 2, e Apocalipse capítulos 13, 17, 18, 19 e 20.
O Autor

















PREFÁCIO

Este relevante assunto escatológico comentado de maneira simples, claro e objetivo foi escrito em poucas páginas de um esboço básico das nações gentílicas, como a Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma, e em seguida trata-se do governo do Anticristo e o glorioso Governo do Messias.
Aqui situaremos cada profecia em cada um dos impérios gentílicos baseado na veracidade das Escrituras Sagradas, quanto ao tempo e o espaço.
O esclarecimento de cada um dos Impérios é fundamental para que o cristão possa interpretar corretamente as Sagradas Escrituras à luz do Espírito Santo – o interprete da Bíblia Sagrada.
O tratado de escatologia é um poço profundamente inconcebível (Jo 4.11), que precisa de um espírito humilde e desejoso das revelações e mistérios de Deus (Is 34.6).
Neste pequeno comentário falaremos do ponto de vista bíblico do caráter histórico, político e profético das supremacias mundiais gentílicas, o governo do Anticristo e o glorioso Reino do Messias, cujos temas são de vasta profundidade da teologia das Últimas Coisas.
Aconselho e convido a todos os leitores a leitura desta rica e preciosa obra. Boa leitura.
Em Cristo
Professor Deusimar Barbosa


SUMÁRIO

Dedicatória ............................................................................................................. 2
Agradecimentos ...................................................................................................... 3
Apresentação .......................................................................................................... 4
Prefácio .................................................................................................................... 7
Introdução ............................................................................................................ 10

PRIMEIRA PARTE: Caráter histórico, moral e político

1. A supremacia babilônica ............................................................................... 13
2. Os Medos e os Persas, Império subdividido............................................. 19
3. A Odisséia Grega ........................................................................................... 24
4. Roma, a potência férrea mundial ................................................................ 30

SEGUNDA PARTE: Caráter profético e espiritual

5. Babilônia, o primeiro império....................................................................... 37
6. Medo-Persa, o segundo império .................................................................. 40
7. Grécia, o terceiro império.............................................................................. 44
8. Roma, o quarto império ................................................................................ 48

TERCEIRA PARTE: Os últimos reinos escatológicos

9. O governo do Anticristo ............................................................................... 55
10. O Reino do Messias ................................................................................... 63
Conclusão ............................................................................................................. 74
Avaliando seus conhecimentos ......................................................................... 76
Referências Bibliográficas .................................................................................. 78
Apêndices ............................................................................................................. 80
















INTRODUÇÃO

Estudaremos o mais importante tema da história e profecia da Bíblia, os quatro impérios gentílicos mundiais, a saber:
1. Império Babilônico (612-539 a.C.).
2. Império Medo-Persa (539-331 a.C.).
3. Império Grego (331-168 a.C.).
4. Império Romano (146 a.C. -476 d.C.).
Na enorme estátua do sonho do monarca Nabucodonosor, está predita a história das nações dos “tempos dos gentios” começando pelo o rei Nabucodonosor até a segunda vinda de Cristo.
No capítulo 2 do livro de Daniel, por meio de Nabucodonosor, Deus revela o aspecto político desses últimos impérios gentílicos mundiais mediante quatro metais: ouro, prata, bronze, ferro e barro, e uma pedra lançada sem auxílio de mãos, que é Cristo na sua segunda vinda com grande glória e poder para instalar o Milênio – o Seu governo de mil anos na terra, e no capítulo 7 do mesmo livro, Deus revela o aspecto moral e espiritual através dos quatro animais: leão, urso, leopardo e o terrível e espantoso animal. Se observarmos hoje os símbolos das nações, são representadas por animais ferozes e aves de rapina. Exemplo disso são:
· China – dragão.
· Inglaterra – leão.
· Rússia – urso.
· Itália – lobo.
· Estados Unidos – águia.
Estudaremos o tema em apreço em dois caracteres:
1. Caráter histórico.
2. Caráter profético.
Em seguida estudaremos o governo do Anticristo e o glorioso Reino do Messias no campo da profecia bíblica.

















PRIMEIRA PARTE
Caráter histórico, moral e político





















1
A SUPREMACIA BABILÔNICA

“A cabeça daquela estátua era de ouro fino...” (Dn 2.32a).
“Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.” (Dn 37, 38, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
Na sua ordem histórica e profética o Império Babilônico vem em primeiro lugar (Dn 2.37).



I. A ORIGEM DA BABILÔNIA

“E o princípio do seu reino foi Babel,... e Acade, e Calné, na terra de Sinar”(Gn 10.10).
A palavra Babilônia no original hebraico é “Babel” que significa porta de Deus. Portanto, é a forma grega do hebraico Babel. Ou seja, confusão.
Babilônia era uma civilização antiga. A data de sua origem é incerta. No entanto, sua ligação com Acade e Calnesh em Gênesis 10.10, leva-nos a supor que tenha sido ela estabelecido por volta de 3.000 a.C.
A região mesopotâmica que ficava no Oriente Médio entre os rios Tigre e Eufrates, dominada pelo povo amorita, oriundo do deserto da Arábia, por volta do ano 2.000 a.C. E pelo fato de terem fundado a cidade da Babilônia, lá se estabelecendo, os amoritas ficaram conhecidos como babilônicos.
A Bíblia nos informa que Nimrod foi o primeiro homem poderoso na Babilônia, ou seja, o primeiro rei a governar a Babilônia (Ver Gn 10.9,10).
O mais famoso dos monarcas babilônicos foi Hamurabi (1728-1686 a.C.), que estendeu o domínio do Império até o norte da Assíria.
Hamurabi tornou-se particularmente conhecido por ter mandado elaborar o primeiro código jurídico, com leis escritas, registrados pela História. Trata-se do Código de Hamurabi. A Lei Talião que era olho por olho e dente por dente.
O Império Babilônio, depois da morte de Hamurabi, entrou em decadência, sendo invadido por uma série de povos bárbaros chamados de hititas e cassitas. Por mais de cinco séculos esses povos dominaram a Babilônia, sendo, ao final, submetidos pelos assírios (1.200 a 612 a. C.). Os assírios eram um povo de grande espírito guerreiro e construíram um dos maiores impérios da antiguidade, tendo como a capital de Nínive. Comandados por seus reis, como Sargão, Senaquerib e Assurbanipal, realizaram grandes conquistas militares, e dominaram quase todas as regiões civilizadas da época dos séculos VIII e VI a.C., como: Síria, Fenícia, Palestina e Egito.

II. A HISTÓRIA E CONQUISTA DA BABILÔNIA

“No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. E o SENHOR entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus”(Dn 1.1, 2).
Por volta de 626 a.C., o período caldeu, povo estabelecido na Babilônia, quando Nabopolassar, partindo do Golfo Pérsico, ocupou o trono babilônico no dia 22 de novembro. Auxiliados pelos medos, os caldeus foram infringidos sucessivas derrotas aos assírios, tomando-lhes as cidades de Sallar por volta de 623 a.C., Assur em 614 a.C., e Nínive dois anos depois, em 612 a.C.
Após suas vitoriosas campanhas militares contra a Síria e diversas tribos do Norte, entre os anos de 609 e 606, Nabopolassar confiou seu exército a Nabucodonosor, seu príncipe herdeiro do trono, que combateu os egípcios em Kumuhi e Quramati, derrotando-os definitivamente em Carquemis, nos meses de maio e junho de 606 a.C.
Enquanto ainda estava na Palestina recebendo a sujeição de outros povos, inclusive de Judá, ao tempo do rei Jeoiaquim, ouviu a notícia da morte do pai (15 de agosto de 605 a.C.), e imediatamente atravessou o deserto para tomar as mãos de Bel, e assim, reivindicar oficialmente o trono, a 6 de setembro de 605 a.C. (Ver Dn 1.3-6).
Aliando-se ao povo medo, o povo caldeu constituiu o grande Império Babilônio (612 a 539 a.C.)
O principal rei dos babilônios foi Nabucodonosor, filho de Nabopolassar, que com grande esplendor, remodelou a cidade de Babilônia, tornando-a a capital do seu império. Como parte de suas conquistas militares, o rei Nabucodonosor tomou a cidade de Jerusalém, cumprindo assim a Palavra de Deus (Ver 2 Rs 24.10-17; 25.1-22; 2 Cr 36.17-21; Jr 25.1-14; Dn 1.1). Seguia-se a primeira leva de cativos para Babilônia, e entre eles estavam os jovens: Daniel, Hananias, Misael e Azarias (aqui começou a contagem dos 70 anos de cativeiro de Judá, conforme Jeremias 25.1-14, no ano 606 a.C.). A tomada de Jerusalém foi em 587 a.C., quando o templo foi destruído pelos babilônicos.

III. A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNIO

“... contou Deus o teu reino e o acabou. Pesado foste na balança e foste achado em falta. Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas. Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos”(Dn 5.26-28, 30, 31).
O Império babilônico, fundado por Nabucodonosor, não teve uma vida imperial muito longo. Em menos de um século, já sentia sinais de fraquezas e degeneração política. Enquanto isso, a coligação medo-persa fortalecia-se continuamente e se preparava para conquistar a prostituta e idólatra Babilônia.
Em 538 a.C., quando, Belsazar participava, juntamente com seus altos oficiais e suas prostitutas e idólatras, de um banquete desenfreado orgias, os exércitos medos-persas tomaram Babilônia, transformando-a em uma possessão ariana. Naquela mesma noite, a propósito, o Todo-Poderoso revelara por intermédio do profeta Daniel quão funesto seria o fim do domínio babilônico (Dn 5.24-31). Dario, um dos generais mais destemidos e proeminentes de Ciro II, tomou a Babilônia e matou Belsazar. Tinha assim, o início do Império Medo-Persa (Dn 5.28,31), que no próximo capítulo estudaremos.
Observamos aqui os passos da queda de um orgulhoso rei, que é um verdadeiro retrato daqueles que tem espírito de altivez:
1. Contou – é Deus quem tem domínio sobre os reinos e seu percurso de tempo;
2. Acabou – é Deus quem exalta, mas também abate os homens e seus reinos;
3. Pesado – é Deus quem pesa os corações dos homens em sua justa e fiel balança;
4. Achado – é Deus quem conhece as obras dos homens, as mais obscuras que pareçam para o conhecimento humano;
5. Dividido – é Deus quem dá e toma, coloca e tira os governos dos homens;
6. Deu-se – é Deus quem dá os reinos aos homens a quem Ele quer;
7. Foi morto – ou seja, os reinos dos homens mortais são temporais, porém o Reino de Deus é eterno e sobrepõe a todos os reinos terrestres.
Assim disse o sábio e rei Salomão: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18).



















2
OS MEDOS E PERSAS, IMPÉRIO SUBDIVIDIDO

“... o seu peito e os seus braços, de prata;...” (Dn 2.32b).
“E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu,...” (Dn 2.39).
Veremos o segundo império conforme a profecia de Daniel do sonho de Nabucodonosor da grande espantosa estátua.



I. A ORIGEM DOS MEDOS

“Os filhos de Jafé são:...Madai” (Gn 10.2).
A civilização dos medos, no princípio de sua história, foram mais potênticas do que os persas. Os medos eram povos de origem de Madai (Gn 10.2). Eles chamavam-se a si mesmo de airiana, palavra que significa nobre. A palavra airiana é hoje a moderna palavra Irã.
Pela primeira vez aparece na narrativa bíblica, como “cidade dos medos” (Ver 2 Rs 17.6; 18.11).

II. A ORIGEM DOS PERSAS

“Os filhos de Sem são: Elão,...”(Gn 10.22).
Os persas são da linhagem de Elão filho de Sem (Ver Is 21.2).
No capítulo 10 de Gênesis é considerada a genealogia das nações. Não encontramos importantes fontes da origem dos persas no contexto sagrado em apreço. Mas, julga-se que a Pérsia começou afirmar-se séculos depois da dispersão da Torre de Babel, da linhagem de Elão filho de Sem (Gn 10.22).
A nação persa é originada de povos oriundos do Planalto Iraniano: cassitas, elamitas, gutitas e lulubitas. A mais antiga sociedade persa é a Sialk. Por muitos séculos, o povo persa esteve envolvido em pleno anonimato. Nas Escrituras Sagradas aparece cinco vezes a palavra “Pérsia” (Ver Ed 1.1; 4.7, 24; Et 1.3; Dn 10.13).



III. A HISTÓRIA E A CONQUISTA DOS MEDOS-PERSAS

“Peso do deserto do mar. Como os tufões de vento do Sul, que tudo assolam, ele virá do deserto, da Terra horrível. Visão dura se me manifesta: o pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo. Sobe, ó Elão, sitia, ó medo, que já fiz cessar todo o seu gemido. Pelo que os meus lombos estão cheios de grande enfermidade; angústias se apoderaram de mim como as angústias da que dá à luz; estou tão atribulado, que não posso ouvir, e tão desfalecido, que não posso ver. O meu coração está anelante, e o horror apavora-me; o crepúsculo, que desejava, se me tornou em tremores. Eles põem a mesa, estão de atalaia, comem e bebem; levantai-vos, príncipes, e untai o escudo. Porque assim me disse o Senhor: vai, põe uma sentinela, e ela que diga o que vir. E, quando vir um bando com cavaleiros a par, um bando de jumentos e um bando de camelos, ela que escute atentamente com grande cuidado. E chamou como um leão: Senhor, sobre a torre de vigia estou em pé continuamente de dia e de guarda me ponho noites inteiras. E eis, agora, vêm um bando de homens e cavaleiros aos pares. Então, respondeu e disse: Caída é Babilônia, caída é! E todas as imagens de esculturas dos seus deuses se quebraram contra a terra.”(Is 21.1-9). Ver ainda Daniel 5.28, 30, 31 e Isaías 45.1,2.
Por volta do ano 1000 a.C., tribos de origem indo-européia emigraram para a região do Planalto do Irã. Entre essas tribos destacaram-se os medos e os persas. Ao final do século VII a.C., os medos já tinham um império organizado, que submetia ao povo persa.
Foi somente por volta da segunda metade do século VI a.C., que os persas e medos uniram-se em condições de igualdade para formar um grande Império. Essa unificação deu-se sob a liderança de Ciro, o Grande, que era um competente e corajoso general.
Em vinte e cinco anos de governo, Ciro expandiu o domínio dos persas, conquistando a Ásia Menor e toda a Mesopotâmia. Ao contrário dos assírios, Ciro dispensava aos povos submetidos a um tratamento tolerante, que possibilitava uma convivência entre o conquistador e os conquistados.
Os medos e os persas formaram uma coalizão para derrotar o Império da Babilônia (Dn 5.28). A Média lutou sob Dario, e a Pérsia sob Ciro, tomando o poder babilônico (Jr 52.30-32 cf. Is 13; 14; 21.1-9; 44.28; 45.1-4).
Numa atitude generosa, Ciro libertou os hebreus da escravidão imposta pelos babilônicos por setenta anos de cativeiro, permitindo-lhes regressar à Palestina, e reedificar o Santo Templo, os utensílios da Casa do Senhor e os muros de Jerusalém, e restaurar a vida espiritual e o culto a Deus (cf. Ed 1.1-11; Ne capítulos 3 e 8).
Os medos e os persas constituíram um vasto Império Medo-Persa (539 a 331 a.C.).
Depois de Ciro, reinaram mais três monarcas no Império Medo-Persa (Ler Dn 11.2), são eles:
1. Cambises (Assuero), filho de Ciro. Atenção não deve confundir com Assuero esposo de Ester. Cambises vem citado com o nome de Assuero em Esdras 4.6. Evidentemente, ele é o Assuero persa, e o outro, Assuero, da nação dos medos (Et 1.1; Dn 9.1).
2. Esmerdis (Artaxerxes). Teve seu nome para “Artaxerxes Longímano”, que reinou provavelmente de 465 a 425 a.C. (Ed 4.7, 811, 23; 6.14; 7.1, 11, 12, 21; 8.1; Ne 2.1; 13.6).
3. Dario (Persa) (Ver Et 4.5, 24; 5.6, 7; 6.1, 12, 14, 15).
Segundo o texto sagrado depois dos três monarcas existiu o quarto monarca, Daniel 11.2 diz: “... o quarto será cumulado de grandes riquezas, mais do que todos...”
4. Xerxes (Kchiarcha). Em 586 a. C., Xerxes assume o poder e também tenta conquistar a Grécia, mas foi derrotado nesta invasão (cf. Dn 11.2c.3).

IV. A QUEDA DO IMPÉRIO MEDO-PERSA

“E, agora, te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio...” (Dn 11.2, 3).
O Império Medo-Persa dominava no Oriente. Enquanto, isso, no Ocidente, a Grécia começava a desenvolver-se e a tornar mais poderosa e marcante a sua conquista das nações. Terminava-se, então, o fim da supremacia persa. E a Palavra de Deus, cumpria cabalmente pela boca do profeta Daniel (cf. Dn 2.39b; 11.3) que a Grécia substituiria a Pérsia. Disse Daniel a Nabucodonosor de forma contundente: “é ele quem... remove reis e estabelecereis...” (Dn 2.21).


















3
A ODISSÉIA GREGA

“... o seu ventre e as suas coxas, de cobre;...” (Dn 2.32c).
“... e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra” (Dn 2.39).

I. A ORIGEM DA GRÉCIA

“Os filhos de Jafé são:...Javã...” (Gn 10.2).
A origem dos gregos tem a sua fonte em Gênesis capítulo 10, são descendentes de Javã filho de Jafé e neto de Noé (Gn 10.2-5). A palavra “Javã” no hebraico é Grécia (cf. Ez 27.13,19; 38.1-3; 39.1). Partiu em direção ao Ocidente, para a Europa (Is 66.19), que imigraram para o norte e se estabeleceram nas terras costeiras dos mares, Negro e Cáspio. Foram os progenitores dos medos, gregos e das raças brancas da Europa e da Ásia.

II. A HISTÓRIA E CONQUISTA DA GRÉCIA

“... um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra” (Dn 2.39).
A Grécia é o berço da civilização ocidental. Dos gregos herdamos a democracia, a opinião clássica das artes e, principalmente, a filosofia. Não fossem os gregos não haveria a tradicional divisão do mundo entre Ocidente e Oriente. Deleitavam-se em filosofar, tornaram amigos da sabedoria, sua maior ambição cultural, surgiram grandes célebres da cultura grega como: Anaximandro, Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Empédocles, Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles e muitos outros. Os gregos não se preocupavam somente com a mente, mas também com o aprimoramento físico.
A Grécia antiga era dividida em cidades-estados. No século V a.C., a Grécia ficou marcada na política e na cultura pelo comando de Péricles em Atenas capital da Ática na mais importante cidade do mundo.
Em meio à tão viçosa democracia, os filósofos, escultores, pintores, dramaturgos, poetas, arquitetos, médicos, etc. Foi à maior era da história grega já presenciada na época, conhecida como o Século de Péricles. Jamais os gregos voltariam a presenciar tanto desenvolvimento e tamanha glória.
No século seguinte, os gregos tornaram-se alvos das intenções hegemônicas de Felipe II da Macedônia. As violentas e prolongadas guerras entre as diversas cidades da Grécia acabaram tornando a civilização grega esgotada, fraca e empobrecida. Aproveitando-se desse quadro de decadência e desunião existente entre os gregos, Felipe, rei da Macedônia, preparou um poderoso exército para conquistar a Grécia. O marco decisivo das batalhas que os macedônios moveram contra os gregos foi à vitória de Felipe na batalha de Queronéia, em 338 a.C.
Em 333 a.C., Felipe é assassinado, sendo sucedido no trono por seu filho Alexandre, que, de forma extraordinária, soube expandir militarmente o Império Macedônico. Alexandre Magno, conhecido como o (Grande), nasceu em 356 a.C., foi educado pelo o filósofo Aristóteles. Alexandre Magno com sua visão ambiciosa passariam contemplar a humanidade como uma só família. A sua ambição era conquistar a terra. Com seus vinte anos de idade, declara sua autoridade sobre os gregos.
Com um exército de mais de 40 mil, e uma frota de 169 navios, vence o exército persa. Em 333 a.C., vence novamente os persas. No caminho do Egito, Tiro e Gaza são vencidos. É recebido no Egito como filho dos faraós; funda a cidade de Alexandria no delta do Nilo, e depois ataca os exércitos do rei Dario III, no ano 331 a.C., derrotando definitivamente o Império Medo-Persa, cumprindo a profecia bíblica (cf. Dn 8.5). Em 327 a.C., após a conquista do Oriente Médio e do Norte da África, também conquista a Índia.
Alexandre Magno reinou 12 anos e 8meses. Faleceu aos 33 anos, na Babilônia em 323 a.C vitimados por uma febre violenta, após o banquete extenso e muita bebida. Dele disse Orlando Boyer:
“Ele já estava á porta de qualquer cidade para conquistá-la, antes mesmo de alguém saber mesmo de alguém saber que tinha saído de seu palácio... Alexandre tinha o grande alvo de fazer do mundo inteiro uma só nação, a Alexandrelândia. Não poderia haver mais guerras nem carestia, porque não haveria mais estrangeiro nem fronteiras, e todos os homens, assim, podiam gozar paz e prosperidade. (Era o seu sonho dourado, mas só há um que pode realizá-lo: Jesus Cristo) Alexandre, ainda muito novo, dominou o mundo inteiro e chorou porque não havia outros reinos a conquistar”.
O império de Alexandre não resistiu à sua morte. Conforme profetizara Daniel, as possessões Alexandrinas são repartidas entre os mais ilustres militares gregos (cf. Dn 11. 4). Vejamos o reino repartidos:
1. Lisimaco – Trácia e uma parte de Ásia Menor;
2. Cassandro – Macedônia e a Grécia;
3. Seleuco – Síria e o Oriente;
4. Ptolomeu – Egito e a Palestina.
Alexandre foi à antítese do verdadeiro Cristo. Vejamos o caráter negativo de Alexandre e o caráter positivo de Cristo:
1. Jesus e Alexandre morreram aos 33 anos.
2. Alexandre viveu para si mesmo; Jesus por mim e por você.
3. Alexandre morreu num tronco; Jesus morreu numa cruz.
4. Alexandre foi triunfante (aparentemente); Jesus foi à derrota (aparentemente), para nossa vitória.
5. Alexandre comandou imensos exércitos armados, Jesus teve apenas um pequeno grupo, desarmado.
6. Alexandre derramou sangue alheio sem piedade; Jesus derramou o seu próprio sangue precioso, e o derramou por amor ao mundo.
7. Alexandre conquistou o mundo em vida; Jesus perdeu a sua vida para ganhar vida para seus seguidores.
8. Alexandre morreu na Babilônia; Jesus morreu em Jerusalém no Calvário.
9. Alexandre conquistou tudo para si; Jesus a si mesmo se deu.
10. Alexandre enquanto viveu, conquistou todos os tronos; Jesus, a morte e na vida, conquistou o Trono da Glória.
11. Alexandre sendo servo se fez deus; Jesus sendo Deus se fez servo (Fl 2.6, 7).
12. Alexandre ganhou um grande nome, Alexandre o Grande; Jesus, “um nome que é sobre todo o nome”: CRISTO.
13. Alexandre viveu para se gloriar; Jesus para abençoar.
14. Alexandre, quando morreu, seu trono, conquistado pela espada, ruiu para sempre. Jesus, quando morreu ganhou o trono que permanece para sempre (Sl 93.2).
15. Alexandre fez de todos escravos; Jesus a todos (que o aceitaram ou aceitam) liberta da escravidão do pecado.
16. Alexandre construiu um trono forrado de sangue. Jesus edificou o seu com amor.
17. Alexandre veio da terra; é terreno (1 Co 14.47). Jesus veio do Céu; é celestial (1 Co 15.47-49).
18. Alexandre morreu para sempre; Jesus para sempre vive (Ap 1.18).
19.Alexandre era grego; Jesus era judeu.
Disse certo teólogo: “Perde tudo aquele que só recebe, e tudo ganha aquele que dá”.


III. A QUEDA DO IMPÉRIO GREGO

“Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outros ’’ (Dn 11. 4).
Falecido e arruinado por disputas, chegou ao fim o glorioso Império Grego. Em seu lugar, levanta-se o terrível e assombroso animal, visto por Daniel séculos antes (cf. Dn 7.7). O Império Romano, de acordo com a visão de Daniel, seriam diferentes de todos os outros impérios anteriores, Roma conquistaria, esmagaria, devoraria, fazeria em pedaços e pisaria aos pés o que sobejaria. Qual a desamparada nação de Israel sentiria, também, quão férreas e afiadas são as garras de Roma.

















4
ROMA, A POTÊNCIA FÉRREA MUNDIAL

“as pernas, de ferro; os seus pés, em parte de ferro e em parte de barro.” (Dn 2.33).
“E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.” (Dn 2.40-43, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

I. A ORIGEM DE ROMA

Apoiada nas pesquisas arqueológicas, a História conta o nascimento de Roma de maneira diversa da tradição lendária. No decorrer do segundo milênio a.C., diversas populações conhecidas como italiotas (latinos, sabinos, samitas, úmbrios) instalaram-se na Itália, fazendo surgir uma pequena aldeia de pastores em Roma, mais tarde, chegaram à Itália aproximadamente no século VIII a. C.
De acordo com uma antiga lenda, Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos, netos do Rei Numitor, de Alba Longa, que havia sido destronado do poder. Um dos gêmeos chamava-se Rômulo e o outro, Remo. Ambos, ainda recém-nascidos, foram colocados dentro de um cesto e abandonados nas águas do Rio Tibre. Levado pela correnteza, o cesto navegou pelo rio, encalhando junto ao Monte Palatino. Ali, os dois irmãos foram encontrados por uma estranha loba, que os acolheu e amamentou. O pastor chamado Faustolo, posteriormente encontrou as duas crianças e cuidou de sua educação.
Já adulto Rômulo e Remo conquistaram o trono de Alba Longa para seu avô e receberam a permissão para fundar uma aldeia, próxima do lugar onde a loba havia encontrado. Surgiu, então, uma disputa entre eles para saber quem reinaria na aldeia, Rômulo acabou vencendo a disputa. É fundada a cidade de Roma (753 a. C.), cujo nome deriva de Rômulo.

II. A HISTÓRIA E CONQUISTA DO IMPÉRIO ROMANO

“E o quarto reino será forte como ferro; pois, como ferro esmiúça e quebra tudo, como ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrará” (Dn 2.40).
O Império Romano, a potência férrea, com suas férreas garras, subjugou todo o mundo antigo, crucificou o Messias e destruiu Jerusalém e o Templo.
A submissão dos gregos ao Império Romano custou à vida de milhares de soldados em muitas e sangrentas batalhas. O império romano conquistou a cidade de Tarento em 272 a. C. e da última cidade etrusca em 265-264 a. C., também Silícia, em 264 a. C., conquistou a Espanha e a região de Cartago. Mas o Império Romano se empreendeu no Oriente helenístico custam a dar seus frutos. O Império Romano já intervém na Grécia em 212 a. C., derrota nitidamente o exército macedônio em 197 a. C., esmaga definitivamente em 168 a. C., e só em 148 a. C., estabelece como província a Macedônia. O Império Romano se estendeu de 168 a. C. a 476 d. C.
O ano 168 a. C., marcou o início do império romano nos três continentes, Europa, Ásia e África.
O profeta Moisés apontava para o Império Romano quando anunciou o castigo por desobediência (cf. Dt 28.50-53). Em nenhuma outra ocasião, senão debaixo do Império Romano, as palavras do profeta Moisés tiveram tão perfeito, fiel e completo cumprimento (Dt 28.50-53).
É difícil traçar os limites do Império Romano. Dilatadíssimo mantinham incontáveis províncias na Europa, Ásia e África. O Império Romano foi o mais poderoso reino do mundo. Sua presença era sentida em todas as partes do mundo.
Nos tempos de sua maior extensão, diz o Reverendo John Davis: “O Império Romano media 3.000 milhas de leste a oeste, e 2.000 de norte a sul, com uma população de 120.000.000 (cento e vinte milhões).
Em 63 a. C. a cidade de Jerusalém é tomada pelo o general romano Pompeu.
Destacaremos duas personalidades do império romano responsáveis pela a morte de Jesus, e da outra, pela destruição da cidade de Jerusalém. Vejamos:

1. Pilatos

Pôncio Pilatos assumiu o governo da Judéia no ano 26 d. C. nomeado por Tibério, foi responsável pela a morte de Jesus (cf. Mt 27.25, 26).

2. Tito

O general romano Tito foi o responsável pelo o derramamento do sangue dos judeus a partir do ano 70 d. C., com a destruição de Jerusalém e do Templo, pela a determinação de seu pai Vespasiano imperador do Império Romano.
O judaísmo era considerado pelo o Império Romano por não serem proselitistas só limitava-se aos judeus, os rabinos não tinham espírito cristão, para isso o Império Romano permitia o funcionamento das sinagogas e escolas judaicas. Mas a religião do cristianismo por ter o espírito missionário, desde o nascimento, foi severamente perseguida pelo o Império Romano. A autoridade romana via-se como uma perigosíssima ameaça do cristianismo. E de fato, a religião do cristianismo visava e visa à conquista espiritual do mundo. (cf. Mt 28.18-20; At 1.8; Mc 16.15).

III. A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO

“E, quando ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isso será um reino dividido...” (Dn 2.41).
Com a morte do Imperador Teodósio em 395 d. C., o vasto Império Romano foi dividido em duas grandes partes: Império Romano do Ocidente com sede em Roma; Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla. (cf. Dn 2.33, 40).
O objetivo de Teodósio, ao fazer essa divisão administrativa, era fortalecer cada uma das partes do Império, criando condições para governos descentralizados para enfrentar a ameaça das invasões bárbaras. Feita a divisão, entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques dos bárbaros.
Em 476 d. C., o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi deposto do poder por Odoacro, rei dos hérulos, um dos povos bárbaros. Por outro lado, o Império Romano do Oriente conseguiu sobreviver, embora com transformações, até 1453, que os turcos conquistaram Constantinopla (atual Istambul, capital da Turquia).
Depois de séculos de sanguinolência e devassidão, permissidade e férrea tirania, chega ao fim o inexpugnável Império Romano. A imoralidade e a inebriante luxúria tiraram do povo romano sua fibra e coragem. Enquanto isso, os inimigos de Roma fortaleciam-se e preparavam-se para deitá-la por terra.
Em 476 d. C., os bárbaros invadiram Roma. E assim desapareceu, o mais extenso e poderoso reino do mundo. A soberba precede a queda.



















SEGUNDA PARTE
Caráter profético e espiritual



























5
BABILÔNIA, O PRIMEIRO IMPÉRIO

“E quatro animais grandes, diferentes um dos outros, subiam do mar. O primeiro era como um leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.” (Dn 7.3, 4).






I. A SIMBOLOGIA PROFÉTICA DO IMPÉRIO BABILÔNIO

1. A cabeça de ouro da estátua

“A cabeça daquela estatua era de ouro fino, Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E, onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo e aves dos céus, ele tos entregou na tua mão e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro” (Dn 2.33, 37, 38).
Representa o começo, o início dos gentios, isto é, o Império Babilônio (Ler Lc 21.24).

2. O leão

“O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem” (Dn 7.4).
“Já um leão subiu da sua ramada, e um destruidor das nações; ele já a partiu do seu lugar para fazer da tua terra uma desolação, a fim de que as tuas cidades sejam destruídas, e ninguém habite nelas.” (Jr 4.7).
Corresponde a cabeça de ouro da estátua do capítulo 2 de Daniel, isto é, o Império da Babilônia (Dn 2.32, 37, 38). O leão representa o Império Babilônio. O leão tinha duas asas, que representa rapidez nas suas conquistas. O Império Babilônio era como um leão (Jr 4.7).


3. A águia

“... e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem” (Dn 7.4).
“O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que atentará para o rosto do velho, bem se apiedará do moço.” (Dt 28.49-50).
“Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas. Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicaz do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida. Eles todos virão como violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles congregarão os cativos como areia” (Hc 1.6-9).
“E tinha asas de águia”. Na simbologia profética, representa Nabonido e Belsazar. O Império Babilônio é considerado na Bíblia como “uma nação feroz” que voa como a águia (Dt 28.49-50; Hc 1.6-8).

















6
MEDO-PERSA, O SEGUNDO IMPÉRIO

“Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso a qual se levantou de um lago, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5).






I. A SIMBOLOGIA PROFÉTICA DO IMPÉRIO MEDO-PERSA

1. O peito de prata da estátua e seus dois braços

O peito de prata da estátua e seus dois braços “... o seu peito e os seus braços, de prata. E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu...” (Dn 2.32, 39).
Representa a coligação do Império Medo-Persa, o segundo império mundial.
O peito e os braços de prata representavam o Império Medo-Persa, com Dario e Ciro, respectivamente. Os dois braços representavam Dario e Ciro. Dario é o braço esquerdo da estátua, enquanto que Ciro é o braço direito. Na simbologia profética são chamados de “Os tufões de vento do Sul (Sul da Babilônia), que tudo assolam” (Is 21.1).

2. O urso

“Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia” (Dn 7.5; 8.20).
Corresponde o peito de prata do capítulo 2, isto é, a Médio-Pérsia (Dn 2.32, 39). Em Daniel 8.20, a Médio-Pérsia volta a ser representada por um carneiro. O urso se levantou sobre um dos lados, e tinha na boca três costelas. O lado que se elevou foi a Pérsia, que passou a ter ascendência sobre a Média. As três costelas na boca aludem à conquista pela Pérsia de Babilônia, Lídia e Egito.

3. O carneiro com dois chifres

“E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outro; e a mais alta subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele faze conforme a sua vontade e se engrandecia. Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia” (Dn 8.3, 4, 20).
É a Pérsia (v. 20). É representada em Daniel 7.5 por um urso. Os dois chifres representam a atualidade do império: Média e Pérsia. O chifre mais alto (v. 3) é a Pérsia, que apesar de ser mais recente do que a Média, tornou-se proeminente (v. 3). Em 550 a. C. Ciro, um persa, rebelou-se contra os medos, que até então detinham o poder e tornou-se cabeça dos dois reinos.

4. Os quatro reis persas

“E, agora, te declararei a verdade; Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quatro será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia” (Dn 11.12).
Aqui são mencionados os quatros monarcas da pérsia, além de Ciro, pois já estava no trono (Dn 10.1). Ciro morreu e seu filho Assuero herda o trono. Esses reis são:
a) Assuero, filho de Ciro (529 – 522 a. C.) é conhecido na história por Xerxesi e Cambises II (Ed 4.5).
b) Artaxerxes I. Reinou de 522 – 521 a. C. É conhecido na história por Smeredis. (Ed 4.7-11). Determinou a suspensação das obras do Templo pós-cativeiro.
c) Dario II. Filho de Artaxerxes (521 – 485 a. C.) (cf. Ed 4.5). É conhecido na história por Dario Histaspes, ou (Histaspes). Foi ele quem determinou a conclusão das obras do templo (Ed 6). Foi derrotado na batalha de Maratona, na Grécia, em 490 a. C.
d) Assuero, esposo de Ester (Et 1.1). Foi o mais rico e mais poderoso rei persa. Reinou em 485-465 a. C. A história chama-o de Xerxes II, não confundir com o Assuero de Esdras 4.6. Era filho de Dario II e foi derrotado pela esquadra grega de Salamina, Chipre, em 480 a. C.
Aqui o Império Persa termina. É que a glória da Pérsia entrou num rápido declínio político com a morte de Assuero (Xerxes II).

















7
GRÉCIA, O TERCEIRO IMPÉRIO

“Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio” (Dn 7.6).






I. A SIMBOLOGIA PROFÉTICA DO IMPÉRIO DA GRÉCIA

1. O ventre de bronze da estátua

“... o seu ventre e as suas coxas, de cobre; ... e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra” (Dn 2.32, 39).
Representa o Império da Grécia, corresponde com Dn 7.6.
“O ventre” simboliza a unificação dos reinos da Grécia e Macedônia em um só império. As “coxas” representam a Grécia o “andar” das “coxas”.

2. O leopardo

“Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave na suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio” (Dn 7.6).
Corresponde ao ventre de bronze de Daniel 2.32. Isto é, à Grécia (Dn 2.32.39). Em Daniel 8.5, 21 a Grécia volta a aparecer sob a figura de um bode. O leopardo tinha quatro asas e quatro cabeças. As quatro asas simbolizam rapidez nas conquistas mais do que o Império Babilônio. As quatro cabeças simbolizam a divisão do império Grego entre os quatro generais de Alexandre o Grande após a sua morte de, a saber: Lisímaco ficou com a Trácia e Bitínia; Casandro ficou com a Grécia e Macedônia; Seleuco ficou com a Babilônia e Síria; e Ptolomeu ficou com a Palestina, Egito e Arábia. De fato, Alexandre dominou o mundo em dez anos tornando o mundo civilizado em uma só cultura, por exemplo: o grego, a língua comercial, política e cultural. O exército de Alexandre era como relâmpago, tinha rapidez nos ataques.

3. Um bode

“E, estando eu considerado, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos; mas o bode peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o rei primeiro” (Dn 8.5, 21).
O reino da Grécia é representado aqui por um bode, “O bode peludo é o rei da Grécia” (Dn 8.21). Em Daniel 7.6 é representado por um leopardo. O “chifre notável” do bode (v. 5) é Alexandre, um dos mais brilhantes guerreiros dos tempos antigos rei da Macedônia fundador do helenismo, gênio militar e propagador da cultura grega. Foi ele o grande monarca do império grego. Em Daniel 8.6, 7 falam do seu grandioso e irresistível exército. Em doze anos de conquista Alexandre subjugou o mundo de sua época. Morreu em 323 a. C., em Babilônia aos 33 anos de idade.
Em Daniel 8.8 vemos o império de Alexandre se dividindo em quatro partes, entre seus quatro generais. Essas quatros divisões correspondem hoje, a Grécia, Turquia, Síria e o Egito (Dn 8.22).

4. Um rei valente

“Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver. Mas estando ele em pé, o seu reino será quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outro” (Dn 11.3, 4).
“Depois se levantará um rei poderoso” (v. 3). É Alexandre, o Grande, da Grécia. Em 323 a. C., iniciou suas guerras de conquista e em 332 venceu a Pérsia. Morreu em 323 a. C., aos 33 anos de idade, após 13 anos de conquista e 8 anos de imperador mundial. Em Daniel 11.4 temos a divisão do seu vasto império em quatro partes. Dos quatro primeiros monarcas, após, a divisão do império, o mais poderoso foi Seleuco Nicátor, da Síria. A história comprova que todos os descendentes de Alexandre foram excluídos do trono: três esposas, dois filhos, um irmão e sua mãe.


















8
ROMA, O QUARTO IMPÉRIO

“Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.” (Dn 7.7, 19, 23, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

I. A SIMBOLOGIA PROFÉTICA DO IMPÉRIO ROMANO

1. As duas pernas de ferro da estátua

“as pernas, de ferro; os seus pés, em parte de ferro e em parte de barro. E o quarto reino será forte como ferro; pois como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.33, 40).
As pernas são as partes mais longas do corpo humano, que representam a extensão do Império Romano, que se estendia à Europa, África e Ásia, foi o império mais poderoso da terra. A extensão do Império Romano era de 3.000 milhas de leste a oeste, e 2.000 milhas de norte a sul. As duas pernas representam à divisão do Império Romano do Ocidente e Oriente, ocorrido em 395 d. C. O Império Romano teve um início de unidade, mas mesmo assim foi fundada dentro dum paralelismo. Vejamos:
a) Fundado por dois irmãos: Rômulo e Rêmulo; depois Rômulo se desentendeu com Rêmulo e o matou em combate.
b) Governada por monarquia e república. Monarquia (753 - 509 a.C.) e República (509 - 27 a.C.).
c) Divisão do império em dois: o do Ocidente (capital Roma) e o do Oriente (capital Constantinopla – atual Istambul, capital da Turquia). Condição atual: Socialismo versus Capitalismo. Comunismos versus Religião. O ferro seguirá misturado com barro até o fim da presente era (cf. Ap 17). O ferro e barro não se misturam (Dn 2.33).

2. O quarto animal

“Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; E também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e diante do qual caíram três, isto é, daquele que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e cujo parecer era mais robusto do que o dos seus companheiros. Eu olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.” (Dn 7.7,8 11, 19-24, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
Corresponde às pernas e os pés da estátua de Daniel 2.33, isto é, o Império Romano, ainda à sua última forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus. Esse animal terrível e espantoso é incomparável. A descrição salienta apenas o caráter destruidor da fera, vejamos:
a) “Terrível”. Jesus Cristo foi morto pelo o Império Romano (Mt 27.11-56).
b) “Espantoso”. O império Romano derramou muito sangue. Só em falar na palavra “romano” dava medo, todo mundo tremia. (Ver Jo 19.12, 13; At 16.37-39).
c) “Muito forte”. “O quarto reino será forte como ferro” (Dn 2.40).
d) “... Tinha dentes grandes de ferro”. O animal espantoso tinha a mesma natureza das pernas e pé da estátua em Daniel 2.33, 41. Isto é, composto de ferro e barro.
e) “Ele devorava...”. O Império Romano conquistou o mundo civilizado da sua época, subjugou reinos, dominou todos os povos (cf. Dn 7.23).
f) “Fazia em pedaços”. A primeira providencia que tomava o Império Romano após conquistar uma nação era dividir suas terras e regiões, tetrarquia, províncias, e distritos. Nos dias de em Jesus em seu ministério terreno, encontramos o território da Palestina dividido em quatro ou cinco regiões, como por exemplo: Galiléia, Samaria, Judéia, Peréia e Decápolis (Mt 4.25; Jo 4.3, 4).
g) “E pisava aos pés o que sobejava”. O Império Romano tinha dois objetivos, matar e reduzir à escravidão. A Bíblia fala sobre esses “pés” em várias partes (Ver Dn 2.33, 34, 41, 42; 7.7, 19, 23; 8.10, 13). No Novo Testamento têm esta expressão (Ler Lc 21.24; Ap 11.2; 13.2). O mapa geográfico de Roma sede do império é a figura de um pé. (Ver o mapa no apêndice na página 84).
Duas coisas aprendemos de Roma. A primeira é geográfica, o mapa de Roma tem o formato de um pé, isto significa que o Império Romano pisou e massacrou os seus inimigos. Esse Império crucificou a Cristo, perseguiu, torturou e matou os cristãos. A segunda é que seu nome ao contrário de AMOR: ROMA – AMOR. Esse Império marcou pela crueldade, barbaridade, e ódio quem estivesse ou atravessasse o seu caminho.
Portanto fica claro na simbologia profética de Daniel nos capítulos 2, 4, 7 apresenta os quatros impérios gentílicos. Os mesmo podemos classificá-los em três reinos: Mineral, vegetal e animal. Vejamos:
a) O mineral – os metais: o ouro é o Império da Babilônia; a prata é o Império Medo-Persa; o bronze é o Império da Grécia; o ferro e o barro é o Império Romano dividido.
b) O vegetal. Em Daniel 4.14 diz: “... Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto...”. Aqui a fiel interpretação profética é o seguinte para os quatro impérios gentílicos:
· As árvores – representam o Império Babilônio (605 a 539 a. C.);
· Os ramos – representam o Império Medo-persa (539 a 331 a. C.);
· Suas folhas – representam o Império da Grécia (331 a 146 a. C.);
· Seu fruto – representa o Império Romano (146 a.C., a 476 d. C.). Leia ainda Daniel 4.20-22.
c) O animal. O leão com asas de águias é o Império Babilônico; o urso é o Império Medo-Persa; o leopardo com quatro cabeças e quatro asas é o Império da Grécia; o animal terrível e espantoso é o Império Romano.


















TERCEIRA PARTE
Os últimos reinos escatológicos



























9
O GOVERNO DO ANTICRISTO

“Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” (Dn 7.8, 24, 25, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap 13.1-8, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

1. Os dez dedos dos pés da estátua

“E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.” (Dn 2.41, 42, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
Representa dez reinos, são os dez reis correspondentes dos dez chifres do espantoso animal em Daniel 7.24, e também dos dez chifres da besta em Apocalipse 13.1; 17.3. Trata-se de um poder político que existiu no passado, e que no presente não existe, mas que existirá no futuro no período da Grande Tribulação (cf. Ap 17.8).

2. O chifre pequeno

“Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas.” (Dn 7.8, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
Simboliza o futuro Anticristo, se levantará entre os dez reis e baterá os três reis, o Anticristo será muito culto e orador persuasivo de massas (Dn 7.8, 20, Compare com Ap 13.5, 6).
O Anticristo será um ditador mundial de caráter diabólico (2 Ts 2.1-14). Afinal quem é o Anticristo? É o arquiinimigo de Deus e seu Cristo. O seu nome em si significa aquele que se opõe a Cristo. Ele será o representante maior do Diabo na terra (Ap 13.12). É a besta que sobe do mar (Ap 13.1). O homem do pecado e filho da perdição (2 Ts 2.3). O assolador (Dn 9.27).
O objetivo do Anticristo será para levantar-se contra o Cristo de Deus e postar-se em lugar de Cristo. Ele receberá os títulos de o príncipe que há de vir (Dn 9.26), o que vem em seu próprio nome (Jo 5.43), aquele que se assentará no templo de Deus (2 Ts 2.4) e o homem do pecado (2 Ts 2.3).
A sua missão será de implantar o reino de Satanás em todo mundo, criar uma religião (Ap 13.11-18), estabelecer uma economia fortemente centralizada (Ap 13.17, 18). O mundo está caminhando para uma catástrofe econômica. Assim dizem os especialistas. Numa reunião dos economistas da MCE (Mercado Comum Europeu), realizada em Bruxelas, na Bélgica em 1975, sob a liderança do Dr. Friman, foi feita a seguinte declaração: “precisamos de um homem que nos tire do atoleiro econômico. Seja ele Deus ou demônio, nós o receberemos”. Leia João 5.43; Daniel 9.27. A sua missão será ainda destruir as bases da religião divina (2 Ts 2.4), enganar a Israel (Dn 9.27; Ap 12.1-17), destruir os que hão de se converter durante a Grande Tribulação (Ap 7.9-17) e multiplicar a iniqüidade no mundo (2 Ts 2.3).
A manifestação do Anticristo será após o arrebatamento da Igreja, quando findar a dispensação da graça. Quando o “detentor” o Espírito Santo na vida da Igreja levá-la ao encontro do Senhor (2 Ts 2.7; 1 Ts 4.17), no início da primeira semana da septuagésima semana do profeta Daniel (Dn 9.24-27).
A sua doutrina será substituir Deus pelo Diabo (Sl 10.4; Ez 28.2), criar um Messias para Israel (Dn 9.27), concretizar o que, desde que fora expulso do céu, o Diabo intenta fazer (2 Ts 2.8; Ap 19.19, 20).
O Anticristo estará no Templo de Deus. Os judeus aceitarão o Anticristo como o seu Messias (Jo 5.43), a verdade será erradicada (2 Ts 2.10-11), serão suspensos os sacrifícios de Deus (Dn 9.27).
Na Bíblia Sagrada aponta-nos o contraste entre Cristo e o Anticristo. Cristo é santo (1 Jo 2.1), o Anticristo é iníquo e profano (2 Ts 2.3, 8). Cristo nasceu sob a lei e a cumpriu (Gl 4.4), o Anticristo opor-se-á a toda lei (2 Ts 2.4; Dn 7.25). Cristo veio para fazer a vontade de Deus (Hb 10.9), o Anticristo vem para fazer a sua própria vontade (Dn 8.24). Cristo não foi recebido pelos judeus (Jo 1.11), o Anticristo será aceito pelos judeus (Dn 9.27). Cristo amava e ama o povo de Israel (Mt 23.37), o Anticristo fará guerra contra Israel (Dn 7.21, 25; 8.24; Ap 13.7). Cristo recebeu a glória do pai (Jo 17.24), o Anticristo receberá a glória do Diabo (Ap 13.2-4). Cristo glorifica a Deus (Jo 17.4, 26), o Anticristo glorifica o Dragão (Ap 13.2-4; Dn 7.25). O reino de Cristo será eterno (Dn 8.25), o reino do Anticristo será destruído (Dn 7.26; Ap 19.19-21). Cristo reina eternamente (Dn 7.27; Ap 11.15; 19.6), o Anticristo será lançado no lago de fogo, o inferno propriamente dito (Ap 20.10).
O Anticristo será um homem nascido de mulher, e será revestido de poder satânico. Terá uma capacitação demoníaca extraordinária (Ap 13.2, 4). Exercerá poderosa influencia sobre toda a humanidade.
A Babilônia de Apocalipse 18 – será a primeira capital do Anticristo. A capital do governo do Messias será a Jerusalém.

3. O reino dos dez chifres

“E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.” (Dn 7.24, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.” (Ap 13.1; 17.12, 13, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
É o futuro reino da besta de Apocalipse 13.1-8; 17.12-17. Chifres simbolizam poder. Não se trata do Império Romano restaurado, a Bíblia diz que esse reino se formou “daqueles” mesmo reino (Dn 7.24). O Anticristo implantará uma falsa era (Dn 7.25; Compare com 2 Ts 2.8).

4. A outra besta

“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Ap 13.11-18, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“E vi subir na terra outra besta”, refere-se o falso profeta, o auxiliar do Anticristo (Ap 13.12). Vejamos as semelhanças entre as duas bestas (Ap 16.12, 13; 19.20):
a) As duas bestas são debaixo da terra (Ap 13.1, 11).
b) As duas bestas são aliadas fiéis em seu propósito.
c) As duas bestas sofrem o mesmo destino (Ap 19.20).
d) As duas bestas são imitações do Cordeiro. A segunda besta imitará mais ao Espírito Santo.
e) As duas bestas são pessoas reais (homens comuns).
Agora vejamos o contraste entre as duas bestas (Ap 13.1-17):
a) A primeira besta (Anticristo) terá poder sobre o sistema político e econômico mundial; a segunda besta (falso profeta) terá poder sobre o sistema religioso universal – o ecumenismo, esta palavra significa “universal”
b) A primeira besta (Anticristo) sobe do mar. Em Apocalipse 13.1, a palavra “mar” simboliza as nações; a segunda besta (falso profeta) sobe da terra (Ap 13.11).
c) A primeira besta (Anticristo) será o instrumento de Satanás; a segunda besta (falso profeta) será o instrumento do Anticristo.
d) A primeira besta (Anticristo) será a vice-regente de Satanás; a segunda besta (falso profeta) será a vice-regente do Anticristo.
e) A primeira besta (Anticristo) terá poder secular; a segunda besta (falso profeta) terá o poder espiritual.
f) A primeira besta (Anticristo) será a cabeça política; a segunda besta (falso profeta) será a cabeça eclesiástica.
g) A primeira besta (Anticristo) possui dez chifres; a segunda besta (falso profeta) possui dois chifres.
h) A primeira besta (Anticristo) será um gentio?; a segunda besta (falso profeta) será um judeu?
i) A primeira besta (Anticristo) terá autoridade suprema; a segunda besta (falso profeta) autoridade limitada e subordinada.
j) A primeira besta (Anticristo) glorificará a si mesmo; a segunda besta (falso profeta) glorificará o Anticristo.
k) A primeira besta (Anticristo) aparecerá primeiro; a segunda besta (falso profeta) aparecerá depois.
l) A primeira besta (Anticristo) governará em Roma; a segunda besta (falso profeta) governará na Palestina.
m) A primeira besta (Anticristo) terá inteligência notável; a segunda besta (falso profeta) terá sabedoria notável.
n) A primeira besta (Anticristo) será o falso deus; a segunda besta será o falso profeta.
Na Grande Tribulação manifestará a tríade satânica: Satanás (anti-Pai), a besta (anti-Filho) e o falso profeta (anti-Espírito Santo).

















10
O REINO DO MESSIAS

“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.” (Dn 2.44, 45, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

I. O ÚLTIMO REINO MUNDIAL – O MILÊNIO – O GLORIOSO REINO DE CRISTO NA TERRA

“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro,...” (Dn 2.44, 45 ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Ap 11.15; 20.4, 6, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
Esse reino é proveniente do Céu, é o reino glorioso do Messias, será implantado na terra sem intervenção humana (Dn 2.34, 45). Leia ainda Daniel 8.25 e Lamentações 4.6.



II. A PEDRA BATEU VIOLENTAMENTE NOS PÉS DA ESTÁTUA E ESMIUÇOU-A

“Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro...” (Dn 2.34, 35, 44, 45, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.
E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores. E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.” (Ap 17.11-14; 19.11-21, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
O Reino de Deus já foi estabelecido por Cristo, mas apenas nos corações (Lc 17.21; Rm 14.17), porém no futuro será estabelecido também “O Reino dos Céus”. Vejamos a descrição sobre este “Reino”:

1. “O Reino de Deus” é universal

“... quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus... E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.” (Lc 13.28, 29, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22, 23, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

2. “O Reino dos Céus”

“... apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 3.1, 2, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“... começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 4.17, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
“Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.” (1 Co 15.24, 25, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital). Ver ainda Mt 21.43; Lc 11.20; Jo 3.3, 5; Rm 14.17; Cl 1.13; Mc 9.1; Mt 16.28; Sl 89.36, 37; Is 11.1-9; Dn 7.13, 14; Ap 20.4-6; 2 Tm 2.12; 1 Co 6.2, 3; Ap 2.26, 27; 21.4; 9-11, 12, 14, 22.4).
Assim diz o reverendo e doutor C. I. Scofield: “O Reino de Deus é universal. O Reino dos Céus é messiânico, meridional e dravídico, sendo o Reino de Deus na terra”. Que as orações do santos sejam de gloriosa esperança em seus corações anelantes pela manifestação do glorioso Reino de Deus na terra: “Venha o teu reino: faça-se a tua vontade, assim na terá como no céu” (Mt 6.10).
O reino do Messias será um reino literal. A finalidade do reinado de Cristo será a sua glorificação e exaltação ao verdadeiro Messias, da sua Igreja glorificada, do povo judeu e de todas as nações redimidas.
O reino do Messias será de paz universal (Is 9.6, 7; 11.1-12). Será de bênçãos temporais (Is 11.6-9; 35). Será de justiça e retidão (Mq 4.1-4). Será de propagação universal em grande escala das Escrituras Sagradas (Is 2.1-3).
O reino do Messias será a plenitude do governo teocrático sobre toda a terra. “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.10).
O reino do Messias tem como principais finalidades o propósito de exaltar a glória de Deus em toda a terra (Sl 8.1). Reivindicar a posso total deste mundo ao seu dono, que é Deus (Sl 24.1). Subjugar a terra a Jesus Cristo para que Ele governe (Sl 2.8). Converter as nações, submetendo-as ao Senhorio de Cristo (Is 2.3). Governar com justiça a todas as nações (Sl 22.7). Curar a terra de todas as suas enfermidades (Is 35).
O governo do Messias será de forma legítimo, integral, ostensivo, direto e glorioso que exercerá em toda a terra.

III. O REINO DO MESSIAS, O GOVERNO POR EXCELÊNCIA

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Ap 20.1-6, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).
O governo por excelência de Cristo é chamada nas Sagradas Escrituras conforme Apocalipse 20.4, 6 de “mil anos”, ou seja, o Milênio, o governo glorioso de Cristo por mil ano na terra.

1. O que é o Milênio

Mas afinal o que é o Milênio? É o governo de Cristo por mil anos na terra (Ap 20.1-6). Será um reino literal e teocrático – o governo de Deus mediante Cristo. Será a manifestação plena do Reino de Deus na terra.




2. Quando será o Reino do Messias

Mas afinal quando será o governo do Messias? Após o arrebatamento da Igreja, o tribunal de Cristo, a bodas do Cordeiro, a Grande Tripulação, após a volta de triunfal de Cristo em glória, poder e visível, após o julgamento de Israel e das nações, após a destruição da besta e do falso profeta e a prisão de Satanás (Ap 19.20; 20.2).

3. Quem estará presente no Reino do Messias

Quem estará presente na terra durante o governo do Messias? Israel, os gentios, a Igreja e Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Rei da glória.

4. Qual será o objetivo do Reino do Messias

O objetivo do governo do Messias será a exaltação de Cristo (Fp 2.5-11; Ap 19.6; 1 Co 15.26), para manifestar o reino de Deus na sua plenitude (Mt 6.20), mostrar que este mundo pode ser administrado com justiça e equidade, mostrar para os manda chuva como se governa e deixar bem claro e evidente que os reinos deste mundo pertence a Cristo (Ap 11.15; Dn 7.14; Is 9.7).

5. Como será o Reino do Messias

Como será o governo do Messias? Terá início com um grande derramamento do Espírito Santo (Zc 12.10; Ez 39.29), será um período de grande conhecimento da Palavra de Deus (Is 2.3; 11.9), será um tempo de paz universal (Mq 4.3), será uma era de abundante saúde física e mental (Is 35.3-6), será uma era de prosperidade, segurança e vida longa (Is 65; 22), será um período de plena recuperação ecológica da terra (Is 35.1, 2), Israel habitará seguro, e estará de posse de todo território que o Senhor prometera a Abraão (Ezequiel cap. 48), será o tempo do novo concerto de Deus com Israel (Jr 31.31-34; Hb 8.7-13), será um tempo de justiça na terra (Mq 4.3; Zc 9.10; Is 2.9), será um tempo de glória e grandeza para Israel (Is 14.1, 2; 60.1; 62.8, 13).

6. Aonde será o Reino do Messias

Aonde será o governo do Messias? Na terra (Ap 20.4-6). O governo de Cristo será literal. Portanto, sendo literal será na terra.

7. Aonde será a capital do Reino do Messias

E aonde será a capital do governo de Messias? Em Jerusalém. Jerusalém será a capital do governo messiânico e o centro de adoração a Deus (Zc 14.16; Is 2.2, 3; 60.3; Jr 3.17). Não será Nova York nos Estados Unidos, hoje a maior capital do mundo, não será Tóquio no Japão, a segunda maior capital do mundo, não será a Cidade do México no México, a terceira maior capital do mundo, não será Paris, capital da França, não será Londres, capital da Inglaterra, não será Berlim, capital da Alemanha, não será Madrid, capital da Espanha. Mas no Milênio a cidade de Jerusalém será a capital do governo de Cristo (cf. Is 2.2, 3; 60.3; Jr 3.17). Acerca disto disse Eurico Bergstén: “Os dirigentes das nações, nomeado por Jesus, irão a Jerusalém para aprender a vontade do Senhor (cf. Is 2.3, 4; Zc 8.21-23; 14.16-20; Jr 31.6; 50.5). Haverá ali reuniões importantes, onde o Senhor determinará como o mundo deve ser administrado”.

8. Quem governará no Milênio?

Mas afinal quem governará no Milênio? Cristo juntamente com a Igreja glorificada (1 Co 6.2, 4; 2 Tm 2.12; Ap 1.6; 5.10), e os apóstolos terão um lugar de destaque (Lc 22.30).

9. Qual o propósito do Reino do Messias?

Mas afinal qual o propósito do governo do Messias? Aprisionar Satanás por mil anos (Ap 20.1-3), estabelecer a justiça e paz universal (1 Co 15.24-28), a ocupação por Israel de toda a Terra Prometida (Gn 15.18; 1 Cr 16.17, 18) e cumprir as profecias a respeito do glorioso reino messiânico na terra (Dn 9.24; At 3.20, 21).

10. O que acontecerá após o Reino do Messias?

Mas afinal o que acontecerá após o governo do Messias? Satanás será solto para enganar as nações (Ap 20.7, 8). Deus provará mais uma vez a fidelidade do homem.
Satanás reunirá a grande multidão, para subir e combater a Nova Jerusalém; descerá fogo do céu e devorará a todos (Ap 20.9). Satanás será novamente preso e lançado no lago de fogo para sempre, onde aguardarão a besta e o falso profeta (Ap 20.10).
Após haverá o Juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15), onde será julgado todos os ímpios que morreram desde o princípio da criação até o fim do Milênio, ressuscitado em corpos inglorificados. Todos os salvos que morreram durante o Milênio, ressuscitados em corpo glorificados, pois esta razão estará presente, além dos outros livros, o Livro da vida a onde estão escritos os nomes dos salvos. Todos os que estiverem vivos no fim do Milênio, tanto ímpios como justos.
O resultado final será o destino eterno dos incrédulos a eterna separação de Deus, a Bíblia chama de “segunda morte” (Ap 20.14, 15; 21.8).
Depois será estabelecido o novo céu e nova terra (Ap 21.1). A Nova Jerusalém, a nossa pátria celestial (Fp 3.20; Ap 21.9-27). A onde viveremos e reinaremos eternamente com Cristo. Aleluia!

















CONCLUSÃO

O ouro, prata, bronze, ferro com barro da grande imagem do sonho do monarca Nabucodonosor, (Dn 2.32, 33) revela que o mundo não melhorará nem político, nem moral e espiritual, e sim piorará cada vez mais (Ver 2 Tm 3.1-5, 13). Conforme a filosofia comunista e o pensar deste mundo, a cabeça devia ser de barro e os pés de ouro. Ao contrário, a cabeça é que é de ouro e os pés de barro. A estátua de Nabucodonosor é uma descrição bíblica da degeneração da humanidade alienada de Deus (Ver Rm 1.18-27). A nova era só irá de melhor para melhor no Reino de Cristo na implantação de seu reino glorioso na terra por mil anos, quando a pedra ferir os pés da imagem (Dn 2.35), e encherá a terra de glória harmonia, paz, justiça e equidade.
O Reino do Messias será um período de paz universal (Is 9.6, 7; 11.1-12); será um período de bênçãos temporais (Is 11.6-9; 35); será um período de justiça e retidão (Mq 4.1-4); será um período de divulgação da Palavra de Deus de grande escala (Is 2.1-3). O Milênio será a plenitude do reinado do Messias sobre a terra (Ef 1.10), e Ele, Jesus o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16), será honrado, e será um verdadeiro Rei e administrador dos administradores, e governará com sabedoria e justiça. E mostrará para os “manda-chuvas” como se governa. “... Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” (Ap 11.15). “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Amém!

AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS


1. Quem foi o rei do Império Babilônio?

2. Quem foi o rei do Império Persa?

3. Quem foi o rei dos Medos?

4. Quem foi o imperador do Império Grego?

5. Cite alguns imperadores do Império Romano.

6. Na Bíblia o leão representa a que império?

7. Na Bíblia o urso representa a que império? Dê a referência bíblica.

8. Na Bíblia o leopardo representa a que império? Dê a referência bíblica.

9. Dê a resposta para cada um dos símbolos dos metais da imagem de Nabucodonosor para cada um dos impérios.
a) A cabeça de ouro:

b) O peito de prata e seus dois braços:

c) O ventre de bronze:

d) As duas pernas de ferro:

10. Na Bíblia o quarto animal representa a que império? Dê referência bíblica.

11. Quem são dez dedos da imagem de Nabucodonosor profeticamente?

12. Quem é o chifre pequeno de Daniel 7.8?

13. Quem é a pedra que esmiúça a imagem do sonho de Nabucodonosor? Dê a referência bíblica.

14. Quantas partes foram divido o Império Romano? Em que ano?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
ANDRADE, Claudionor C. Geografia Bíblica. 7 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
_________, Claudionor C. Dicionário Teológico. 7 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
_________, Claudionor C. Dicionário de Escatologia Bíblica. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARBOSA, Deusimar. Esboço Sistemático de Escatologia Bíblica. 2 ed. Lago da Pedra – Ma: Mini Gráfica Maristella, 2007.
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 7 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Almeida Revista e Corrigida, ed. 1995, CPAD: Rio de Janeiro.
BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.
BÍBLIA SAGRADA VERSÃO DIGITAL
BOYER, Orlando S. Espada Cortante, volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, s/d.
BUCKLAND. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Editora Vida, 1981.
GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. 14 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
SHEDD, Russel P. Bíblia Shedd. 1 ed. São Paulo: Vida Nova; Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1998.
SILVA, Severino P. Daniel Versículo por Versículo. 7 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

Observação: A apostilha - Os Quatros Impérios Gentílicos de autoria do autor em 2001; a apostilha fora de grande relevância e apoio para a realização desta obra, e de fontes de pesquisas para a construção da presente obra.



















APÊNDICES



MAPA DO IMPÉRIO DA BABILÔNIA

















MAPA DOS IMPÉRIOS BABILÔNICO, PERSA E GREGO
























MAPA DO IMPÉRIO MEDO-PERSA





MAPA DO IMPÉRIO DA GRÉCIA











MAPA DO IMPÉRIO ROMANO

A IMAGEM ESPANTOSA DE NABUCODONOSOR

Os dez dedos dos pés: o futuro reino do Anticristo na Grande Tribulação


A pedra é Cristo: o seu glorioso Reino
Daniel 2
A SIMBOLOGIA PROFÉTICA DA IMAGEM DO SONHO DE NABUCODONOSOR
Daniel 2
A cabeça de ouro
BABILÔNIA
(606-536 a.C.)
O peito de prata
MEDO-PÉRSIA
(536-331 a.C.)
O ventre de bronze
GRÉCIA
(331-146 a.C.)
As pernas de ferro, e os pés em parte de ferro e em parte de barro
ROMA
(146 a.C. a 476 d.C.)

Os 10 dedos dos pés: O futuro reino do Anticristo

(Grande Tribulação)

Daniel 2.32

Daniel 2.32

Daniel 2.32



Daniel 2.32


Daniel 2.33

A pedra é
CRISTO
A IMAGEM ESPANTOSA DO SONHO DE NABUCODONOSOR


OS METAIS


REFERÊNCIAS


OS QUATROS ANIMAIS SIMBÓLICOS DA VISÃO DE DANIEL
Daniel 7.1-8









O LEÃO COM DUAS ASAS DE ÁGUIA – O IMPÉRIO DA BABILÔNIA

Primeiro império mundial dos tempos dos gentios: Babilônia (606-536 a. C.). Simbolizada pelo leão (Dn 7.4), rei dos animais. Isso fala da primazia do Império Babilônico sobre os demais que se seguiram. Corresponde à cabeça de ouro da estátua de Dn 2.32, 37, 39. As asas de águias falam de suas rápidas conquistas.

Segundo império mundial dos tempos dos gentios: a pérsia. Simbolizada por um urso que se levantou sobre um dos lados tendo três costelas na boca (Dn 7.5). O lado que elevou-se foi a Pérsia que passou a ter ascendência sobre a Média. As três costelas falam da sua conquista da Babilônia, Lídia e Egito. Período da Pérsia como império mundial: 536-331 a.C.O URSO – O IMPÉRIO MEDO-PERSA

O LEOPARDO COM QUATRO CABEÇAS E QUATRO ASAS – O IMPÉRIO DA GRÉCIA

Terceiro império mundial dos tempos dos gentios: a Grécia. Período: 331-146 a.C. É simbolizada por um leopardo tendo quatro asas e quatro cabeças. As quatro asas falam do avanço relâmpago da Grécia nas suas guerras. As quatro cabeças falam da quádrupla divisão do império grego após a morte de Alexandre. Texto bíblico: Dn 7.6.

O quatro império mundial dos tempos dos gentios: Roma. Período: 146 a.C. a 476 d.C. quando se deu a queda de Roma. Tinha dez chifres (Dn 7.7, 8, 19-24).O ANIMAL ESPANTOSO E TERRÍVEL – O IMPÉRIO ROMANO



O CARNEIRO – IMPÉRIO MEDO-PERSA

“E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia” (Dn 8.3, 4, 20, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

O BODE – IMPÉRIO GREGO E SUA PONTA NOTÁVEL REPRESENTA ALEXANDRE MAGNO

“E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos. E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força. E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu.” (Dn 8.5-8, ABSVD – A Bíblia Sagrada Versão Digital).

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