quarta-feira, 1 de julho de 2009

O OBREIRO E AS FINANÇAS

O OBREIRO E AS FINANÇAS

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males, nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”

(1 Tm 6.10)

2 REIS 12.4-19

INTRODUÇÃO

O dinheiro foi feito para o homem, e não o homem para o dinheiro, por isso, devemos administrá-lo com sabedoria e desprendimento.

Não podemos negar a importância que tem o dinheiro em nossas vidas porque com ele podemos satisfazer as nossas necessidades essenciais. Entretanto, devemos usá-lo sabiamente. O que a Bíblia condena não é tê-lo, mas amá-lo. Essa busca insaciável e avarenta é uma forma de idolatria. E isso se torna um grande problema para nós, pois nos tornamos escravos, não medindo esforços para ganhá-lo e acabamos ferindo as pessoas que não são mais queridas. Por cobiça, os homens são capazes de cometer os mais sórdidos e impensáveis atos contra si mesmos e seus semelhantes. As riquezas podem ser um grande obstáculo para a salvação pois transmitem uma falsa sensação de segurança e independência, que afastam o homem de seu Criador. O seu foco que antes era espiritual, agora é material. Temos a possibilidade de desfrutar uma vida próspera e abundante sob a bênção de Deus, se administrarmos nossas finanças com ponderação, responsabilidade e dignidade.

Acerca das coisas que movem o mundo, o dinheiro se destaca como algo eticamente difícil de ser administrado. A mordomia cristã das finanças implica instruir o cristão com relação ao modo ético, decente e correto de lidar com o dinheiro. O dinheiro está diretamente ligado aos bens materiais. A mordomia cristã, nesse particular, tem a ver com a administração adequada do dinheiro, como adquiri-lo, posse e a utilização do mesmo nas várias atividades da vida material. A administração do dinheiro, seja pessoal ou público, deve ser feita com critério, honestidade e responsabilidade.

I - O OBREIRO NA MORDOMIA CRISTÃ DAS FINANÇAS

1 - A MORDOMIA EXEMPLAR DE JOÁS

O rei Joás percebendo que o reino e principalmente a casa de Deus estavam em estado deplorável, necessitando reparos, despertou o coração do povo para contribuir para essa finalidade. O rei organizou um sistema de arrecadação de dinheiro para a reparação do templo. Desse modo, Joás constitui-se num modelo de mordomia cristã na Bíblia.

Aqui aprendemos preciosas lições com a mordomia de Joás referente as finanças do povo de Deus.

1.1 - Joás despertou o interesse do povo para contribuir. Joás percebeu que o segredo do sucesso do seu reinado consistia, em cuidar primeiro das coisas de Deus. O templo precisava de reparos urgentes e, para tal, precisava de amor, dedicação e cooperação do povo (2 Rs 12.4).

1.2 - Joás estabeleceu ordem e organização (2 Rs 12.4,5,7). Sem esses elementos não pode haver coordenação dos trabalhos da igreja, mesmo que haja fervor e espiritualidade.

Ele deixou com Joiada, o sumo sacerdote, a responsabilidade de coordenar, com os demais sacerdotes, a captação e manuseio do dinheiro. As mensagens inspiradas sobre o propósito das ofertas estimularam o povo a contribuir com espírito voluntário, generoso e alegre.

1.3 - Joás demonstrou responsabilidade na sua administração (2 Rs 12.7). Joás estava firme em seu propósito de reconstruir e reparar o templo. Convocou seus liderados, principalmente Joiada, o sacerdote, e perguntou-lhe: “Por que não reparais os estragos da casa?” Joiada não estava cumprindo sua responsabilidade. Nossa mordomia requer propósito e fidelidade. Quantos líderes cristãos são honestos quanto ao emprego do dinheiro do Senhor que entra nos cofres das suas igrejas, mas, em vez de o utilizarem na obra de Deus, preferem guardá-la em bancos. Com Joás, o dinheiro tinha de ser empregado nas finalidades estabelecidas, para
que o povo não perdesse a fé e a confiança nos seus líderes.

1.4 - O povo viu o bom resultado de suas contribuições. Joás determinou que “a obra dos reparos” fosse executada imediatamente. A obra foi dividida em setores de trabalho. Estabeleceu chefes especialistas para cada tipo de trabalho. Havia carpinteiros, pedreiros, cavouqueiros, construtores (2 Rs 1.2.11,12). O dinheiro era separado segundo a necessidade e, cada chefe de serviço administrava o pagamento aos trabalhadores. O dinheiro da oferta pela culpa e o dinheiro das ofertas pelo pecado eram os únicos separados exclusivamente para o sustento dos sacerdotes (2 Rs 12.16).

2 - PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇAO DO DINHEIRO

2.1 - Avaliação correta do dinheiro. Não é o dinheiro que “é a raiz de toda espécie de males”, mas “o amor do dinheiro” (1 Tm 6.10). É esse amor idolatrado que torna as pessoas vítimas da ganância, da presunção e da avareza. O dinheiro não é mau nem bom em si mesmo. Sua utilização é que deve ser justa, honesta e racional. A parte final do texto de 1 Timóteo 6.10, assevera: “e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". É o amor ao dinheiro que é prejudicial, e faz mal à alma. Colocar o dinheiro à frente de todas as coisas na vida, ou acima das prioridades espirituais, é mau e perigoso. A Bíblia condena a avareza porque ela conduz ao egoísmo e ao desamor (Hb 13.5; 2 Pe 2.3,14).

2.2 - Na mordomia cristã, o dinheiro é um meio e não um fim em si mesmo. A sociedade humana gira em torno do dinheiro e faz do mesmo a razão de tudo na vida, pois o incrédulo, na sua cegueira espiritual não conhece a Deus. A Bíblia adverte: “o que ama o dinheiro nunca se fartará dele” (Ec 5.10).

2.3 - A arte de ganhar dinheiro. Não é pecado ganhar dinheiro de maneira digna, lícita e honesta. Pecado é aplicá-lo mal. Para que ganhemos dinheiro sabiamente, precisamos reconhecer antes de tudo, e em primeiro lugar, o reino de Deus. Isto é, o seu predomínio nas nossas finanças pessoais (Mt 6.33). Todo verdadeiro mordomo cristão, nas suas finanças, faz de Deus o seu sócio-gerente, isto é, seu orientador. Na sua obtenção de dinheiro veja sempre um modo de contribuir para o rei- no de Deus.

2.4 - O uso racional do dinheiro. João Wesley, intrépido pregador, nascido na Inglaterra no início do século XVIII, era muito prático e, por isso, deu três regrinhas sobre o uso correto do dinheiro: Primeira: “Ganhar o máximo que pudermos”. Isto deve ser feito sem pagarmos demasiado caro pelo dinheiro e sem prejudicarmos o próximo, assim no corpo como na alma. Pagar demasiado caro o dinheiro é ganhá-lo com prejuízo da saúde, da honra, do bom nome; ganhá-la ilicitamente enfim.

Segunda: “Economizar o máximo que pudermos”. Isto significa que devemos cortar as despesas que apenas visam dar satisfação aos loucos desejos da carne, à vaidade e à cobiça dos olhos. Não se deve desperdiçá-lo em pecados e loucuras durante a nossa existência, e providenciar para que nossos filhos não o desperdicem depois da morte. Terceira: “Doarmos o máximo que pudermos”.

3 - A MORDOMIA DA PROSPERIDADE

3.1 - Prosperidade e espiritualidade. Há um falso conceito de que a pobreza material é o caminho para a verdadeira espiritualidade. Há quem pense que a prosperidade financeira rouba a humildade do crente e o afasta de Deus. Aqueles que querem prosperar segundo o sistema do mundo, realmente correm esse risco, mas quem coloca sua prosperidade material sob a égide de Deus, certamente será abençoado.

3.2 A prosperidade de Abraão. Abraão foi um homem próspero em sua vida material porque era obediente às leis divinas da prosperidade. Ele teve uma vida frutífera e próspera. “E Abraão era muito rico em gado, prata e ouro” (Gn 13.2). “Ora, temos direito, também, à mesma bênção de Abraão, por Jesus Cristo; e a bênção de Abraão chegou aos gentios através de Cristo” (Gl 3.14). E diz mais: “E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3.29).

II - O OBREIRO E A ÉTICA CRISTÃ DAS FINANÇAS

1 Crônicas 29.12, 14

O cristão, como filho de Deus, dEle recebe todas as coisas, incluindo o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus, para glória de Seu Nome.

A vida cristã deve ser pautada pelo equilíbrio. O que somos, a forma como vivemos, o tratamento que dispensamos ao próximo e a nós mesmos, nada escapa às regras estabelecidas por Deus em sua Palavra para nosso bem-estar. Neste conjunto de normas, está incluída a forma como gastamos nosso dinheiro. Devemos ganhá-lo com trabalho honesto e fugindo das práticas ilícitas. Somos filhos de Deus e dEle recebemos todas as boas dádivas, inclusive bens materiais. É lícito desfrutarmos dos benefícios que o dinheiro traz. Não é lícito nos apegarmos a ele transformando-o em objeto de cobiça e tentando consegui-lo a qualquer custo. Deus recomendou ao homem,· no Éden, que buscasse sustento, sacrificando o suor ele seu rosto, não a sua dignidade.

O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Se o fizermos de modo judicioso e para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros ele modo honesto, como verdadeiros mordemos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma ele idolatria (CI 3.5).

1 - TUDO O QUE SOMOS E TEMOS VEM DE DEUS

1.1 - Somos seus filhos. Todas as pessoas pertencem a Deus, por direito de criação (cf. Sl 24.1). Nós cristãos, lemos algo a mais, pois somos filhos de' Deus por criação, mas também por redenção e ainda por direito de, através da nossa fé em Jesus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhos o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12).

1.2 - Deus nos dá todas as coisas. Na condição ele filhos, Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; I'p 4.19; Tg 1.17) e também nos confere as bênçãos materiais. No Pai Nosso, lemos: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje" (Mt 6.11). Nos salmos, está escrito: “quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (SI 103.5). Os não- crentes têm as coisas por permissão de Deus, sejam ricos ou pobres. Nós, seus filhos, temos as coisas, incluindo o dinheiro, como dádivas de sua mão. Davi tinha essa visão, quando disse: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1 Cr 29.14).

2 - COMO DEVEMOS GANHAR O “NOSSO” DINHEIRO?

2.1 - Com trabalho honesto. A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão ...” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus" (1 Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vô-lo temos mandado (l Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2 Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham.

2.2 - Fugindo de práticas ilícitas. O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve freqüentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas.

2.3 - Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça, a exploração, a usura e a avareza. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3, 10); Davi, Salomão e outros reis acumularem muitas riquezas, e nenhum deles foi condenado por isso. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (cf. Pv 28.20).

2. 4 - Fugindo da preguiça. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exemplo, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11).

3 - COMO O OBREIRO CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

3.1 - Na igreja do Senhor. Um velho pastor dizia: “O dinheiro de Deus está no bolso dos crentes”. De fato, Deus mantém sua igreja, no que tange à parte material, através dos recursos que Ele mesmo concede a seus servos.

a) Pagando os dízimos do Senhor. Em primeiro lugar, os crentes devem pagar os dízimos devidos para a manutenção da Obrado Senhor (cf. Ml 3.10; Mt 23.23). A obediência a essa determinação bíblica redunda em bênçãos abundantes da parte de Deus (Ml 3.10,11). É bom lembrar que devemos dizimar do total bruto da nossa renda, e não do líquido; deve ser das “primícias da renda” (Pv 3.9,10). Os dízimos devem ser levados “à casa do tesouro”, ou seja, à tesouraria, por meio da entrega na igreja local. É errado o próprio crente administrar o dízimo, repartindo com hospitais, construções, campanhas, obras assistenciais, creches ou pessoas carentes. Deus disse: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa ...” (Ml 3.10a). Cabe à igreja sua devida e íntegra administração.

b) Contribuindo com ofertas. Em segundo lugar, o crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessita- dos (viúvas, órfãos, carentes, etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor, e outras necessidades que podem surgir (2 Co 9).

c) Os recursos da igreja local. Não provêm de governos ou de organismos financeiros. Toda vez que algum obreiro resolveu cone seguir dinheiro para a igreja, em fontes estranhas ao que a Bíblia recomenda foi malsucedido, acarretou problemas para seu ministério e para os irmãos. Deus nos guarde de vermos igrejas envolvi- das com práticas financeiras corruptas, abomináveis aos olhos de Deus. É de todo detestável que algum obreiro, usando o dinheiro dos dízimos e ofertas, se locuplete, adquirindo bens em seu próprio nome, exceto com aquilo que a igreja lhe gratifica.

3.2 - No lar, no trabalho e o fisco. Se existe disciplina no trabalho, que regula os procedimentos para a aquisição do pão de cada dia, há, também, a disciplina no gasto, no emprego da renda ou do salário:

a) Evitar dívidas fora do seu alcance. Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito - na verdade, cartão de débito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranqüilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho caloteiro perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.

b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De ou lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo.

c) Comprar à vista, se possível. Faz bem quem só compra à vista. Se comprar a prazo, é necessário, que o crente avalie sua renda e, quanto vai se comprometer com a prestação assumida, incluindo os Juros. É importante que se faça um orçamento familiar em que se observe quanto ganha, o que vai gastar (após pagar o dízimo do Senhor), e sempre procurar ficar com alguma reserva para imprevistos.

d) Não ficar por fiador. Outro í( cuidado importante, é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Outro perigo é fornecer cheque para alguém utilizar em seu nome. Conheço casos de irmãos que ficaram em aperto por isso. É importante fugir do agiota. É verdadeira maldição quem cai na não dessas pessoas, que cobram “usura” ou juros extorsivos (Êx 22.25; Lv 25.36).

e) Pagar os impostos. Em Romanos 13.7, lemos: “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). A sonegação de impostos acarreta prejuízo para toda a nação. O cristão não deve ser contrabandista, pois isso não glorifica a Deus.

f) Pagar o salário do trabalhador. Se o cristão tem pessoas a seu serviço, crentes ou não, tem o dever de pagar corretamente e em dia o salário que lhe é devido. A Bíblia diz: "Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos sem direito; que se serve do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho" (Jr 22.13; ver Tg 5.1-5).

4 - A ÉTICA DO OBREIRO NAS FINANÇAS

Não há área da ética mais atacada com lama do que a das finanças. Paulo disse: “Convém que os bispos seja irrepreensível”, 1 Tm 3.2. A Strong’s Exhaustive Concordace of the Bible (Concordância Exaustiva da Bíblia Strog) indica que anepileptos deveria ser traduzida com "inculpável", "inocente", "sem censura". Isso significa, por extensão, que o ministro deve praticar integridade fiscal em sua vida pessoal e na administração da igreja.

Também, as finanças da igreja devem ser relatadas num quadro com gráfico por áreas para que todos os que participam da igreja possam ver para onde os recursos estão sendo dirigidos. Nada arruína mais a motivação das pessoas em dar com desprendimento e mais para o trabalho do Senhor do que o sentimento de que a igreja está fazendo uma administração pobre. As finanças da igreja são um dos mais efetivos termômetros que conheço para mesurar a aprovação da congregação ou a sua insatisfação com a liderança da igreja. Tenho descoberto que o povo contribui melhor quando pode ver para onde o que oferta está direcionado e quando ele sabe que seus dízimos e ofertas serão manejados com integridade.

CONCLUSÃO

Aprendemos que o dinheiro não é fim primordial da vida humana. O cristão que ama a Deus sobre todas as coisas, fará com que a arte de ganhar dinheiro se constitua numa fonte de bênção para si mesmo, para sua família e, acima de tudo, para o reino de Deus, representado pela igreja de Cristo.

O dinheiro é um meio de troca importante para as transações entre pessoas e empresas. O que a Bíblia condena não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro (avareza). Isso equivale a idolatrar o dinheiro, a riqueza. Esta, também não é condenada por Deus, desde que obtida por meios lícitos e trabalho honesto. Que o Senhor nos ensine a usar da melhor maneira possível os recursos financeiros ao nosso dispor, como bênçãos de sua parte.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas – Mordomia Cristã: servindo a Deus com excelência. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2003.

RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas – Ética Cristã: confrontando as questões morais. Rio de Janeiro: CPAD, 3º Trimestre de 2002.

Saggio, Joseph J. Ética no centro do nosso ministério. In: Revista Obreiro. Rio de Janeiro: CPAD, ano 25, nº 22, abr – mai – jun / 2003. p. 65.

Maiores informações:

Pastor Magno Serra

Presidente do CODOADELP – Conselho de Doutrina e Apologética da Assembléia de Deus em Lago da Pedra.

Deusimar Barbosa Cel.: 8125-2278

Secretário Executivo do CODOADELP - Conselho de Doutrina e Apologética da Assembléia de Deus em Lago da Pedra.

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