sexta-feira, 27 de março de 2009

Deusimar Barbosa



TIPOLOGIA DO TABERNÁCULO



Conhecendo à luz da Bíblia o Tabernáculo à figura e sombra das coisas celestiais e futuras, sendo Cristo a realidade. Deusimar Barbosa



TIPOLOGIA DO TABERNÁCULO









DEDICATÓRIADedico esta obra à minha digníssima esposa Francidalva de Sousa tesouro de Deus que enriquece minha existência.Aos obreiros, estudantes de Teologia, superintendentes e professores da EBD e todos aqueles que são estudantes e amantes das Escrituras Sagradas.





AGRADECIMENTOS
Ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo por ter-me chamado e vocacionado a excelência do magistério cristão. A Ele toda honra louvor e glória por toda a eternidade.Aos meus ilustres pastores, Raimundo Francisco dos Santos, Francisco de Assis Gonçalves e Magno de Jesus, pelo apoio, carinho, compreensão e estima que sempre me dedicaram e confiaram na minha pessoa.Ao meu grande amigo, mestre e pai na fé, Nemésio Rodrigues Viana, pois soube cativar-me com sua humildade e seu digno exemplo.À minha amada Igreja, Assembléia de Deus em Lago da Pedra, Maranhão, por conservar os bons costumes e primar pelas verdades da ortodoxa e doutrina bíblica.

SUMÁRIO
Dedicatória 3Agradecimentos 4Introdução 51. Tipos e Antítipos 62. A Importância dos Tipos 13 3. Sete Razões Para Estudar os Tipos 154. O Tabernáculo – Os Seus Nomes 185. As Cortinas do Pátio 226. Tabernáculo – A Morada de Deus com o homem 257. O Altar dos Holocaustos 288. A Bacia de Bronze 339. O Tabernáculo e Suas Quatro Coberturas 3610. As Tábuas do Tabernáculo 4011. O Anteparo 4412. A Mesa dos Pães da Proposição 4613. O Castiçal de Ouro 4914. O Altar de Incenso 5515. Os Quatro Véus e as Quatro Colunas 6216. A Madeira e os Metais do Tabernáculo 7017. As Travessas do Tabernáculo 7318. O Lugar Santíssimo 7519. A Arca 7820. O Incensário de Ouro 8521. O Óleo Para as Unções 8622. O Sumo Sacerdote 9023. A Consagração dos Sacerdotes 10024. A Nuvem Sobre o Tabernáculo 10425. Os Cinco Grandes Tipos de Sacrifícios Levíticos 10826. O Tabernáculo, a Sombra da Cruz de Cristo 119Referências Bibliográficas 123Apêndices 124 INTRODUÇÃO
A tipologia é o estudo de figuras e símbolos bíblicos, especialmente de cerimônias e ordenanças do Antigo Testamento, que prefiguram a Dispensação da Graça e as coisas celestes.Um tipo é uma semelhança divinamente ordenada, pela quais pessoas, objetos e eventos celestiais são demonstrados pelo terrestre. Mas, para que uma coisa constitua tipo de outra, a primeira não só deve ter uma semelhança à segunda, porém, na sua instituição original, deve ter sido determinado que tivesse esta semelhança.A palavra (Marsh) “é aquilo que produz fé como símbolo e exemplar”.Um antítipo é aquela coisa celestial ou realidade prefigurada pelo tipo. “É uma figura que representa a outra”.Exemplo, o Dilúvio é comparado ao Batismo em 1 Pedro 3.21: “que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo”.O Tabernáculo terrestre comparado ao Tabernáculo celeste em Hebreus 9.24: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus”.O presente estudo em apreço de caráter tipológico baseia-se acuradamente no segundo livro da Bíblia em Êxodo nos capítulos 25-31 e 35-40, a onde o profeta Moisés construiu o Tabernáculo sob a ordem divina, “Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do Tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis”. (Êx 25.9).É bom lembramos que Moisés fora arquiteto, pois este “... foi instruído em toda a ciência dos egípcios...” (At 7.22). Mas isto, não foi o suficiente para projetar e arquitetar tal obra, porque somente o Supremo Arquiteto divino com Sua soberana vontade e sabedoria projetaram esta grande obra arquitetônica para a representatividade das coisas futuras que por sua vez apontara para Cristo.

 1TIPOS E ANTÍTIPOS
Para compreendermos a luz da Bíblia sobre os tipos (Antigo Testamento) e antítipos (Novo Testamento), vejamos:
I. Três Coisas Envolvidas Num Tipo
Uma coisa ou objeto material que representa uma coisa de elevada, “E disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo” (Nm 21.8, 9).Esta coisa de ordem elevada representada é que passamos a chamar de antítipo ou realidade, “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vidade eterna” (Jo 3.14, 15).A obra do tipo se expressa pelo termo “representar” ou “prefigurar” (Ver 1 Pe 3.21; Êx 26-14; 36.20-24; Cl 2.8, 9).
2. A Natureza do Tipo
Vejamos as declarações bíblicas quanto à natureza do tipo:a) Sombra. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. (Cl 2.16, 17). Ver ainda Hebreus 8.5.b) Modelo, exemplo. “Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou” (Hb 8.4, 5). Ver ainda sobre o exemplo em Filipenses 3.17; 1 Timóteo 4.12; 1 Pedro 5.3; 2 Pedro 2.6.c) Sinal. “Mas ele lhes respondeu e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas” (Mt 12.39). Ver ainda João 20.25.d) Parábola, alegoria. “que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço” (Hb 9.9).e) Tipo. “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir” (Rm 5.14).f) Figura. “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. (1 Co 10.11). Ver ainda Atos 7.43; Romanos 5.14.g) Forma. “Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina que fostes de coração à forma de doutrina que fostes entregues” (Rm 6.17).h) Letra. “o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.” (2 Co 3.6). A “letra mata”, aqui para a Bíblia de Estudo Pentecostal: “Não é a lei nem a Palavra de Deus escrita, em si mesmas, que destoem. Trata-se, pelo contrário, das exigências da lei, que sem a vida e o poder do espírito, trazem condenação (...) Mediante a salvação em Cristo, o Espírito Santo concede vida e poder espiritual ao crente para que este faça a vontade de Deus. Mediante o Espírito Santo, a letra da lei já não mata”.
3. Provas Bíblicas do Tipo
A autenticidade das provas do tipo está exarada nas páginas sagradas da Bíblia, a saber:a) Por declaração explícita. “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir” (Rm 5.14).b) Por trocar os nomes do tipo e antítipo. Compare o primeiro Adão, e segundo Adão. “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão, em espírito vivificante” (1 Co 15.45). A páscoa, o cordeiro – Cristo. “E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem” (Êx 12.7). “... Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”. (1 Co 5.7).
4. Espécies de Tipos
Vejamos as espécies tipológicas na Bíblia:a) Em primeiro lugar – Pessoas (Hb 8.5a). Antes da Lei, as pessoas são Adão (Gn 2.7; 1 Co 15.45; Rm 5.14-19), Eva (Gn 2.18-24), assim como Eva era a esposa do primeiro Adão, a Igreja é a esposa do segundo Adão: Jesus Cristo (Ef 5.23, 25; Ap 19.7), Abel (Gn 4.1-11; Is 53.3; Jo 10.11; Hb 9.11, 12; Mt 27.18; Mt 23.35; At 3.14, 15; Hb 12.24), Enoque (Gn 5.24; Jd vv. 15,15), Noé (Gn 6.12-14, 22; Mt 24.37-39), Melquisedeque (Gn 14.18-20; Sl 110.4; Hb 5.6-10; 7.1-17), Isaque (Gn 17.17; 18.11; Hb 11.11, 12; Rm 4.19; Mt 1.18-21; Lc 1.31-35; Gl 4.23, 28; Jo 1.14; Gn 3.15; Is 7.14; Mt 1.23; Gn 22; Fp 2.8; Gn 24.1-67; Ap 19.7-9; Ef 5.22-32). José (Gn 37-40; Gn 37.3; Mt 3.17; Gn 37.4; Jo 15.24; Gn 37.13-24; 1 Jo 4.14; Gn 37.28 – “vinte moeda de prata”; Mt 26.14, 15 – “trinta moedas de prata”; Gn 39; Mt 4.1-11; Gn 40; Lc 23.32, 33; Gn 41.14, 43, 44; Mt 28.18; Gn 41.46; Lc 3.23; Gn 41.45; Ef 5.25, 27; Gn 42; Mt 24.21; Zc 12.10; Is 26.16; Gn 45 e 45; Is 11.12, 35; Gn 41.57; Is 2.2-4; 11.10) e benjamim (Gn 35.16-19), o seu primeiro nome era Benoni que significa “filho de minha dor”, e depois foi chamado de Benjamim que significa “filho da minha direita” (Mt 2.1, 5, 6; Lc 2.34, 35), “filho da minha direita” (Rm 8.34).Sob a Lei são: Moisés (Êx 2.2-10; Hb 11.23; Mt 2.13-15; Êx 14.21; Mt 8.26; Êx 16.15, 16; Jo 6.31; Jo 6.11,12; Êx 34.35; Mt 17.1-5; Nm 12.1; Jo 7.5; Êx 32.32; Jo 17.9; Nm 11.16; Lc 10.1; Êx 24.18; Mt 4.2). Moisés andava com doze tribos. Jesus Cristo chamou e andou com doze apóstolos (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16; Mt 17.3; At 1.3) Boaz (Rt 2-4; Rt 2.1; Mt 28.18; Rt 2.4; Mt 2.1; Mt 2.1; Mt 1.3-85; Ap 5.5; R 2.8-15; Rt 4.13), Davi (1 Sm 16.10, 11; Is 53.2,3; 1 Sm 16.1, 12, 13; Lc 4.18; At 4.27; Hb 1.9; 1 Sm 17.40, 49, 51; Mt 4.1-11; 1 Sm 16.11; Jo 10.14; 1 Pe 5.4), Jonas (Mt 12.38-41), Rebeca (Gn 24), Raquel (Gn 29.9-20, 28-31; 2 Co 8.9; Fp 2.6-8; Mc 10.45), Asenate (Gn 41.45, 50-52; Ef 2-8; Fp 3.13, 14; Rm 8.37), Rute (Rt 1.16; 1 Rs 7.21; Mt 1.5; 2 Ts 3.3), Abigail (1 Sm 25.39-41; Mt 5.9; Gl 5.13) e Sulamita (Ct 6.13; Jo 4.13, 14; Ct 1.10-13; Ct 1.16; 3.7-11; Ct 3.6; 6.10; 8.14). Estas mulheres no estudo supracitado é tipo da Igreja, a noiva do Cordeiro.Sobre a tipologia de alguns personagens da Bíblia, vaticionou o Pastor Joel Leitão de Melo da seguinte maneira:“Eva – a Igreja.Caim – os que confiam nas suas obras.Abel – os que confiam no sangue.Enoque – os santos trasladados.Moisés – os santos ressuscitados.Noé – “os restantes” que habitarão a nova terra.Abraão – os crentes que andam pela fé.Ló – os crentes que andam pela vista.Ismael – a semente carnal.Isaque – a semente espiritual.Esaú – a velha natureza.Jacó – a nova natureza.No casamento de IsaqueAbraão – Deus, o Pai.Sara – Israel.Isaque – Jesus Cristo.Rebeca – A IgrejaEliezer – O Espírito Santo.Quetura – Israel restaurado.”b) Em segundo lugar – Coisas ou objetos materiais e animais (At 1.3). É chamado de tipos não humanos de Jesus Cristo, vejamos: A luz (Gn 1.3-5; Is 9.2; Mt 4.12-16; Jo 9.5; 12.35, 46; Is 58.8; Et 8.16; Sl 97.11; At 26.13; 1 Pe 2.9; Sl 27.1; Ef 5.8), a Arca de Noé (Gn 6-8; 1 Pe 3.20, 21; Lc 17.26), o carneiro (Gn 22.13; Gm 22.12; Jo 1.29; Hb 11.17-19; Gn 22.7,8; Gn 22.2; 25m 24.18-25; 2 Cr 3.1; Jo 1.36), a escada de Jacó (Gn 28.10-17; Gn 25.21; 26,19-22; Hb 11.20; Gn 28.16; 21; Hb 1.1; Jo 1.51; 14.13), o cordeiro pascoal (Êx 12.3-14; Êx 12.2; Jo 3.7; Êx 12.12, 13, 29; Êx 12.8; 1 Co 5.8; Êx 12.8, 11; Mc 13.37; Êx 12.46; Jo 19.36; 1 Co 5.7b), a coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21, 22; Jo 1.4; Sl 121.6; Is 4.6; Sl 9.1; Dt 4.24; Êx 14.19, 20; Is 4.5; Sl 91.1-5; Gn 3.24; Jr 23.29; 1 Co 10.1), o maná (Êx 16.15; 1 Co 10.3), a rocha (Êx 17.6; 1 Co 10.4; Tg 1.1, 2; 1 Pe 1.6, 7; Jo 4.14; Nm 20.1-6, 8; 1 Pe 3.18), a serpente de metal (Nm 21.4-9; Jo 3.14, 15; 2 Co 5.21; 1 Jo 1.8; Lc 15.21; 18.13; 23.42, 43; Gn 3.1-15; Ap 12.9; Is 45.22; Hn 12.2; 2 Rs 18.4), a estrela (Nm 24.17; Nm 31.8; 2 Pe 2.15; Dt 23.4, 5; Dn 8.10; Mt 3.1; Mt 1.1-12; Mt 2.9; 2 Pe 1.19; Jd vv. 14, 15; Ml 4.2; Ap 22.12, 16) e urim e tumim (Êx 28.30; Êx 28.9-12, 15-21; Jo 13.1; Hb 7.24, 25; Gn 6.9; 17.1; Êx 12.5; Dt 32.4; Sl 8.7; 144.4; Is 30.24; Ez 1.10; Ap 4.7; Zc 12.10; Ap 1.7; Lx 23.4, 14; Mt 27.24; Lc 23.21; Ed 2.62, 63). Para o tipo de urim e tumi, comenta com autoridade no assunto Joel Leitão de Melo: “Urim e Tumim, com seu significado, falam das duas natureza do Senhor Jesus. Luzes lembram sua divindade porque Deus é luz. Perfeições expressam sua humanidade sem pecado. (...)‘Um sacerdote’ – valor numérico no hebraico: 75‘Com Urim’ – valor numérico no hebraico: 287‘E Tumim’ – valor numérico no hebraico: 526Total – valor numérico no hebraico: 888O número 888 é o valor numérico da palavra “Jesus” no grego, que também tem valor numérico em todas as letras.O valor da palavra álefe no hebraico é 111. Este número multiplicado por 8, que é o número do Novo Testamento, dá 888, ou seja, o mesmo número de Jesus.O Senhor Jesus é Sumo Sacerdote tipificado em ‘Urim’ e ‘Tumim’, leva-nos sobre o coração com seu amor eterno, intercedendo por nós perante o Pai. Quando Ele vier, nos levará para si mesmo. Transformados e revestidos de sua glória, os muitos milhares de crentes participarão desta luzes e perfeições. E ele será glorificado nos seus santos.”c) Em terceiro lugar – Atos e Acontecimentos. “E essas coisas foram-nos feitas em figura, ... (1 Co 10.6). A libertação da nação de Israel do Egito (Êx 13.37-51; Lc 4.19; Jo 8.32, 36 Cl 1.13), a marcha pelo deserto (Êx 13.17-22; 14.15; 1 Co 10.1-6) e o descanso em Canaã (Hb 3.16-199; Sl 95; Lv 25.1-5; Is 9.6, 7; 1 Rs 5.4; Mt 11.28, 29; Mc 2.28; Is 53.3; Mt 8.20; 2 Co 5.4,5; 1 Ts 4.16, 17; Sl 95.11).Sobre a tipologia do nosso descanso na Nova Canaã Celestial, Abraão de Almeida em suas sábias palavras afirma: “Assim como Josué, tipo de Cristo, introduziu o povo no descanso de Canaã, assim o capitão Jesus, como antítipo de Josué, introduzirá o Israel de Deus do Novo Testamento, a Igreja, na Canaã Celestial, onde nada haverá que perturbe o sábado da eternidade, no qual o próprio Deus Trino se regozijará na obra de suas mãos”.d) Em quarto Lugar – Tipos Perpétuos. A circuncisão tipo da verdadeira circuncisão do coração, “no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no desposo do corpo da carne: a circuncisão de Cristo” (Cl 2.11). Os sacrifícios tipos de Cristo, o perfeito e eterno sacrifício. “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”. (Hb 9.26). Ritos e cerimônias.e) Em quinto e último lugar – Purificações, abluções, Tipos de Purificações, “chagando-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10.22).
5. A Natureza dos Antítipos
Vejamos as declarações bíblicas quanto à natureza dos antítipos:a) Corpo. “que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17).b) Mesma imagem. “Porque, tendo a lei da sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hb 10.1).c) Coisas celestiais. “De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes” (Hb 9.23).d) Verdadeiro. “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus” (Hb 9.24).e) Verdadeira figura. “que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pe 3.21).f) Espírito. “o qual nos fez também capazes de ser ministro dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”. (2 Co 3.6).O relacionamento entre o tipo e antítipo, Abraão de Almeida, ponderou da seguinte forma: “O tipo é o objeto da lição, a revelação temporária de uma pessoa, um acontecimento ou uma instituição vindoura. O antítipo é o cumprimento daquilo que havia sido predito.São necessários um ou mais pontos de afinidade entre o tipo e o antítipo (Colossenses 2.14-17; Hebreus 10.1). O tipo precisa ser profético em todos os pontos de semelhança com o antítipo, e precisa verdadeiramente prefigurar as coisas vindouras (João 3.14; Romanos 5.14; Hebreus 8.5; 9.23, 24; 1 Pedro 3.21).O tipo é sempre terrestre, enquanto o antítipo pode ser tanto terrestre como celestial (Hebreus 8.5; 9.24; 1 Pe 3.21).Desde que tipo, o antítipo, ou seja, figura e cumprimento necessitam serem pré-ordenados como parte de um mesmo plano divino, eles não podem ser escolhidos pelo homem (2 Timóteo 3.16). Por isso, a autoridade dos tipos e sua aplicação provêm da Bíblia, que exige e endosso de pelo mesmo três testemunhos para confirmar uma verdade (2 Coríntios 13.1)”. 2A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS
Sobre a suma importância da tipologia bíblica afirmou Agostinho: “O Novo Testamento acha-se no Velho Testamento, e o Velho pelo Novo é explicado”.Abraão de Almeida disse: “O tipo bíblico é uma representação pré-ordenada, pela qual pessoa, eventos e instituições do Antigo Testamento prefiguram pessoas, eventos e instituições do Novo Testamento. (...)”
I. Por Que a Importância dos Tipos
a) Porque toda Escritura tem valor. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instituir em justiça” (2 Tm 3.16). O valor das Escrituras Sagradas é porque Deus é seu Autor, e inspirou-a, ou seja, o theopneustos que significada “respirado por Deus”. A Bíblia não foi produzida por vontade humana, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21).As Escrituras é proveitosa para ensinar das crianças aos idosos, aos sábios e ignorantes, etc. é proveitosa para redargüir, ou seja, para replicar, argumentos e repreender (2 Tm 4.2).É proveitosa para corrigir, isto é, para repreender e disciplinar. É proveitosa para instruir em justiças, ou seja, ensinar. A Bíblia nos ensina para depois instruirmos aos outro sobre o verdadeiro caminho, a verdade absoluta e universal de Deus, sua natureza santa e sua justiça, “para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.17).b) Porque serve para ensinar. “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Co 10.11). Ver ainda Rm 15.4.c) Porque a Igreja é prefigurada. Por exemplo: Eva. “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Compare com Ef 5.22-32.Muitos exemplos poderíamos citar que prefiguram a Igreja, a noiva de Cristo, como Rebeca (Gn 24), Raquel, Asenate (Gn 41.45), Rute, Abigail (1 Sm 25.39-42) e Sulamita (Ct 3.6; 6.3, 4, 10, 13,; 8.14).d) Porque fortalece convicção na inspiração das Sagradas Escrituras (Ler 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).e) Porque fortalece convicção nas profecias.f) Porque é uma barreira contra heresias.g) Porque faz parte em todo o conselho de Deus. “porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” (At 20.27).h) Porque faz parte naquela boa parte que Maria escolheu. “mas numa só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não será lhe tirada” (Lc 10.42).i) Porque fortalece a santidade. “em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida”. (Lc 1.75) “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocar o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1.2). Ver ainda 2 Co 7.1; Hb 10.10, 14.Portanto, a importância da tipologia bíblica para a Igreja de Cristo é que venham a ser instruídos nas coisas divinas para que tenham a visão celestial da realidade das coisas futuras. 3SETE RAZÕES PARA ESTUDAR OS TIPOS
Estudaremos sete razões para estudar os tipos de conformidade à luz das Escrituras, vejamos:
I. Deus Deu Valor
O Espírito Santo desenhou os Tipos. Observe que o véu do primeiro Tabernáculo é o tipo de Jesus Cristo: “dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (Hb 9.8). Compare com Hebreus 6.19, 20.A transfiguração de Jesus Cristo no monte Tabor (Mt 17.1-9). O assunto naquele alto monte, de Cristo com Moisés e Elias foi o Calvário (Mt 17.3, 5).A crucificação de Cristo (Mt 27.32-56). As pernas de Cristo não foram quebradas, assim cumprindo o tipo da páscoa: “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras” (Êx 12.5).
2. Jesus Cristo Falou dos Tipos
Cristo falou aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-34). Compare com Gn 3.15; 22.18; 49.10; Nm 24.17; Sl 22.1, 18; 110.1; Is 25.8; 52.14; 53; Jr 23.5; Dn 2.24, 35, 44; Mq 5.2; Zc 3.8; 9.9; 13.7; Ml 3.1.No livro de Apocalipse, Jesus Cristo é visto como o Antítipo. O Cordeiro e o Leão (Ap 5). O Cordeiro aponta para o seu sacrifício vicário na cruz do Calvário. O Leão da tribo de Judá fala do futuro e glorioso reino literal de Cristo aqui na terra por mil anos. Aleluia!Jesus falou do profeta Jonas referindo da sua morte (Mt 12.39-41). Falou do templo referindo do seu corpo ressurreto no terceiro dia (Jo 2.19-21). Falou de Noé e dos dias anteriores do dilúvio referindo da sua segunda vinda (Mt 24.37-39).
3. Os Que Falam de Cristo (Hb 9)
Os tipos que falaram de Jesus Cristo são: o Tabernáculo, as ofertas, o templo, as vestimentas dos sacerdotes, etc.
4. Os Escritores do Novo Testamento Referem-se a Cristo
São Escrituras: “e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4). Compare com Levítico 23, as ofertas movidas – tipo de Cristo as “primícias” (1 Co 15.23).
5. Somente Pelos Tipos se Compreende Certos Textos do Novo Testamento
Na epístola aos Hebreus como sombras, sangue, o Tabernáculo, sacrifícios e festas.Em Atos 3, como o discurso do apóstolo Pedro sobre a restauração de todas as coisas (At 3.21-23) com Levítico 25 o jubileu Levítico 27.24.No Evangelho de João 1.29 – o Cordeiro. João 1.14 – tabernáculo que literalmente traduzindo a palavra no original grego é “esquênecen”. E “habitou” no grego é “skênoô” que significa “tabernaculou”. João capítulo 2 – ao templo; no capítulo 3 – a serpente de metal; no capítulo 4 – o poço de Jacó; no capítulo 6 – o maná; no capítulo 7 – a Rocha; no capítulo 8 – a Luz do Mundo; no capítulo 10 – o Bom Pastor; no capítulo 12 – o Grão de Trigo (Primícias 1 Co 15.23); no capítulo 13 – o lavatório e no capítulo 15 – a Verdadeira videira. Compare a videira que saiu do Egito (Sl 80.8-16; Is 5.1-7; Jr 8.13; Mt 21.33-41, 43; Ez 15.6; At 13.46; Ez 17.1-10, 22-24).O Evangelho de João comparado ao Tabernáculo, vejamos:a) João capítulos 1-12 – O pátio do Tabernáculo. Últimas palavras aos de fora, no fim do capítulo 12. As primeiras coisas encontradas são o Altar e o Cordeiro.b) João capítulo 13 – Preparando os discípulos para o serviço no Tabernáculo. Aqui é o uso do lavatório.c) João capítulos 14-16 – Com eles no Tabernáculo. O Espírito Santo. Aqui é oração, o incenso sobre o altar de ouro.d) João capítulo 17 – Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote, a sós, no Lugar Santo do Santos.
6. Tipos Revelados
Os tipos revelados no Novo Testamento é o Antigo Testamento revelado pelo Novo Testamento.
7. O Antídoto
O tipo é o antídoto contra o modernismo teológico. O tipo é ver o que Deus revelou por intermédio de seu Filho Jesus Cristo (Jo 14.9; Hb 1.1). 4O TABERNÁCULO – OS SEUS NOMES
“Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo (...) assim mesmo o fareis”. (Êx 25.9).“Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, (...) (Hb 9.1).Estaremos estudando os títulos descritivos, ou seja, os nomes do Tabernáculo que a Bíblia apresenta, a saber:
I. Santuário
“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).O santuário aqui nos chama atenção ao caráter deste como Lugar Santo – o palácio do Grande Rei, Jesus Cristo.
2. Tabernáculo
“Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis” (Êx 25.9).A palavra tabernáculo do latim é “tenda”, no hebraico é “um lugar de habitação ou morada”. (Compare Jo 1.1, 14). Aqui Deus habitou no meio dos homens através de Cristo. O Espírito Santo habita na vida do crente, isto é, na Igreja. Hoje, Cristo habita na Igreja mediante o Espírito Santo.
3. Tenda
“No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o tabernáculo da tenda da congregação” (Êx 40.2). Ler também Êx 39.33-43

4. Tenda da Revelação
“Mas se ajuntarão a ti e farão a guarda da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós” (Nm 18.4).Aqui é o centro do culto a Deus.
5. Tenda do Testemunho
“E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho: e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã” (Nm 9.15).Aqui refere-se à arca onde estava a Lei, o Testemunho. Em Êxodo 25.15 diz: “As varas estarão nas argolas da arca, e não se tirarão dela”. Aqui refere-se santidade, culpa do homem e eficiência da expiação.
6. Tenda da Congregação
“Este será o holocausto contínuo por vossas gerações, à porta da tenda da congregação, perante o SENHOR, onde vos encontrarei para falar contigo ali. E ali virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados. E santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio” (Êx 29.42-44).
7. Tabernáculo do Testemunho
“Esta é a enumeração das coisas contadas do tabernáculo do Testemunho, que por ordem de Moisés foram contatas para o ministério dos levitas por mão de Itamar, filho de Arão, o sacerdote” (Êx 38.21).

8. Casa de Deus
“Assim, pois, a imagem de escultura, que fizera Mica, estabeleceram para si, todos os dias que a casa de Deus este em Siló” (Jz 18.31).Foi chamada assim na terra de Canaã.
9. Templo do SENHOR
“e estando também Samuel já deitado, antes que a lâmpada de Deus se apagasse no templo do SENHOR, em que estava a arca de Deus” (1 Sm 3.3).Templo do Senhor ou Jeová. O tabernáculo nessa ocasião provavelmente já fosse maior.
10. Santuário Terrestre ou Material
“Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário terrestre” (Hb 9.1).Aqui pertence à Dispensação das cerimônias, um tipo de Cristo.O tabernáculo é o lugar de encontro. Em Cristo, Deus e o homem se encontraram. “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5.18).O Tabernáculo é uma morada. A humanidade de Jesus é a residência da divindade. “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9);O Tabernáculo é o lugar de revelação. Deus revelou seu caráter em Cristo. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer”. (Jo 1.18). Ler ainda Rm 3.26; Jo 14.9.Os propósitos do tabernáculo segundo Paul Roff era: “a) Proporcionar um lugar onde Deus habite entre seu povo (Êx 25.8; 29.42-46; Número 7.89). Aí o Rei invisível podia encontrar-se com os representantes de seu povo e eles com o Rei (...) b) Ser o centro da vida religiosa, moral e social. (...) c) Representar grande verdades espirituais que Deus desejava gravar na mente humana, tais como sua majestade e santidade, sua proximidade e a forma de aproximar-se de um Deus santo. Os objetos e ritos do tabernáculo também prefiguravam as realidade cristãs (Hebreus 8.1, 2, 8-11; 10.1). (...)”Para a resposta e a finalidade do tabernáculo afirmou Armando Chaves Cohen: “O tabernáculo é explicado no Novo Testamento de três maneiras:a) Representa a Igreja; habitação de Deus através do Espírito (Êx 38.8; Ef 2.19-22);b) Tipifica o crente (2 Co 6.16);c) Prefigura as coisas celestes (Hb 9.23, 24).A obra do tabernáculo era o resultado da revelação e da inspiração divinas (Êx 25.40; 31.3). Esses dois elementos conduziram a obra de Cristo: a formação do seu templo – a Igreja (1 Co 3.16), constituída dos fiéis que foram edificados ‘casa espirituais e sacerdócio santo’, para oferecerem sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo (1 Pe 2.5)”. 5AS CORTINAS DO PÁTIO
A descrição do Tabernáculo do livro de Êxodo inicia-se com a Arca no Santo dos Santos, terminando com o altar de sacrifícios. A fim de esclarecer o assunto, começaremos o nosso estudo pelo lado exterior e terminaremos com a Arca.O átrio era um espaço retangular ao redor do Tabernáculo, mais ou menos de 50 metros por 25 metros, ou seja, 50 metros de comprimento e 25 metros de largura. Era fechado por cortinas feitas de linho retorcido, suspensas sobre 60 colunas, 20 em cada lado e 10 nas extremidades. As 4 colunas ao lado oriental formavam a entrada. Estas 4 colunas falam da universalidade (quatro direções) do Evangelho e a entrada plena para o povo de Deus.
I. As Cortinas
As cortinas é tipo da justiça prática.Do homem é tipo da justiça que Deus exigiu do homem e que o homem não conseguiu alcançar, e que o exclui da presença de Deus (Ap 19.7-9; Rm 3.23).De Deus é tipo da justiça que fez Deus excluir o homem de sua presença.Jesus Cristo é o Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5; Hb 8.6; 12.24; 2 Co 5.20). As cortinas eram feitas de linho, uma fibra vegetal de ordem terrena. Isto representa Jesus na Sua humanidade.Por meio de Jesus Cristo, o homem pode receber esta justiça exigida, por ele “foi feito por Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30). E, “Àquele e que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).A justiça de Deus exigiu sacrifício de sangue. Jesus pagou este preço por dar a Sua vida. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vá maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas como precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.18, 19). “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longes, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Ef 2.13).
2. As Vergas e Ganchos das Colunas
“Todas as colunas do pátio ao redor serão cingidas de faixas de prata, os seus colchetes serão de prata, mas as suas bases, de cobre” (Êx 27.17).Eram feitas de prata, símbolo de redenção (Êx 30.11-16). O preço de resgate foi de ½ (um e meio) siclo de prata.Estes ganchos seguravam e deram estabilidade às cortinas. Sem estes, as cortinas teriam caídas. Assim sem a expiação e a redenção de Cristo, o cristianismo não poderia existir.
3. Os Capitéis das Colunas
Eram ornamentos feitos de prata. Pela redenção em Cristo Jesus as nossas vidas recebem os ornamentos do espírito, a graça e as virtudes de Cristo. Como é bom ter o ornamento de um espírito manso e tranqüilo que é de grande estima diante de Deus (1 Pe 3.4). Leia Mateus 5.5; Gálatas 5.22.
4. As Bases e as Colunas de Metal
Estas sustentaram as cortinas. O metal representa o juízo (Nm 21.9; Ap 1.15). É substância que resiste o fogo, símbolo do juízo divino (Ver Is 29.6; 30.30; 66.15). O que suporta este juízo não é a auto-justiça do homem (Is 64.6), mas sim, a justiça de Cristo (Rm 3.22). O número de colunas era 60 em tudo isso é, 20 em cada dos 2 lados e 10 cada nas duas extremidades. Dessas 10, no lado oriental, 4 serviram de entrada para o átrio.

5. A Entrada do Pátio
Havia somente uma entrada. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).A sua largura era de 20 cúbitos, mais ou menos 10 metros. Suficiente para todos. Representa Cristo, a Porta (Jo 10. 7-9). Os quatros Evangelhos assim apresentam Jesus Cristo.As cortinas eram feitas de linho fino, retorcido, de estofo azul, púrpura e escarlata. Tipo da justiça, pureza e natureza celestial de Jesus Cristo.A entrada era uma barreira para impedir a entrada aos impuros, mas, ao mesmo tempo, foi um caminho aberto para quem procurasse a reconciliação com Deus. “Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome” (Sl 100.4). Desta entrada ao Tabernáculo, originou-se a frase: “os muros da salvação e as portas de louvor”. No Templo, a entrada era de bronze. Na nova Jerusalém será de pérola! Aleluia! E, também, não uma só porta, mas doze, delas (Ap 21.9-27). Glória a Jesus!
 6TABERNÁCULO – A MORADA DE DEUS COM O HOMEM
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).É bom ressaltarmos que no capítulo anterior estudamos os nomes do tabernáculo à luz da Bíblia. E aqui abordaremos com o nome: “o tabernáculo de Deus” – a morada de Deus com o homem. (Ver Jo 1.14).
I. Deus Deseja Morar Com o Seu Povo
Que Deus deseja morar com o Seu povo se vê pelo fato de que no Jardim do Éden, depois de interrompida a comunhão com o homem por causa do pecado, Ele imediatamente começou a revelar um plano que visasse a sua restauração. Esta revelação aumenta em beleza, glória e intimidade desde Gênesis ao Apocalipse. Compare Isaías 57.15; 66.1, 2. Deus habita com um povo santo, redimido da escravidão, Satanás (Faraó) o mundo (Egito), com um povo protegido pelo sangue.
2. As Manifestações da Presença de Deus
Na Palavra de Deus, temos várias manifestações da Presença de Deus. Três anjos a Abraão (Gn 18.1-8), no Tabernáculo (Êx 40.34-38), no Templo de Salomão (2 Cr 7.1) – tipo daquela presença permanente, embora que ele mesmo desaparecesse. Em Jesus Cristo, Filho de Deus, Emanuel – o Deus conosco (Mt 1.23), no Espírito Santo, no Templo Milenário e no céu, a morada eterna. “Eis o tabernáculo de Deus com os homens...” (Ap 21.3). “... assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).

3. Tipo de Cristo
“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis” (Êx 25.8, 9).A graça – Deus consente em que se faça um tabernáculo. A ordem – tudo deveria ser feito segundo o plano por Deus estabelecido.Adão fora a primeira morada de Deus na terra. Veio o pecado; o descanso de Deus ficou interrompido. O plano de Deus é imutável e, por conseguinte enviou Seu Filho, o Segundo Adão. A graça e a ordem aqui reveladas identificaram Jesus Cristo. O Tabernáculo é tipo de Cristo. Aquele que era Deus (Jo 1.1) se fez carne (Jo 1.14) por Sua própria vontade. Ele “habitou” no grego é “esquenesen” que significa literalmente “tabernaculou” entre os homens (Compare Hebreus 2.14). “Ele... participou no grego é “epilambano”, que literalmente significa “lançar mão de”, reflexivo, indicando ação da Sua vontade. Assumiu (e não somente nasceu) destas coisas” (Compare Hebreus 2.16 – “a semente de Abraão”). Tomou sobre si a natureza humana, mas permanecia o Filho de Deus, igual a Deus em substância. Vejamos os testemunhos destes fatos:a) Apóstolo João. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graças e de verdade” (o 12.14).b) João Batista. “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo 1.34).c) Natanael. “Natanael respondeu e disse-lhe Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (Jo 1.49).d) Paulo. “porque foi agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Cl 1.19).A plenitude de Deus morava em Jesus Cristo – majestade, poder, personalidade (Compare Jo 14.9; 3.34; 1.18; 1 Tm 3.16; Cl 1.16; Hb 1.3; Tt 2.3; Rm 9.5; 1 Jo 5.20). Assim em Cristo, o descanso de Deus é restaurado (Hb 8.1). Descanso da redenção da humanidade. Jesus Cristo, o verdadeiro tabernáculo.
4. O Tabernáculo, O Tipo do Homem
O tabernáculo era dividido em três partes: o Pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santo dos Santos. Assim, do mesmo modo o homem tem a tríplice constituição: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23; Hb 4.12). O Pátio representa o corpo, a parte material, visível e mortal do homem; o Lugar Santo, a onde não se podia ver do lado de fora, representa a alma, a parte imaterial, invisível e imortal do homem; o Lugar Santo dos Santos, representa o espírito do homem.A partir desta comparação tipológica, fica evidente que não somos dicotomistas – que ensinam que o homem divide em duas partes: corpo (matéria) e alma e espírito (espiritual, é a mesma coisa). Mas que somos da teologia de Paulo (1 Ts 5.23), ou seja, tricomia – que diz que o homem tem tríplice constituição: corpo, alma e espírito.As Escrituras Sagradas subdivide o homem em duas partes: a) o homem exterior – o corpo; b) o homem interior – é composto da alma e espírito (2 Co 4.16; Ef 3.16). A parte exterior do homem – o corpo é matéria, visível e mortal, enquanto a parte interior do homem – a alma e o espírito é material, invisível e imortal. É bom ressaltar que imortal é diferente de eterno. O imortal tem princípio, mas não tem fim, enquanto o eterno – o Deus Trino – não tem princípio e nem fim.O apóstolo S. Paulo, utilizou o termo “tabernáculo”, referindo-se ao corpo (2 Co 5.1-4). E também Pedro (cf. 2 Pe 1.13, 14). As linguagens de Paulo e Pedro são figuradas, e identifica a transitoriedade do corpo humano, porém não anula a esperança e a glória da ressurreição do corpo cristão (Leia 1 Co 15; Ts 4.15-17; 2 Co 5.1-4).
 7O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS
“Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o cumprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura. E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de cobre. Far-lhe-ás também as suas caldeirinhas, para recolher a sua cinza, e as suas pás, e as suas bacias, e os seus garfos, e os seus braseiros; todos os seus utensílios farás de cobre. Far-lhe-ás também um crivo de cobre em forma rede, e farás a esta rede quatro argolas de metal aos seus quatro cantos, e as porás dentro do cerco do altar para baixo, de maneira que a rede chegue até ao meio do altar. Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre. E os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varias estejam de ambos os lados do altar quando foi levado. Oco, de tábuas, o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão” (Êx 27.1-8). Ler ainda Êx 30.28; 28.1-7; 39.33, 39, 43; 40.6, 10, 29.
I. Seu Significado
O altar dos holocaustos significa um “lugar elevado”. A primeira coisa que se via depois de entrar no átrio era o Altar de Holocaustos. Sem trazer um sacrifício pelo pecado para oferecer sobre este altar, não se alcançava nenhuma aceitação com Deus.
2. Tipo de Cristo
Este altar é um tipo de Cristo na cruz, levantado da mesma maneira e com o mesmo propósito em que Moisés levantou a serpente numa haste no deserto (Nm 21.7-9; Jo 3.14, 15; 8.28; 12.32).Israel foi levantado em comunhão com Deus pelo sacrifício neste altar. Assim, nós fomos elevados à comunhão com Deus pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário.O sacrifício subiu na fumaça, um suave cheiro que agradava a Deus (Lv 1.9). Jesus Cristo ofereceu-se como sacrifício de suave cheiro (Ef 5.2).
3. O Propósito do Altar do Holocausto
Aqui o inocente levou sobre si a punição do culpado. Da mesma maneira Jesus Cristo levou em seu corpo no madeiro os nossos pecados (1 Pe 2.24).Aqui Jeová se encontra cm Israel. Na cruz de Cristo encontramo-nos com Deus, “a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (At 2.23). Ler ainda Hb 9.26-28; 2 Co 5.18,19; Ef 2.13-16).Nenhum israelita poderia receber absolvição cerimonial sem oferecer a sua oferta, impondo a sua mão sobre a cabeça dela, e assim recebendo a si o valor da sua morte. Foi o seu substituto. Da mesma forma, o homem tem o privilégio de demonstrar a sua fé na vítima da cruz, Cristo, recebendo a Ele como o seu Substituto perante a Deus. Assim pela fé em Jesus Cristo, somos salvos e regenerados (Jp 1.12, 13; Hb 9.22).Cristo continua a ser o Cordeiro de Deus, mas o Cordeiro que foi morto e tornou a viver, pela ressurreição (Ap 5.6-10). A única entrada para o Tabernáculo no céu é pela morte de Jesus. Boas obras, palavras bonitas, bons pensamentos, atitudes, bonitos discursos, status, recursos, méritos, religião, filosofia, etc., não servem para a salvação dos pecadores. Deus aceita o homem, sim, mediante os méritos do sofrimento e morte expiatória de Jesus.
4. O Material do Altar do Holocausto
Era madeira de acácia, cetim coberto de cobre. Esta madeira encontrava-se crescendo no deserto, e é um tipo de Jesus na Sua humanidade de origem humilde. A raiz que saiu de uma terra seca (Ver Is 53.2). O bronze é tipo do juízo de Deus que Jesus sofreu no Calvário.

5. Os Chifres do Altar do Holocausto
Eram quatro, um em cada canto (Êx 27.2; Lv 9.9) aspergidos com sangue. Os chifres na Palavra de Deus, na melhor concepção exegética de um tipo, representa poder. “Mas tu exaltarás o meu poder, (traduzido corno em inglês) como o do unicórnio (animal semelhante ao boi), ou (“do boi selvagem” – Sl 92.10, ARA).O poder de Deus foi manifestado em ressuscitar Jesus Cristo da morte, “... o qual não é fraco para conosco; antes, é poderoso entre vós. Porque, ainda que tenha sido crucificado por fraqueza, vive, contudo, pelo poder de Deus...” (2 Co 13.3, 4). Ler ainda Hebreus 7.25.
6. O Sangue
O sangue foi derramado à base do altar. Cristo derramou a sua alma até à morte, no Calvário. “... porquanto derramou a sua alma na morte...” (Is 53.12).
7. As Cinzas
As cinzas eram levadas para um lugar limpo (Lv 6.10, 11). O Corpo de Cristo foi sepultado num túmulo novo que nunca fora ocupado (Mt 27.60). As cinzas também falam da aceitação divina do holocausto. A oferta de Abel foi aceita, de Caim, não foi aceita (Gn 4.1-7). Davi orou, “aceite (em inglês traduzido por ‘reduz à cinza’) os teus holocaustos” (Sl 20.2). Compare-a exclamação de Jesus na cruz: “Está consumado” (Mt 27.50; Mc 15.37; Lc 23.46; Jo 19.30), com 1 Rs 18.38, quando Elias orou, caiu fogo do Senhor e consumiu ou consumidos; holocaustos, lenha, pedra, pó e água.
8. Os Utensílios
Aqui eram os cinzeiros, pás, bacias, garfos e braseiros. Eram cinco peças, todas de cobre (Êx 27.3), para cuidar do fogo e remover as cinzas. O apóstolo Paulo disse ao jovem obreiro Timóteo: “... te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos” (2 Tm 1.6). A passagem “despertes o dom de Deus que existe em ti”, no original grego significa literalmente, como “aviva a chama do fogo do alto”.
9. O Fogo
O fogo é símbolo, ou manifestação da santidade de Deus. Compare Moisés, e a sarça que ardia, “... porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êx 3.5).É símbolo do juízo divino sobre o pecado. “porque o nosso Deus é um fogo consumidor”. (Hb 12.29). Compare Sodoma e Gomorra – fogo e enxofre. Jesus Cristo levou nosso juízo.É símbolo de purificação. “E farei passar essas terceira parte pelo fogo, e purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o outro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei, direi: É meu povo; e La dirá: O SENHOR é meu Deus” (Zc 13.9). “E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará as filhas de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça” (Ml 3.3). “... prove-me, e sairei como o ouro” (Jó 23.10).A purificação vem pela cruz de Cristo (Tt 2.14).O fogo veio do céu (Lv 9.23, 24, compare com 1 Rs 18.38). Na inauguração do Templo de Salomão (2 Cr 7.1), o holocausto de Davi na eira de Ornan (1 Cr 21.26), na consagração do Tabernáculo (Lv 9), nos sacrifícios que Gideão preparou (Jz 6.19-22) e no dia de pentecostes (At 2.1-4). Assim, precisamos de fogo do céu, no Calvário, fogo sobrenatural.O fogo será perpétuo (Lv 6.12, 13). Os utensílios serviram para cuidar deste fogo e para levá-lo de lugar em lugar. O fogo do Calvário não se deve pagar, mas sim, devemos levar este fogo aos quatro cantos do mundo.O fogo era levado ao altar de incenso. Fogo estranho de Nadobe e Abiú (Lv 10.1-11; Êx 30.9). Cuidado com o fogo estranho. O erro de Nadabe e Abiú foi porque colocaram em seus incensários carvões em brasa de fonte estranha, ofereceram incenso no altar, este serviço sacerdotal era exclusivamente do sumo sacerdote (Ver Êx 30.7-9; Lc 16.11-13). Eles receberam-se contra Deus e sua lei divina e profanaram o santuário. Deveriam ministrar as coisas de Deus e não seus próprios interesses. Não teve temor ao Altíssimo em suas vidas. Isto é uma lição para os líderes da Igreja na atual dispensação.Há fogo estranha em muitos arraiais que não tem compromisso com Deus e nem um santo temor a Ele. Pense nisso.
10. Os Varais
O altar tinha dois varais, feitos de madeira, coberto de cobre. A função destes era a de carregar o altar de lugar em lugar. Representa as duas partes do Evangelho pelo qual a Mensagem do Calvário é levado a todo o mundo, a primeira parte é que Cristo morreu pelos pecadores (1 Co 15.3), a segunda é que Cristo foi ressuscitado (1 Co 15.1-4; 1 Co 2.2; Lc 24.6; 34; At 3.15; 10.39, 40; 13.28-30; 1 Co 6.14; 2 Co 4.14; Ef 1.20; 1 Pe 1.21). 8A BACIA DE BRONZE
“Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a paras entre a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela. E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés. Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram, ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao SENHOR. Lavarão, pois, as aos e os pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto perpétuo, a ele e à sua semente nas suas gerações” (Êx 30.18-21).“Fez também a pia de cobre com a sua base de cobre, dos espelhas das mulheres que se ajuntavam, ajuntando-se à porta da tenda da congregação (Êx 38.8).A bacia de bronze era o lugar de purificação onde os sacerdotes se lavaram antes de entrarem no Tabernáculo próprio (Êx 30.17-21). A água é um tipo da Palavra de Deus pela qual fomos purificados pelo poder do Espírito Santo (Jo 15.3; Ef 5.26; Jo 3.5, 7; 1 Ts 1.5).
I. Na Ocasião da Sua Consagração
“Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água.” (Êx 29.4).“Então, ungirás a pia e a sua base e a santificarás.” (Êx 40.11).“E Moisés fez chegas a Arão e a seus filhos, e os lavou com água” (Lv 8.6).O ministério sacerdotal, os sacerdotes tomaram banho, sendo lavado o corpo todo. Isto representa a regeneração, “não pelas obras de justiça que hovessemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). “cheguemos-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10.22). O crente é gerado pela Palavra da Verdade, viva e que permanece para sempre (Tg 1.18; 1 Pe 1.23).
2. Depois da Consagração
Os sacerdotes lavavam somente as mãos e os pés, antes de entrarem no santuário. Este ato é um tipo de purificação diária pela Palavra de Deus contra a contaminação por contato com o mundo. Antes de celebrar a páscoa e a Ceia com seus discípulos, Jesus Cristo lavou os pés daqueles e disse: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos...” (Jo 13.10).A lavagem da regeneração realiza-se uma só vez, mas a purificação da contaminação com o mundo é um processo contínuo, sem o qual é impossível ter comunhão perfeita com Deus. Os pés representam o nosso andar, e as mãos, nosso serviço para Deus (Sl 24.4; 26.6). “... Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” (Ef 5.25, 26), compare com Hb 4.12. Ler ainda Is 52.11; 2 Co 7.1.
3. Material de Bronze
Tipo de juízo, neste caso, de juízo de si próprio. A diária purificação pela Palavra de Deus envolve o juízo de si próprio. O apóstolo Paulo disse aos cristãos em Corinto que participavam da Ceia do Senhor: “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (1 Co 11.31). “E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho?” (Mt 7.1).O bronze veio dos espelhos das mulheres (Êx 38.8), dos estojos. Melhor é sacrificar a beleza natural para receber a beleza espiritual! Compare Marcos 14.9. Este fato sugere que a Palavra de Deus tanto revela como também limpa. Como espelho, revela a impureza. Como agente purificador, limpa. A Palavra de Deus é espelho em que vemos o nosso caráter verdadeiro. O apóstolo Tiago diz que o homem que na Palavra descobre o seu estado verdadeiro e depois nada faz para obedecer é qual homem que mira seu rosto no espelho, mas não o lava (Tg 1.22-27).Outro aspecto da limpeza serve nas palavras do apóstolo João: “... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 Jo 1.7).
4. O Tamanho da Bacia de Bronze
O tamanho não é revelado. Este fato sugere a verdade de que Cristo e a Sua Palavra são imensuráveis e insondáveis: “... toda as coisas entregou nas suas mãos.” (Jo 3.35). “... graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1.2). Confronte: O Mar no Templo de Salomão (2 Cr 4.2).
5. Nunca Coberto
O lavatório nunca foi coberto, nem durante a marcha de Israel e nem ao estarem acampados no deserto. As Escrituras Sagradas é uma revelação divina e não um mistério encoberta como alguns religiosos e falsos mestres ensinam.
6. O Lavatório no Livro de Apocalipse
O mar de vidro: “E vi outro grande e admirável sinal: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus. E vi como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-Poderoso! Justo e verdadeiro são os teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem te não temerás, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestas. E, depois disto, olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos com cintos de ouro pelo peito. E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete salvas de ouro, cheias de ira de Deus, que vive para todo o sempre. E o templo encheu-se com a fumaça de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjo.” (Ap 15.1-8).Os que foram visto sobre este mar são vitoriosos para sempre. Uma lembrança da sua vitória pela Palavra de Deus. Aleluia!9O TABERNÁCULO E SUAS QUATRO COBERTURAS
O Tabernáculo é um tipo da Igreja, como habitação de Deus pelo Espírito Santo (Êx 38.8; Ef 2.19-22), tipo de crente, individualmente, como templo do Espírito Santo (2 Co 6.16) e prefigura as coisas celestiais (Hb 9.23, 24).
I. As Quatro Cortinas do Tabernáculo
“E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada. O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina, de quatro côvados; todas estas cortinas serão de uma medida. Cinco cortinas se enlaçarão uma à outra; e as outras cinco cortinas se enlaçarão uma com a outra. E farás laçadas de pano azul na ponta de uma cortina, na extremidade, na juntura; assim também farás na ponta da extremidade da outra cortina, na segunda juntura. Cinqüenta laçadas farás numa cortina e outras cinqüenta laçadas farás na extremidade da cortina que está na segunda juntura; as laçadas estarão travadas uma com a outra. Farás também cinqüenta colchetes de ouro e ajuntarás com estes colchetes as cortinas, uma com a outra, e será um tabernáculo. Farás também cortinas de pêlos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás. O comprimento de uma cortina será de trinta côvados, e a largura da mesma cortina, de quatro côvados; estas onze cortinas serão de uma medida. E ajuntarás cinco destas cortinas por si e as outras seis cortinas também por si: e dobrarás a sexta cortina diante da tenda. E farás cinqüenta laçadas na borda de uma cortina, na extremidade, na juntura, e outras cinqüenta laçadas na borda da outra cortina, na segunda juntura. Farás também cinqüenta colchetes de cobre e meterás os colchetes nas laçadas; e, assim, ajuntarás a tenda para que seja uma. E o resto que sobejar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobejar, penderá sobre as costas do tabernáculo. E um côvado de um lado e outro côvado de outro, que sobejará no comprimento das cortinas da tenda, penderá de sobejo aos lados do tabernáculo de um e de outro lado, para cobri-lo. Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.” (Êx 26.1-14).Seguindo o estudo dos tipos de peles, pêlos e as cortinas do Tabernáculo, vejamos:a) Peles de animais marinhos (golfinho). “Também farás de peles de carneiro tintas de vermelho uma coberta para a tenda, e outra coberta e pele de animais marinhos” (Êx 26.17 – ARA). Era a cortina exterior, sem forma ou medida específica. Faltava-lhe beleza. Era de cor cinzenta. Um tipo de Jesus Cristo visto pelo mundo; sem forma, ou beleza e formosura (Is 53. 2,3). A beleza do Tabernáculo pelo povo, sendo para eles o “carpinteiro” e “nazareno” (Mt 13.55; Mc 6.3; Mt 26.71; Mc 16.6; At 2.22; 22.8).b) Peles de carneiro tintas de vermelho. “... peles de carneiro tintas de vermelho...” (Êx 26.14). Era colocada por baixo da cortina de peles de animais marinhos. O carneiro simboliza substituição (Gn 22.13, 23). O carneiro que substituiu Isaque no altar no monte Moriah, é tipo de Jesus Cristo, o substituto que morreu no lugar do pecador (1 Pe 3.18; 2.21; 1 Co 15.3,4; Gl 1.4; Rm 5.8; Is 53.6; Jo 3.16; 2 Co 5.21).c) Pêlos de cabras. “Farás também cortinas de pêlos de cobras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas as farás.” (Êx 26.7). Leia ainda os versículos a seguir de 8 a 13. Eram feitas de onze cortinas e colocadas das peles de carneiro, cobriu o tabernáculo, descendo pelos lados até o chão. Cinco formavam uma peça para cobrir o Lugar Santíssimo. Ligados por colchetes de cobre. Cinco formaram uma peça para cobrir o Lugar Santo e uma cobria a entrada com as cinco colunas.A cabra era animal usado para oferta pelo pecado (Lv 9.15; Nm 28.22). Portanto, esta cortina representa Jesus Cristo, a oferta pelo pecado (Is 53.10; Hb 9.14, 26, 28; 10.10-14; Ef 5.12; 2 Co 5.21). Cristo assumiu toda a dívida humana e toda a culpa de todo ser humano desde Adão. Por Seu Pai foi tratado como criminoso do universo, rejeita na cruz. Deus virou Seu rosto contra o Filho, o representante do homem (cf. Sl 40.12), por isso exclamou: “Deu meu, Deus meu, porque me desamparaste?...” (Sl 22.1; Mt 27.46; Mc 15.34; cf. Lm 1.12-14). Ali na cruz, vemos o que Deus considera o pecado, traição contra a Sua Pessoa (Sl 51.4).A oferta pelo pecado opera duas coisas. Primeiro, como oferta pelo pecado, satisfaz a exigência da lei divina. Seu governo e Sua Pessoa. Segundo, a substituição, reconciliou o mundo com Deus (Rm 5.8; 2 Co 5.18-21), suspendeu a sentença condenatória. A graça reina! Aleluia! Os benefícios desta oferta pelo pecado reservaram-se apenas para o indivíduo que requer pessoalmente a libertação da sentença da morte, reconhecendo Jesus Cristo como o seu substituto que tomou o seu lugar no castigo divino (Gl 2.20; 3.13).O Tarbernáculo, não só é tipo de Jesus Cristo, como também é tipo da Igreja, foi completamente coberto por esta cortina de pêlos de cabras. Assim, o sacrifício de Cristo cobre completamente os que são dEle (Nm 23.21). Os pecados são completamente cobertos (Sl 32.1, 2; Is 44.22; Sl 1103.12; Is 38.17; Hb 10.17). O homem é perdoado e os pecados são esquecidos (Mq 7.18, 19).d) As cortinas do linho fino, retorcido. Cortinas interiores, colocadas debaixo dos pêlos de cabras. Bordadas em azul, púrpura, escarlate, com figuras dos querubins (Êx 26.1-6). Eram dez ligadas em colchetes de ouro, de 50 cúbicos de largura quando unidas. Uma largura de 20 cúbicos cobriu o Lugar Santo e formou o teto; a outra, de 20 cúbicos, cobriu o Lugar Santíssimo. O que sobrou cobriu a parede dos fundos. Só a parte do teto apareceu à vista.O linho é produto do reino vegetal e representa a perfeição de Cristo como homem (Hb 7.26).O significado das cores são os seguintes: azul representa Cristo o celestial, de natureza divina. Púrpura representa Cristo o Rei. Escarlata representa Cristo o sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlata. Foi esmagado para fornecer o corante. Confere Cristo, chamado “verme” em Salmo 22.6, esmagado debaixo do peso dos nossos pecados, derramando o Seu sangue escarlata que nos purifica. Branco representa Cristo o puro imaculado.O significado dos querubins na melhor concepção exegética bíblico é o seguinte: a palavra querubim no original hebraico é “kerub” (querube) que significa força ou poder. Os querubins são seres majestosos, domadores das forças da natureza do Universo, executadores da vontade soberano de Deus (Ap 7-19; Mt 13.41, 42). São anjos (1 Pe 3.22). Assim, representam a divindade de Jesus Cristo, o Filho do Homem (cf. Sl 17.8; 36.7; 57.1; 61.4; 63.7; 91.4). Toda esta glória dos querubins com suas asas estendidas somente podiam ser visto quando se estava dentro do Tabernáculo. Da mesma forma a beleza de Cristo é revelada ao cristão. Na palavra observamos os querubins de quatro faces (Ez 1.5-10; 10.15; Ap 4.7, 8).A face do leão é o tipo do poder e glória real. A face de boi é tipo de força para trabalhar e a servir. A face do homem simboliza a simpatia e inteligência, e a face da águia, voando às alturas é tipo de poder, da suprema percepção nas coisas celestiais.Todas as faces representam Jesus Cristo como apresentado nos quatro Evangelhos. No Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Leão da tribo de Judá, o Rei de Israel. No Evangelho de Marcos apresenta Jesus, o paciente como o boi, servindo a humanidade, o servo de Deus. No evangelho de Lucas apresenta Jesus como o Filho do Homem, simpatizante, amoroso e exemplo perfeito, o Homem Perfeito. No Evangelho de João apresenta-o como o Filho de Deus, voltando ao lugar onde saiu o seio do Pai. 10AS TÁBUAS DO TABERNÁCULO
“Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas. O comprimento de uma tábua será de dez côvados, e a largura de cada tábua será de um côvado e meio. Duas coiceiras terá cada tábua, travadas uma com a outra; assim farás com todas as tábuas do tabernáculo. E farás as tábuas para o tabernáculo assim: vinte tábuas para a banda do meio-dia, ao sul. Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas; duas bases debaixo de uma tábua para as suas duas coiceiras e duas bases debaixo de outra tábua para as suas duas coiceiras. Também haverá vinte tábuas ao outro lado do tabernáculo, para a banda do norte, com as suas quarenta bases de prata; duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo de outra tábua. E ao lado do tabernáculo para o ocidente farás seis tábuas. Farás também duas tábuas para os cantos do tabernáculo, de ambos os lados; e por baixo se ajuntarão e também em cima dele se ajuntarão numa argola. Assim se fará com as duas tábuas: ambas serão por tábuas para os dois cantos. Assim serão as oito tábuas com as suas bases de prata, dezesseis bases: duas bases debaixo de uma tábua e duas bases debaixo de outra tábua. Farás também cinco barras de madeira de cetim para as tábuas de um lado do tabernáculo e cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo; como também cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo, de ambas as bandas, para o ocidente. E a barra do meio estará no meio das tábuas, passando de uma extremidade até à outra. E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro. Então, levantarás o tabernáculo conforme o modelo que te foi mostrado no monte.” (Êx 26.15-30).O Tabernáculo tinha quarenta e oito tábuas. A aparência do Tabernáculo era como de um grande caixote, de 30 cúbitos de comprimento, por 10 cúbitos de altura, por 10 cúbitos de largura. Um cúbico é uma medida que equivale a mais ou menos 46 centímetros. O Tabernáculo foi construído de 48 tábuas de acácia ou cetim, madeira encontrada no deserto, incorruptível, 20 em cada lado, seis nos fundos e duas nos cantos. Foram cobertos de ouro. Tinham espigações que encaixavam em duas bases de prata, pesando 90 libras cada. Havia 100 bases, incluindo quatro para as bases dos pilares do véu entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Estas tábuas ficaram seguras por 15 travessas de madeira, cobertas de ouro, 5 nos lados e 5 nos fundo. Três passaram horizontalmente de fora. Doze eram mais curtos, sendo 4 em cada lado e nos fundos, 2 em cima e 2 por baixo da travessa comprida do meio. Estas peças constituíram a armação principal do Tabernáculo.O comprimento das tábuas era de 10 cúbitos. A largura era de 11/2 (onze e meio) cúbitos.I. Tipo de Cristo
O material, como já abordamos, era madeira de acácia, tipo da natureza humana de Cristo (Hb 2.14-16; Lc 1.35). Eram cobertos de ouro, tipo da glória divina. O Templo de Salomão, morada terrestre de Deus, onde se revelou a glória divina, foi coberto com ouro até ao assoalho. No Apocalipse, a cidade celestial é descrita contendo “a glória de Deus”, sendo de ouro puro como vidro transparente. O ouro representa a perfeição de Cristo. Embora cobrindo a madeira, o ouro era separado da madeira. Assim a divindade e perfeição de Cristo cobriam a sua humanidade. Havia duas naturezas, divina e humana, distintas (1 Tm 2.5; Tt 2.13; Hb 1.8; Cl 2.9). Jesus Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Ele é o perfeito homem e perfeito Deus (1 Tm 2.5; Cl 2.9). Um grande mistério: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério...” (1 Tm 3.16). Mas era sempre uma só pessoa (Jo 8.58; 10.30), da mesma substância como o Pai (Hb 1.3; Jo 10.33).
2. Tipos dos Crentes em Cristo
É o tipo dos crentes unidos com Cristo (1 Co 12.12), seguros por 15 travessas de madeira de acácia, cobertos com ouro. Em cada lado havia uma travessa comprida que se estendia de fora a fora desta havia duas curtas que estendiam o comprimento do Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Por baixo também havia outras duas travessas do mesmo comprimento. E nos fundos avia outras quatro travessas curtas por cima e por baixo da travessa comprida (Êx 26.26-28).A travessa comprida representa Jesus Cristo o princípio e o fim. O Alfa e o Ômega (Ap 1.8, 17; Gn 1.1-3; compare com Jo 1.1-4; Mq 5.2; Cl 1.17; 2.9, 10; Ef 3.11; Pv 8.22-31; Jo 17.5). Sendo o número de três travessas compridas, representa a ressurreição de cristo ao terceiro dia (Mt 28.6; Mc 16.6; Lc 24.6; Jo 20.9; 1 Co 15.4). É o Cristo vivo que sustenta a Sua Igreja (Ef 1.10; Hb 2.8, 9). Nós o vemos. Em Cristo fomos unidos para formar uma habitação de Deus pelo Espírito Santo, e somos membros do Corpo de Cristo.
3. Fatos Concernentes às Tábuas do Tabernáculo
Para a compreensão de alguns fatos concernentes as tábuas do Tabernáculo, vejamos o seguinte:a) Árvores. Como árvores tinham as suas raízes na terra e eram da terra, e de pouco valor. Tipos dos homens não regenerados, do mundo (Ef 2.1-3), sob o domínio do Diabo.b) Preparação. As árvores foram cortadas, aparelhadas e removidas. Pelo arrependimento e fé em Jesus Crist, o pecador é cortado, humilhado, lapidado e cai aos pés de Cristo. Depois ele precisa ser ainda serrado e aparelhado, que significa que, as obras da carne e do homem natural e velho precisam ser dominadas (Rm 6-8).Removidos a um novo lugar, para uma nova relação. “Amados, agora somos filhos de Deus...” (1 Jo 3.2). Somos transladados ao Reino do seu Filho amado. “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Com Ele nos fez sentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus, “... e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6).c) As tábuas foram preparadas por Bezalel e seus cooperadores (Êx 31.2-6). É o tipo do Espírito Santo. A pessoa precisa nascer de novo antes que posa ocupar seu lugar no Corpo de Cristo.d) As tábuas foram colocadas em posição por Moisés. “porque Moisés levantou o tabernáculo, e pôs as suas bases, armou as suas tábuas, e meteu nele os seus varais, e levantou as suas colunas” (Êx 40.18). O Salvador e Senhor Jesus Cristo coloca na Igreja os que crêem em Seu nome. “... E todos os dias acrescentavam o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Ler ainda Atos 4.4; 8.37; 9.42; 10.43; 11.21; 13.12; 146.1; 15.11; 16.31; 17.12; 34; 18.8; Rm 1.16; 1 Jo 5.1; 10, 13).e) Cada tábua descansava sobre duas bases de prata. A prata representa redenção ou expiação. Nossa redenção veio pela expiação de Cristo (At 20.28; Ev 1.7; Cl 1.14; 1 Pe 1.18, 19; Ap 5.9). “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (1 Co 3.11).f) Cada tábua era revestida como ouro. O ouro é tipo da natureza divina e glória de Cristo. O homem em si mesmo é vil e cheio de pecado. “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” (Rm 7.18). Mas em Cristo ele acha aceitação e revestimento com Sua justiça. Paulo recomendou em Romanos 13.14: “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhas cuidado da carne em suas concupiscências”. Obedecendo este preceito divino, revestido-nos da Sua glória, tipificado pelo ouro, haverá uma gloriosa mudança na nossa vida. “Mas todos nós com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somo transformados de glória e glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18).g) Eram ligados em cima com anel de ouro. O amor é o anel que une o povo de Deus. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35).O amor é a verdadeira identidade do cristão. 11O ANTEPARO
“Farás também para a porta da tenda uma coberta de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador, e farás para esta coberta cinco colunas de madeira de cetim, e as cobrirás de ouro; seus colchetes serão de ouro, e far-lhe-ás de fundição cinco bases de cobre.” (Êx 26.36, 37). Ler ainda Êxodo 36.37, 38.
1. A Entrada Para o Átrio
A entrada para o átrio do Tabernáculo representa Jesus Cristo, o caminho, e a entrada para o Tabernáculo ou Lugar Santo representa Jesus Cristo, a verdade. “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, ...” (Jo 14.6).Assim escreveu Armando Chaves Cohen tratando-se da entrado do átrio do Tabernáculo: “(...) No tabernáculo, havia somente uma entrada, tipificando um único caminho: Cristo (Jo 10.7-9; 14.6); os quatro postes fixos na entrada representavam os quatro Evangelhos proclamados em toda a terra, anunciando a salvação de Deus. (...)” 2. O Lugar Santo
O Lugar Santo era o lugar de serviço sacerdotal, onde os sacerdotes ministravam perante o Senhor. A entrada ali representa a chamada do crente para a obra do ministério, chamada esta que deve vir somente de Jesus Cristo. “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Aparta-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele” (Mc 3.13).
3. O Anteparo
O anteparo não só era uma entrada para o Lugar Santo como também era uma revelação das verdades declaradas pelo Tabernáculo. O sacerdote passando debaixo desta cortina estava face a face com os símbolos dourados contidos no Lugar Santo. Assim, Jesus Cristo é a revelação de Deus, de Deus como Pai, o Deus de amor, de graça que é Poderoso para salvar o pior dos pecadores (1 Tm 1.15, 16).Jesus Cristo é a verdade concernente a Deus. Deus manifesto na carne (Jo 1.14). Por isso podia dizer: “Eu sou... a verdade...” (Jo 14.6).A entrada teve cinco colunas de madeira cobertas com ouro, tendo capitéis e bases de bronze. Representam Jesus Cristo e Suas duas naturezas; a humana e a divina (Rm 1.3; Hb 2.14, 15; Sl 22.22; Fp 2.6-11; 1 Tm 2.5; 2 Tm 2.8; Mt 1.1-17; Lc 3.2-38; Mt 1.18, 20; Lc 1.35; Mt 12.47; 13.55, 56; 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28; Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12; Jo 11.35; Rm 1.4; Jo 1.1; 5.18; 10.30, 33-36; 1 Jo 5.20; Mt 18.20; 28.18; Jo 21.17; Hb 13.8; Jo 8.58).Acerca do profundo tipo do Anteparo, escreveu com segurança Armando Chaves Cohen: “O anteparo (...). Essa peça, também chamava ‘véu exterior’, era colocada em frente ao tabernáculo. Tratava-se de um reposteiro de linho retorcido, bordado com estofo azul, púrpura e carmesim; sustentado por cinco colunas de madeira acácia coberta de ouro; com colchetes de ouro. Firmadas sobre cinco bases de bronze, serviam de porta para a tenda da congregação. O anteparo também tipificava Cristo: a porta das ovelhas, o caminho e a verdade por onde todos têm de passar para alcançar a vida eterna (Jo 10.7-9; 14.6). (...) Jesus é a expressão da verdade, o próprio Deus manifesto em carne, habitando entre os homens; o prometido Emanuel, o Deus conosco (Is 7.14; Jo 1.14).” 12A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO
“Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio, e cobri-la-ás com ouro puro; também lhe farás uma coroa de ouro ao redor. Também lhe farás uma moldura ao redor, da largura de uma mão, e lhe farás uma coroa de ouro ao redor da moldura. Também lhe farás quatro argolas de ouro; e porás as argolas nos quatro cantos, que estão nos seus quatro pés. Defronte da moldura estarão as argolas, como lugares para os varais, para se levar a mesa. Farás, pois, estes varais de madeira de cetim e cobri-los-ás com ouro; e levar-se-á com eles a mesa. Também farás os seus pratos, e as suas colheres, e as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de cobrir; de ouro puro os farás. E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente.” (Êx 25.23-30). Leia ainda Êxodo 37.10-16.
1. O Material da Mesa
Era feita de madeira de acácia coberto com ouro. Tinha duas coroas, uma dentro da outra. Havia quatro argolas nos quatro cantos pelas quais passaram os varões usados para o transporte da mesa nas jornadas.
2. Os Doze Pães
Eram colocados doze pães na mesa, um para cada tribo, em duas fileiras de seis cada. Sobre estes se deitava franquincenso, pois eram considerados ofertas ao Senhor. A mesa e os pães eram considerados uma só coisa. Quando se falava da mesa, incluíam-se os pães. A palavra pães da proprosição significa literalmente “o pão da face” ou “pão da presença”. Em Números 4.7 diz: “Também sobre a mesa da proposição... o pão contínuo estará sobre ela (a mesa)”. Em 2 Crônicas 2.4 diz: “... para o pão contínuo da proposição..” ou seja, para que não faltem os pães da proposição. Os dois pães representam as doze tribos de Israel. Eram um memorial contínuo perante o Senhor, lembrando ao Senhor as promessas dEle ao Seu povo. As doze pedras em Gilgal, lembrança da travessia do Jordão (Js 4.1-24).
3. Tipo da Igreja de Cristo
A Igreja é chamada de “um só pão”. “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão”. (1 Co 10.17). Cristo e Sua Igreja são um só. “Porque, assim como o corpo é um e tem muito membros, e todos os membro, sendo muito, são um só corpo, assim é Cristo também.” (1 Co 12.12). Cristo como a mesa sustenta a Sua Igreja e apresenta como “pão” perante Deus Pai. “Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”. (Jd vv. 24,25).
4. Centro de União da Família Sacerdotal
A Igreja é o sacerdócio de Cristo na terra (1 Pe 2.5; Rm 12.1; Hb 13.15). Ao redor de Jesus Cristo, ressuscitado, reunimos (Mt 18.20; 1 Co 15.6). A reunião com os irmãos. Ali, Jesus Cristo na Sua onipresença está. Não somente reunidos, mas também unidos em Cristo (At 2.1; Sl 133.1).
5. Centro de Alimentação da Família Sacerdotal
O pão foi comido pelos sacerdotes nos sábados quando puseram pão fresco na mesa. Somente no Lugar Santo podiam comê-los (Lv 24.8). Estes pães, portanto, representa Jesus Cristo, o Pão da vida, o pão Verdadeiro (Jo 6.32-35, 48, 51, 57, 58). Foi Jesus quem deu a Sua carne em sacrifício pelos pecados. Pela fé, o crente alimenta-se de Jesus e vive por Ele. Esta apropriação não somente inclui o novo nascimento, como também, uma vida mais abundante em Cristo. “... eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (Jo 10.10). É um grande privilégio alimentarmos diariamente em Cristo, apropriando o seu sacrifício perfeito, seu amor e sua proteção (1 Pe 2.1, 2; Hb 4.12; Sl 23.5). Assim poderemos dizer como Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2.20).Os pães eram pães asmos, tipo da sinceridade e verdade (1 Co 5.6-8). Confere com o fermento do legalismo, incredulidade e ambição (Mt 16.6-12; Mc 8.15). Precisamos adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24; 1 Ts 5.23).Lebremo-nos do processo pelo qual o trigo é tornado pão. Moído entre as pedras do milho, amassado e moldado em forma de pão. Depois, o calor intenso do forno. Tipo das duas experiências que Cristo conheceu (Is 28.28; Lm 1.13).A entrada para a mesa era somente pelo cominho do altar. Sem passar pelo altar, o sacerdote não podia chegar-se a esta mesa. Da mesma forma, a comunhão com Cristo depende em primeiro lugar, de ter aceitado o sacrifício de Cristo na cruz como Salvador pessoal.
6. Centro de Comunhão na Família Sacerdotal
Ao redor da mesa os sacerdotes reuniam-se. Assim, ao redor da mesa espiritual provida por Cristo, a Igreja tem comunhão. 13O CASTIÇAL DE OURO
“Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo. E dos seus lados sairão seis canas: três canas do castiçal de um lado dele e três canas do castiçal do outro lado dele. Numa cana haverá três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copos a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor; assim serão as seis canas que saem do castiçal. Mas no castiçal mesmo haverá quatro copos a modo de amêndoas, com suas maçãs e com suas flores; e uma maçã debaixo de duas canas que saem dele; e ainda uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele; e ainda mais uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele: assim se fará com as seis canas que saem do castiçal. As suas maçãs e as suas canas serão do mesmo; tudo será de uma só peça, obra batida de ouro puro. Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar defronte dele. Os seus espevitadores e os seus apagadores serão de ouro puro. De um talento de ouro puro os farás, com todos estes utensílios. Atenta, pois, que o faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte.” (Êx 25.31-40). Ler ainda Êxodo 37.17-24.O castiçal era também chamado de candeeiro ou candelabro de ouro.A finalidade do castiçal ou candelabro era fornecer luz, que revela, purifica, sara e serve para crescimento. O candelabro é tipo de Cristo, a luz do mundo, nosso instrutor e guia. “... Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12). Ler ainda João 1.5, 9; 3.19; 9.5.
1. O Material da Cortiça
“Faz também o castiçal de ouro puro; de obra batida fez este castiçal; o seu pé, e as suas canas, e os seus copos, e as suas maças, e as suas flores, na mesma peça.” (Êx 37.17).O candelabro era feito de ouro puro, maciço, pesava aproximadamente 35 kg, valendo aproximadamente hoje R$ 1.750.000,00. Feito de uma só peça, não fundido, mas sim batido (Êx 25.31; Nm 8.4).
2. Tipo de Cristo
Este processo de bater representa os sofrimentos de Jesus, o esmagamento e tristeza dos pecados de todo o mundo que Ele levou, “... o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” (Is 53.6). O castiçal era sempre ouro, mas para ocupar o seu lugar de porta-luz tiveram que ser submetido às marteladas. Jesus Cristo é sempre, ou seja, o eterno Filho de Deus, mas para tornar-se o Salvador do mundo, foi necessário tornar-se o homem de dores, obediente até a more de cruz (Jo 1.9; Is 2.5; 40.1-3; 42.6; 49.6; 53.3, 4; Cl 2.6; Ef 5.8; Ap 5.6; Jo 9.5; 1 Jo 1.7; Ap 21.23; Mt 4.16; Pv 4.18; Hb 5.8; 12.2; Fp 2.8).
3. Tipo da Igreja de Cristo
Jesus ensinando no sermão da montanha disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acender a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.14-16). Na parábola do servo vigilante. “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.” (Lc 12.35). Paulo exortando disse: “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” (Fp 2.15).Os sete castiçais de Apocalipse 1.12, 13, 20, representam as sete igrejas da Ásia Menor. O castiçal de Éfeso estava apagando-se (Ap 2.5).Na parábola da moeda perdida vemos a mulher acender a luz e varrer a sua casa, e buscar com diligência até encontrar a moeda (Lc 15.8-10). A mulher representa a Igreja buscando os pecadores perdidos à luz das Sagradas Escrituras.Em um determinado momento um filho de um pastor foi interrogado por uma pessoa, como você se sente aqui neste lugar? Ele respondeu: eu me sinto como aquele poste. Quando ele não falta luz, ninguém reclama dele. Mas, quando falta luz todos reclamam.Quando a Igreja, a luz do mundo se apaga é motivo de desdém e escândalo. Quando a Igreja permanece com sua luz acesa coisas sobrenaturais acontece como salvação dos perdidos, batismo no Espírito Santo, cura divina, manifestações dos dons espirituais, renovação espirituais, reconciliações, etc. “Vós sois a luz do mundo”, “resplandeça a vossa luz diante dos homens”.
4. Tipo de Pessoa
Por exemplo, João batista. “Ele era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.” (Jo 5.35).Um exemplo também é Paulo: “segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.” (Fp 1.20).
5. Os Seis Braços do Candelabro
O candelabro tinha três braços saindo de cada um dos dois lados, formando ao todo sete braços. O braço central, que era o apoio dos outros, representa Cristo. Os outros braços representam a Igreja.
6. Tipo de Israel
O castiçal é tipo de Israel na Dispensação Milenário ou Reino do Messias (Zc 4.1-14).

7. As Sete Lâmpadas ou Pavios do Castiçal
Eram tratados com espevitadeiras e apagadores (Êx 25.38). A sujeira que se criava nas lâmpadas representa qualquer coisa na vida do crente que não glorifique ao Senhor. O sumo sacerdote limpava-se toda manhã. Assim, Cristo, nosso Sumo Sacerdote (Hb 4.15; 8.1), removerá das nossas o “carvão”, isto é, a sujeira e impureza. É necessário submeter-nos à Sua Palavra e o poder do Espírito Santo. Assim nossa luz brilhará ainda mais (Pv 4.18). Deus nos disciplina e corrige pelo seu grande amor para nos aperfeiçoar (Hb 12.5-11).Submetendo-nos à obra dos “apagadores” nossa luz brilhará muito bem, e os homens perceberão que estamos em Cristo, como aconteceu com os apóstolos Pedro e João perante o Sinédrio (At 4.13, 16). Estes apagadores que representam os instrumentos que Deus usa na correção devem ser “ouro puro” – o aperfeiçoamento do caráter cristão (Gl 6.1).8. O Azeite ou Óleo do Castiçal
“Tu, pois, ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para a candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente.” (Êx 27.20).Era um óleo especial, usado para ungir. Cristo foi ungido com o óleo especial, o Espírito Santo (Lc 4.18; Is 61.1; At 4.27; 10.38). Óleo é símbolo do Espírito Santo que foi derramado sem medida sobre Jesus Cristo (Jo 4.34). A Igreja, como luz do mundo, também precisa deste óleo especial – o Espírito Santo – para proclamar o Evangelho no poder do Espírito Santo (At 1.8).O processo da produção do óleo era o seguinte: a azeitona era espremida e esmagada (Is 53.10). Vemos que da agonia da cruz saiu à unção do Espírito Santo para a Igreja. As promessas desta unção para todo crente, seja em todo tempo, espaço e gerações (Jo 14.17; 15.26; At 1.5; 2.32, 33; 38, 39).Getsêmani (Mt 26.36), significa “prensa de azeite”. Cristo foi prensado. Como já dissemos da agonia de Jesus no Getsêmani até o Calvário saiu à unção do Espírito Santo para a Sua Igreja.
9. Os Enfeites do Candelabro
“Numa cana haverá três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copos a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor; assim serão as seis canas que saem do castiçal. Mas no castiçal mesmo haverá quatro copos a modo de amêndoas, com suas maças e com suas flores.” (Êx 25.3, 34).Em cada um dos seis braços do candelabro havia enfeites na forma de três fases, na formação de amêndoa: primeiro, a maçã ou gomo, segundo, a flor e terceiro, o copo ou amêndoa madura. Veja a vara de Arão que brotou em Números 17.8. Havia assim, em cada braço, nove frutas e na haste central com quatro copos em formato de amêndoas, com as suas maçãs e com as suas flores e doze frutos representavam uma árvore frutífera (Êx 37.20).O número completo tipifica Cristo que distribui à Igreja a seiva representada pelos dons e fruto do Espírito Santo. Significa fruição pelo Espírito Santo. Paulo em Gálatas 5.22, 23, enumera os nove frutos do Espírito Santo como: amor (caridade), gozo (alegria), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. E em 1 Coríntios 12.4,8-10, Paulo enumera os nove dons espirituais como: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, o dom de discernir os espíritos, a fé, os dons de curar, a operação de maravilhas, a profecia, a variedade de línguas, e a interpretação das línguas. Observamos que aqui colocamos em ordem os dons espirituais de acordo com a classificação de sua natureza, a saber: a Sabedoria de Deus, o Poder de Deus e a Mensagem de Deus.Realmente são os dons e o fruto do Espírito os verdadeiros instrumentos divinos da Igreja de Cristo, a luz do mundo, para a realização dos propósitos divino e a expansão do Reino de Deus.
10. A Luz do Candelabro em Contraste Com a Luz Natural
O sacerdote ministrando no Lugar Santo via a luz do candelabro. A luz do sol, ou seja, a luz natural ficou excluída. As coisas de Deus são vistas as luz de Deus e da Sua divina Palavra. Muitos em nossos dias querem reduzir a religião ao plano material e científico. Mas as coisas de Deus são interpretadas espiritualmente à luz das Sagradas Escrituras (1 Co 2.14). A luz da natureza não serve para entender os planos de Deus (Mt 6.23; 2 Co 4.6). 14O ALTAR DE INCENSO
“E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás. O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura, de um côvado; será quadrado, e de dois côvados, a sua altura; e as suas pontas farão uma só peça com ele. E com ouro puro o forrarás, o seu teto e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor. Também lhe farás duas argolas de ouro debaixo da sua coroa; aos dois lados as farás, de ambas as bandas; e serão para lugares dos varais, com que será levado. E os varais farás de madeira de cetim e os forrarás com ouro. E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo. E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações. Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem oferta; nem tampouco derramareis sobre ele libações. E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar com o sangue do sacrifício das expiações; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações; santíssimo é ao SENHOR... Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e ônica, e gálbano; estas especiarias aromáticas e incenso puro de igual peso; e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo; e dele, moendo, o pisarás, e dele porás diante do Testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será.” (Êx 30.1-10, 34-36).O altar de incenso era o lugar de adoração, de culto e louvor ao Senhor. Sacrifícios, não eram oferecidos neste lugar. O altar de incenso é um tipo de Jesus Cristo cujo nome das nossas orações sobe a Deus (Lc 1.9, 10).


1. O Material do Altar de Incenso
“Farás também um altar para queimar nele o incenso; de madeira de acácia o farás... De ouro puro o cobrirás, a parte superior, as paredes ao redor,...” (Êx 30.1, 3 – ARA).O altar de incenso era feito de madeira de acácia coberto com ouro puro. Tipo da natureza humana e divina de Jesus Cristo (1 Tm 2.5; Cl 2.9).
2. A Posição do Altar de Incenso
“E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho,...” (Êx 30.6).O altar de incenso ficava no Lugar Santo, em frente ao véu e a arcar do Testemunho (ou aliança). Isto representa Jesus Cristo, nosso único caminho verdadeiro ao Deus Pai, “porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.” (Ef 2.18). “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Jo 14.6). Ler ainda Hebreus 9.8, 11.12; 10.19-21; Romanos 5.2; João 10.9.
3. Os Chifres do Altar de Incenso
“Uma vez no ano Arão fará expiação sobre os chifres do altar com o sangue da oferta pelo pecado; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações...” (Êx 30.10 – ARA).Os chifres do altar de incenso é símbolo de poder. Era um em cada canto do altar de incenso. Aspergido com o sangue uma vez por ano. Isto representa o poder do sangue de Jesus Cristo, que nunca perde a sua eficiência (Êx 30.10; Hb 9.14). Também representa o poder e a eficácia da oração (Ver 1 Rs 18.42-45; Hb 4.16; Tg 5.16 b).

4. O Incenso do Altar de Ouro
“E farás um altar para queimar o incenso... E Arão sobre ele queimará o incenso... este será incenso contínuo perante o SENHOR...” (Êx 30.1, 7, 8).O incenso é um tipo da oração (Sl 141.2; Ap 5.8). o incenso era queimado continuamente. Isto representa que a oração do crente deve ser em todo tempo (Ef 6.18) sem cessar (1 Ts 5.17), perseverante (Rm 12.12; Cl 4.2) e orar sempre e nunca desfalecer (Lc 18.1).
5. A Relação Entre o Altar do Holocausto de bronze e o Altar de Incenso de Ouro
“Farás... o altar... todos esses utensílios farás de bronze... Far-lhe-ás também uma grelha de bronze... Farás também varais... e os cobrirás de bronze.” (Êx 27.1, 3, 4, 6 – ARA).“Fez... o altar do holocausto... Fez também todos os utensílios do altar... todos esses utensílios de bronze os fez... Fez também para o altar uma grelha de bronze... Fundiu quatro argolas para os quatro cantos da grelha de bronze, ... Fez os varais ... e os cobriu de bronze.” (Êx 38.1, 3-6 – ARA).“o altar de bronze, e a sua gelha de bronze, e os seus varais, e todos os seus utensílios, ...” (Êx 39.39 – ARA).“Tomarás também o incensário cheio de brasa de fogo do alar, de diante do SENHOR, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.” (Lv 16.12).O fogo que queimou o incenso veio do altar do holocausto de bronze. Assim vemos que o valor e o poder da oração de Jesus Cristo dependiam do sacrifício de Si mesmo na cruz. Se não morresse em nosso lugar tão pouco poderia ter intercedido por nós. O sacerdócio de Jesus Cristo vigorou oficialmente desde a Sua ressurreição (1 Co 15.17; confere Lv 16.12, 13, 27).No altar de holocausto de bronze, é tipo do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. No altar de incenso de ouro, é tipo do poder e eficácia da oração de Jesus Cristo. Entende-se que a eficácia e o poder da oração de Cristo dependiam de Seu sacrifício expiatório na cruz.No altar de bronze, é tipo do sofrimento de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Pois, o bronze é tipo do juízo de Deus que Cristo sofreu na cruz. No altar de incenso, é tipo de ressurreição de Cristo para interceder por nós, pecadores. Entende-se que no altar de bronze, representa que Cristo morreu pelos pecadores (1 Co 15.3). E no altar de incenso, representa que Cristo ressuscitou para interceder por nós, pecadores (1 Co 15.4; 1 Tm 2.5; Hb 3.1; 4.14-16).Vale ressaltar que o fogo que queimou o incenso veio do altar de bronze. Representa que o fogo no dia de Pentecostes veio do Calvário, o fogo sobrenatural (At 2.4). Entende-se que o fogo pentecostal no dia de pentecostes dependia da morte expiatória de Cristo no Calvário, o fogo sobrenatural. No altar de bronze, que representa a morte de Jesus na cruz, é a reconciliação que Cristo faz com o homem e Deus (2 Co 5.18, 19). No altar de incenso, que representa que Cristo ressuscitou para interceder, o grande Sumo Sacerdote, é a intercessão que Cristo faz a mediação entre Deus e o homem (1 Tm 2.5; Hb 8.6).No altar de bronze, Cristo no Calvário leva Deus aos homens, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19). Isto é, Cristo leva o perdão de Deus para os pecadores. Aqui Cristo é profeta, pois este conduziu Deus aos homens desde o início de Seu ministério profético até a cruz (Lc 7.16; Jo 4.19; Lc 24.19, 20). No altar de incenso, Cristo no céu, adestra do Pai, leva os homens a Deus, ou seja, Cristo introduz o homem perdoado a presença de Deus. Aqui Cristo é o Sumo Sacerdote, pois o Seu ministério sacerdotal teve início após a ressurreição. No Calvário o véu do templo se rasgou de alto a baixo, isto significa que Cristo na cruz leva Deus ao homem. No altar de incenso, o incenso subia as narinas de Deus como cheiro suave e aprazível, isto significa que Cristo, o Sumo Sacerdote, conduz o homem salvo a presença de Deus e que as nossas orações agora podem chegar à presença de Deus, e também podem ser respondidas.
6. O Incenso Foi Oferecido pelo Sacerdote Arão
“E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações.” (Êx 30.7, 8).É tipo de Cristo (Hb 8.1; 9.24). No altar do holocausto de bronze, vemos Cristo suprindo a necessidade do pecador. Enquanto no altar de incenso de ouro, vemos Cristo como Sumo Sacerdote que supre a necessidade do cristão. Arão ofereceu incenso somente para Israel. Jesus Cristo em sua oração sacerdotal, orou somente pelos seus discípulos (Jo 17.9). Neste capítulo 17 do Evangelho de João, vemos Cristo, o Sumo Sacerdote, oferecendo o incenso de oração. Isto é a separação que constitui entre os crentes salvos e o mundo. Que grande bênção ter Cristo intercedendo por nós.O valor da oração de Cristo vê na oração a Pedro, para que a sua fé não desfalecesse (Lc 22.31, 32). E Pedro não falhou, embora que fosse duramente tentado e negasse a Cristo por três vezes (Lc 22.54-61). Porém, se arrependeu (Lc 22.62), e Cristo após a Sua ressurreição, como o Sumo Sacerdote intercedeu por Pedro, quando fez a sua tríplice confissão a Cristo (Jo 21.15-17).A primeira confissão de Pedro foi declarar respondendo a pergunta pertinente de Cristo. Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.Na segunda confissão Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.Pela terceira vez, Pedro confessou: “Senhor, Tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo” (Jo 21.15-17).Quem ama a Jesus, ama as suas ovelhas, e este está habilitado para esta sublime tarefa.Pedro negou a Jesus três vezes, aqui é contrapondo a sua tríplice negação a Cristo por sua tríplice confissão de arrependimento e de amor a Cristo.Cristo fez três perguntas para Pedro se este o amava. No versículo 15 o termo “amas-me”, no grego é agape que significa “amor volitivo, sacrificial”. No versículos 16 e 17, o termo no grego é phileo que significa “afeição, afinidade ou amor fraternal”. Jesus estava perguntado a Pedro: “você é meu amigo?”. Nas três vezes que Cristo perguntou a Pedro, ele respondeu usado o termo grego phileo.Agora Pedro estava mudado, transformado, o seu caráter modificou. Agora ele não era mais aquele afoito, impulsivo, ele não era mais pescador, mas evangelista, apóstolo, pastor, não era mais Simão, mas Pedro.Os versículos 18 e 19 é uma profecia de Cristo referindo o tipo de morte que Pedro sofreria pela causa de Cristo. A tradição diz que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, pois não julgava digno de morrer como Cristo, o seu Senhor, Mestre e Salvador. Apesar de tudo isto Pedro estava seguro da sau salvação em Cristo.Cristo não somente para ou intercede por nós, mas toma as nossas orações e as apresenta juntas com as Suas perante o Trono de Deus Pai (Jo 14.6; Ap 5.8; 8.3).
7. A Composição do Incenso Santo
Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e ônica, e gálbano; estas especiarias aromáticas e incenso puro de igual peso; e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo; e dele, moendo, o pisarás, e dele porás diante do Testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será.” (Êx 30.34-36).Sobre a composição do incenso, assim escreveu Armando Chaves Cohen: “(...) a composição deveria ser completamentada com o incenso, propriamente dito, que era uma resina aromática extraída de uma pequena árvore, de cor branca, de gosto amargo e picante, mas extremamente adorífera, como indica o Seu nome em hebraico lebonah. A árvore que o produz cresce na Arábia e na Índia; e a sua goma aromática é extraída através de uma incisão feita na casa, À tarde. Essa substância escorre lentamente durante a noite. O incenso simboliza a fragrância do sofrimento de Jesus e lembra o seu lado ferido pela lança do soldado romano. Apenas os méritos da morte de Cristo podem outorgar valor às nossas orações. A composição descrita acima refere-se a um perfume preparado segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo, o qual era reservado aos sacerdotes e utilizado somente na administração do culto sagrado. (...)”Para um análise apurado do tipo da composição do incenso, vejamos:a) Estoraque. Era uma substância que saia de uma árvore nos montes de Gileade. Saia sem incisão. É tipo da espontaneidade de oração e louvor. A plenitude do Espírito Santo produz esta espontaneidade (Ef 5.18-20).b) Onicha. Era tirada de um certo caranguejo do fundo do Mar Vermelho. Isto representa que a verdadeira oração deve sair das profundezas do coração (Sl 34.18; 51.17; Is 57.15; Jr 29.13).c) Gálbano. Tinha origem das folhas de um arbusto da Síria. Estas foram quebradas e moídas, produzindo uma seiva rala. Representa que a oração e louvor devem sair de um coração quebrantado (Sl 51.17).d) Franquincenso. Era amargo ao paladar. Obtinha-se de uma pequena árvore, por incisão à tarde durante a noite saía lentamente. Representa a fragrância do sofrimento de Cristo no Calvário, selado e ferido pela lança do soldado romano na cruz (Jo 19.34). Somente pelos méritos da morte de Jesus Cristo têm valor as nossas orações.e) Toda composição do incenso deveria ser reduzido a pó. “e dele, moendo, o pisarás, e dele porás diante do Testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será.” (Êx 30.36). O incenso era santíssimo, puro e sagrado. Era reservado somente para os sacerdotes. O rei Uzias morreu quando atreveu-se usurpar a função que somente era para os sacerdotes (2 Cr 2.16-23). E já dizia o escritor da epístola aos Hebreus 5.4: “E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus como Arão.”
8. Outro Tipo Bíblico do Incenso
O incenso é também o tipo de serviço ao próximo. “Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.” (Fp 4.18). Aqui vemos a oferta dos filipenses ao apóstolo Paulo.Rogamos ao Senhor que esta prática cristã, do serviço ao próximo, como cheiro suave e sacrifício agradável e aprazível a Deus, seja exercido de um puro espírito cristão no seio da Igreja. 15OS QUATRO VÉUS E AS QUATRO COLUNAS
“Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro. Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo. E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo, e a mesa porás fora do véu,...” (Êx 26.31-35).“E à porta do pátio haverá uma coberta de vinte côvados, de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas, quatro, e as suas bases, quatro.” (Êx 27.16). Ler ainda Êxodo 36.35-37.
1. Os Quatro Véus
“... farás um véu de pano azul, púrpura, e carmesim, e linho fino torcido...” (Êx 26.31).Os quatros véus eram de material como estofo azul, púrpura, escarlata, e linho fino, representando oura vez Cristo que veio do céu (Jo 3.13). Jesus Cristo que deu o Seu sangue (Hb 9.12, 10.19, 29); Jesus Cristo, o Justo (1 Jo 2.1); e Jesus Cristo, o Rei vindouro (1 Tm 1.17; Ap 17.14; 19.16; 1 Tm 6.15; Dn 2.44, 47; Sl 24.7-10; Dn 7.14; Lc 1.32, 33; Ap 11.15). Aqui vemos as belezas do caráter glorioso de Cristo.O pano azul representa que Cristo veio do céu, a púrpura, representa a realeza de Cristo, o escarlata, representa o sacrifício de sangue de Cristo e o linho fino, representa o caráter justo de Cristo. A beleza da natureza de Cristo é gloriosa e plena.


2. Tipo dos Quatro Evangelhos
Os quatro véus com suas quatro cores que cobriam as quatro colunas de entrada da tenda representavam os quatro Evangelhos, pela ordem em que cada um destes aparece no Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João.Vejamos as cores dos véus com os retratos de Cristo nos quatros Evangelhos:a) O véu de cor púrpura. Esta cor representa a beleza de Cristo, que aponta para o evangelho segundo Mateus, que apresenta Cristo, o Messias e Rei (Zc 9.9; Mt 21.1-5). O evangelista Mateus apresenta Cristo por quatorze vezes, chamando de “Filho de Davi”, pois Jesus era da descendência de Davi (Mt 1.1), para cumprir a profecia do profeta Natã (2 Sm 7.12-16). Cristo é o famoso Rei cuja descendência real, Deus prometeu perpetuar no trono de Davi, isto é, no trono de Israel, o trono real no seu reinado eterno. É importante observarmos que Mateus registra a genealogia de Jesus, para isto um Rei precisa provar a sua ascendência real (Mt 132.11; Is 11.1; Jr 23.5; Jo 7.42; At 2.29, 30; Rm 1.3; Ap 5.5; At 13.22, 23).b) O véu de cor carmesim. Esta cor aponta para o Evangelho segundo Marcos, que é o Evangelho do Servo de Deus, o servo sofredor. A cor carmesim representa o sangue do servo sofredor (Is 42.1; 43.10; 49.3, 6).Abraão de Almeida baseia o tipo de véu da cor de carmesim no Evangelho de Marcos da seguinte forma: “(...) Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Mateus, em seu Evangelho, focaliza a pessoa de Jesus do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde Deus habitava sobre o Propiciatório, entre os querubins da glória. Marcos, por sua vez, já apresenta os traços de Jesus do ponto de vista da cruz, como servo sofredor, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Percebemos esses pontos de vista claramente expressos em Mateus 13.23 e Marcos 4.8, 20, respectivamente. Nesses textos, que tratam da Parábola do Semeador, a frutificação em Mateus é decrescente, enquanto que em Marcos é crescente. Mateus diz: a 100, a 60 e a 30 por um. E Marcos registra: a 30, a 60 e 100 por um, e isso conforme as três principais divisões do Tabernáculo: o Pátio, o Santuário e o Santo dos Santos”.c) O véu de linho branco. Este véu de linho branco representa o Evangelho de Lucas, que aponta Jesus Cristo, o homem perfeito de caráter justo e santo. Lucas apresenta Jesus Cristo, o Filho do Homem. Jesus, o Homem Perfeito teve uma genealogia. O Evangelho de Lucas registra ascendência de Jesus (Lc 3.23-38). No Evangelho de Lucas, cumpre a profecia de Zacarias sobre a pessoa do Salvador, o homem (Zc 6.12).d) O véu de cor azul. Este véu de cor azul representa o Céu ou celestial. Aponta para o Evangelho de João, o Evangelho do Filho de Deus (Jo 1.19). No Evangelho de João, apresenta Jesus Cristo, o Filho de Deus (Jo 20.31). Jesus Cristo, como Filho de Deus, cumpre categoricamente a profecia do profeta messiânico Isaías (Ver Is 40.9). No Evangelho de João não há registro da genealogia de Jesus. Deus não tem genealogia, nem princípio e nem fim. Deus é eterno.Acerca da simbologia do véu da cor azul, afirmou com bastante autoridade no assunto, Abraão de Almeida: “A cor azul. Por ser um dos principais símbolos do céu, o azul revela o propósito profundo de Deus, de conduzir o seu povo a uma atitude de comunhão com o Pai Celestial, de quem deveriam receber graça e inspiração para uma vida santa, ou seja, de fidelidade aos seus elevados preceitos e, conseqüentemente, de separação das concupiscências mundanas. (...)”
3. A Nossa Entrada no Terceiro Véu
Quando o pecador aceita a Cristo pela fé, ele está no pátio do Tabernáculo, aonde Cristo representa o Caminho. E o pecador arrependido e perdoado tem o conhecimento de Jesus como o Salvador (Mt 1.21; Lc 1.47; 2.11; 1 Jo 4.14), o Bom Pastor (Jo 10.11), está em Cristo (2 Co 5.17; 5.1; 8.1), e conhece o Deus Pai como sobre todos (Ef 4.6), e ainda não tem um conhecimento amplo e pleno da Pessoa de Deus Pai (1 Co 15.34).E sua entrada no Lugar Santo, a onde Cristo representa a Verdade, o crente tem fé e esperança, fundamentos da sua vida cristã. E conhece Cristo como o capacitador dos dons ministeriais (1 Co 15.5; 28; Ef 4.11, 12). O crente no Lugar Santo conhece a Jesus como Salvador e como o Cristo (Mt 1.21; Fp 2.11). Como o grande Pastor (Hb 13.20), conhece melhor o Deus Pai (Ef 4.6) e possui o Espírito Santo e o Filho (Jo 14.20; Gl 4.19).A entrada do crente no Lugar Santo dos Santos ou Lugar Santíssimo, isto é, ao transpassar o terceiro véu, aonde Cristo representa a Vida, o crente tem fé, esperança e amor (1 Co 13.13).Sobre a nossa entrada no terceiro véu, comentou Abrão de Almeida: “Ao transpor o terceiro véu, que simboliza o amor com a maior de todas as virtudes, o crente entra no Lugar Santíssimo. Esta terceira divisão do Tabernáculo corresponde a terceira e maior dimensão do nosso desenvolvimento espiritual. O mesmo véu que separa o Lugar Santo do Lugar Santíssimo representa o corpo de Jesus rasgado no madeiro da cruz. (...) De acordo com autoridade em assuntos judaicos, nem um par de bois poderia rasgar o véu do Templo de Herodes, que era de material resistente e possuía cerda de 10 centímetros de espessura. Ao homem era impossível rasgá-lo; muito menos de cima para baixo. Só Deus poderia fazê-lo! Esse ato de Deus está profetizado no Salmo 118, versículo 23 e 24: ‘Isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos. Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele’ (ARA). O dia da graça foi feito pelo Senhor quando rasgou o véu, após a consumação da obra redentora de Cristo no Calvário”.A entrada do Crente no Lugar Santo dos Santos, ele recebe a Jesus como Salvador pessoal de sua vida, como Cristo e Senhor de sua vida, ou seja, que a partir de então Jesus Cristo é o senhorio da vida do crente (Mt 1.21; Fp 2.11). Portanto, o crente no Lugar Santíssimo, ele agora possui as maiores bênçãos de sua vida, o Espírito Santo, Jesus Cristo, o Salvador e Senhor e o Deus Pai (Jo 14.20; Gl 4.19; Ef 4.6).
4. O Véu, Tipo da Natureza Humana de Jesus
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hb 10.19, 20).Vimos anteriormente que a entrada ao pátio do Tabernáculo, representa Jesus Cristo, o Caminho, no Lugar Santo do Tabernáculo, representa Jesus Cristo, a Verdade, ao transpor o terceiro véu no Lugar Santíssimo, representa por sua vez Jesus Cristo, a Vida (Jo 14.6).O saudoso pastor e teólogo Armando Chaves Cohen, fez um eximo comentário brilhante de fé e autoridade com acerca do véu no Lugar Santíssimo do Tabernáculo, tipificando a natureza humana de Jesus:“O véu rasgado (Mt 27.50, 51; Mc 15.37, 28; Lc 223.45). Enquanto esse ‘véu’ (a carne de Jesus) não fosse rasgado, à separação entre Deus e os homens’ permanecia. Ele era uma testemunha concreta da grande distancia entre eles. A encarnação de Cristo veio revelar a pureza e o exemplo de uma vida perfeita dedicada à humanidade. Porém, a encarnação de Cristo pura simplesmente na resolvia o problema do pecado, visto que não levaria o homem à salvação. Por exemplo: se Jesus tivesse subido ao Pai na hora da transfiguração, seu nome, bem como o fato, seriam apenas registrados na História como a lembrança de um homem perfeito. Os seus atos seriam recordados como uma simples lenda. Assim, a separação causada pelo pecado teria permanecido e toda a humanidade irremediavelmente perdida. Então, o que poderia ser feito? Havia somente um meio para reconciliar o homem com Deus: providenciar uma entrada para que o homem pudesse ter acesso ao Céu. Como? Através do ‘véu’ que os separa. Essa verdade era simbolizada anualmente, e o autor da Carta aos Hebreus declara: ‘Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo pelas culpas do povo; dando nisso entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo’ (Hb 9.7, 8); Mas, ‘vindo Cristo, e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação. Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado um eterna redenção’ (Hb 9.11, 12).Quando se deu isso? O versículo bíblico nos revela: ‘E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo... ’ (Mt 27.51).Assim vimos que a entrada no pátio do tabernáculo sugere que Jesus é o caminho. O anteparo: a verdade. O véu: a vida (Jo 14.6).O véu rasgado à hora do sacrifício da tarde – às três horas. O véu do templo que fora reformado por Herodes, segundo os eruditos, foi feito de um material muito forte com uma grossura de quatro polegadas (aproximadamente dez centímetros). Sua textura era tão resistente que um par de bois não poderia rasgá-lo, e homem algum poderia realizar tal proeza. Era impossível ao homem rasgar o véu debaixo para cima ou vice-versa. Somente Deus o poderia rasgar. Isto significa que a salvação é obra exclusiva dEle, por graça, mediante a fé, e não por boas obras humanas. Ele nos abriu o caminho de acesso ao trono da graça mediante o sacrifício vicário de Seu Filho Jesus. Então, a parte ofendida, Cristo, removeu o ‘véu’ da separação, a fim de que o homem, o ofensor, pudesse entrar no Santos dos Santos (Sl 22.13-18; 102.23; Is 53.3-12; Lm 1.12; Zc 13.7; 1 Jo 4.9; Hb 9.14-18).‘Está consumado’. Cristo, o “Cordeiro de Deus”, estava no altar sendo imolado. Certamente Jesus contemplava a fumaça subindo do cimo do templo (1 Co 5.7). Quando Ele deu o brado da vitória: ‘Está consumado’, o véu foi rasgado de alto a baixo e o seu espírito foi entregue a Deus (Mt 27.50; Jo 19.30). Tão triunfante foi a sua exclamação que o centurião ficou impressionado (Mc 15.39). A barreira entre Deus e os homens fora desfeita: Cristo abriu o caminho. Ele é a nossa vida. Aleluia! (Jo 12.24; 1 Co 15.36; Hb 9.26; 10.10).(...) ‘E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo’ (Mc 15.38). Isto significa que a salvação é uma obra perfeita de Deus, mediante o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Logo, é impossível ao homem salvar-se a si mesmo. Essa obra é exclusiva de Deus e não necessita ser repetida (Rm 6.9, 10; Hb 10.10, 12, 14). Compare à prática anti-bíblica da missa que crucifica Jesus repetidas vezes. Esse sacrifício é imperfeito e ineficaz, pois é incruento (sem derramamento de sangue da vítima, Hb 9.22).O véu rasgado foi também um protesto divino contra o formalismo dos judeus. Observe Isaías 1.11-15 e João 4.24. Até os túmulos se abriram, testemunhando o triunfo de Cristo sobre o Hades, a morte e o pecado. E, pelo sangue, temos também a mesma vitória. Amém!”(Comentário Bíblico: Êxodo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp. 111-113).
5. O Tipo das Quatro Colunas
“... as suas colunas, quatro, e as suas bases, quatro.” (Êx 27.16b).“E fez-lhe quatro colunas de madeira de madeira de acácia, cobertas de ouro; os seus colchetes eram de ouro, sobre quatro bases de prata.” (Êx 36.36-ARA).Havia quatro colunas na entrada do Tabernáculo. Sobre isto, tem um profundo caráter tipológico. As quatro colunas na entrada do Tabernáculo apontam para a grande oportunidade que todos têm. O número quatro sugere a plenitude da Terra em seus quatro cantos da terra, os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João, e os quatro reinos no Livro de Daniel nos capítulos 2 e 7, que são: O Império Babilônico, Império Medo-Persa, Império Grego e o Império Romano.Aqui merece a nossa atenção para a profecia simbólica de Daniel sobre os quatros reinos.Na simbologia profética do Livro de Daniel aparecem os quatros reinos nos capítulos 2, 4 e 7, que podemos dividir em três reinos materiais:a) O reino mineral – o ouro representa o Império Babilônio; a prata representa o Império Medo-Persa; o bronze representa o Império da Grécia; o ferro e o barro representam o Império Romano (Dn 2.38-43).b) O reino vegetal – em Daniel 4.14 diz: “... Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto...”. Aqui a fiel interpretação da simbologia profética é da seguinte forma para os quatros impérios gentílicos: • As árvores – aponta para o Império Babilônio (605 a 539 a.C.);• Os ramos – aponta para o Império Medo-Persa (539 a 331 a.C.);• Suas folhas – aponta para o Império da Grécia (331 a 146 a.C.);• Seu fruto – aponta para o Império Romano (146 a.C. a 476 d.C).Leia Daniel 4.20-22.c) O reino animal – o leão com asas de águia representa o Império Babilônio; o urso representa o Império Medo-Persa; o leopardo com quatros asas de ave nas suas costas e quatros cabeças representa o Império da Grécia de Alexandre o Grande, e as quatro cabeças representam os quatros reinos que surgiram do Império de Alexandre que foi divido entre seus quatros principais generais: Lisímaco – ficou com a Trácia e a Bitínia; Cassandro – ficou com a Grécia e a Macedônia; Seleuco – ficou com a Babilônia e a Síria; e Pitolomeu – ficou com a Palestina, Egito e Arábia; o animal terrível, espantoso e muito forte representa o Império Romano (Dn 7.4-7).Portanto, fica claro que na simbologia profética de Daniel fala dos quatro reinos.Todos têm a oportunidade de entrar no Santuário. Aleluia! (Mt 24.31; Jo 3.16; 1 Jo 4.9). Ler ainda sobre os quatro cantos da terra em Isaías 11.12 e Apocalipse 20.8. 16A MADEIRA E OS METAIS DO TABERNÁCULO
Para a construção do Tabernáculo precisaria de quatro tipos de materiais entre eles, três são metais: a madeira, bronze, prata e ouro, e todos apontavam para Cristo no Calvário, como resgate, na sua natureza humana e divina e sua glória.
1. A Madeira
Na construção do Tabernáculo com seus utensílios foram usado a madeira de acácia, somente a pia e o candelabro não havia madeira, porque a pia tipifica purificação e o candelabro tipifica luz divina, a madeira de acácia é tipo da natureza humana de Jesus Cristo. E alguns utensílios, peças e móveis do tabernáculo que eram cobertos de ouro, representavam à união das duas naturezas de Jesus Cristo, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, perfeito Homem e perfeito Deus (1 Tm 2.5; Cl 2.9; 1 Jo 5.20; Mt 1.23). Jesus Cristo, verdadeiro e perfeito homem e verdadeiro e perfeito Deus, somente com uma única personalidade.
2. O Bronze
A partir de agora veremos em ordem os metais: o bronze, a prata e o ouro.O bronze era um dos metais usados no Tabernáculo. As colunas eram revestidas de bronze e com suas bases de bronze, o altar de holocausto era todo revestido de bronze, a pia era de bronze maciço, todos esses metais de bronze é o tipo de juízo e julgamento (Ver Êx 27.17; Nm 21.9; Jr 1.18; 6.28; 1 Co 13.1; 2 Co 5.21).O bronze no Tabernáculo é o tipo do julgamento do pecado. No Tabernáculo havia cravos ou pregos para a construção do Santuário, todos de metal de bronze, representavam a crucificação de Cristo que fora pregado os seus pés e mãos no madeiro da cruz, no madeiro do Calvário (Mt 27.32-35; Mc 15.21-25; Lc 23.33; Jo 19.17-37; Lc 24.39a; Jo 20.20, 25, 27; At 13.29; Gl 3.13; 1 Pe 2.24).
3. A Prata
“Quando tomares a soma dos filhos de Israel, conforme a sua conta, cada um deles dará ao SENHOR o resgate da sua alma, quando os contares; para que não haja entre eles praga alguma, quando os contares. Isto dará todo aquele que passar ao arrolamento: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao SENHOR. Qualquer que entrar no arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta ao SENHOR. O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta ao SENHOR, para fazer expiação por vossas almas. E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do SENHOR, para fazer expiação por vossas almas.” (Êx 30.12-16).“Quando alguma pessoa cometer uma transgressão e pecar por ignorância nas coisas sagradas do SENHOR, então, trará ao SENHOR, por expiação, um carneiro sem mancha do rebanho, conforme a tua estimação em siclos de prata, segundo o sido do santuário, para expiação da culpa.” (Lv 5.15).O metal de prata estava nos ganchos que exibia nas cortinas do Tabernáculo e que formava os capitéis ou faixa que ornamentava as cortinas do Santuário. Como já estudamos o capítulo 10 das tábuas do Tabernáculo estavam apoiadas em bases de prata.O metal de prata é tipo de resgates de redenção, o preço pago pelo o resgate do pecador. O pastor e jornalista Abraão de Almeida escreveu: “A prata é o símbolo de resgate, e o mesmo preço seria pago por todo o israelita, independentemente de suas posses. (Note bem: o rico não dará mais nem o pobre menos). O preço paga era um só e isso aponta para o sacrifício expiatório de Jesus, que nos comprou com o seu precioso sangue, pagando um preço único para o nosso resgate, e também mostra que todas as vidas têm valor igual diante de Deus. Em 1 Pedro 1.18 lemos: ‘Sabemos que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que foste resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais legaram’. E o apóstolo Paulo afirma: ‘Porque fostes comprados por bom preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo’ (1 Coríntios 6.20). Se tirarmos a prata do Tabernáculo, ele perderá a sua base de sustentação, e também todas as suas cortinas cairão por terra. Sem a obra expiatória de Jesus na cruz, a Igreja não é nada. Sem o resgate, sem a redenção realizada por Cristo, a Igreja deixa de ser Igreja. Ela perde até os seus ornamentos: capitéis, ou as faixas de prata; ela perde toda a sua beleza, perde a manifestação do fruto do Espírito Santo e deixa de ser a noiva, a virgem, e se transforma numa meretriz. É bom salientar que alguns líderes religiosos têm procurado enfraquecer ou diminuir a importância do sacrifício expiatório de Jesus no Calvário. Não faz muito tempo, um dos papas da Igreja Romana declarou que a morte de Cristo não foi substitutiva, mas um ato de amor. Ora, quando enfraquecemos o valor da obra expiatório de Jesus, estamos retirando os ornamentos, os ganchos e as bases de prata do Tabernáculo. Cada ação legalista, cada esforço feito puramente nas bases de obras, significa o enfraquecimento desta verdade bíblica extraordinária, que é redenção, ou resgate das nossas almas”.
4. O Ouro
No Tabernáculo, no segundo véu, que é o Lugar Santo, encontrava cinco colunas de ouro, que sustentavam com seus colchetes, eram também de ouro, as cortinas ou cortinado da entrada. As bases das cinco colunas eram de bronze.A mesa com os pães da proposição era feita de madeira de acácia e completamente revestida de ouro. O candelabro ou castiçal era feito de ouro batido. O altar de incenso era feito de madeira de acácia e todo revestido de ouro. A arca que ficava no Lugar Santíssimo era feita de madeira de acácia (madeira de cetim na ARC), e era coberta de ouro puro por dentro e por fora, foi feito também uma coroa de ouro ao redor, quatro argolas de ouro aos seus quatro cantos, os varais de madeira acácia coberta de ouro. O propiciatório era a tampa de ouro maciço encaixada na arca, era encravados em suas extremidades os dois querubins, que também os dois eram de ouro maciço.O metal de ouro que revestia a mesa, as colunas, o candelabro, o altar de incenso, as colunas e a arca, e de que se constituem os colchetes, o propiciatório e os dois querubins são tipo da divindade, glória e a realeza de Jesus Cristo. Aleluia! Toda a honra, a glória, o poder, a majestade, o louvor seja dada ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Rei da Glória. 17AS TRAVESSAS DO TABERNÁCULO
“Farás também cinco barras de madeira de cetim para as tábuas de um lado do tabernáculo e cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo; como também cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo, de ambas as bandas, para o ocidente. E a barra do meio estará no meio das tábuas, passando de uma extremidade até à outra.” (Êx 26.26-28).Essas travessas eram feitas de madeira acácia, barras de madeira que sustentavam as tábuas de pé e unidade. Essas travessas eram revestidas de ouro (Êx 26.29).
1. A Tipologia das Travessas
As travessas representam a união espiritual dos crentes. “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR ordena a benção e a vida para sempre.” (Sl 133.1-3). A nossa união uns com os outros, com Cristo, e o Deus Pai, “para que todos sejam um, como tu, ó Pai, para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.” (Jo 17.21-23). Ler ainda Gn 13.8; Rm 12.10; Jo 17.11; Rm 12.5; Gl 3.28; Jo 14.20; 1 Jo1.3; Cl 3.13.Observando o texto de Êxodo 26.26-28, as travessas estavam reunidas em grupo de cinco, ou seja, (3x5 = 15 travessas), representam os cinco dons ministeriais de Cristo concedido a Sua Igreja, para o bom desempenho e aperfeiçoamento dos santos, na obra do ministério cristão e a edificação da Igreja. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outro para pastores e doutores, (mestres na ARA) querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens, que com astúcia, enganam fraudulosamente.” (Ef 4.11-14 – ARC). Paulo escreveu: “E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.” (1 Co 12.5). Aqui Paulo aborda os cinco dons ministeriais de Efésios 4.11, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, que são a “diversidade de ministérios”. Enquanto, que o restante do versículo 5 do capítulo 12 de 1 Coríntios que diz: “o Senhor é o mesmo”, refere-se a Cristo, o que dá os dons ministeriais para a Igreja. Cristo é o doador dos dons ministeriais, “e ele (Cristo) mesmo deu...”.Esses cinco dons ministeriais: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, concedidos por Cristo, é o sustentáculo da Igreja, e Cristo, o fundamento da Igreja (1 Co 3.11; Ef 2.20).O apóstolo é o enviado de Deus aos homens, o profeta para levar Deus aos homens, e evangelistas para propagar a mensagem das boas novas, as novas de salvação para os homens, o pastor para apascentar, cuidar, supervisionar e administrar o rebanho de Deus, e o mestre para esclarecer, expor, proclamar, aplicar, defender, preservar as verdades universais, absolutas e genuínas das Escrituras Sagradas para a edificação da Igreja. 18O LUGAR SANTÍSSIMO
“... no segundo, só o sumo sacerdote, uma que no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo” (Hb 9.7).“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus” (Hb 10.19 – ARA).O lugar Santíssimo, a morada de Deus é tipo do céu, lugar onde Deus habita (Hb 9.24; 10.19). Também o Lugar Santíssimo é tipo de Jesus Cristo em que habita a plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9; Jo 1.14, 16).
1. O Santo dos Santos, o Lugar de Esplendor
O ouro das tábuas, as figuras dos querubins no véu e na cortina que formava o teto, a glória “Shekinah” entre os querubins por cima da arca. Tudo isto falava de Jesus Cristo a glória de Deus (Hb 1.3).
2. O Progresso da Vida Espiritual do Crente
Vimos anteriormente o progresso da vida cristã, ou seja, a maturidade cristã no Pátio, no Lugar Santo e no Lugar Santíssimo.Notemos o progresso desde a entrada do Pátio, comparando-se com o progresso da vida cristã (Pv 4.18). No altar de bronze julgou-se o pecado, sugere a cruz de Cristo; na pia de bronze efetuou-se a purificação (Hb 1.3; 1 Jo 1.7, 9; Hb 9.14; Ef 5.26; Hb 10.22); No Lugar Santo proveu a luz, alimentação e comunhão (Jo 6.32-35, 48, 51, 57, 58; 8.12; Ap 5.8; 8.3); No Lugar Santíssimo proveu a glória do Rei (Sl43.3, 4).A ordem é esta: altar de madeira, pia de bronze e propiciatório de ouro puro. No mundo a ordem é o contrário. A grande estátua do sonho do rei Nabucodonosor, tinha a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro, os pés em parte de ferro e em parte de barro (Dn 2.32, 33). A cabeça de ouro era a Babilônia, o peito e os braços de prata eram os medo-persa, o ventre e os quadris de bronze era a Grécia, as pernas de ferro era o Império Romano, e os pés em parte de ferro e em parte de barro eram a ruptura do Império Romano, cujo território se tornou uma mistura de nações fortes e frágeis.A cabeça da grande estátua deveria ser de barro e os pés de ouro. O contrário da estátua é nada mais que nada menos a degeneração da humanidade pecaminosa e alienada de Deus (Rm 1.18-27).Analisando o crescimento da vida espiritual do crente no Pátio, no Lugar Santo e Lugar Santíssimo é como os passos que damos nos degraus da maturidade espiritual “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).O crente no Pátio tem fé (Rm 5.1; 1 Co 13.13; Hb 1.1), tem o conhecimento limitado (1 Co 13.9; 15.34), é criança, infantil, sujeito a natureza carnal (1 Jo 2.12; 1 Co 3.1-4; Ef 4.14; 1 Pe 2.1, 2; Hb 5.12-14; 12.1), possui o Espíritos Santo (Ap 22.17; Jo 16.8-11; Tt 3.5; 1 Co 6.11; Jo 14.16, 17; Gl 3.3; 1 Pe 1.2; Rm 8.13, 14, 26), no Pátio a luz natural, o crente pode ter a luz das Escrituras, mas pode ser levado pela a luz natural da razão humana (Sl 119.105; 1 Tm 1.19, 20), no Pátio o crente dá fruto (Jo 15.2; Mc 4.8; Sl 92.13-15), no Pátio o crente tem seus altos e baixos na tribulação, paciência e experiência (2 Tm 2.3; Fp 3.8; 1 Co 13.4; 2 Tm 2.9, 10; Tg 5.11; Sl 40.1; Rm 5.3, 4; 12.12; Sl 38 e 41; Hb 5.13, 14).O crente no Lugar Santo tem fé e esperança (1 Co 13.13; 1 Tm 1.1; Sl 27.14; Hb 7.19; Gn 22.17, 18; Gl 3.16; Rm 15.3; Gl 5.5; Ef 1.17; Rm 5.4; 2 Co 1.7), tem o conhecimento ampliado (1 Co 12.5; Ef 4.11, 12; Fp 2.11; Hb 13.20; Ef 4.6; Jo 14.20; Gl 4.19), está iluminado pela luz das Escrituras Sagradas e do Espírito Santo (2 Co 5.16; Sl 119.105; Pv 3.5; 2 Co 10.3-5; Gl 5.17; 1 Co 2.15, 16; 14.15; Rm 12.1, 2; 1 Pe 2.2; Jo 15.20; Jo 14.6; Mt 5.14-16), da fruto e mais fruto (Jo 15.2; Mc 4.8), o crente no Pátio é justificado e no Lugar Santo é santificado (Rm 5.1; 1 Co 1.2; Hb 10.14).O crente no Lugar Santíssimo tem fé, esperança e amor (1 Co 13.13; Hb 10.19-22; 1 Co 13.4-7; Fp 2.21; 3.8; Tg 1.20; Hb 12.2; 2 Sm 1.19, 20), conhece Jesus como Salvador, Cristo e Senhor (Fp 2.11; At 2.36; Mt 1.21), no Lugar Santíssimo o crente não é mais criança e nem jovem, mas agora é pai (1 Jo 2.13, 14; Os 6.3; 2 Co 4.6; Cl 1.9, 10; 1 Co 4.15; Gl 4.19; At 3.6; 5.1-11; 13.6-12; Gn 41.42; Lc 15.22; 1 Ts 1.5; 2 Tm 2.8; Mt 14.16; 1 Co 4.1; 1 Pe 4.10), possui o Espírito Santo, Jesus e o Pai (Jo 14.23; Ef 4.6; Jo 14.17, 20; Ef 3.16-19; 1 Co 12.9; Gl 5.22; Ef 5.18; Ef 4.13; Ef 3.19; 1 Co 13.7), é servo, amigo e irmão do Senhor (Jo 15.15; 20.17; Gn 18.17, 18; Sl 25.14; At 20.23; Êx 33.11; Jo 3.29; Jo 13.34; 15.12; Gn 13.8; Sl 133; 1 Co 6.7; Gn 50.17; Mt 18.21; At 15.36; 2 Co 8; Gl 6.1; 2 Ts 3.15; Hb 2.11), é iluminado pela Escrituras, o Espírito Santo e a glória de Deus (Êx 40.34; Sl 119.105; Hb 9.5; 2 Co 3.18; Mt 17.2; At 6.15; 7.2, 55, 56; Cl 1.11, 12), dá fruto, mais fruto e muito fruto – produz fruto a trinta, a sessenta e a cem por um (Jo 15.5; Mc 4.8, 20; Jo 12.24; Gl 2.19, 20) e no Lugar Santíssimo o crente é vivificado, ressuscitado e elevado (Jo 10.10; 14.6; Ef 2.5, 6; Is 40.31; Mt 23.12; Tg 4.10; 1 Pe 5.6; 2 Co 3.6; Ef 2.1; Cl 2.13; 3.1).E disse Pedro: “antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).E disse Paulo: “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10). 19A ARCA
“Também farão uma arca de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio, e de um côvado e meio, a sua altura. E cobri-la-ás de ouro puro; por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma coroa de ouro ao redor; e fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos dela: duas argolas num lado dela e duas argolas no outro lado dela. E farás varas de madeira de cetim, e as cobrirás com ouro, e meterás as varas nas argolas, aos lados da arca, para se levar com elas a arca. As varas estarão nas argolas da arca, e não se tirarão dela. Depois, porás na arca o Testemunho, que eu te darei.” (Êx 25.10-16).A arca era uma espécie de caixa de dois cúbitos, ou seja, de 1,20 metros de comprimento por um cúbito e meio, isto, é, de 75 centímetros de altura. O material empregado era madeira de acácia ou cetim coberta de ouro puro por dentro e por fora.A arca era provida na parte superior com uma moldura de ouro em redor e quatro argolas do mesmo material, duas de cada lado, por onde eram introduzidos dois varais da mesma madeira cobertos de ouro, os quais serviam de transporte. Em cima da arca havia a cobertura chamada de propiciatório, assunto este que estaremos tratando no item 7 de nosso estudo.
1. Tipo de Cristo
A madeira da arca era incorruptível, representa a natureza humana perfeita de Jesus Cristo (1 Tm 2.5). O ouro puro que revestia a arca representa a natureza divina de Cristo. A madeira de acácia revestida de ouro puro representa a união das duas natureza de Jesus Cristo, verdadeiro Homem, verdadeiro Deus (1 Tm 2.5; Cl 2.9; 1 Jo 5.20), mas uma só personalidade.

2. Tipo do Trono de Deus
Manifestava-se na “glória cheikinah”, a glória de Deus (Sl 99.1; Nm 7.89; Êx 25.2). O fundamento do seu Reino era a lei, simbolizada nas tábuas da lei guardadas dentro da arca. Jesus Cristo tem autoridade sobre as forças da natureza como as doenças, demônios, o Diabo, etc., também sujeitos a Ele.
3. Símbolo da Presença de Deus
A arca representa a gloriosa presença e bênção de Deus. O Emanuel, o Deus conosco (Mt 1.23). A presença de Deus guiando o povo (Nm 10.35), comunicando-se com o povo (Êx 25.22), revelando ao povo (25m 7.6) e habitando com o povo (Êx 24.16).
4. O Que Havia Dentro da Arca?
“... a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do conserto” (Hb 9.4).Dentro da arca havia duas tabuas da lei, por esta razão a arca foi chamada de arca da aliança, porque era o depositário das duas tábuas da lei, nas quais eram gravados os dez mandamentos ou Decálogo que Moisés recebeu de Deus no monte Sinai (Êx 31.18). A arca foi feita para a lei (Êx 25.16). As primeiras tábuas foram quebradas por Moisés, pois moralmente já haviam sido quebradas. Quando recebeu as novas tábuas, guardou-as imediatamente. Na arca encontraram repouso e nunca se quebraram (Dt 10.1-5). A lei não teve por propósito salvar os homens, mas para revelar o pecado (Gl 2.16; 3.19; Rm 3.20; 5.20; 7.7), para provocar o pecado (Rm 7.8, 9) e para condenar o pecado (Rm 7.7). A lei conduz o pecador até o Cristo para salvá-lo. A lei é comparada a um espelho, que no momento ao olharmos para o espelho todo desarrumado, desembaraçado e assanhado, podem contemplar o nosso estado, porém o espelho não tem nenhum poder para nos concertarmos, assim é a lei, ela não pode salvar o pecador, somente Cristo, o Salvador do mundo pode salvar o mais vil pecador. Portanto, a lei só serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé, fôssemos justificados (Gl 3.24).A arca como depositário das tábuas é um tipo de Cristo que perfeitamente guardou a lei no Seu coração (Sl 40.6-8). Jesus nasceu debaixo da lei (Gl 4.4), viveu sempre dentro da vontade do Pai (Jo 4.34; 5.30; 6.38; 8.29). Por guardar a vontade do Pai, efetuou a salvação no sacrifício do corpo que tomou sobre Si (Hb 10.5, 7, 10).Na arca havia o vaso de maná é um tipo de Cristo, o Pão da Vida que desceu do céu (Êx 16.11; 15.33; Jo 6.48-51). Conforme Apocalipse 2.17, o maná escondido é prometido ao vencedor.Também havia na arca a vara de Arão que floresceu (Nm 17.8-10). A amêndoa é tipo da ressurreição. A vara cheia de gomos, flores e frutos maduros é um tipo de sacerdócio vivo e frutífero de Jesus Cristo (Hb 7.24, 25).
5. A Bordadura de Ouro
A bordadura de ouro é um tipo de Jesus Cristo o Rei, coroado de glória. Jesus nasceu Rei (Mt 2.2), declarou-se Rei (Jo 12.13-15), oferecido por Pilatos como Rei (Jo 19.14), crucificado como Rei (Jo 19.19, 21), recebido nos céus como Rei (Sl 110.1; At 2.33-35; 5.31; Rm 8.34), visto no Céu como Rei, o Leão da Tribo de Judá, a tribo real (Ap 5.5), virá na segunda vinda triunfal como Rei (Ap 19.11-16) e no Milênio governará como Rei (Lc 1.32, 33; Ap 20.6).Deus estabelecerá o Seu trono real no Monte Sião (Sl 2.6). Como já abordamos anteriormente Jesus Cristo voltará como Rei dos Reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Cristo é a entronização de Deus na humanidade perfeita, quem guardou perfeitamente a lei do Sinai, o corpo preparado, o pão do céu, sacerdote para sempre, Rei dos Judeus, Rei dos reis, Homem imortal e Verdadeiro Deus. Aleluia!
6. Os Nomes da Arca
O arca tinha vários nomes, como a arca do Testemunho (Êx 25.22), arca do Senhor Jeová (1 Rs 2.26 – ARC) ou Deus (1 Rs 2.26 – ARA), arca de Deus (1 Sm 3.3), arca consagrada (2 Cr 35.3), arca da tua fortaleza (Sl 132.8) e arca de Jeová, vosso Deus (Js 3.3).
7. O Propiciatório
“Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei. E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.” (Êx 25.17-22).O propiciatório era a tampa de ouro maciço que foi encaixada por cima da arca. Nas suas duas extremidades foram formados dois querubins de ouro maciço, da mesma peça. Olhavam ao propiciatório e suas asas formavam uma cobertura sobre a luz “shekinah” que brilhava entre os querubins. O ouro batido representa os sofrimentos de Cristo, nosso propiciatório que no original grego é hilasterion (Rm 3.25). Em 1 João 2.2 e 4.10, a palavra propiciarão é a ação ou efeito de tornar propício. A doutrina bíblica da propiciação não é que ela aplaca um Deus vingativo, mas sim que torna possível para um Deus de amor e justiça, em retidão com a Sua própria santidade, e de acordo com ela, abençoar o arrependido e crente em Cristo.Na nota de roda pé da Bíblia de Estudo Pentecostal em Jo 2.2, assim comenta: “Jesus como nossa ‘propiciação’ significa que Ele tomou sobre si o castigo dos nossos pecadores e satisfez o justo juízo de Deus contra o pecado. O perdão agora é oferecido a todos, no mundo inteiro, e é recebido pelos que vê a Cristo, com arrependimento e fé (...)”.Os querubins representam a supremacia divina sobre poderes naturais (Mt 28.18) e fala da onipotência de Deus, o seu atributo natural (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37). Que descanso para o homem que confia no Deus Todo-Poderoso, a quem pertence a todo poder (Sl 56.3; 57.1; 89.9; Jo 4.6-10; Mt 11.29).Segundo S.E. McNair: “Os querubins de ouro olhavam, não para fora, para a perversidade de Israel, mas sim olhavam para o propiciatório, espargido com o sangue que faz expiação (Lv 16.14) e que segundo propósito divino, era o lugar de encontro dEle com Cristo crucificado; o lugar de encontro entre Deus e os homens”.Como Sumo Sacerdote aspergiu o sangue do sacrifício no propiciatório no Dia da Expiação (Lv 16.12-14), assim Cristo aspergiu o Seu próprio sangue no propiciatório do céu, o Trono de Deus, que de trono de juízo se tornou em torno de graça (Hb 9.12; 2 Co 5.21; Is 53.10; Hb 4.14-16; 6.20). Os pecadores ficam cobertos (Sl 32.1). Os querubins olhavam às tábuas da lei através do sangue, assim Deus nos ver através do sangue do Seu Filho Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. A lei ficou coberta e escondida. A palavra expiação no original hebraico significa “cobrir”. Os nossos pecados são cobertos (Rm 4.6-8). Armando Chaves Cohen disse: “Os nossos pecados são muito mais que cobertos em Cristo. Eles são removidos e, por isso, somos purificados (1 Jo 1.7; Ap 1.5)”. O juízo ficou suspenso e a sentença anulada, a lei satisfeita, e o pecador salvo (Jo 5.24; Rm 3.21-26). Graças a Deus (Rm 3.25). A graça reina (Hb 10.19-22; Jo 4.22, 23). Estude cuidadosamente observando a ilustração da parábola do fariseu e do publicano em Lucas 18.10-15.
8. A História da Arca
Na passagem do Jordão, Israel conduz a arca na atravessia do rio Jordão (Js 3.7-8, 15-18). O Jordão é o rio de juízo. Jordão significa “descendo”. Em Josué 3.16, assim diz: “... cidade de Adão, que está da banda de Sartã; e os que desciam ao mar das Campinas, que é o mar Salgado,...”. Observe-se aqui a “cidade de Adão”, “desciam” e “mar Salgado”, ou mar Morto fala da morte, os que descem para baixo. Jesus Cristo abriu o caminho da morte de Adão para a vida eterna, a Canaã celestial que fica para cima.Na tomada de Jericó, Israel conduz a arca (Js 6.11-20; confere Hb 11.30).O episódio triste para a nação de Israel foi à tomada da arca de Deus pelos seus arquiinimigos filisteus (1 Sm 4.5, 11-22). A arca depois de 300 anos no Tabernáculo foi tirada. O povo de Israel gritou, mas foi vencido apesar da arca. A causa disto foi o pecado de Hofni e Finéias, filhos de Eli. A pureza precede e acompanha o poder. Conseqüência, Eli, morreu, e seus filhos Hofni e Finéias e foi-se a glória de Israel. O filho de Finéias, neto de Eli nasceu e foi chamado de Icabô que significa “sem glória”, “nenhuma glória”, foi-se a glória de Israel. A arca era a presença de Deus, a glória de Deus manifestada no povo de Deus.Quando a glória de Deus afasta-se da Igreja é um total fracasso. Diz a Bíblia de Estudo Pentecostal: “Icabô. Esse nome significa “sem glória”. A glória de Israel era Deus e a sua presença manifesta na terra a favor do seu povo (...). A viúva de Finéias tinha justa razão em se preocupar com o afastamento da presença de Deus (...), assim como os crentes do novo concerto devem se preocupar se a presença, o poder, a santidade e os dons do Espírito Santo deixarem de operar entre nós”.Os filisteus tomaram a arca de Deus e colocaram na casa de Dagom, junto a Dagom, o deus pagão dos filisteus (1 Sm 5.2-4). Dagom caiu diante da arca do Senhor (1 Sm 5.4). Dagom caído diante da arca de Jeová prefigura o dia quando toda a idolatria terá caído perante o Senhor.A arca esteve em Bete-Semes (1 Sm 6.1-21), onde a irreverência e curiosidade do povo foi severamente punidos (1 Sm 6.11-20), desastres que ocasionou aos filisteus. O povo de Bete-Semes olhou dentro da arca, levantando a tampa ou propiciatório. Por esta atitude irreverente, manifestou à ira de Deus. Foi o ministério da morte para eles (Hb 10.26, 27; 2 Co 2.16). Por causa disto a conseqüência foi à morte.Depois disto a arca foi transportada para Quiriate-Jearim (1 Sm 7.1), onde Seguiu mais tarde, por ordem de Deus, para a cidade de Jerusalém, com grande cerimonial.A arca esteve em Perez-Uzá, onde foi ferido de morte Uzá, quando estendeu a mão sobre a arca que parecia tombar (2 Sm 6.1-8).Davi levou a arca para Jerusalém na casa de Obede-Edom (2 Sm 6.9-12). Mas, tarde a arca foi colocada no Templo de Salomão (1 Rs 8.6-9). Depois da destruição do Templo de Salomão não há mais notícias da arca. Segundo Buckaland: “Quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém e saquearam o templo, provavelmente foi a arcar tirada dali por Nabucodonosor e destruída, visto como não se achou mais vestígios dela. Não é mencionada entre as coisas sagradas que foram expostas na cidade santa (Ed 1.7 a 11). Tácito, historiador romano dá testemunho do estado vazio do Santo dos Santos, quando Pompeu ali entrou. A ausência da arca, no segundo templo, foi uma das notas de inferioridade deste com respeito ao edificado por Salomão”. 20O INCENSÁRIO DE OURO
“Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo e sobre o altar, diante do SENHOR, e os seus punhados de incenso aromático bem moído, e o trará para dentro do véu. E porá o incenso sobre o fogo perante o SENHOR, para que a nuvem do incenso cubra o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra.” (Lv 16.12, 13 – ARA).“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” (Ap 8.3, 4 – ARC).O incensário de ouro foi feito de ouro puro. Usado pelo sacerdote Arão no dia expiação no Lugar Santíssimo (Lv 16.12; Êx 30.7, 8; Nm 16.7, 18, 46).Brasas vivas foram tiradas dos altares de sacrifícios e colocadas no incensário. O incenso foi queimado por este fogo perante o Senhor. O incensário é tipo de oração. O sacerdote Arão é tipo de Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote que apresenta nossas orações e petições, qual o incenso, perante o Pai (Ver Hb 4.14-16).Deus Pai entesoura as nossas orações no céu, mas Ele não se esquece de seus filhos, não deixa de lado as nossas petições, porém o Jeová Jiré reserva para o tempo certo, o tempo de Deus, para serem respondidas as nossas orações (Ap 5.8; 8.3, 4; Sl 141.2; Lc 1.9, 10). 21O ÓLEO PARA AS UNÇÕES
“Disse mais o SENHOR a Moisés: Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias, de mirra fluída, quinhentos siclos, de cinamono odoroso a metade, a saber, duzentos e cinqüenta siclos, e de cálamo aromático, duzentos e cinqüenta siclos, e de cássia, quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista: este será o óleo sagrado da unção. Com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e a mesa com todos os seus utensílios, e o candelabro com os utensílios, e o altar do incenso, e o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a bacia com o suporte. Assim, consagrarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo. Também ungirás a Arão e a seus filhos e os consagrarás para me oficiem como sacerdote. Dirás aos filhos de Israel: Este me será o óleo consagrado da unção nas vossas gerações. Não se ungirá com ele o corpo do homem, nem fareis outro semelhante da mesma composição; santo é e será santo para vós. O homem que compuser óleo igual a este, ou que dele puser sobre um estranho, será eliminado do seu povo.” (Êx 30.22-33).Este óleo era o mesmo azeite de oliveira usado para ungir a tenda da congregação de Israel, os objetos sagrados, os utensílios, as peças do Tabernáculo e os sacerdotes para realizarem o ministério sacerdotal, sobre esta unção com o óleo os sacerdotes eram considerados santificados.
1. De Que Era Feito o Óleo Sagrado?
Era feito das mais finas especiarias como três quilos da mais pura mirra, um quilo e meio de canela aromática, um quilo e meio de cálamo aromático, três quilos de cássia e um him que é um galão com 3,6 litros de azeite de oliveira puro. Observe-se que o óleo sagrado foi obra exclusiva de um perfumista especializado.
2. A Utilidade do Óleo nos Tempos Bíblicos
O óleo foi antigamente, e é até hoje muito apreciado e comum, não só nas terras da Palestina, mas em todo o mundo.Nos ritos religiosos de Israel o óleo era usado para consagração dos sacerdotes (Êx 29.1-7; Lv 8.12), em certas ofertas e sacrifícios (Lv 2.1; Nm 7.19), na consagração do Tabernáculo (Êx 30.22-29; 40.9, 10), nas lâmpadas do candelabro no Lugar Santo (Êx 25.6; Lv 24.2), na purificação de leproso (Lv 14.10-18), na consagração de sacerdote (Sl 110.4; Zc 6.13), de profeta (Dt 18.15) e de reis (1 Sm 10.1; 16.13; 1 Rs 1.39).De fato, o óleo tinha várias utilidade nos tempos bíblicos, como cosméticos após o banho (Rt 3.3; Lc 7.46) e como medicina (Is 1.6; Mc 6.13; Lc 12.35). O óleo era usado como meio de troca e venda no mercado (1 Rs 5.11; Ez 27.17; Os 12.1; Lc 16.6; Ap 1.13). O óleo tinha grande importância na alimentação, como se observe na história sagrada da viúva de Sarepta (1 Rs 17.12-14).
3. O Óleo no Tríplice Ministério no Antigo Testamento
No Antigo Testamento Deus levantou três ministérios para funções distintas diante do seu povo e de algumas nações no exercício de levar os homens a Deus, e levar Deus aos homens, e Deus governar o seu povo por meio de um homem chamado e designado por Ele.No primeiro momento Deus chama o homem para o ofício sacerdotal, sobre este era ungido com o óleo sagrado para a sua consagração e separação a obra do Senhor, para ministrar o sacerdócio diante do povo (Êx 29.1-7; Lv 8.12).Deus chama o homem para o oficio real, sobre este era também ungido com o óleo sagrado para governar o povo de Deus. Era Deus governando o seu povo por meio de um rei, de um homem, de um mortal, mas chamado por Deus (1 Sm 10.1; 16.13; 2 Sm 2.4; 1 Rs 19.15, 16).Deus chama o homem para o ministério profético, sobre este é ungido com o óleo sagrado para ministrar, profetizar os desígnios de Deus para o povo, levar a poderosa e infalível mensagem a reis e nações, uma mensagem de juízo, profética e de alerta (1 Rs 19.16; Is 61.1).Jesus foi ungido pelo Espírito Santo para realizar o seu santo ministério com o poder e glória (Lc 4.18, 19; At 10.38). Assim disse o pastor Joel Leitão de Melo: “O Espírito Santo ungiu a JESUS para realizar seu ministério (Is 61.1; Lc 4.18) e por meio dele somos agora ungidos por Deus ‘... o que nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações’ (2 Co 1.21b, 22). Como o sacerdote ungido com óleo se santificava, nós somos santificados pelo Espírito Santo (1 Pe 1.2). O óleo era alimento e remédio, o Espírito Santo nos fortalece e dá poder. Igualmente a unção representa a luz de Deus, para crescer no conhecimento da sua vontade. ‘E a unção, que vós reconhecestes dele, fica em vós ...como a sua unção vos ensina todas as coisas...” (1 Jo 2.27)”.
4. A Simbologia do Óleo
“Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.” (Hb 1.9).O óleo é símbolo do Espírito Santo (Zc 4.2-6), é símbolo da alegria (Is 45.7; Is 61.3; Hb 1.9), é símbolo da prosperidade e abundância (Dt 32.13; 33.22; Jó 2.6; Jl 2.19, 24), a falta de óleo denotava pobreza (Jl 1.10; Ag 1.11), assim o batismo no Espírito Santo, dons espirituais e o fruto do Espírito é sinal de prosperidade e abundância espiritual na vida do crente (Mt 3.11; At 1.5; 8; 2.1-4; 1 Co 12.4, 8-10; Gl 5.22). Na falta destas bênçãos do Espírito Santo na vida do crente denota atrofia e pobreza espiritual.A unção dos sacerdotes, reis e profetas no antigo concerto simboliza na atual dispensação a unção do Espírito Santo na vida dos seus ministros.É bom notarmos que o óleo sagrado não podia ser fabricado com a mesma composição: “... nem fareis outro semelhante conforme a sua composição... o homem que compuser tal perfume como este, ou que dele puser sobre um estranho,...” (Êx 30.33). Isto sugere que o Espírito Santo não pode ser imitado. A quem já procura imitar o Espírito Santo, pobre destes, não passa de uma imitação camuflada. Cuidado com imitação de línguas estranhas, isto é desdenhar do Espírito.O óleo era proibido por Deus no uso para fins alheio fora do ministério sacerdotal, e do serviço sagrado. “... Não se ungirá com ele a carne do homem...” (Êx 30.25-32). A operação do Espírito Santo é para a glória exclusiva de Deus não para a glória do homem. Jesus foi ungido pelo Espírito Santo para realizar a obra exclusiva de Deus e para a Sua glória, e não para receber glória dos homens (Lc 4.18, 19; At 10.38; Jo 5.41). A quem já infelizmente faz a obra de Deus para a sua própria glória, glamour, exaltação, presunção, egocentrismo, antropocentrismo, espírito de altivez, de orgulho, assim a glória humana é insaciável. Que tenhamos o espírito de humildade de Pedro, que disse a Cornélio: “... Levanta-te, que eu também sou homem.” (At 10.25, 26), de Barnabé e Paulo: “... Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões,...” (At 14.11-15). Até mesmos os seres angelicais nos dá uma lição de humildade (Jd v. 6; Ap 19.10). Disse o profeta Isaías: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei,...” (Is 42.8).O óleo era santo, “... santo é e será santo para vós.” (Êx 30.32b). A natureza santa é um dos atributos naturais do Espírito, por isto é chamado Espírito Santo, e sua obra na vida do crente é santificação (Rm 1.4). 22O SUMO SACERDOTE
“Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento. Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal.” (Êx 28.1-3). Ler ainda Hebreus 7.1-28.Em primeira mão precisamos compreender que o sacerdote era diferente do sumo sacerdote. O sacerdote só entrava no Lugar Santo, enquanto o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo uma vez no ano para interceder pelo povo.Os dois ministérios no Antigo Testamento como do profeta e do sacerdote tinham ministérios distintos. O profeta revelava, ou agia em lugar de Deus ao homem. Enquanto, o sacerdote revelava ou agia em lugar do homem a Deus. O profeta levava a mensagem de Deus aos homens. O sacerdote levava os homens a Deus.
1. O Que é o Sumo Sacerdote
O autor da carta dos Hebreus 5.1-2 faz várias definições eloqüentes para o ministério sacerdotal como, o dentre os homens; ordenado a favor dos homens; oferecia sacrifícios e dons pelos homens e cheio de compaixão pelos homens.O sacerdote era chamado por Deus, e não pelos homens (Hb 5.4). O ministério no novo concerto é um chamado de Deus, e não pelos homens (Ver Rm 1.1; At 9.15; 22.21; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1, 15; 1 Tm 1.1, 11; Ef 1.1; Co 1.1; 2 Tm 2.1; Jd v.1). Notamos que aqui nos textos supracitados, Paulo esclarece: “pela vontade de Deus”, “mão da parte dos homens, nem pelo homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai”, “aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça” (1 Co 1.1; Gl 1.1, 11).
2. Arão, Tipo de Cristo
“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade” (Hb 8.1).Vale notarmos os contrastes entre Arão e Cristo. Arão era da tribo de Levi (Hb 7.5; Nm 3.1-3, 6-10) Cristo era da tribo de Judá (Hb 7.13-19). Cristo não era da descendente da tribo de Levi, ou seja, de Arão, pois o sacerdócio de Arão era terreno, porém de Cristo é eterno (Hb 5.4; 6, 10; 7.5, 11, 12; 8.4). O sacerdócio de Cristo é para sempre e superior ao de Arão (Hb 7.15-22). Cristo pertence à ordem de Melquisedeque (Hb 5.6, 10; 7.11, 12). Melquisedeque é o tipo de Cristo mais perfeito no Antigo Testamento, pois este é o tipo do sacerdócio eterno de Cristo (Hb 7.3, 28).Arão oferecia sacrifícios diários por si e pelos pecados do povo (Hb 7.27), Cristo ofereceu a si mesmo a Deus como perfeito e eterno sacrifício (Hb 7.26, 27). Cristo era ao mesmo tempo o Sumo Sacerdote e o sacrifício (Hb 7.26; Hb 9.11-15; 1 Jo 2.1, 2). O sacerdócio de Cristo e seu sacrifício são perfeitos (Hb 7.25). Arão é segundo o homem mortal (Hb 7.23), Cristo é segundo a vida indissolúvel, imortal e eterno (Hb 7.24, 28).Arão era sacerdote terreno e humano, Cristo é o Sumo Sacerdote celestial e divino.Arão deixou seu sacerdócio à morte (Hb 7.14), cristo assumiu Seu sacerdócio à morte (Sl 22; At 2.33; Hb 2.14-18; 9.12-24).
3. O Serviço de Cristo
“Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mc 10.45).Cristo serviu por nós, na morte, na oração, na expiação, etc. O serviço de Cristo foi para a nossa justiça (Jr 23.6; 2 Co 5.21; 1 Jo 4.17). Cristo é o nosso Advogado (1 Jo 2.1), inclui-se aqui a idéia de defender-nos do “promotor” que nos acusa, que é Satanás (Jo 1.6-12; Zc 3.1-4; Ap 12.3, 9, 10), nosso confessor (1 Jo 1.9-10), nosso intercessor (Hb 7.25) que ora pelos seus (veja o capítulo 20 sobre o incensário de Ouro), nossa vida (Cl 3.4), nosso precursor (Hb 6.20), nossa garantia de entrar no céu no momento da morte (Fp 1.23; 2 Co 5.8), de entrar no céu com o corpo glorificado (1 Ts 4.16-17; 1 Co 15.51, 52), de entrarmos onde Ele está, “Na casa de meu Pai” (Jo 14.2, 3; 17.24) e de sermos como Ele é (1 Jo 3.2). Ler ainda Hebreus 4.15-16; 13.15; 1 Pedro 2.5-9.
4. As Vestes Sacerdotais (Êx 28.4-29; 39.1-43)
As vestes do sacerdote eram chamadas “sagradas” (Êx 28.2 – ARA), e para “glória e formosura”, na ARA e ARC chama de “glória e ornamento”, na NVI chama de “dignidade e honra”, e na NTLH chama de “dignidade e beleza”. As vestes sacerdotais eram usadas, não para conforto, mas para revelar o caráter e a natureza de Cristo, de quem era um tipo. As vestes foram colocadas na seguinte ordem, a saber:a) A túnica de linho fino. “Também farás a túnica de linho fino...” (Êx 29.39). A túnica de linho fino era a primeira a ser colocada. Era feita de linho tecido (Êx 39.27), é tipo da pureza, perfeição e justiça imaculada de Cristo (Ap 19.8). O testemunho concernente a Jesus Cristo é universal. Eles opinaram da seguinte forma o fiel testemunho universal acerca de Cristo, como o governador Pôncio Pilatos que disse: “... Estou inocente do sangue deste justo...” (Mt 27.24), “... de maneira que Pilatos se maravilhava” (Mc 15.5), “... Não acho culpa alguma neste homem” (Lc 23.4), “... Não acho nele crime algum” (Jo 18.28), “... Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum... Eis aqui o homem... porque eu nenhum crime acho nele (Jo 19.4-6).Como a esposa de Pilatos, Cláudia Prócula disse: “... Não te envolvas com esse justo...” (Mt 27.19). Todos nós estamos envolvidos com Cristo, seja servindo-O, ou não. Pilatos envolveu com Jesus Cristo, o Justo, mas não se entregou a sua vida a Ele. O ladrão na cruz se envolveu com Cristo, o Justo, na cruz, e por sua vez entregou a sua vida a Cristo envolvido e alcançou a vida eterna. O qual você escolhe, por está envolvido com Cristo, o justo, entregando a sua vida a Ele, servindo-O, para ganhar a vida eterna, ou continuar envolvido com Ele de forma superficial, sem entregar a sua vida a Ele, sem o servi-Lo e perder a vida eterna?Como o ladrão Dimas na cruz disse: “... mas este nenhum mal fez.” (Lc 23.41).Como o governador Pilatos quando conduziu-O perante ao governador Herodes, disseram: “... nenhuma culpa,... acho neste homem... eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.” (Lc 23.13-15).Como o centurião na cruz quando disse: “... Na verdade, este homem era justo” (Lc 23.47), “... Verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27.54), “... Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” (Mc 15.39);Como o diácono e evangelista Estevão, o primeiro mártir da Igreja, quando disse: “... anunciaram a vinda do Justo,...” (At 7.52).Como o apóstolo Pedro, quando disse: “... Santo e o Justo...’ (At 3.14), “o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2.22).Como o apóstolo do amor, João disse: “... Jesus Cristo, o Justo.” (1 Jo 2.1), “... e nele não há pecado.” (1 Jo 3.5).Como Paulo, o apóstolo dos gentios disse: “Àquele que não conheceu pecado,...” (2 Co 5.21).Como o autor anônimo da carta aos Hebreus, quando disse: “... porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4.15).Como os demônios do poço do abismo, quando disseram: “... Jesus, Filho de Deus?...” (Mt 8.29), “... Bem sei quem és: o Santo de Deus.” (Mc 1.24), “... Jesus, Filho do Deus Altíssimo?...” (Mc 5.7), “... Jesus, Filho do Altíssimo? ...” (Lc 8.28).Como o Espírito Santo, o consolador: “... repousar sobre ele” (Jo 1.32).Como o testemunho de João Batista, quando disse: “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus.” (Jo 1.34).Como o Deus Pai que disse: “... Este é o meu Filho amado, em quem em comprazo; escutai-o.” (Mt 17.5). Ler ainda Hebreus 1.8-12.Como o mundo em geral testemunhou, mediante os oficiais ou servidores que vieram prendê-lo, disseram: “... Nunca homem algum falou assim como este homem.” (Jo 7.46), o público disse: “... Tudo ele tem feito esplendidamente bem...” (Mc 7.37 – ARA), a multidão admirou dizendo: “... a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.” (Mt 7.28, 29).Cristo testemunhou de Si próprio, dizendo: “Quem dentre vós me convence de pecado?...” (Jo 8.46).Cristo é a Verdadeira e fiel testemunha (Ap 1.5). O apóstolo João na ilha de Patmos, testemunhou do bom testemunho de Jesus Cristo (Ap 1.2). Aquele que deixa um bom testemunho aos outros, esses testemunhos, com segurança do seu bom e grande exemplo. Em um determinado momento um ministro do evangelho disse acerca da vida do saudoso Pastor Estevam Ângelo de Souza: “Se daqui a 300 anos Jesus não voltar para arrebatar a Sua Igreja, nós ainda continuaremos falando do grande exemplo que o Pastor Estevam Ângelo de Sousa nos deixou.”.b) O cinto de linho fino. “e o cinto de linho fino torcido, e de fio azul, e de púrpura, e de carmesim, de obra de obra de bordados, como o SENHOR ordenara a Moisés”. (Êx 39.29). Amarrado sobre a túnica de linho, o cinto é um tipo de serviço (Lc 17.8; Is 22.21). Representa Cristo, o Servo. Deus acerca de Cristo disse: “Eis aqui o meu Servo,...” (Is 42.1). Paulo disse que Cristo tomou a forma de servo (Fp 2.6, 7). Os evangelistas disseram que Cristo era servo (Mt 20.28; Lc 22.27). A vida de Jesus era a vida de servo (Mc 1.37; 10.45). Cristo anunciou-se como o “Enviado”, o servo (Jo 6.57; 9.7; 17.8, 18; 20.21). Em João 13.1-14, vemos Jesus cingindo com a toalha, lavando os pés dos discípulos, demonstrando que veio servir à humanidade perdida, lavar os defeitos, as sujeiras do pecado, contraídos pelo contacto com a “poeira” deste mundo tenebroso e pecaminoso, seus altos pensamentos e palavras rebeldes contra vontade de Deus. O crente deve tomar a sua posição de servo como Cristo o deixou grande exemplo e servir ao seu próximo (Jo 13.14-17). O cristianismo é o genuíno evangelho, é a religião pura e imaculada para com Deus, do fazer, da prática cristã (JO 13.15, 17; Tg 1.27). Assim disse Jesus: “... como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13.15).c) O manto de éfode. “Também farás o manto do éfode todo de pano azul. E o colar da cabeça de obra tecida ao redor; como colar de cota de malha será nele, para que se não rompa. E nas suas bordas fará romãs de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor. Uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã haverá nas bordas do manto ao redor, e estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do SENHOR e quando sair, para que não morra.” (Êx 28.31-35).O manto foi feito de estofo azul, de uma só cor, azul. Era uma só peça de cima a baixo. Em cima havia abertura para a cabeça, debruada de forma que não podia ser rompida.O manto de éfode é um tipo de posição, de caráter e oficio. É símbolo de juízo (Jo 19.14), zelo (Is 59.17) e justiça (Is 61.10). Sendo o manto especialmente de vestimenta do sacerdócio e sendo Cristo nosso grande Sumo Sacerdócio (Hb 4.14), o manto representa o Seu oficio sacerdotal eterno e o seu caráter perfeito.A cor azul representa Jesus Cristo, o homem celestial, vindo do céu (Hb 14.47; Jo 3.13). Jesus Cristo falou do céu, levantou os olhos ao céu, representou o céu, subiu para o céu, o céu sempre em seus puros pensamentos, está assentado da destra do Pai no céu, intercedendo por nós, descerá do céu para arrebatar a Sua Igreja, levará Sua Igreja para o Céu, casará com a noiva no céu, e descerá do céu, mais uma vez com Sua Igreja glorificada para salvar Israel, destruir os poderes do mau e estabelecer seu governo de mil anos (cf. Mt 6.20; Lc 12.56; Jo 6.50, 51; At 1.11; 7.55; Cl 3.1; 1 Tl 4.16, 17; Ap 19.7-9, 11-21; 20.1-6).Observe o contraste com o primeiro a Adão que era terreno (1 Co 15.45-49). Aqui Jesus não tinha morada, possessões, tesouros, bens, riquezas, etc. Foi a encarnação da graça (Jo 1.14). A cor azul bem tipifica a graça (Is 45.2). Dos santos lábios de Jesus saiu o balsamo de Gileade. Com Cristo veio a graça e a verdade (Jo 1.17). Com razão usamos a saudação: “A graça do Senhor Jesus Cristo”. Leia as saudações das cartas pulinas, petrinas e joaninas como Romanos 1.7; 1 Coríntios 1.3; 2 Coríntios 1.2; Gálatas 1.3; Efésios 1.2; Filipenses 1.2; Colossenses 1.2; 1 Tessalonicenses 1.1; 2 Tessalonicenses 1.2; Tito 1.4; Filemon v. 3; 1 Pedro 1.2; 2 Pedro 1.2; 2 João v. 3.O azul fala de distância do céu e da Sua eternidade, de que falou (Mq 5.2).As campainhas de ouro nas orlas representam o falar, o testemunho e as palavras de Cristo (Jô 7.46; Mt 7.29). Quando o Sumo Sacerdote entrava no Lugar Santíssimo, ouvia-se no lado de fora o som alegre das campainhas de ouro. Da mesma forma quando Jesus Cristo entrou no céu como Sumo Sacerdote, ouviu-se um “som alegre”, no original grego significa um “eco” (At 2.2) no cenáculo onde os discípulos foram batizados no Espírito Asnto (At 2.32-36). No pleno sentido do ministério sacerdotal, as campainhas representam os noves dons espirituais: o dom da sabedoria, o dom do conhecimento, o dom de discernimento de espíritos, o dom da fé, os dons de curar, o dom da operação de maravilhas, o dom da profecia, o dom de variedade de línguas e o dom de interpretação das línguas (1 Co 12.4, 8-10; 14.1-40).Se, as campainhas representam os nove dons do Espírito Santo, as romãs representam os nove frito do Espírito Santo (1 Co 12.8-10; Gl 5.22), que manifestam-se em igual número nove. Tanto dons como fruto do Espírito são evidencias do ministério eficaz de Cristo no céu em prol da Sua Igreja. Deve haver equilíbrio entre os dons e os frutos (1 Co 13) como havia no manto uma campainha e uma romã. O fruto do Espírito deve acompanhar o nosso testemunho, e o nosso testemunho deve acompanhar os nossos frutos.Os dons espirituais são manifestados, o fruto do Espírito é gerado no crente. Os dons espirituais se manifesta de forma externa, o fruto do Espírito vem do interior do crente. Os dons espirituais capacitam o crente do poder de Deus, o fruto, é a real expressão do genuíno caráter de Cristo na vida do crente. Os dons espirituais são operações das vontades soberanas do Espírito Santo, o fruto do Espírito é mediante a vontade soberana de Cristo. Os dons espirituais é o que fazemos, o fruto do Espírito é o que somos.d) O éfodo. “Assim, fez o éfode de ouro, de pano azul, e de púrpura, e de carmesim e de linho fino torcido.” (Êx 39.2), “e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada.” (Êx 28.6).O éfode era vestimenta exterior, sem manga. Uma espécie de colete, descendo para baixo da cintura. Era feito de duas peças, de frente e das costas. Estas duas peças eram ligadas aos ombros com dois botões de onicha. Em cada uma destas pedras estavam escritos os nomes de seis tribos de Israel. A cintura havia um cinto primorosamente tecido, feito de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido.O éfode foi feito de ouro batido e feito em fios que foram tecidos junto com o linho retorcido, o estifo azul, púrpura e escarlata. Era uma vestimenta reluzente e gloriosa. O ouro, como nas demais peças do Tabernáculo, representam a natureza, mas um só éfode (uma só personalidade). A distinção se conserva em todo o éfode. Nos Evangelhos vemos Jesus Cristo, o homem, com corpo, sofrendo fome, cansaço, tristeza, angústias, sede, chorou, etc. (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 18.28; Mt 26.37; Lc 19.41; Jo 11.35; Hb 13.12), mas também o Filho de Deus, o grande “Eu Sou” (Ver Jo 6.35, 48, 51; 8.12, 118, 23, 24, 28, 58; 12.46; 13.19; 10.7, 9, 11, 14; 11.25; 14.6; 15.1, 5), operando milagres, levantando os mortos, mandando nas forças da natureza como gravitação, densidade, emoção, nos animais, etc. Não se pode separar as duas naturezas de Jesus Cristo sem destruir o éfode. Claramente a revelação divina das Escrituras Sagradas é Jesus Cristo – o Deus-Homem, o Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, o Perfeito Deus e Perfeito Homem (1 Tm 2.5; Cl 2.9).As duas pedras preciosas de onicha nos ombros, em que foram escritos os nomes das doze tribos, representam a força do ministério de Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote. O ombro é tipo de poder. O Bom Pastor leva a ovelha desgarrada no ombro (Lc 15.3-7; confere Is 9.6; 26.4; Jo 17). Jesus Cristo leva-nos em seus gloriosos ombros perante o Pai (Jo 10.11; Jd v. 24).e) O peitoral (Êx 28.15-30). O peitoral era ligado no éfode. Era uma espécie de saco, feito dos mesmos materiais, ouro, púrpura, escarlata e linho fino. Na frente havia doze pedras, de quatro fileiras, três em cada fileira. Em cada pedra foi gravado o nome de uma tribo. No saco foram colocados os objetos chamados “Urim e Tumim”, que significam “Luzes e Perfeições”, por consultá-los o sacerdote podia conhecer a vontade de Deus. O peitoral foi colocado na frente do éfode, seguro por correntes de ouro que pareciam como cordas. Ligavam-se nas pedras nos ombros. Na parte inferior, nas pontas, havia argolas onde uma fita azul ligava o peitoral com outras duas argolas de ouro próprio éfode, um pouco acima do cinto primorosamente tecido. O peitoral era quadrado de cada lado. A mensagem do peitoral é que Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote, leva o seu povo no seu coração, como Arão levava individualmente os nomes das doze tribos de Israel (Gl 3.3; Hb 2.14; Ef 2.6). O trabalho sacerdotal de Cristo não é formalista, mas sim amoroso e sincero. Ele realmente ama Seu povo, intercedendo por ele com alegria (Jd v. 24). Os nomes das tribos nas duas pedras nos ombros vieram na ordem do seu nascimento, mas os nomes no peitoral vieram na ordem da sua posição no acampamento ou na marcha. As pedras nos ombros eram de igual valor, as do peitoral de valor diverso. Estes fatos sugerem a verdade que por nascimento, a regeneração, é todos iguais perante Jesus Cristo (Gl 3.26), regatados todos com o mesmo sangue. Somos todos pedras preciosa para Ele (Ml 3.17, confere 1 Co 6.20).Mas havia pedras mais perto e outras mais longe do coração de Arão. Assim há discípulos de Jesus mais chegados ou mais afastados dEle. Entre os 5.000, os 500, os 120, os 12, os três principais: Pedro, Tiago e João, e ainda entre eles João, “o discípulo que Jesus amava”, que descansava no seu peito (Jo 20.20). Paulo foi outro apóstolo que era muito íntimo com Cristo (Fp 3.3-10; 2 Co 5.9). É claro que há diferença entre crentes. Alguns são mais agradecidos ao Senhor, dependendo da sua vida, do seu amor, e do seu serviço (Gl 5.25; Cl 3.1-3).A glória das pedras representa a glória de Jesus (Jo 17.32). O Urim e Tumim que se colocava no peitoral (Lv 8.8) eram usados pelo Sumo Sacerdote para saber a vontade de Deus, e assim tornou-se o conselheiro do povo em tempos de perplexidade, por exemplo, quando precisavam decidir casos de inocência ou culpa, etc.. Embora que pouco sabemos do seu verdadeiro uso em tempos posteriores, compreendemos que, como os demais artigos do sacerdócio arônico, eles representam a direção divina do Espírito Santo. O Urim e Tumim desapareceram, mas o Espírito Santo permanece conosco para sempre (Jo 14.15; 1 Co 2.10).f) A mitra. “Também farás... uma mitra de linho...” (Êx 28.39), “e a mitra de linho fino, e o ornato das tiras de linho fino, e os calções de linho fino torcido” (Êx 39.28).A palavra “mitra” vem do hebraico e significa “enrolar”. O linho de mitra dois enrolado ao redor da cabeça de Arão em forma de turbante.Esta mitra significa a obediência de Jesus a Seu Pai. Uma cobertura na cabeça no Novo Testamento significa obediência (1 Co 11.2-16). Jesus era obediente (Fp 2.8, confere Is 11.2-6; 42.1; Hb 5.8). Que contraste grande com o Anticristo que tudo faz segundo a sua própria vontade (Dn 11.36; 2 Ts 2.4). Vejamos o contraste entre Cristo e o Anticristo, a saber: Jesus é santo (1 Jo 2.1), o Anticristo é iníquo e profano (2 Ts 2.3, 8); Jesus nasceu sob a lei e a cumpriu (Gl 4.4), o Anticristo opor-se-á a toda a lei (2 Ts 2.4; Dn 7.25); Jesus veio para fazer a vontade de Deus (Hb 10.9), o Anticristo vem para fazer a vontade de Deus (Hb 10.9), o Anticrito vem para fazer a sua própria vontade (Dn 8.24); Jesus não foi recebido pelos judeus (Jo 1.11), o Anticristo será aceito pelos judeus (Dn 9.27); Jesus amava o povo de Israel (Mt 23.37), o Anticristo fará guerra contra Israel (Dn 7.21, 25; 8-24; Ap 13.7); Jesus recebeu a glória do Pai (Jo 17.24), o Anticristo receberá a glória do Diabo (Ap 13.2-4); Jesus glorifica a Deus (Jo 17.4, 26), o Anticristo glorifica o Dragão (Ap 13.2-4; Dn 7.25); Jesus, o seu reino será eterno (Dn 8.25), o Anticristo será lançado no lago de fogo (Ap 20.10).É pela perfeita obediência de Jesus Cristo a Seu Pai que o homem recebeu a redenção.Na parte de frente da mitra, numa fita azul, foi colocada uma lâmina de ouro puro, na qual foi gravada com esta inscrição: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36-38). Esta lâmina foi à última peça das vestiduras gloriosas de Arão. Estando ele ali na presença do Senhor, esta lâmina refletia santidade ao Senhor. Ele estava na presença divina como a santidade do povo de Deus. Nisto ele representa Jesus que está na presença de Deus como nossa justiça e santidade (2 Co 5.21). Na Sua santidade temos a santidade (Ef 1.4), como no Tabernáculo, Deus via Israel como que na pessoa do sumo sacerdote, assim Deus nos vê na bendita pessoa do Seu Filho Jesus Cristo (1 Jo 4.17).Vejamos uma síntese do estudo das vestes dos sacerdotes de glória e formosura:• A túnica de Linho representa O Imaculado (Hb 7.26);• O Cinto de Linho representa O Servo (Is 42.1; Mc 10.45);• O Manto de Éfode representa O Celestial, cheio de Graça (1 Co 15.47, 48; Jo 1.14, 17);• O Éfode representa O Deus-Homem (1 Tm 2.5; Cl 2.9);• As Pedras nos ombros representam Aquele que sustenta e fortalece (Lc 15.3-7; Is 9.6; 26.4; Jo 17);• O peitoral representa O Amoroso (Gl 3.3; Hb 2.14; Ef 2.6);• A Mitra representa O Obediente (Fp 2.8; Hb 5.8; Is 42.1; 11.2-6);• Lâmpada de Ouro representa O Santo (Hb 7.26; At 3.14; 13.35). 23A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES(Levítico cap. 8)
Em Levítico no capítulo 8, vemos a ordenação do sacerdócio de Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal no Antigo Testamento. O sacerdócio de Arão no Antigo Testamento foi imperfeito, o sacerdócio de Cristo no Novo Testamento é perfeito e eterno (1 Tm 2.5; Hb 7.25; 9.23-28).
1. Arão é Lavado, Junto Com Seus Filhos (Lv 8.6)
Moisés aplicou a água em Arão e seus filhos para a consagração sacerdotal. Água representa a Palavra de Deus, a verdade aplicada (Jo 17.17; Ef 5.26). Sendo lavados juntos, Arão e seus filhos, significa que os crentes, sacerdotes com Cristo, são unidos com Ele na santificação (Hb 2.11). A unidade essencial entre Cristo e Sua Igreja é uma verdade bem declarada no Novo Testamento (Jo 17.10, 21-23). Antes de servir no sacerdócio precisamos despir-nos das vestes da carne, do velho homem (Cl 13.9, 10), disse o profeta messiânico Isaías: “... purificai-vos, vós que levais os utensílios do SENHOR.” (Is 52.11). Ler ainda Jo 13.10; 2 Co 7.1; Mt 3.14,15.
2. Arão é Consagrado Primeiro (Lv 8.6-10)
Arão foi vestido publicamente por Moisés, primeiro em separado, assim o mundo tem visto em Jesus Cristo uma singularidade de pessoa e ministério. Ele é diferente de todos os demais homens da história. Poderá existir, outro Sócrates, outro Platão, outro Aristóteles, outro Alexandre Magno, outro René Descartes, outro Napoleão Bonaparte, outro Albert Einstein, mas jamais poderá existir outro Jesus Cristo. Ele é singular, o nome que está sobre todos os nomes (Fp 2.9). Jesus Cristo é Verdadeiro Deus, Verdadeiro Homem e Perfeito Deus e Perfeito Homem.Arão foi ungido com óleo (Lv 8.10), tipo de Jesus Cristo ungido com o Espírito Santo (Mt 3.13-17; Lc 4.18; At 10.38).
3. Arão e Seus Filhos Santificados Pelo Sangue (Lv 8.13-26)
Vejamos Arão e seus filhos santificados pelo sangue:a) Sobre a ponta da orelha direita. “... Moisés tomou do seu sangue e pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão,...” (Lv 8.23). A orelha representa o ouvir a vontade de Deus (Mc 4.24; Lc 8.18), a Palavra de Deus (Ap 1.3; Jo 8.47). O importante não é somente ouvir a Palavra, mas permanecer na Palavra (Jo 8.31) e praticar a Palavra e aplicar a Palavra a nossa vida.Não temos direito aos nossos ouvidos, mas devemos consagrá-los ao Senhor (Mt 3.19; Ap 2.7). Quais sacerdotes somos crucificados, ressuscitados e sentados com Jesus Cristo nos lugares celestiais (Ef 1.3; 2.5-8).b) Sobre o dedo polegar da mão direita. “... tomou do seu sangue e o pôs... sobre o polegar da sua mão direita...” (Lv 8.23). Representa o nosso serviço que deve ser completamente consagrado ao Senhor (Êx 32.29), literalmente quer dizer: enchei as vossas mãos ao Senhor (1 Cr 29.5, confere Êx 23.15; 34.20; Dt 16.16).c) Sobre o dedo polegar do pé direito. “... tomou do seu sangue e o pôs... sobre o polegar do seu pé direito.” (Lv 8.23). Representa o nosso andar consagrado ao Senhor. Não podemos ir aonde queremos, mas onde o nosso Senhor nos manda (1 Co 6.19, 20).d) Consagrados com ofertas pelo pecado, ofertas e queimadas e as movidas perante o Senhor. “Depois fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão com seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do carneiro... E tomou a gordura, e a cauda, e toda a gordura que está na fressura, e o redenho do fígado, e ambos os rins, e a sua gordura e a espádua direita. Também do cesto dos pães asmos, que estava diante do SENHOR, tomou um bolo asmos, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão, e os pôs sobre a gordura e sobre a espádua direita. E tudo isto pôs nas mãos de Arão e nas mãos de seus filhos; e os ofereceu por oferta movida perante o SENHOR. Depois Moisés tomou-os das suas mãos, e os queimou no altar sobre o holocausto; estes foram uma consagração, por cheiro suave, oferta queimada ao SENHOR. E tomou Moisés o peito, e ofereceu-o por oferta movida perante o SENHOR. Aquela foi a porção de Moisés do carneiro da consagração, como o SENHOR ordenara a Moisés.” (Lv 8.22, 25-29). Representa o fato de que o nosso ministério estará sempre intimamente ligado com a morte e ressurreição de Cristo.e) Arão e seus filhos ungido com óleo. “Tomou Moisés também do óleo da unção, e do sangue que estava sobre o altar, e o espargiu sobre Arão e sobre as suas vestes, bem como sobre os filhos de Arão e suas vestes, e seus filhos e as vestes de seus filhos.” (Lv 8.30 – ARA). Tipo da unção do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2; Ef 1.13, 14; 2 Co 1.21, 22).f) Durante sete dias permaneceram no Tabernáculo, no Lugar Santo e comeram o sacrifício: “E Moisés disse a Arão, e a seus filhos: Cozei a carne diante da tenda da congregação, e ali a comereis com o pão que está no cesto da consagração, como tenho ordenado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão. Mas o que sobejar da carne e do pão, queimareis com fogo. Também da porta da tenda da congregação não saireis por sete dias, até ao dia em que se cumprirem os dias da vossa consagração; porquanto por sete dias ele vos consagrará. Como se fez neste dia, assim o SENHOR ordenou se fizesse, para fazer expiação por vós. Ficareis, pois, à porta da tenda da congregação dia e noite por sete dias, e guardareis as ordenanças do SENHOR, para que não morrais; porque assim me foi ordenado. E Arão e seus filhos fizeram todas as coisas que o SENHOR ordenara pela mão de Moisés.” (Lv 8.31-36). Nisto temos uma ilustração da separação moral e espiritual da Igreja, tanto individual como coletivamente. Somos um povo separado pelo propósito de Deus que nos predestinou a salvação (Rm 8.29, 30; Ef 1.4, 5), pela cruz (Gl 6.14), pelo Evangelho e chamada do Espírito Santo (Jo 16.8), pelo ato criativo de Deus, no qual recebemos a vida eterna (Ef 2.10; 2 Co 5.17; 1 Co 6.17). Observe em 1 Coríntios 6.17, que o crente é unido ao Senhor, enquanto o incrédulo não o é. São tão distintos quanto o oriente do ocidente. Nós, os salvos, somos um espírito com Ele. Pela presença do Espírito Santo (Jo 14.17).O sete dias de separação representam o rapto da Igreja (1 Co 15.51, 52; 1 Ts 4.13-17) e o tempo de sete anos que ela passará com Cristo nos céus, durante o qual a Grande Tribulação (Ap 6.18), virá sobre os quatro cantos da terra. Nos céus, a Igreja gozará da festa das bodas do Cordeiro (Ap 19.7, 8).g) No oitavo dia, Arão e seus filhos saíram. “E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão e seus filhos, e os anciãos de Israel, e disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto, sem defeito; e traze-os perante o SENHOR. Depois falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode para expiação do pecado, e um bezerro, e um cordeiro de um ano, sem defeito, para holocausto; também um boi e um carneiro por sacrifício pacífico, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de alimentos, amassada com azeite; porquanto hoje o SENHOR vos aparecerá.” (Lv 9.1-4). Note que aqui diz: “... hoje o SENHOR vos aparecerá.” (Lv 9.4). Depois que o sacrifício foi oferecido e Arão e seus filhos saíram do Tabernáculo vestidos em suas vestes sacerdotais e reais, abençoaram o povo e a glória do Senhor apareceu a eles e a todo o povo. Desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício (Lv 9.23). O povo diante desta manifestação da presença divina prostraram-se e jubilaram-se no Senhor. Esta cena representa outra cena a de Apocalipse 19, onde Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores e Sua Igreja, todos vestidos em roupas resplandecentes, saem do Tábernaculo celestial para vingarem-se do seu usurpador, o Anticristo e os que o seguem. Então será estabelecido o Seu glorioso reino de paz e justiça na terra, por mil anos. Que maravilhosa esperança para os redimidos do Cordeiro (Ap 19.11-21; Cl 3.4). Aleluia! 24A NUVEM SOBRE O TABERNÁCULO
“Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo; De maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo,... porquanto a nuvem do SENHOR estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.” (Êx 40.33, 34, 38).A nuvem cobria o Tabernáculo e quando se mudou, Israel mudou-se com ela.
1. O Guia do Povo de Israel
“Assim partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, à entrada do deserto. E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” (Êx 13.20-22).Precisamente, aqui Deus é o pastor de Israel. Israel primeiramente recebeu a redenção na noite da Páscoa. Depois recebeu a direção (Êx 12.12; 13, 41, 42, compare com 1 Pe 1.18, 19; Gl 1.4; 1 Pe 3.18; Cl 1.12, 13).Tal qual como Israel depois da sua libertação do Egito, a Igreja também é um povo peregrino que precisa do Espírito Santo.Deus dirige o cristão pela Sua Palavra (Sl 119.105), pelo Espírito Santo (Jo 16.13-15) e por Seus olhos (Sl 32.8; 139.1-24).


2. O Símbolo do Espírito Santo
A nuvem é símbolo do Espírito Santo prometido por Jesus Cristo (Jo 14.16-18; Mt 28.20; Lc 24.49; At 1.4, 5). O Espírito Santo veio no dia de Pentecostes como línguas de fogo! (At 2.1-4).Como na criação o Pai manifestou o Filho (Hb 1.2), e como na terra o Filho manifestou o Pai, assim durante esta Dispensação o Espírito Santo manifesta o Filho (Jo 16.13-15). Depois de receber a salvação pelo sangue de Cristo, é o privilégio de o crente receber a plenitude do Espírito Santo (At 2.38). É o Espírito Santo que separa o crente do descrente (1 Co 6.19; compare Êx 14.19, 20; 1 Co 2.14) como fez a nuvem entre Israel e os egípcios (1 Co 10.1).
3. O Escudo do Povo de Deus
A nuvem contra o poder de Faraó (Êx 14.19, 20), compare a promessa de Abraão nesse sentido (Gn 15.1). Paulo, o doutor dos gentios, exortou a Igreja a revestir-se do escudo da fé (Ef 6.16; Pv 19.10). O nome do Senhor é uma torre segura. Glória a Deus!
4. Sombra Para o Povo de Israel
“E a nuvem do SENHOR ia sobre eles de dia, quando partiam do arraial”.“E o dirão aos moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó SENHOR, estás no meio deste povo, que face a face, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite.” (Nm 10.34; 14.14).“Estendeu uma nuvem por coberta e um fogo, para os alumiar de noite.” (Sl 105.39).É tipo de Cristo que nos protege dos fortes raios do sol de perseguições e tentações: “Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.” (Ct 2.3).
5. O Vingador
“E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o SENHOR, na coluna do fogo e da nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios. E tirou-lhes as rodas dos seus carros, e dificultosamente os governavam. Então disseram os egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios. E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros. Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retornou a sua força ao amanhecer, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar, porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nenhum deles ficou.” (Êx 14.24-28).“E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém.” (Rm 16.20).
6. A Luz do Povo de Israel
“E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” (Êx 13.21, 22).“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz para o meu caminho” (Sl 119.105).Tipo de Cristo a Luz da Igreja. O mundo está nas trevas (Rm 13.12). Apesar da luz da natureza ou razão humana, de que tanto se orgulha o homem (2 Co 4.6; 1 Jo 1.6, 7).
7. O Oráculo Divino
Israel não se mudava enquanto a nuvem não mudasse (Nm 9.17-23, compare com Êx 29.43-46). Assim a Igreja precisa reconhecer a absoluta autoridade do Espírito Santo (Zc 4.6), compare a ordem de Jesus Cristo que esperassem a promessa feita pelo Pai (Lc 24.49; At 1.4).
8. Aparências da Nuvem
No deserto (Êx 13.20-22), ao Mar Vermelho (Êx 14.19, 20, 24, 1 Co 10.2) no Tabernáculo (Êx 40.34-38), no Templo de Salomão (2 Cr 7.1-3; Sl 99.7), em Jesus Cristo, no Monte da Transfiguração – monte Tabor (Mt 17.5; Lc 9.34), na ascensão de Jesus pela última vez (At 1.9), na segunda vinda de Cristo para arrebatar os santos (1 Ts 4.17), na segunda vinda Triunfal de Cristo (Mt 24.30; Ap 1.7) e futuramente no Milênio (Is 4.5, 6; 60.19). 25OS CINCO GRANDES TIPOS DE SACRIFÍCIOS LEVÍTICOS
Em Levítico nos capítulos 1 a 7 tratam dos cinco sacrifícios ou ofertas. Todas apontam para a obra vicária de Cristo no Calvário. Estudaremos as cinco ofertas levíticas no seu caráter tipológico de Cristo na cruz, entre elas são: a oferta de holoucausto (1.1-7; 6.8-13; 7.8) a oferta de manjares (Lv 2.1-16; 6.14-23), a oferta pacífica (Lv 3.1-17; 7.11-34), a oferta pelo pecado (Lv 4.1-35; 5.1-13; 6.24-30) e a oferta de culpa (Lv 5.14-16; 6.7; 7.1-7).
1. A Oferta de Holocausto (Lv 1.1-17)
Holocausto significa “o que ascende ou sobre”, isto é, completamente queimado e que subiu em fumaça. É chamado uma oferta “de cheio suave ao SENHOR” (Lv 1.9). O holocausto era um sacrifício oferecido a Deus (Hb 9.14). O holocausto figura aquela parte da morte de Jesus em que se vê o Filho de Deus oferecendo-se inteiramente ao Pai para que revelasse como Filho, seu amor para com o Pai. É devoção sem reserva. Era “oblatio”, isto é, adoração, ablação ou culto.No Calvário, vimos Deus virar Seu rosto contra o Filho (Sl 22.1; Mt 27.46), o representante do pecado (2 Co 5.21), mas no holocausto, nós O vemos cheio de alegria divina em ver Seu Filho entregue completamente à Sua vontade e cheio de amor para com Ele.a) Animais usados. O boi é um tipo de Jesus, O Servo (Is 52.13-15; Fp 2.5-8; Mc 10.45; Hb 12.2, 3), também é tipo de força (1 Co 9.10). A ovelha é um tipo de Jesus no Seu caráter de mansidão (Is 53.7; Mt 11.29). A cobra é um tipo de Jesus carregado com as nossas transgressões e enumerado com os transgressores (Is 53.12; 2 Co 5.21; At 8.32-35). Rolas e pombinhos é um tipo da inocência e simplicidade de Jesus. Sua pobreza, humildade, etc. (2 Co 8.9; Is 59.11; Mt 23.37; Hb 7.26; Mt 11.29; Zc 9.9; Lc 19.35; Jo 12.15; Mt 21.5).b) A oferta precisava ser sem defeito. “Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha...” (Lv 1.3). É tipo da perfeição de espírito em Jesus (Hb 9.14; 2 Co 5.21; Jo 8.46; Hb 4.15; 1 Pe 2.22).c) A oferta voluntária. “... à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR.” (Lv 1.3). Jesus ofereceu-se a vir a terra em forma de homem visível, para que morresse e assim efetuasse a salvação do homem para glória de Deus (Fp 2.6-8). Esvaziou-se da Sua glória, tomou corpo humano (Sl 40.8; Jo 1.14; Hb 2.14-18). Tudo isto era mandamento do Pai (Jo 10.16-18).d) Colocado em ordem sobre a lenha. “Também os filhos de Arão, os sacerdotes, porão em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do altar”. (Lv 1.8). Cada detalhe da morte de Jesus foi previsto e pré-arranjado desde a eternidade. Por exemplo: roupa partida entre os soldados, a sorte sobre a túnica, a zombaria, o vinagre, o fel, as palavras “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, nenhum osso quebrado, coração fisicamente quebrado, enterro no túmulo do rico, etc. (Sl 22.1, 8, 18; 34.20, 21; Is 53.9, confere Mt 27.35, 39-43, 46, 48, 57-60; Jo 19.32-36).e) A oferta foi esfolada e cortada em pedaços. “Então, esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços.” (Lv 1.6). O esfolamento revelou os tecidos da carne. Assim as tentações de Jesus revelaram o que havia em Jesus, Sua perfeição, obediência ao Pai, etc. Nenhum pecado foi revelado. Podia dizer o que nenhum mortal jamais podia dizer: “porque se aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em mim.” (Jo 14.30). “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46).f) Os intestinos e pernas da oferta, lavados com água. “Porém as entranhas e as pernas o sacerdote as lavará com água...” (Lv 1.9 – ARA). Os intestinos representam os motivos, os impulsos e inspiração da vida. As pernas representam o andar (Sl 51.6; Jr 31.33). O motivo de Cristo era agradar o Pai (Jo 8.29). Seu andar foi sempre governado pela Palavra (Sl 119.11; 40.8). Por isso Jesus era o perfeito sacrifício que ele mesmo podia oferecer em holocausto ou oblação na cruz romana. Aleluia!g) A gordura posta na lenha. A gordura representa a saúde e excelência e dons e qualidade. Em Jesus Cristo, tudo foi consagrado. Nós também devemos consagrar até a “gordura” da nossa vida (Rm 12.1, 2).h) A cabeça posta na lenha. A cabeça representa a inteligência e pensamento de Jesus. Também, representa a consagração neste respeito com relação ao crente (Cl 3.1, 2; Fp 4.6, 7).i) As cinzas postas para o oriente. “... para a banda do oriente, no lugar da cinza.” (Lv 1.16). O Tabernáculo olhava para o oriente. Assim o pecador, quando simbolicamente estava no Lugar Santíssimo na pessoa do sumo sacerdote, podia fazer as palavras do salmista Davi: “Quanto, está longe o Oriente do Ocidente, assim a fasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.12).j) Foi completamente queimado. Nada foi comido pelo sacerdote. Foi somente para Deus. O sacrifício vicário de Cristo no Calvário foi cheio suave ao Pai.l) Aceitação do adorador dependia da aceitação da oferta. Foi pessoalmente representada, significando que o sacrifício de Cristo deve ser pessoalmente apropriado.m) Imolado à porta do Tabernáculo. O sacrifício de animais era imolado à porta do Tabernáculo publicamente. Da mesma forma, o pecador precisa confessar o Salvador e Senhor Jesus Cristo com a sua boca (Rm 10.9, 10).n) O ofertante pôs as mãos na cabeça do sacrifício. Significa transferência de posição.o) O holocausto sempre perante o Senhor. O fogo não podia ser apagado. “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” (Lv 6.13). Jesus Cristo, nosso holocausto está sempre perante Deus. Sua consagração nunca cessa.p) Efeitos do holocausto. “E deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar, e, ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do SENHOR, com as trombetas e com os instrumentos de Davi rei de Israel.” (2 Cr 29.27). Confere com a primeira e a segunda vinda de Cristo, os cantos angelicais (Lc 2.8-15; Sl 24.7-10; Mt 25.31; 1 Ts 4.16; Ap 1.15).

2. A Oferta de Manjares (Lv 2.1-16; 6.14-23)
Esta oferta significa no hebraico, um dom, no latim donatio. Era uma dádiva apresentada a Deus como ato de devoção que representa a dedicação a Deus. Esta oferta sem sangue nos apresenta os símbolos da pessoa, caráter e perfeição do nosso Senhor Jesus Cristo.a) Composto em flor e farinha. “E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha” (Lv 2.1). Bem moído, bem uniforme em qualidade, representa a vida de Cristo, bem equilibrado e verdadeiro, “Tudo ele tem feito esplendidamente bem” (Mc 7.37 – ARA). Manteve a lei e uso a graça como no caso da mulher apanhada em adultério (Jo 8.1-11) e comendo com os pecadores (Mt 9.11; 11.19). Palavra cheia de graça. Era cheio de graça e de verdade (Jo 1.14). O homem perfeito “em tudo” como palavra, pensamento e ação. O processo de moer o trigo é um tipo dos sofrimentos de Jesus (Is 28.20; Hb 2.10; 4.15; 5.8; Sl 51.17).b) Ungido com azeite. “... nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela.” (Lv 2.1). O azeite simboliza o Espírito Santo. Batismo no Espírito Santo (Mt 3.11; Lc 24.49; At 1.5, 8; 2.1-4). Representa o Espírito Santo na vida de Cristo (Mt 3.17; Lc 4.18, 19; At 10.38; Is 61.1; Jo 1.32), a encarnação (Lc 1.35). Com o azeite unia as partículas da farinha, assim o Espírito Santo une os membros da Igreja (EF 4.3).c) Franquincenso posto sobre o azeite e farinha. Franquincenso era branco e simboliza pureza. Veio da seiva de uma árvore, e quando queimado dava um perfume agradável. Era esta a parte que pertencia ao Senhor. Representa a fragrância da vida de Cristo, especialmente na relação dEle com o Pai (Jo 4.34; 8.29). O fogo é a prova como foi no jardim do Getsêmani, “... se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” (Mt 26.39), que incenso maravilhoso.d) Temperado com sal. “E toda a oferta dos teus manjares salgarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de manjares o sal do concerto do teu Deus; em toda a tua oferta oferecerás sal.” (Lv 2.13). O sal conserva da corrupção. Nossa conversão deve levar sal (Cl 4.6). O exemplo de Jesus é vivo, “... as palavras que eu vos disse são espírito e vida.” (Jo 6.63; confere Mt 12.36, 37; Jd vv. 15.16; Cl 3.16).A utilidade do sal é preservar (2 Ts 2.1-8). O crente como o sal espiritual tem o dever de preservar o ambiente sob sua influência. Este mundo ainda existe porque, apesar de sua degeneração e corrupção, a Igreja de Cristo, formada pelos crentes salvos, está preservando o que resta de saúde moral e espiritual no mundo. Quando a Igreja foi tirada da terra, a putrefação tomará conta do mundo. O crente tem o dever de “salgar” para preservar a si, a família, amigos de profissão, a sociedade, os crentes e os incrédulos que estejam sob sua influência.A utilidade do sal é dá sabor. Uma alimentação sem o sal fica sem sabor. O sal é indicado para pessoas que estão com problemas de saúde. O sal tem grande importância como elemento que dá sabor (Jó 6.6). O crente tem o dever de dar sabor espiritual no meio em que vive. É necessário o crente ter sal em sua vida, isto é, cheio do Espírito Santo, uma vida de poder, forte reputação, influente testemunho e uma vida cristã dinâmica.Cristo reconhecia a grande importância do sal, quando afirmou: “Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros” (Mc 9.50). Jesus ensinando no Sermão da Montanha disse: “se o sal foi insípido, com que se há de salgar? Para nada mais preta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13). Aqui aprendemos quatro lições: a primeira é “se o sal for insípido”, é quando o crente deixa de dar seu testemunho; a segunda, “Para nada mais presta”, é quando o crente perde o sentido da vida espiritual; a terceira, “senão para se lançar fora”, o crente torna-se inútil; a quarta e última, “ser pisado pelos homens”, o crente passa a ser “pisado” pelos pecadores, como desdém, zombarias, descréditos, etc.O sal tem que ser na medida certa, ou seja, equilibrado. Uma das características do sal é sua “humildade”. O sal preserva e dá sabor, sem aparecer. O sal é visível e invisível. O sal visível sem ação sugere o crente sem ação. O sal invisível em ação fala do crente em ação. O sal antes de ser aplicado na alimentação é visível, porém ao colocar na alimentação, começa agir, como temperando, preservando, dando sabor, etc. torna-se invisível. O sal age invisivelmente, porém sua ação é notoriamente sentida. Da mesma forma o crente humilde não faz questão de se promover e de aparecer. Quando o sal aparece pelo excesso, demasiado, ninguém suporta. O crente como sal prega mais com sua vida do que com ações, palavras e atos (Ver Jo 3.30; 2 Rs 4.9).O crente que tem sal em excesso, torna-se insuportável. Isso refere-se o crente fanático. Em vez de transmitir para as pessoas o sabor da vida cristã, termina por fazer as pessoas desaparecerem, com demasiada santidade. Isto sugere crentes legalistas que tem uma visão medíocre de que tudo é pecado. Há crentes que não tem mais sal em suas vidas cristãs. Isto fala de crentes liberalista, que se acomodam com o mundanismo, o sistema pecaminoso, e afirmam que não é pecado. “Não faz mal”. Estes são os crentes extremistas. O crente em Cristo preciso ter forte e influência no equilíbrio no testemunho de forma viva e autêntica (Cl 4.6; Gl 5.22; Lc 23.47).A utilidade do sal é produzir sede. O crente como sal da terra precisa criar sede espiritual nas pessoas, sede de salvação (Jo 7.37, 38; 4.10, 14; Ap 22.17; Sl 42.2).Notamos que “toda a oferta dos teus manjares salgarás com sal” – a oferta ao Senhor precisa ter sabor agradável; “e não deixarás faltar à tua oferta de manjares o sal do concerto de Deus” – o sal do concerto de Deus fala do crente que faz o concerto com Deus, e por sua vez precisa preservar o sabor em si para os outros; “em toda a tua oferta oferecerás sal” – sugere que o crente como “sacrifício vivo” precisa ter nele o sal divino (Rm 12.1; Cl 4.6). Portanto, o sal na oferta de manjares falava de comunhão e amizade.e) Fermento proibido. Fermento simboliza o que é mau, corrupto e falso, coisas da carne (Mt 16.5-11), doutrina dos escribas e fariseus (1 Co 5.6; Mc 8.15; Lc 12.1), imoralidade (Cl 3.5-9). A ausência do fermento indica que Cristo era a Verdade e Sinceridade (Jo 14.6), como simbolizando no pão asmo da Páscoa (Êx 12).f) Mel proibido. O mel representa o que tem doçura natural. O pecado tem um prazer natural, ou seja, uma doçura que não podemos negar. Mas é de pouca duração (Hb 11.24-26). Jesus Cristo foi oferecido a Ele “mel”, quando o povo queria aclamá-Lo rei (Jo 6.15), e quando o Diabo usou de Pedro para sugerir outro caminho para não ir ao Calvário (Mt 16.22). O crente precisa ter cuidado dos aplausos e glórias do mundo (Lc 6.26), e do “ego”, o seu próprio “eu”, e amor puramente natural (Mt 10.37; Mc 3.32, 33; Jo 2.4; 7.1-6). Paulo disse: “... e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.20). O mel, mais cedo ou mais tarde, azeda. O único mel verdadeiro e prazeroso para o alimento de nossa vida espiritual é a doce e bendita Palavra de Deus, mas doce do que o mel (Sl 19.10; 119.103).g) Oferta queimada. Sem fogo a oferta teria permanecido apenas uma massa (Hb 12.29; confere Ml 3.1-4; 1 Pe 4.12, 13).h) Comida pelos sacerdotes. “E esta é a lei da oferta de manjares: um dos filhos de Arão a oferecerá perante o SENHOR, diante do altar. E tomará o seu punho cheio da flor de farinha da oferta e do seu azeite e todo o incenso que estiver sobre a oferta de manjares; então, o queimarás sobre o altar; cheio suave é isso, por ser memorial ao SENHOR. E o restante dela comerão, Arão e seu filhos; asmo e se comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação o comerão.” (Lv 6.14-16). Depois de oferecer um punhado ao Senhor, como oferta memorial (Lv 2.2) o resto era comida pelos sacerdotes. Isto figura a Igreja comendo de Cristo, o Pão da Vida (Jo 6.51-57).
3. A Oferta Pacífica (Lv 3.1-17; 7.11-34)
A oferta pacífica era uma expressão do gozo e gratidão da parte daqueles que estavam em comunhão com Deus. Não era oferta para estabelecer paz e amizade com Deus, mas era uma oferta oferecida por aqueles que já desfrutavam destes benefícios. Era a figura da paz por Jesus Cristo, pela qual temos comunhão com o Pai. Esta comunhão custou o sangue de Cristo. Esta oferta então, fala de Jesus Cristo, nossa paz. Ele fez a paz (Rm 5.1, 10, 11; Cl 1.20), Ele proclamou a paz (Ef 2.17) e Ele é a nossa paz (Ef 2.14).Estávamos afastados da sua glória (Rm 3.23), separado um do outro, mas Cristo derrubou a parede de separação que estava no meio e desfez a inimizade matando-a no Calvário e fez a reconciliação de ambos os povos (judeus e gentios) fez um (a Igreja) formada por judeus e gentios, tornando-os em só corpo (Ef 2.14-16).a) A obra de Cristo. A obra de Cristo na cruz foi a propiciação – Deus (Rm 3.25), expiação – pecados dos homens expiados (Jo 1.29; Ap 1.5), reconciliação – paz entre Deus e o homem (Rm 5.1, 10.11; 2 Co 5.18, 19; Ef 2.16; Cl 1.20). Por Sua morte, Cristo trouxe o mundo ao terreno da graça onde Deus podia tratar conosco na base da misericórdia. Deus é justo e justificador ao mesmo tempo. A sentença fica suspensa (1 Jo 1.9; Cl 1.21, 22). A paz é paz individual (Rm 5.1; Lc 2.14). O coro angelical nos céus, de Belém de Judá anunciou a paz, por causa do sacrifício de Jesus Cristo que acabava de nascer no mundo, podiam cantar: “... paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14; confere Jo 6.40; 16.33; Mq 3.5; Cl 2.10), na tradução de ARA diz: “... paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lc 2.14).No Milênio, cumprir-se-ão as profecias de paz entre as nações (Jl 3.9, 10; Mq 4.1-3), quando Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Príncipe da Paz (Is 9.6.), tiver voltado com a Sua Igreja (Ap 19.11-16; Sl 2.9).b) O resultado – comunhão. Simbolizado no comer do sacrifício. O homem comeu na pessoa do sacerdote. Do peito (Lv 7.31), lugar de afeição e amor. Eva foi feita do lado de Adão (Gn 2.21, 22). João reclinou a sua cabeça no peito de Jesus (Jo 21.20). O sacerdote levava Israel no peitoral (Êx 28.12, 29). Precisamos ter a visão e o sentimento do amor de Deus Pai.c) Da espádua direita – o ombro. “Também a espádua direta dareis ao sacerdote por oferta alçada dos vossos sacrifícios pacíficos.” (Lv 7.32). O lugar de força (Is 63.1). Os três hebreus disseram: “... o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente...” (Dn 3.17). Eles não só viram a fornalha, mas além da fornalha, porque pela fé, eles sabiam que Deus os conduziria no fogo em seu maravilhoso ombro protetor. O sacerdote levava Israel nos ombros, nas pedras preciosas (Êx 28.11). Paulo orou pelos crentes de éfeso (Ef 3.14-19). Note que o ombro é poder e amor (Ver Is 40.11; Pv 8.14; Dt 33.12; Jó 36.5).Deus come – a gordura e intestinos, rins e causa foram queimadas no altar. São tipos da vinda perfeita de Jesus Cristo em que Deus se agradou.d) Quem não podia comer? O leproso um tipo do pecado aberto (Lv 22.4; Sl 66.18). Qualquer imundo um tipo dos que caem em pecado por descuido e tentação. Depois que o sol entrar podia comer no crepúsculo. Assim diminuindo a comunhão com Deus (Lv 22.7). O estrangeiro (Lv 22.10; 1 Jo 2.19), o peregrino (Lv 22.10; Jo 8.35; 15.15) e o pródigo conhecia a diferença entre o filho e o servo. Foi feito em filho.
4. A Oferta Pelo Pecado (Lv 4.1-35; 5.1-13; 6.24-30)
A oferta pelo pecado trata o que é o homem, isto é a sua natureza, e não só o que faz. O homem é pecador não porque peca, mas pecado porque é pecador.Em relação às ofertas já estudadas, vem a distinção. As outras de suave cheiro representam a humanidade perfeita de Jesus Cristo oferecida a Deus. Na oferta pelo pecado, vemos Jesus tornando-se pecado por nós como nosso Substituto. Cristo, o Verdadeiro Homem e Perfeito em Si não tinha pecado em si mesmo, pessoalmente e realmente (Jo 8.46; Hb 4.15; 1 Pe 2.22). Cristo foi feito pecado por nós, como nosso substituo legal e judicialmente (2 Co 5.21).Vemos Jesus Cristo na Sua morte como descrito em Isaías 53; Salmo 22 e 1 Pedro 2.24. As ofertas pelo pecado e pela culpa, embora mencionadas por último em Levítico, realmente foram às primeiras oferecidas.a) Pelo homem, que por natureza, é pecador (Rm 8.3; Mt 15.19; Jr 17.9, 10; Hb 12.24). O homem peca porque tem a natureza pecaminosa e decaída. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23). Oferta pela ignorância. Muitos nãos abem que são pecadores, mas este fato não os exclusa. A diferença entre pecadores está no grau de pecado.b) Para prover. Foram providas a favor de sacerdote (Lv 4.3-12), toda a congregação de Israel (Lv 4.13-21), o príncipe (Lv 2-26) e de qualquer pessoa (Lv 4.27-35).O caminho para todos eram um só. Isto mostra que perante Deus, não há acepção de pessoas, ou seja, não há distinção de ninguém (At 10.34; Dt 10.17; 2 Cr 19.7; Rm 2.11; Ef 6.9; 1 Pe 1.17).c) A cerimônia do sacrifício. O ofertante põe a mão sobre a cabeça do animal, representa identidade e substituição. Jesus Cristo foi nosso substituto (2 Co 5.21; 1 Pe 3.18).O animal morto a porta do Tabernáculo, pelo sacerdote (Lv 4.4). O sacerdote leva o sangue dentro do Tabernáculo, onde molha os dedos no sangue e asperge sete vezes diante do véu, na presença do Senhor (Lv 4.6). Tipifica o restabelecimento de relações entre Deus e o homem. No dia da Expiação (Lv 16), o sangue foi posto dentro do véu no propiciatório.O sangue posto nos chifres do altar de incenso e em dois casos nos chifres do altar de holocausto (Lv 4.7, 30). Tipifica que o culto e adoração foi restabelecido.O resto do sangue derramado à beira do altar de holocausto (Lv 4.7). Tipo do sangue de Cristo derramado no Calvário. Tipifica a comunhão individual.A gordura, rins, queimados no altar de holocausto (Lv 4.8, 9).
5. A Oferta de Culpa (Lv 5.14-16; 6.7; 7.1-7)
Esse tipo de oferta, embora muito semelhante ao da oferta pelo pecado, é mais exigente do que aquele. Tal oferta implicava, por parte do faltoso, a confissão específica da ofensa cometida e a restituição, com acréscimo, àquele que sofrera a ofensa (Lv 5.14-16).Vimos os sacrifícios anteriores, exceto a oferta de manjares que era sem sangue, enquanto que a oferta do holocausto, pacífica, pelo pecado e a pela culpa eram com sangue, apontam para os quatro Evangelhos. No Evangelho de Mateus é a oferta pela culpa, o Evangelho de Lucas é a oferta pacífica, e o Evangelho de João é a oferta de holocausto. Todos sugerem a oferta perfeita que era Cristo.No Novo Concerto, a atual dispensação, ordena tal confissão (Tg 5.16), a confissão assegura o perdão divino (1 Jo 1.9), a verdadeira confissão exige tristeza pelo pecado (Sl 38.18), a confissão exige humildade (Jr 3.25), a confissão exige restituição (Nm 5.8; Lv 6.2, 4-7).Observamos que a oferta de holocausto é a consagração pessoal, da oferta de manjares é a consagração dos bens, a oferta pacífica é a comunhão com Deus, a oferta de pecado é o perdão e a oferta da culpa é a restituição.A lei exigia a compensação do prejuízo em 20%, mas Zaqueu, movido pela graça, prometeu muito mais! (Lc 19.8). A confissão exige o abandono do pecado (Pv 28.13; Jo 8.11).Este tipo de confissão é bíblico e doutrinário. Contudo nada tem a ver com a prática da confissão ensinada pela Igreja Romana, nem tampouco com as “confissões” e pedidos de perdão à igreja nos dias em que ministramos a Ceia do Senhor.A oferta de culpa era o “tipo obrigatório”. Significado histórico tratar dos atos pecaminosos individuais. Propósito geral – pecado. Significado típico Cristo se entregou como restituição pelos nossos pecados (2 Co 5.19).A oferta pela culpa era o segundo sacrifício obrigatório. (...) ela tinha a ver com atos específicos resultantes da natureza pecaminosa, especialmente os que queriam restituição por delitos cometidos contra Deus ou o homem. Normalmente, uma quantia era entregue junto com o sacrifício, como parte da restituição. Uma espécie de pagamento ou reparação. No caso, do sacrifício de Cristo ele se tornou o pagamento pelos nossos pecados. Ele não só nos justificou como oferta pelo pecado, mas também eliminou a nossa culpa como nossa oferta pela culpa (Cl 2.14). Portanto, não carregamos em nós vergonha dos vis atos passados, porque em Cristo foi paga a penalidade destes pecados e por ele fomos reconciliados diante de Deus (2 Co 5.19)”. (O Livro de Hebreus: A superioridade de Cristo. Campinas, SP: EETAD – Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, s/data. pp. 25, 27). 26O TABERNÁCULO, A SOMBRA DA CRUZ DE CRISTO(Hebreus 9.1-28)
O Tabernáculo e os seus moveis e utensílios compõem a “Sombra da Cruz de Cristo”. Por esta razão Deus exigiu de Moisés a mais absoluta obediência aos detalhes da construção (Hb 8.5). Através do posicionamento de cada peça no Tabernáculo, Deus traçou a sombra da Cruz onde Jesus Cristo haveria de ser sacrificado por nós. Traçando uma linha longitudinal do altar de bronze passando pela pia de bronze, pelo altar do incenso e atingindo a Arca e o Propiciatório, e outra linha transversal da mesa dos pães ao candelabro, o resultado seria o formato de uma cruz no plano horizontal, uma vez que a cruz só seria levantada com o sacrifício de Cristo: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado.” (Jo 3.14). “Disse-lhe, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então conhecereis quem eu sou...” (Jo 8.28). “E eu, quando foi levantado da terra, todos atrairei a mim.” (Jo 12.32).
1. A Sombra do Altar do Holocausto
O altar do holocausto é um tipo da cruz. Aqui Jesus Cristo é Salvador e Bom Pastor (Mt 1.21; Jo 10.11). Aqui Deus Pai resolve a questão do pecado através do sangue do sacrifício perfeito de Cristo (Hb 9.22; Jo 3.11) efetuado no altar do holocausto, ou seja, na cruz do Calvário. Aqui é a nossa justificação pela fé em Cristo (Rm 5.1).A sombra da cruz no pátio fala da nossa regeneração pelo Espírito Santo (Jo 3.3, 5; Tt 3.5) que nos conduz a Pia de Bronze. No altar, Cristo morre pelos nossos pecados (1 Co 14.3).
2. A Sombra da Pia de Bronze
A pia de bronze é símbolo de lavagem, purificação e santificação. Fomos lavados pelo sangue de Cristo. Somos regenerados pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.5). Somos santificados pela Palavra e pelo Espírito Santo (Jo 17.17; Ef 5.26; Rm 1.4). Aqui Cristo faz obra da regeneração e da santificação. O ato de lavagem significa renúncia. As mulheres doaram seus espelhos para confecção da pia (Êx 38.8). Naquele tempo os espelhos eram feitos de metal polido. Elas renunciaram à vaidade do mundo (1 Jo 2.15-17; Mt 16.24).É impossível prosseguir no caminho do Lugar Santo sem passar pela pia de bronze (Êx 30.7-21). A pia representa a santificação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14). Como já abordamos no Pátio Jesus é o CAMINHO (Jo 14.6).
3. A Sombra do Candelabro
Agora a sombra da cruz passa pelo Lugar Santo, a onde Jesus é Cristo. A palavra Cristo vem do original grego e corresponde a “Messias” em hebraico, significa Ungido. Jesus não é somente o Salvador, é também aquele que nos dá poder. Ele é o nosso capacitador.O candelabro representa Cristo, a luz do mundo (Jo 8.12). O candelabro tinha seis braços laterais, três de cada lado, e no meio era o haste, apontam para a nossa comunhão com Cristo, feita na cruz, formando com Ele sete hastes. Ele é o sustentáculo do candelabro, Ele é o tronco, a videira, e nós as varas (Jo 15).
4. A Sombra dos Pães da Proposição
O crente, no Lugar Santo, alimenta-se de pães asmos da mesa. Cada um daqueles pães fora preparados sem fermento e com cerca de oito litros de flor de farinha, eram colocados sobre a mesa, em cada sábado.O sacerdote derramava sobre eles o incenso. A cada sábado os sacerdotes se reuniam no Lugar Santo e comiam os pães que haviam sido removidos. Era o alimento deles, um tipo de Cristo, o Pão da Vida (Jo 6.35, 48, 50, 51).O crente, precisa alimentar-se dos pães asmos, precisa comer de Cristo, o Pão dos Céus, de suas palavras e seus mandamentos (Jo 6.35).
5. A Sombra do Altar do Incenso
O altar do incenso ficava junto ao véu. O Sumo Sacerdote não podia entrar no Lugar Santo sem um incenso portátil, no qual o Incenso sagrado se queimava com fogo.O altar do incenso representa o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, nosso intercessor (Jo 17.1-26; Hb 7.25). Cristo ocupava uma posição central no Tabernáculo, apontando que a vida de oração é fundamental no culto a Deus. Aqui o crente adora e louva a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23, 24). O altar do incenso era o meio de ligação com o Lugar Santíssimo. Possuía um chifre em cada um dos quatros cantos, significando o imensurável poder que há no louvor (2 Cr 20.22; At 16.25, 26).Cristo, como Sumo Sacerdote perfeito e eterno, orou pelos discípulos antes de ir para a cruz (Jo 17), orou na cruz pelos pecadores (Lc 23.34). Cristo após a Sua ressurreição com seu oficio sacerdotal intercede por nós (1 Tm 2.5; Hb 4.14-16; 3.1; 8.1).No Lugar Santo, Cristo é a VERDADE (Jo 6.14).
6. A Sombra da Arca
A sombra da cruz está no Lugar Santíssimo, passando pela a arca. A arca representava a presença gloriosa de Deus ou de Cristo, nosso Emanuel, que é Deus conosco (Mt 1.23). Na arca havia as tábuas da lei, representa a boa e perfeita vontade de Deus que o crente precisa ter em seu coração. No Getsêmani, Jesus disse: “... não seja como eu quero, mas como tu queres... faça-se a tua vontade (Mt 26.39, 41).A vara de Arão florescida, apontando para a ressurreição de Cristo e para vida vitoriosa do crente. O triunfo (Cl 2.15; Jo 19.30). A vitória de Cristo sobre a morte, o inferno e o Diabo, é a nossa vitória sobre a morte, o Inferno e o Diabo.O maná é um tipo de Cristo como o pão que desceu do céu (Jo 6.30-35).
7. A Sombra do Propiciatório
O propiciatório é tipo de Cristo. Deus aparecia sobre ele na nuvem, habitava acima dele e falava de cima dele. No propiciatório Deus era propício. Diante do propiciatório estamos frente a frente com a Glória de Deus. Esta glória deve aparecer sobre nós, habitar em nós e falar aos nossos corações. Quando diante do Trono de Deus recebemos Sua infinita misericórdia (Hb 4.16). Somos fortalecidos pela glória de Deus (Cl 1.11, 12).Propiciatório significa cobrir. Os nossos pecados não só foram cobertos, mas nós somos lavados no sangue do Cordeiro.A sombra da cruz passa pelo véu que ficava entre o Lugar Santo e Lugar Santíssimo. No Calvário o véu foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51).No Lugar Santíssimo, Cristo é a VIDA (Jo 14.6). No Lugar Santíssimo, Cristo é o Senhor (Fp 2.11; At 2.36). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Almeida Revista e Corrigida, ed. 1995, CPAD: Rio de Janeiro.BÍBLIA SAGRADA, Almeida Revista Atualizada, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.BÍBLIA SAGRADA: Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2001.BÍBLIA SAGRADA: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Baueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.ALMEIDA, Abraão de. O Tabernáculo e a Igreja. 12 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico: Êxodo. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.MELO, Joel Leitão de. Sombras, Tipos e Ministério da Bíblia. 15 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 2006.BARBOSA. Deusimar. Esboço Sistemático de Escatologia Bíblica. Lago da Pedra-MA: Mini Gráfica Maristela, 2007.BUCKLAND. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Editora Vida, 1981.MACNAIR, S.E. Dicionário Bíblico. s/local/editora/ano.O Livro de Hebreus: A Superioridade de Cristo. Campinas – SP: Equipe da EETAD – Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, s/data.
Observação: Foram de importante auxílio no preparo desta obra as notas marginais apensadas pelo Autor em seus livros e Bíblias de Estudo, bem como seu arquivo da apostilha de estudo de tipologia bíblica, preparado a partir do ano de 2001. 








APÊNDICES
 A PLANTA DO TABERNÁCULO








 O TABERNÁCULO INTERIOR E EXTERIOR

AS MOBÍLIAS DO TABERNÁCULO
1 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO





2 – A PIA DE BRONZE





3 – A MESA DA PROPOSIÇÃO



4 – O CANDELABRO






5 – O ALTAR DE INCENSO





6 – A ARCA DA ALIANÇA



 OS MINISTROS DO TABERNÁCULO
1 – O SUMO SACERDOTE




2 – O SACERDOTE





3 – O LEVITA





O TABERNÁCULO, A SOMBRA DA CRUZ DE CRISTO
1. Altar do holocausto2. Bacia de bronze3. Mesa dos pães da proposição4. Candelabro de Ouro5. Altar de Incenso6. Arca da aliança7. Propiciatório














O TABERNÁCULO, TIPO DA TRÍPLICECONSTITUIÇÃO DO HOMEM

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